Esta frase do Evangelho de Mateus faz parte da conclusão do grande Sermão da Montanha, no qual Jesus, depois de ter proclamado as Bem-Aventuranças, convida seus ouvintes a reconhecer a proximidade amorosa de Deus e indica como agir para corresponder a esse amor: descobrir que a vontade do Pai é o caminho mais direto para alcançar a plena comunhão com Ele, no seu Reino.
“Nem todo o que me diz: ‘Senhor! Senhor!’ entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
Mas o que é a vontade de Deus? Como podemos conhecê-la?
Chiara Lubich compartilhou a sua descoberta desta maneira: […] A vontade de Deus é a voz de Deus que continuamente nos fala e nos convida; é um fio ou, melhor, uma trama de ouro divina que tece toda a nossa vida na terra e mais além; é a maneira pela qual Deus nos expressa seu amor, um amor que pede uma resposta para que Ele possa realizar suas maravilhas em nossa vida. A vontade de Deus é o nosso dever ser, o nosso verdadeiro ser, a nossa plena realização. […] Então repitamos a cada momento, diante de cada vontade de Deus dolorosa, alegre, indiferente: “Seja feita a vossa vontade”. […] Descobriremos que essas simples palavras nos darão um poderoso impulso, como um trampolim, para fazer com amor, com perfeição, com total dedicação o que devemos fazer. […] E estaremos compondo, momento após momento, o maravilhoso, único e irrepetível mosaico de nossa vida que o Senhor pensou desde sempre para cada um de nós: Ele, Deus, ao qual só condizem coisas belas, grandes, imensas, nas quais cada peça do mosaico, por menor que seja – como um ato de amor – tem sentido e brilha, assim como as flores minúsculas e multicores têm seu sentido por serem parte da beleza sem limites da natureza.1
“Nem todo o que me diz: ‘Senhor! Senhor!’ entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
De acordo com o Evangelho de Mateus, a Lei por excelência do cristão consiste na misericórdia, que leva à plenitude toda expressão de culto e de amor ao Senhor.
Esta Palavra de Vida nos ajuda a abrir o nosso relacionamento com Deus, que certamente é pessoal e íntimo, à dimensão fraterna, por meio de gestos concretos. Ela nos impulsiona a “sair” de nós mesmos para levar reconciliação e esperança aos outros.
Um grupo de jovens de Heidelberg, na Alemanha, oferece este testemunho: O que fazer para que também nossos amigos experimentem que a chave da felicidade se encontra na doação de si mesmo aos outros? Foi esse o nosso ponto de partida para lançarmos nossa nova ação intitulada: “Uma hora de felicidade”. A ideia é muito simples: trata-se de fazer outra pessoa se sentir feliz, pelo menos durante uma hora por mês. Começamos com aqueles que achávamos mais necessitados de amor. E onde quer que oferecêssemos a nossa disponibilidade, vimos as portas se escancararem! É por isso que vocês nos encontram, por exemplo, em um parque, levando algumas pessoas idosas para passear em cadeiras de rodas; ou em um hospital, brincando com crianças internadas; ou praticando esportes com portadores de deficiência. Todos ficam muito felizes; mas, exatamente como o slogan da ação promete: ainda mais felizes ficamos nós! E nossos amigos que tínhamos convidado a participar? No início desconfiados, agora que fizeram a experiência de dar felicidade, concordam conosco: no momento em que doamos a felicidade, “é tiro e queda”: somos nós que a experimentamos.
1) LUBICH, Chiara. Conferência telefônica, 27 de fevereiro de 1992
_______________________________________
Focolares Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário