sábado, 23 de janeiro de 2021

Mensagem do Papa para o 55º dia das Comunicações Sociais: "comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são"



MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O LV DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
 
«“Vem e verás” (Jo 1, 46). 
Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são»
 
Queridos irmãos e irmãs!

O convite a «ir e ver», que acompanha os primeiros e comovedores encontros de Jesus com os discípulos, é também o método de toda a comunicação humana autêntica. Para poder contar a verdade da vida que se faz história (cf. Mensagem para o LIV Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24 de janeiro de 2020), é necessário sair da presunção cómoda do «já sabido» e mover-se, ir ver, estar com as pessoas, ouvi-las, recolher as sugestões da realidade, que nunca deixará de nos surpreender em algum dos seus aspetos. «Abre, maravilhado, os olhos ao que vires e deixa as tuas mãos cumular-se do vigor da seiva, de tal modo que os outros possam, ao ler-te, tocar com as mãos o milagre palpitante da vida»: aconselhava o Beato Manuel Lozano Garrido[1] aos seus colegas jornalistas. Por isso, este ano, desejo dedicar a Mensagem à chamada a «ir e ver», como sugestão para toda a expressão comunicativa que queira ser transparente e honesta: tanto na redação dum jornal como no mundo da web, tanto na pregação comum da Igreja como na comunicação política ou social. «Vem e verás» foi o modo como a fé cristã se comunicou a partir dos primeiros encontros nas margens do rio Jordão e do lago da Galileia.

Gastar as solas dos sapatos

Pensemos no grande tema da informação. Há já algum tempo que vozes atentas se queixam do risco dum nivelamento em «jornais fotocópia» ou em noticiários de televisão, rádio e websites que são substancialmente iguais, onde os géneros da entrevista e da reportagem perdem espaço e qualidade em troca duma informação pré-fabricada, «de palácio», autorreferencial, que cada vez menos consegue intercetar a verdade das coisas e a vida concreta das pessoas, e já não é capaz de individuar os fenómenos sociais mais graves nemas energias positivas que se libertam da base da sociedade. A crise editorial corre o risco de levar a uma informação construída nas redações, diante do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem «gastar a sola dos sapatos», sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações. Mas, se não nos abrimos ao encontro, permanecemos espectadores externos, apesar das inovações tecnológicas com a capacidade que têm de nos apresentar uma realidade engrandecida onde nos parece estar imersos. Todo o instrumento só é útil e válido, se nos impele a ir e ver coisas que de contrário não chegaríamos a saber, se coloca em rede conhecimentos que de contrário não circulariam, se consente encontro que de contrário não teriam lugar.

Aqueles detalhes de crónica no Evangelho

Aos primeiros discípulos que querem conhecer Jesus, depois do seu Batismo no rio Jordão, Ele responde: «Vinde e vereis» (Jo 1, 39), convidando-os a permanecer em relação com Ele. Passado mais de meio século, quando João, já muito idoso, escreve o seu Evangelho, recorda alguns detalhes «de crónica» que revelam a sua presença no local e o impacto que teve na sua vida aquela experiência: «era cerca da hora décima», observa ele! Isto é, as quatro horas da tarde (cf. 1, 39). No dia seguinte (narra ainda João), Filipe informa Natanael do encontro com o Messias. O seu amigo, porém, mostra-se cético: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe não procura convencê-lo com raciocínios, mas diz-lhe: «vem e verás» (cf. 1, 45-46). Natanael vai e vê, e a partir daquele momento a sua vida muda. A fé cristã começa assim; e comunica-se assim: com um conhecimento direto, nascido da experiência, e não por ouvir dizer. «Já não é pelas tuas palavras que acreditamos; nós próprios ouvimos…»: dizem as pessoas à Samaritana, depois de Jesus Se ter demorado na sua aldeia (cf. Jo 4, 39-42). O método «vem e verás» é o mais simples para se conhecer uma realidade; é a verificação mais honesta de qualquer anúncio, porque, para conhecer, é preciso encontrar, permitir à pessoa que tenho à minha frente que me fale, deixar que o seu testemunho chegue até mim.

Agradecimento pela coragem de muitos jornalistas

O próprio jornalismo, como exposição da realidade, requer a capacidade de ir aonde mais ninguém vai: mover-se com desejo de ver. Uma curiosidade, uma abertura, uma paixão. Temos que agradecer à coragem e determinação de tantos profissionais (jornalistas, operadores de câmara, editores, cineastas que trabalham muitas vezes sob grandes riscos), se hoje conhecemos, por exemplo, a difícil condição das minorias perseguidas em várias partes do mundo, se muitos abusos e injustiças contra os pobres e contra a criação foram denunciados, se muitas guerras esquecidas foram noticiadas. Seria uma perda não só para a informação, mas também para toda a sociedade e para a democracia, se faltassem estas vozes: um empobrecimento para a nossa humanidade.

Numerosas realidades do planeta – e mais ainda neste tempo de pandemia – dirigem ao mundo da comunicação um convite a «ir e ver». Há o risco de narrar a pandemia ou qualquer outra crise só com os olhos do mundo mais rico, de manter uma «dupla contabilidade». Por exemplo, na questão das vacinas e dos cuidados médicos em geral, pensemos no risco de exclusão que correm as pessoas mais indigentes. Quem nos contará a expetativa de cura nas aldeias mais pobres da Ásia, América Latina e África? Deste modo as diferenças sociais e económicas a nível planetário correm o risco de marcar a ordem da distribuição das vacinas anti-Covid, com os pobres sempre em último lugar; e o direito à saúde para todos, afirmado em linha de princípio, acaba esvaziado da sua valência real. Mas, também no mundo dos mais afortunados, permanece oculto em grande parte o drama social das famílias decaídas rapidamente na pobreza: causam impressão, mas sem merecer grande espaço nas notícias, as pessoas que, vencendo a vergonha, fazem a fila à porta dos centros da Cáritas para receber uma ração de víveres.

Joe Biden é católico apesar de apoiar o aborto e a agenda gay?



Joe Biden, que tomou posse como presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2021, teria se tornado o segundo governante católico na história do país depois de John F. Kennedy, mas muitos questionaram se realmente pertence à Igreja por causa de seu apoio declarado ao aborto e à agenda LGBTQ + (lésbica, gay, bissexual, transgênero, queer e mais).

Biden defendeu abertamente o aborto durante a campanha que o levou à presidência dos Estados Unidos. Em sua "Agenda para as Mulheres", ofereceu, entre outras coisas, descartar a Política da Cidade do México, reinstaurada e ampliada por seu antecessor Donald Trump e que evita que organizações de aborto em todo o mundo sejam financiadas com o dinheiro do governo federal.

Em seu plano de governo, também anunciou seu desejo de "expandir o acesso à contracepção e proteger o direito constitucional ao aborto".

Além disso, anunciou que vai "promover os direitos e o desenvolvimento da comunidade LGBTQ + a nível global", anunciando que vai apoiar "a liberdade para se casar".

Seu plano de governo destacou que em 2012 "Biden se converteu na autoridade norte-americana de mais alto escalão a apoiar a igualdade no casamento quando declarou que amor é amor”.

Apesar disso, Biden fez o juramento em 20 de janeiro sobre uma Bíblia católica e participou da Missa naquela manhã na Catedral de São Mateus Apóstolo, residência do Arcebispo de Washington.

Então, Joe Biden é católico?

Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Frei Nelson Medina, um sacerdote dominicano colombiano com doutorado em Teologia Fundamental no Milltown Institute de Irlanda, destacou que “o fato de uma pessoa ser batizada na Igreja Católica ou dizer abertamente que é católica não deve ser considerado como um sinal suficiente de sua verdadeira pertença à Igreja Católica”.

"A Sagrada Escritura adverte-nos daqueles que honram com os lábios, mas têm o coração longe de Deus, e o apóstolo Tiago diz-nos especificamente que se a nossa fé não tem coerência com as nossas obras é uma fé morta, que não traz a verdadeira salvação nem àquele que diz tê-la nem àqueles que seguem esse caminho”, assinalou.

Para o sacerdote dominicano “essas advertências devem ser feitas com frequência em nosso tempo, porque tem havido movimentos falsos, como as chamadas Católicas pelo Direito a Decidir, que contradizem aberta e cinicamente a postura católica e, no entanto, querem usar a palavra que nos identifica, produzindo o dano que já descrevemos”.

“Devemos ter um critério mais consistente e firme sobre o que é a nossa fé, não para desprezar as pessoas, mas para fazer respeitar e fazer valorizar aquilo em que acreditamos e que custou tanto a Nosso Senhor Jesus Cristo, até o preço de seu próprio sangue", indicou.

Frei Nelson Medina advertiu que “quando uma palavra começa a ser usada para tudo, acaba não significando nada. Vamos pensar no que aconteceu com a palavra amigo. É uma palavra profunda, que representa muito do que há de mais precioso em nosso caminho por esta terra, mas as redes sociais nos dizem que temos milhares e milhares de amigos”.

“Esta realidade do desgaste das palavras causa danos difíceis de perceber à primeira vista”, indicou, lembrando que “haverá pessoas que pensem ou afirmem que essa variedade de aplicações da palavra católico é como uma espécie de liberação do católico que já não fica condicionado unicamente por um Catecismo ou por um Credo”.

“A realidade é justamente o contrário: na medida em que qualquer coisa pode ser chamada de 'pensamento católico', o autenticamente católico se empobrece e fica reduzido a um emaranhado de significados contraditórios, que finalmente fazem muito dano à fé, especialmente à fé dos simples”, advertiu.

Cardeal é censurado nas redes após publicar vídeo com denúncias sobre Pandemia



Como foi lembrado há poucos dias, o Facebook e o Twitter fecharam as contas de Donald Trump. Recentemente, o Twitter também censurou as contas de dois padres por motivos injustificados. Após esses encerramentos, muitos usuários protestaram contra a instituição de programas que as redes sociais chamam de “verificadores de fatos independentes”, que censuram ou removem conteúdo que consideram falso.

O cardeal Juan Sandoval Íñiguez, arcebispo emérito de Guadalajara, publicou há poucos dias um vídeo intitulado “Conspiração para implementar uma nova ordem social sem Cristo”, onde dá sua opinião sobre a pandemia. Ele diz que um grupo de elites quer implementar uma nova ordem social e que a pandemia é uma medida para levar a cabo seus planos, “Eles querem impor um governo único, um exército único, uma moeda única, uma economia única e também uma religião única que Não será o cristão, será o da terra. No vídeo, ele também acusa Bill Gates de organizar uma nova pademia.

Assista o vídeo:


O Facebook dá a opção de visualizar o vídeo, mas postou uma mensagem avisando que esse conteúdo é “Informação Falsa”, “Esta postagem repete informações sobre a Covid-19 que verificadores independentes dizem ser falsa”, diz o aviso . Ele também explica os motivos em uma opção chamada “Veja por quê”.

Bispos dos EUA a Joe Biden: "Aborto é ataque direto à vida"



Bispos dos EUA reafirmam a Joe Biden: “Aborto é ataque direto à vida“. Em mensagem por ocasião da posse do novo presidente norte-americano nesta quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) declarou que irá contribuir com um bom governo para o país, como o faz em todas as administrações independentemente de partido, mas, ao mesmo tempo, se manterá firme na defesa da família e da vida, o que implica rejeitar de modo explícito qualquer política pró-aborto.

De fato, Joseph R. Biden, do Partido Democrata, tem mantido uma trajetória de flagrante incoerência entre a sua declarada fé católica e as suas posições pró-aborto, incompatíveis com a doutrina cristã. Biden chegou a ter a Sagrada Comunhão negada por um sacerdote devido a essa postura, já que defender publicamente o aborto, no caso de uma personalidade com grande poder de influência na decisão de outras pessoas a esse respeito, é motivo para excomunhão latae sententiae. O sacerdote em questão era o pe. Robert Morey, pároco em Charleston, que, na ocasião, declarou:

“Lamentavelmente, no domingo passado, tive que negar a Sagrada Comunhão ao ex-vice presidente Joe Biden. A Sagrada Comunhão significa que somos um só com Deus, entre nós e com a Igreja. Os nossos atos deveriam refletir essa unidade. Qualquer figura pública que defenda o aborto se exclui dos ensinamentos da Igreja. Como sacerdote, é minha responsabilidade ensinar às almas confiadas aos meus cuidados, inclusive nas situações mais difíceis. Continuarei rezando pelo Sr. Biden”.

Agora como presidente, Joe Biden terá vários ativistas pró-aborto entre os seus colaboradores mais próximos. Sua vice-presidente, Kamala Harris, é abertamente defensora do aborto como alegado “direito”. Nesta semana, Biden nomeou como administradora da agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) a ex-embaixadora junto à ONU Samantha Power, que também promove publicamente o aborto como suposto “direito”.

Bispos dos EUA a Joe Biden: “Aborto é ataque direto à vida”

Dom José Gomez, arcebispo de Los Angeles e presidente da USCCB, assina o comunicado em que o episcopado norte-americano declara:

“Para os bispos da nação, a contínua injustiça do aborto permanece como prioridade preeminente. Embora preeminente, não significa única. Temos uma preocupação profunda com as muitas ameaças à vida e à dignidade humanas em nossa sociedade. No entanto, como ensina o Papa Francisco, não podemos ficar calados quando quase um milhão de nascituros são aniquilados anualmente em nosso país com o aborto”.

Os bispos se dizem esperançosos de um “diálogo para tratar dos complicados fatores culturais e econômicos que motivam o aborto”, apesar das diferenças ideológicas com o novo governo:

“Como acontece com todas as administrações, haverá áreas nas quais estaremos de acordo e nas quais trabalharemos juntos, mas também haverá áreas nas quais teremos desacordos de princípios e uma forte oposição”.

O episcopado observa que Joe Biden é o primeiro presidente dos EUA nos últimos 60 anos a se declarar católico, um fato que, supostamente, significa que ele “compreende profunda e pessoalmente a importância da fé e das instituições religiosas”. Dom José Gomez recorda, aliás, que o novo presidente do país já deu depoimentos sobre o quanto a fé lhe trouxe “consolo em tempos difíceis e trágicos”. Ao mesmo tempo, o representante dos bispos norte-americanos também recorda outros fatos concretos que não podem ser ignorados:

“O nosso novo presidente se comprometeu a seguir certas políticas que promoveriam males morais e ameaçariam a vida e a dignidade humanas, mais seriamente no tocante ao aborto, à contracepção, ao casamento e gênero. A liberdade da Igreja e a liberdade dos fiéis de viverem de acordo com a sua consciência é motivo de profunda preocupação”.

De fato, estima-se que Joe Biden revogará determinações do governo Trump que vetaram a destinação de verbas públicas a organizações nacionais e estrangeiras que realizam ou promovem o aborto.

O presidente dos bispos dos Estados Unidos enfatizou:

“O aborto é um ataque direto à vida que também fere a mulher e enfraquece a família. Não é apenas um assunto privado: ele gera situações problemáticas em aspectos fundamentais como a fraternidade, a solidariedade e a inclusão na comunidade humana. É também uma questão de justiça social. Não podemos ignorar a realidade de que os índices de aborto são muito mais altos entre os pobres e as minorias e que esse procedimento é usado sistematicamente para eliminar crianças que nasceriam com deficiências”.

EUA: Bispos saúdam medidas de Biden sobre migração




Os bispos dos Estados Unidos saudaram a decisão do presidente Joe Biden de interromper, em seu primeiro dia de mandato, algumas deportações e manter o programa DACA que favorece jovens imigrantes.

“Aplaudimos que o presidente Biden tenha restabelecido o programa DACA e o encorajamos fortemente a que ele e o Congresso gerem uma legislação que permita que os Dreamers tenham cidadania”.

Assim indicaram os bispos em um comunicado assinado pelo presidente do Episcopado e Arcebispo de Los Angeles, Dom José Gomez, e Dom Mario Dorsonville, Bispo Auxiliar de Washington e Chefe do Comitê de Migração.

O presidente Barack Obama criou em 2012 o Programa de Ação Diferida os Chegados na Infância (DACA), que favorece os dreamers, que chegaram ilegalmente ao país. Cerca de 800 mil pessoas foram beneficiadas com o mesmo.

A administração Trump tentou desde 2017 fechar o programa, ao não aceitar novos beneficiários, e deu ao Congresso seis meses para emitir uma lei, algo que não aconteceu. Depois disso, o governo procurou encerrar o programa, mas vários cortes o impediram.

Em junho de 2020, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o procedimento do governo para encerrar o programa era ilegal.

O Supremo Tribunal enviou o caso de volta ao governo, que anunciou que continuaria a não aceitar novos beneficiários enquanto o programa estava sendo revisado, e concedeu um ano de renovação aos beneficiários do mesmo.

A equipe de transição de Biden prometeu que enviará uma lei migratória ao Congresso para, entre outras coisas, oferecer um caminho para a cidadania para os dreamers e aqueles com Status de Proteção Temporária (TPS).

Dom Dorsonville também saudou outras decisões migratórias de Biden, incluindo a revogação de uma ordem executiva de Trump de 2017 que expandiu e intensificou a fiscalização da imigração e deportações de imigrantes indocumentados.

Abortos no mundo em 2021 já superam mortes por covid em toda a pandemia

 


Abortos no mundo em 2021 já superam mortes por covid em toda a pandemia. Na manhã de segunda-feira, 18 de janeiro, a soma das mortes provocadas pela covid-19 em todo o planeta ao longo dos últimos 12 meses ultrapassou os 2,033 milhões. Nesta mesma manhã, o total de abortos feitos no mundo somente em 2021 já superou essa dramática marca: foram mais de 2,038 milhões de abortos desde o dia 1º de janeiro.

Isso mesmo: só nos primeiros 17 dias e meio do ano de 2021, os abortos propositais já são mais numerosos do que toda uma pandemia histórica de covid-19 ao longo de 1 ano inteiro.

A fonte dos dados é o site Worldometers.info, um painel de estatísticas mundiais que apresenta números a partir de fontes oficiais. Ele mostra, por exemplo, que, do dia 1º de janeiro de 2021 até a manhã deste dia 18 do mesmo mês, já nasceram 6,7 milhões de pessoas, enquanto faleceram 2,8 milhões de seres humanos – sem contar os casos de aborto.

