O Papa Francisco anunciou que o
Papa Paulo VI vai ser canonizado ainda em 2018, em um pronunciamento durante um
encontro com o clero da Diocese de Roma.
“Dois recentes bispos de Roma
já são Santos (João XXIII e João Paulo II). Paulo VI será santo este ano. E um
tem causa de beatificação aberta, João Paulo I.” E completou, brincando:
“Bento e eu estamos na lista de espera: rezem por nós.”
“Paulo VI será santo este ano”,
disse, numa intervenção divulgada neste sábado, 17, pela Sala de Imprensa da
Santa Sé.
Paulo VI, o pontífice que
liderou a Igreja Católica entre 1963 e 1978, período em que encerrou o Concílio
Vaticano II, foi beatificado pelo Papa Francisco a 19 de outubro de 2014. A
data e o local para a cerimônia de canonização ainda serão decididos.
O milagre necessário para a
canonização foi a cura de uma bebê, ainda no ventre da sua mãe. Segundo
o jornal da Diocese de Bréscia, ‘La Voce del Popolo’, a grávida, da
província de Verona, corria o risco de abortar devido a uma patologia que
comprometia a vida da criança e da mãe. A mulher peregrinou ao Santuário delle
Grazie, na terra natal de Paulo VI, e a menina nasceu em 25 de dezembro de
2014, em boas condições de saúde e sem qualquer explicação médica para a sua
cura.
Quem foi Paulo VI
Giovanni Battista Montini
nasceu em Concesio, Bréscia, na região italiana da Lombardia, e foi ordenado
padre ainda antes de completar 23 anos, em 1920, tendo feito doutorado em
filosofia, direito civil e direito canônico.
Como padre, esteve ao serviço
diplomático da Santa Sé e da pastoral universitária italiana, tendo vivido a II
Guerra Mundial no Vaticano, onde se ocupou da ajuda aos refugiados e aos judeus.
Após o conflito, colaborou na
fundação da Associação Católica de Trabalhadores Italianos, antes de ser
nomeado arcebispo de Milão, em 1954; São João XXIII criou-o cardeal em 1958 e
participou nos trabalhos preparatórios do Concílio Vaticano II.
A 21 de junho de 1963, foi eleito
Papa, escolhendo o nome de Paulo VI, e concluiu os trabalhos do Concílio “entre
várias dificuldades, estimulando a abertura da Igreja ao mundo e o respeito
pela tradição”.
O futuro santo escreveu sete
encíclicas, entre as quais a ‘Humanae vitae’ (1968), sobre a regulação da
natalidade, e a ‘Populorum progressio’ (1967), sobre o desenvolvimento dos
povos, tendo instituído o Sínodo dos Bispos e o Dia Mundial da Paz.
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Por Canção Nova,
com Agência Ecclesia
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