O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que os
católicos devem rejeitar práticas de adivinhação do futuro, colocando a sua
confiança apenas na “graça de Cristo”.
“Atenção, pergunto: quantos de vocês vão ao
Tarô, ler as mãos ou as cartas? Ainda hoje, nas grandes cidades, cristãos
praticantes”, lamentou, na audiência pública que decorreu na Praça de São
Pedro.
A intervenção partiu da passagem do Apóstolo
Paulo (século I) pela cidade de Éfeso, então um “centro famoso pela prática da
magia”.
A Bíblia, indicou Francisco, “sublinha a
incompatibilidade entre a fé em Cristo e a magia”.
“Quem escolhe Cristo não pode recorrer ao bruxo:
a fé é abandono confiante nas mãos de um Deus em que se pode confiar, que se
faz conhecer, não através de práticas ocultas, mas pela revelação e com amor
gratuito”, declarou.
"Por favor, a adivinhação não é cristã,
estas coisas que se fazem para adivinhar o futuro, mudar situações de vida, não
são cristãs. A graça de Cristo traz tudo. Reza e confia no Senhor”
O Papa recomendou aos participantes na
Audiência Geral que hoje procurem ler o capítulo 20 do livro dos Atos dos
Apóstolos, no qual se “desmascaram os que queriam usar o nome de Deus para o
próprio proveito, mostrando ao povo a debilidade das artes mágicas”.
A intervenção destacou ainda o “discurso de
despedida” de São Paulo, aos anciãos vindos de Éfeso, com o convite a ser
“vigilantes” sobre o seu rebanho.
“Peçamos ao Senhor um renova amor pela Igreja,
tomando consciência da nossa responsabilidade diante dos nossos irmãos e
rezando pelos pastores, para que revelem a firmeza e a ternura do Bom Pastor”,
pediu.
No final do encontro, Francisco saudou os
peregrinos de língua portuguesa, encorajando-os a “apostar em ideais grandes,
ideais de serviço que engrandecem o coração e tornam fecundos os talentos”.
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Agência Ecclesia
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