Portugal: Conferência Episcopal volta a suspender Missas com fiéis devido à Covid-19



Na quinta-feira, 21, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lamentou ter de suspender novamente as Missas com a presença de fiéis a partir deste sábado, devido à “extrema gravidade da situação pandêmica” que o país vive com a Covid-19; anteriormente a medida foi tomada em março de 2020 no início da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Por meio de um comunicado, a CEP afirmou que, “embora lamentando fazê-lo”, determina “a suspensão da celebração ‘pública’ da Eucaristia a partir de 23 de janeiro de 2021, bem como a suspensão de catequeses e outras atividades pastorais que impliquem contato, até novas orientações”.

Ressalta, porém, que “as Dioceses das Regiões Autônomas dos Açores e da Madeira darão orientações próprias”.

Além disso, solicita que, diante dessa decisão de suspensão das Missas públicas, sejam disponibilizadas aos fiéis a transmissão ao vivo “por via digital” das Celebrações Eucarísticas.

A CEP já havia determinado a suspensão das celebrações comunitárias em março de 2020, durante a primeira onda da pandemia. Esta medida foi mantida até o final de maio daquele ano.

Outra medida indicada agora pelos Bispos portugueses é que “as exéquias cristãs devem ser celebradas de acordo com as orientações da Conferência Episcopal de 8 de maio de 2020 e das autoridades competentes”.

Além disso, no dia 14 de janeiro, a CEP já tinha determinado a suspensão ou adiamento das celebrações de Batismos, Crismas e Matrimônios, frente à “gravíssima situação” provocada pela pandemia.

Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, até o momento foram confirmados 595.149 casos de Covid-19 em Portugal e 9.686 mortes. Desse total, 13.544 casos e 221 óbitos confirmados na última quinta-feira.

“Tendo consciência da extrema gravidade da situação pandêmica que estamos a viver no nosso País, consideramos que é um imperativo moral para todos os cidadãos, e particularmente para os cristãos, ter o máximo de precauções sanitárias para evitar contágios, contribuindo para ultrapassar esta situação”, afirma a CEP em seu comunicado.

Os Prelados também expressam “especial consideração, estima e gratidão a quantos, na linha da frente dos hospitais e em todo o sistema de saúde, continuam a lutar com extrema dedicação para salvar as vidas em risco”.

“Que Deus abençoe este inestimável testemunho de humanidade e generosidade e que eles possam contar com a solidariedade coerente e responsável de todos os cidadãos, a fim de que, com a colaboração de todos, possamos superar esta gravíssima crise e construir um mundo mais solidário, fraterno e responsável”, acrescentam.

Por fim, os Bispos portugueses pedem que, “a nível individual, nas famílias e nas comunidades, se mantenha uma atitude de constante oração a Deus pelas vítimas mortais da pandemia, pedindo ao Senhor da Vida que os acolha nos seus braços misericordiosos, e manifestamos o nosso apoio fraterno aos seus familiares em luto”.

Além da suspensão das Missas com a presença dos fiéis, de acordo com a Agência Ecclesia, do episcopado português, o retiro dos Bispos de Portugal, que deveria ocorrer de 22 a 26 de fevereiro, também foi cancelado.

Padre da Canção Nova é criticado nas redes após apoiar o presidente pró-aborto, Biden



Em resposta às criticas o padre respondeu: “A hipocrisia… Jesus falou dela dezenas de vezes e nenhuma do aborto”.

Nesta quinta e sexta-feira, Católicos de todo Brasil foram às redes sociais questionar a atitude do Padre Roger Araújo – membro da comunidade Canção Nova – que, juntamente com muitos outros padres e “católicos” mal formados, apoia o candidato Joe Biden, recém eleito Presidente dos EUA.

Conforme muitos meios de comunicação noticiaram, em poucas horas de exercício de seu mandato, ele já emitiu mais de uma dezena de decretos desfazendo atos do governo anterior. Entre eles se destaca a política pró-aborto e pró-LGBT do candidato que se declara “católico”.

Em uma postagem em suas redes sociais, o Padre Roger Araújo comemorou e abençoou o recém empossado presidente dos EUA, com as seguintes palavras:

“Os EUA é uma nação de maioria protestante. Dos 46 presidentes americanos este é o segundo presidente Católico e praticante. De missa dominical, oração diária, confissão e direção espiritual. Mantém excelente comunicação com os bispos americanos. Deus o abençoe!”



Descontentes com os elogios tecidos pelo padre, muitos católicos foram às redes sociais responder à postagem, alertando o padre que seu ponto de vista era incompleto e não correspondia a totalidade dos fatos pois, mesmo se declarando católico, Biden sempre apoiou o aborto e a agenda gay, ambas posições condenadas pela Santa Igreja de maneira incontestável.

Um católico de destaque e apresentador da Canção Nova, professor Felipe Aquino, também usou as redes sociais para alertar o padre e seu alerta fez sucesso, como vemos na foto no final da matéria.

“É pena que seja a favor do aborto.” - Prof. Felipe Aquino

Além desta resposta, muitos outros católicos se uniram para alertar o Padre da comunidade Canção Nova, como vemos abaixo. Muitos inclusive cobram um posicionamento e providências por parte da Instituição Católica que conta com acolhimento pontifício.

Diante da réplica, Padre Roger escreveu que “membros do partido democrata defendem o aborto. Ele (o presidente Biden) defende a constituição. 400 mil americanos morreram vítimas do pouco caso do presidente que sai e o único problema da humanidade para o conservadorismo doentio e o aborto”

Uma fiel respondeu, consternada, que “se o aborto não for o maior dos problemas, qual seria?”, ao que o Padre respondeu:

“A hiprocrisia… Jesus falou dela dezenas de vezes e nenhuma do aborto”.

sábado, 16 de janeiro de 2021

Cardeal Dolan: Aborto será um tema crucial para católicos também diante do governo Biden



O Arcebispo de Nova York, Cardeal Timothy Dolan, explicou em uma coluna publicada em 13 de janeiro porque os católicos não se envergonham de estar "preocupados demais" com o aborto, especialmente no contexto do próximo governo de Joe Biden.

Relembrando uma conversa com um político que lhe perguntou “por que os católicos são tão obcecados com o aborto?”, o Arcebispo de Nova York explicou que “na realidade, somos obcecados pela dignidade da pessoa humana e pela santidade de toda vida humana. Sim, a vida inocente e indefesa do bebê no ventre, mas também a vida do prisioneiro condenado à morte, do imigrante, dos idosos frágeis, dos pobres e dos doentes”.

“Na verdade”, diz o Cardeal Dolan na coluna publicada na Catholic New York, “este não é um tema exclusivamente 'católico', mas de direitos humanos. Não aprendemos que o aborto é horrível nas aulas de religião, mas em Biologia e em nossos cursos sobre a tradição dos 'direitos inalienáveis' na história dos Estados Unidos".

“Como podemos manter uma cultura que rejeita a violência, a exclusão, o suicídio, o racismo, a injustiça e a insensibilidade para com os necessitados, se aplaudimos, permitimos, pagamos e promovemos a destruição dos mais desamparados, o bebê no útero?", perguntou.

O Cardeal Dolan lembrou que "os partidários do aborto nos garantiram há quarenta e oito anos", com a sentença Roe vs. Wade, que o aborto permaneceria seguro, legal e pouco comum. "Até aqui as garantias! Só nos acostumamos. O aborto continua sendo o assunto mais controverso em nossa política, e as pesquisas mostram que a maioria dos norte-americanos quer restrições ao seu uso inquestionável e não quer que seus impostos paguem por isso", assinalou.

“Estamos ainda mais 'obcecados' agora, pois nosso novo presidente, a quem desejamos tudo de bom e que fala com admirável sensibilidade sobre a proteção dos direitos dos mais fracos e ameaçados, concorreu em uma plataforma que apoiava avidamente essa espantosa pena capital para os bebês inocentes não nascidos”, acrescentou.

Arcebispo dos Estados Unidos pede o fim da pena de morte



Próximo às três execuções federais programadas para janeiro nos Estados Unidos, o arcebispo Paul Coakley, presidente do Comitê de Justiça Doméstica e Desenvolvimento Humano dos bispos dos EUA, expressa profundo choque e preocupação com a repentina escalada da aplicação da pena de morte em solo estadunidense.

“Passaram-se sessenta anos desde que ocorreram execuções federais nos Estados Unidos”, disse ele, acrescentando que “historicamente houve apenas quatro, sendo a última em 2003”. No ano passado, no entanto, “houve dez execuções federais, o que é mais do que o total combinado de todos os cinquenta estados”.

O arcebispo Coakley, em entrevista ao Vatican News, expressou a oposição da Igreja ao uso da pena de morte, já que o governo do presidente Donald Trump acelera o ritmo das execuções federais em seus últimos dias à frente da Casa Branca.

Três execuções nos últimos dias do governo Trump

Na quarta-feira, 13, o governo dos Estados Unidos executou Lisa Montgomery, a única mulher no corredor da morte federal. Montgomery foi condenado em 2007 no Missouri pelo sequestro e assassinato de Bobbie Jo Stinnett, que na época estava grávida de oito meses. A execução de Montgomery foi a primeira em 2021 e a décima primeira desde o ano passado.

O governo também executou Corey Johnson na quinta-feira, 14, por uma série de sete assassinatos em 1992. Johnson cometeu os assassinatos para promover uma empresa de drogas. Embora os advogados de Johnson tenham argumentado por um atraso na execução, alegando que Johnson testou positivo para o coronavírus no mês passado, os tribunais não foram receptivos às suas reivindicações.

O governo Trump pretende executar seu último preso, Dustin J. Higgs, na sexta-feira. Higgs foi condenado à morte pelos assassinatos de três mulheres em 1996 em Maryland. Se a execução continuar como planejado, a morte de Higgs será a terceira esta semana.

Aborto livre no Chile é reproposto após aprovação na Argentina



Parlamentares e ativistas pró-vida questionam motivações por trás da nova tentativa de forçar a legalização do aborto livre no país.

Aborto livre no Chile é reproposto após aprovação na Argentina, mediante projeto de lei preparado por um grupo de deputadas em parceria com a “Mesa de Acción por el Aborto en Chile” e com a “Corporación Humanas”. O objetivo desse grupo é modificar o Código Penal chileno para ampliar o acesso ao aborto até a 14ª semana de gravidez, sem exigência de qualquer justificativa. Atualmente, com base na legislação de setembro de 2017, o país permite o aborto até a 12ª semana de gestação em casos de estupro, inviabilidade fetal e risco de vida para a mãe. Se a gestante for menor de 14 anos, o prazo é ampliado para 14 semanas de gestação.

Os atuais debates acontecem dentro da Comissão de Mulher, Equidade e Gênero, da Câmara dos Deputados.

Nem todos os parlamentares, porém, concordam com o projeto.

A deputada Ximena Ossandón, da Renovação Nacional, pediu explicações sobre o porquê da extensão do prazo até a 14ª semana, mas o seu questionamento não foi respondido durante a sessão. Ximena também pediu estatísticas consolidadas sobre mortes de mulheres em decorrência de abortos desde 1985 até 2017, assim como de 2017 até o presente. Ela solicitou ainda o número total de abortos realizados nesses dois períodos, bem como a quantidade de abortos não amparados nas três situações previstas em lei, assim como detalhes das sentenças aplicadas a mulheres e homens pelo crime de aborto.

A razão desta última solicitação é que os promotores do aborto livre estão usando a narrativa de que a legislação atual puniria injustamente uma grande quantidade de mulheres que não teriam alternativa a não ser o aborto clandestino.

Constanza Saavedra, do Coletivo pelas Duas Vidas, afirmou que o atual projeto apela para argumentos já debatidos em 2017:

“Naquela ocasião já dissemos que era uma porta de entrada para o aborto livre, mas negaram isso. Agora estão repetindo o mesmo argumento. Neste momento querem o aborto livre nas primeiras 14 semanas, mas daqui a dois anos vai ser em qualquer momento da gravidez”.

A este respeito, Constanza Saavedra declarou à agência ACI Prensa:

“A mulher que vive uma gravidez em situação de vulnerabilidade fica desamparada e abandonada. O Estado não oferece alternativa além do aborto. Para o Estado é muito mais fácil, rápido e barato investir na legalização do aborto do que realmente resolver os problemas da maternidade e da vulnerabilidade. O aborto não é um problema de saúde pública: é mais uma questão ideológica do que uma resposta às necessidades das mulheres chilenas. As mulheres pobres não querem matar seus filhos. Este é um plano bem organizado há anos. Na Argentina, a rejeição ao aborto foi contundente e categórica; o aborto não teve aceitação na sociedade, mas [seus promotores] conquistaram os votos para legalizá-lo”.

Constanza reforçou que o Coletivo pelas Duas Vidas defende a vida da mãe e do bebê em prol da verdadeira liberdade e dignidade das mulheres:

“Temos que trabalhar como sociedade em soluções reais e duradouras para atacar a raiz dos problemas que levam as mulheres a pensar que o aborto é a melhor solução. Não se resolve eliminando os pobres, mas sim retirando-os da pobreza; não se elimina o doente, mas se resolve a doença; depois do aborto, a mulher continua na mesma situação de vulnerabilidade”.

Presidente da CNBB convoca urgente solidariedade ao povo de Manaus: "É preciso ajudar!"



Em mensagem de vídeo, divulgada na sexta-feira, 15 de janeiro, a arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, reforçou que a gravíssima emergência de saúde em Manaus  (AM) é uma urgente convocação dos cristãos e todas as pessoas sensíveis ao sofrimento do próximo. “É preciso ajudar”, apelou.

Segundo ele, a CNBB dará a sua colaboração para levar oxigênio aos hospitais de Manaus, capital do Estado da Amazônia. Trata-se, segundo dom Walmor, de um gesto concreto e urgente de solidariedade ao povo sofrido de Manaus e também de solidariedade aos bispos que atuam na região amazônica.

O presidente da CNBB apelou aos líderes empresariais, empreendedores e políticos para que prestem seu auxílio aos irmãos e irmãs que sofrem nos hospitais oferecendo oxigênio, a vacinação e combatendo a especulação de quem quer lucrar com o sofrimento  e as perdas humanas.

Dom Walmor ressaltou que a pandemia se agravou no Brasil evidenciando uma fragilidade no planejamento do setor público mesmo com as lições de outros países que enfrentaram a segunda onda da Covid-19.

“Não podemos apenas no lamentar. É preciso agir de forma urgente, solidária e com responsabilidade”, disse. Cabe a cada pessoa, segundo ele, manter o distanciamento social, usar máscara e observar os protocolos das autoridades sanitárias.

Presidente da Argentina promulga lei do aborto



Na quinta-feira, 14 de janeiro, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, promulgou a lei do aborto que entrará em vigor nove dias depois de sua publicação no Diário Oficial e que foi qualificada pelos setores pró-vida como a “mais terrível” da história do país.

O projeto para legalizar o aborto foi uma promessa eleitoral de Fernández e sua discussão teve início no Congresso Nacional em 1º de dezembro de 2020. Antes de terminar o mês, o projeto foi aprovado pelos deputados e depois pelo Senado por 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção.

O principal argumento do lobby do aborto para tratar o projeto rapidamente foi que em 2018, quando o projeto de descriminalização do aborto foi rejeitado, houve um amplo debate a respeito.

Por isso, em dezembro de 2020, as sessões parlamentares foram modificadas, as conferências de especialistas foram reduzidas e o projeto foi aprovado, apesar de mais de 90% da população argentina ser contra o aborto legal.

Ocorreram muitas marchas multitudinárias em todo o país e o projeto recebeu duras críticas da Igreja Católica, organizações pró-vida, cientistas, profissionais de saúde, especialistas em ética e advogados.

Na cerimônia de promulgação, realizada no Museu do Bicentenário da Casa Rosada, Alberto Fernández disse que manteve sua palavra e que esta lei torna a Argentina "uma sociedade um pouco mais igualitária, um pouco mais justa".

“Muitos homens se sentem muito mal convivendo com a desigualdade” e “estou muito feliz por estar colocando fim ao patriarcado porque é uma grande injustiça que se vive na humanidade há séculos”, acrescentou.

Com essas leis, “estamos ampliando a capacidade de decidir”. “Que bom que no século XXI estejamos discutindo estas coisas”.

“Estamos dando mais liberdade às mulheres e mais capacidade de decidir”, “é um passo imenso e também é o resultado de uma luta coletiva”, disse Fernández.

Junto com o presidente estiveram a Ministra da Mulher, Gênero e Diversidade, Elizabeth Gomez Alcorta; o Ministro da Saúde, Ginés González García; a Secretária Jurídica e Técnica, Vilma Ibarra; entre outros representantes pró-aborto.

Ibarra reforçou que o projeto de aborto “responde a um problema gravíssimo de saúde pública, o aborto clandestino”.

Do mesmo modo, expressou que a lei “não viola as crenças de ninguém”, “ninguém terá que viver ou tomar decisões contra suas convicções, todo mundo poderá continuar tomando decisões conforme as suas crenças e as suas convicções”.

Junto com a lei do aborto, foi promulgada a Lei Nacional de Atenção e Cuidado Integral à Saúde durante a Gravidez e a Primeira Infância, conhecida como Plano dos 1000 dias, apesar de ter sido aprovada por unanimidade pelo Congresso da Nação, é considerada uma "estratégia enganosa" pelo setor pró-vida.

No final da mensagem, a produtora Faro Filmes afirmou que “o presidente Alberto ‘Herodes’ Fernández promulgou a lei mais terrível da nossa história nacional”.

“Foi aprovada por interesses políticos e econômicos, apesar do fato de o país ser profundamente pró-vida e de nossa Constituição e todas as evidências científicas, legais, médicas e estatísticas contradizerem os argumentos genocidas”, afirmou.

“Hoje nossa Pátria lamenta por este passo triste, mas não se rende e se levanta para continuar defendendo os nascituros e ajudando e acompanhando suas mães”.

No Twitter, a Maioria Celeste afirmou que “o país disse não ao aborto, mas o presidente não representa os argentinos, mas os interesses estrangeiros. Ele é o responsável pela morte de inocentes”.

Enquanto isso, Evelyn Rodríguez, promotora da ‘linha 0800 pró-vida’ expressou em sua conta no Twitter que “transformaremos nossa indignação e tristeza hoje em oração e ação. Continuaremos acompanhando a mulher que nos pede ajuda de qualquer parte do país, com a mesma paixão e alegria do primeiro dia! Nada vai nos parar!".

O usuário @JJXPA disse que “hoje é um dia muito triste, no qual se glorifica a perversidade de Alberto Fernández. “Se for coerente, agora deve legalizar assassinatos, estupros, roubos, porque 'acontecem'. A resistência está em marcha, porque a Argentina é pró-vida e esta lei cruel deve um dia ser revogada”.

As leis entrarão em vigor nove dias após a sua publicação no diário oficial.

O setor pró-vida denunciou repetidamente as consequências que uma lei deste tipo trará, com base em "estatísticas falsas, eufemismos e todo tipo de interesses estrangeiros".

Representantes pró-vida anunciaram que entrarão com ações de amparo nos tribunais constitucionais do país e se preparam para obter representação nas próximas eleições legislativas e provinciais em outubro.

Por sua vez, os profissionais de saúde se organizam para apresentar objeções de consciência.

Joe Biden nomeia ex-embaixadora pró-aborto para dirigir USAID



Na quarta-feira, o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou a ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU e defensora do aborto, Samantha Power, como administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O anúncio de sua indicação foi feito em 13 de janeiro pela equipe de transição Joe Biden-Kamala Harris.

Entre 2013 e 2017, durante o governo Barack Obama, Power trabalhou como embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, onde defendeu supostos “direitos” LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) no exterior.

Anteriormente, atuou no Conselho de Segurança Nacional, onde assessorou Obama e Biden sobre os "direitos das mulheres", que para o Partido Democrata incluem o aborto.

Em 13 de janeiro de 2021, a multinacional abortista Planned Parenthood Global e Biden a elogiaram como defensora dos “direitos humanos”.

"Samantha Power é uma voz mundialmente conhecida de consciência e clareza moral, que desafia e anima a comunidade internacional a defender a dignidade e a humanidade de todas as pessoas", disse Biden em um comunicado. Ela "lutará pelo valor de cada ser humano", acrescentou sua equipe de transição.

Por sua vez, a Planned Parenthood Global elogiou Power em um tweet: “Como uma voz firme pelos direitos humanos, Samantha Power tem a experiência e a oportunidade de promover a saúde sexual e reprodutiva [Ndr: eufemismo que inclui aborto e contracepção] e os direitos das pessoas em todo o mundo como administradora da USAID”.

Em um artigo recente, a organização norte-americana pró-vida Live Action disse que Power, em seu novo cargo, “ajudará Biden a restaurar os fundos do contribuinte para Planned Parenthood e outros grupos globais de defesa do aborto, fundos cortados pelo presidente Donald Trump através de sua política de Proteção à Vida”.

“Sob a administração Trump, os fundos através da USAID priorizaram os verdadeiros cuidados de saúde para mulheres e meninas e os direitos humanos para todos os seres humanos, incluindo os nascituros. Fez isso por meio da política ampliada de Trump na Cidade do México, que proíbe fundos de ajuda internacional para grupos que promovem e/ou realizam abortos", lembrou.

Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Jesús Magaña, presidente da plataforma Unidos por la Vida (Colômbia), disse que "é muito triste ver que o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem uma agenda de morte".

Magaña lamentou "a eleição de Samantha Power como nova diretora da USAID", pois sua "trajetória como promotora do aborto e da agenda LGBTI confirma que a agência será usada de forma ideológica para impor programas que se distanciam do desenvolvimento dos povos, impondo agendas de morte e destruição da família e da cultura desses povos aos quais pretende ‘ajudar’”.

“Estamos alertas e prontos para denunciar estas violações ao mais fundamental dos direitos humanos, o direito à vida”, acrescentou o líder pró-vida.

Austrália reconhece erro ao acusar Vaticano de transações suspeitas de 1,4 bilhão



Mídia fez grande alarde quando divulgou a acusação, mas é discreta na hora de corrigir a notícia falsa.

Autoridade australiana reconhece erro ao acusar transações suspeitas de 1,4 bilhão de euros do Vaticano para bancos na Austrália: o órgão de vigilância financeira do país da Oceania tinha questionado supostas transferências exorbitantes, mas depois reconheceu que o valor correto não era de 1,4 bilhão de euros, mas sim de 6 milhões de euros, e não de uma vez só, mas sim ao longo de 6 anos. Uma “pequena diferença” de 233,33 vezes a menos do que o denunciado, e que representa valores dentro da normalidade para o período.

Além do erro crasso no valor total das transferências, o Australian Transaction Reports and Analysis Centre (AUSTRAC) também tinha denunciado que havia 47.000 supostas transações suspeitas, mas agora admitiu que são 362 transações ao longo dos últimos 6 anos: uma média de 60 por ano, também dentro da normalidade. A “pequena diferença”, neste caso, é de 129,47 vezes a menos do que o denunciado.

Austrália reconhece erro ao acusar Vaticano

Em comunicado, a AUSTRAC alega “um erro de código informático na origem do cálculo”. Também teria havido confusão entre operações do Vaticano e outras da Itália.

O suposto valor estratosférico tinha gerado escândalo mundial. A Conferência Episcopal da Austrália, compreensivelmente surpresa, chegou a pedir que o Papa Francisco abrisse uma investigação formal sobre o caso, pois os bispos não sabiam para onde teria ido tanto dinheiro.

Postura de parte da mídia

Sem surpresas, uma parte da mídia mundial fez grande alarde quando divulgou a acusação, mas está sendo bastante “discreta” na hora de corrigir a notícia falsa.
Entre as manchetes tendenciosas na hora de acusar, o tom de muitos sites “informativos” foi do tipo “Igreja fez transferências bilionárias e suspeitas”, ou “Igreja não sabe explicar transferências de 1,4 bilhão do Vaticano para a Austrália”.

Resposta do Vaticano

Apesar de apontar a “enorme discrepância” entre os valores reais e os que tinham sido noticiados erradamente, o Vaticano emitiu uma nota oficial reiterando “respeito pelas instituições” da Austrália e expressando “satisfação pela colaboração entre as entidades envolvidas”.

O Vaticano também informou que as transferências reais dizem respeito à administração normal da presença da Igreja na Austrália. Não custa lembrar que a Igreja administra de paróquias e escolas até creches e obras assistenciais.

O Papa Emérito Bento XVI havia impulsionado reformas na estrutura financeira do Vaticano para profissionalizar a gestão e implementar todas as normas internacionais de transparência. Essas reformas foram intensificadas no pontificado de Francisco, que deu continuidade ao trabalho de Bento.

China considerada uma das principais preocupações de liberdade religiosa em 2021



A China continua sendo uma das principais preocupações em relação aos direitos humanos em 2021, disse esta semana à CNA, agência em inglês do grupo ACI, Nadine Maenza, comissária do Comissariado dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF).

"A China continua sendo uma das maiores preocupações do USCIRF, devido à detenção em massa de muçulmanos uigures do país na região autônoma de Xinjiang", disse Maenza, em 11 de janeiro.

Estima-se que entre 900 mil a 1,8 milhão de uigures e outras etnias muçulmanas na região foram detidos em mais de 1.300 campos de concentração naquele lugar, informou USCIRF. Houve relatos de trabalho forçado, doutrinação, espancamentos e esterilizações forçadas nos campos.

Maenza pediu aos Estados Unidos e às empresas internacionais "que pressionem a China a acabar com a horrível situação” nestes locais.

A recente repressão da China contra os defensores da democracia em Hong Kong também é uma preocupação urgente, disse a comissária, acrescentando que a China está "espalhando sua influência" por todo o mundo.

USCIRF é uma comissão federal bipartidária que promove a liberdade religiosa no exterior e informa sobre a perseguição religiosa ao Departamento de Estado. Os comissários são nomeados por membros republicanos e democratas do Congresso.

Maenza informou sobre alguns avanços positivos para a liberdade religiosa mundial em 2020.

O Uzbequistão, disse, "não promete apenas mudanças, mas já libertou prisioneiros por razões de consciência e está trabalhando com o USCIRF e outros para afrouxar suas restrições à prática religiosa, que incluem o registro obrigatório de igrejas".

No Sudão, a administração interina do Primeiro-Ministro Abdalla Hamdok proporcionou "mudanças reais" no tratamento de mulheres e minorias étnicas que "sofreram tremendamente sob o regime anterior".

No entanto, à medida que 2021 avança, há muitas áreas de preocupação para a liberdade religiosa internacional, incluindo os problemas atuais no Iraque e na Síria, onde o Estado Islâmico foi derrotado em 2017.

“Continuamos preocupados com as condições para os cristãos e yazidis nas planícies de Nínive e Sinjar. É notável que, depois de tantos anos e todo o dinheiro gasto, ainda não seja um lugar seguro para as minorias religiosas. E, de fato, quase nada mudou em Sinyar”, lamentou Maenza.

Os cristãos começaram a voltar para suas casas na Planície de Nínive, mas informaram que a segurança é a principal preocupação, tanto que algumas aldeias da zona nem foram reassentadas.

Arcebispo de Manaus suplica: "Pelo amor de Deus, nos enviem oxigênio"

Clamor de socorro de dom Leonardo Steiner escancara situação crítica da capital do Amazonas, atingida em cheio pela segunda onda de covid-19



Arcebispo de Manaus suplica: “Pelo amor de Deus, nos enviem oxigênio”: o enfático pedido de ajuda lançado por dom Leonardo Steiner é mais uma mostra da situação crítica da capital do Amazonas, que, atingida em cheio pela segunda onda de covid-19, está sofrendo o drama da falta de cilindros de oxigênio nos hospitais.

Nesta quinta-feira, 14 de janeiro, o Estado cujo território é o mais extenso do país, no coração da floresta, contabilizou 3.816 novos casos de infecção em 24 horas, seu recorde até o momento. Ao longo da pandemia, o Amazonas acumula quase de 225 mil casos e se aproxima dos 6.000 óbitos.

Doentes chegaram a falecer nesta quinta por falta de oxigênio, segundo relatos chocantes de médicos e enfermeiros. Os profissionais da saúde da capital amazonense tiveram de apelar para a ventilação manual na tentativa de atender pacientes com falta de ar. Ao longo desta sexta-feira, aviões da Força Aérea Brasileira começaram as transferências de cerca de 200 pacientes de Manaus para hospitais em outros Estados. Em paralelo, uma campanha nacional mobilizou brasileiros de todas as regiões a enviarem donativos ao Amazonas para a compra urgente de cilindros de oxigênio.

Projeto de lei obrigaria sacerdotes a violar segredo de confissão




Legisladores do estado de Dakota do Norte (Estados Unidos) apresentaram esta semana um projeto de lei que obrigaria os sacerdotes católicos a violar o segredo de confissão em casos de abuso infantil confirmado ou suspeito, com penas que variam de multas pesadas até prisão.

O projeto de lei foi apresentado em 12 de janeiro pelos senadores estaduais Judy Lee, Kathy Hogan e Curt Kreun, e pelos representantes estaduais Mike Brandenburg e Mary Schneider.

A lei atual de denúncia obrigatória em Dakota do Norte estabelece que o clero se considera informador obrigatório de abuso infantil conhecido ou suspeito, exceto quando "o conhecimento ou a suspeita deriva de informações recebidas em qualidade de conselheiro espiritual" como no confessionário.

O projeto de lei SB 2180 alteraria essa lei para abolir esta exceção. Se for aprovado, os sacerdotes que deixarem de denunciar abuso infantil conhecido ou suspeito, mesmo que seja revelado no confessionário, seriam considerados culpados de um crime menor de Classe B e enfrentariam 30 dias de prisão ou multas de até 1.500 dólares ou ambos.

Os sacerdotes são obrigados pelo direito canônico, derivado da lei divina, a manter a confidenciabilidade do conteúdo de uma confissão, e nem sequer podem revelar se uma confissão aconteceu ou não. O Código de Direito Canônico estabelece que o “sigilo sacramental é inviolável; pelo que o confessor não pode denunciar o penitente nem por palavras nem por qualquer outro modo nem por causa alguma”.

Os sacerdotes não podem violar o sigilo, nem sequer sob ameaça de prisão ou pena civil, e podem incorrer em excomunhão latae sententiae se o fizerem. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), número 1467, explica o ensinamento da Igreja sobre o segredo da confissão.

“Dada a delicadeza e a grandeza deste ministério e o respeito devido às pessoas, a igreja declara que todo o sacerdote que ouve confissões está obrigado a guardar segredo absoluto sobre os pecados que os seus penitentes lhe confessaram, sob penas severíssimas. Tão pouco pode servir-se dos conhecimentos que a confissão lhe proporciona sobre a vida dos penitentes”, diz o CIC.