quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A cada 11 minutos, um cristão morre por causa da fé


"A notícia mais importante do mundo que nunca foi contada": assim o parlamentar britânico Jim Shannon definiu a perseguição contra os cristãos no mundo atual, que chegou ao extremo de um cristão morto a cada 11 minutos por causa da fé.

As estatísticas foram apresentadas no último dia 4 de dezembro na Câmara dos Comuns do parlamento inglês, em sessão dedicada precisamente a discutir a perseguição contra os cristãos em todo o planeta. Nenhuma outra religião é tão atingida hoje quanto a cristã.

De acordo com Shannon, o número de cristãos perseguidos por causa da fé em 2013 foi de 200 milhões. Outros 500 milhões vivem em "situação perigosa". É particularmente preocupante a situação na Síria, onde os cristãos "estão no meio do fogo cruzado do conflito" (Tempi, 5 de dezembro).

O parlamentar Sammy Wilson observa que, "no mês passado, centenas de pessoas, da Nigéria à Eritreia e à China, foram presas por causa da sua fé. E na prisão elas ficam sem direito a um processo e sem acesso a advogados (...) Elas podem apodrecer na prisão em condições horríveis. E isso não acontece apenas nos países muçulmanos, mas em todos os lugares".



No Iraque, "os cristãos estão com medo até de ir à igreja, porque podem ser atacados. Qualquer igreja é um alvo. Havia 1,5 milhão de cristãos no Iraque. Agora, provavelmente, restam 200 mil. Há mais cristãos iraquianos em Chicago do que em todo o Iraque".

O parlamentar Rehman Chishti, "criado em ambiente muçulmano e filho de um imã", acrescentou que "é absolutamente necessário fazer um debate sobre esta questão", porque a perseguição é "inaceitável". A perseguição aos cristãos, disse ele, citando seu amigo Michael Nazir-Ali, bispo anglicano emérito de Rochester, “está ocorrendo em 130 dos 190 países que existem”.

As perseguições contra quem acredita em Cristo não afetam só os países "distantes" do ambiente cristão. Nas sociedades ocidentais, especialmente na Europa, é cada vez mais comum ver igrejas e cemitérios profanados, ativistas como as do grupo Femen atacando símbolos religiosos e a mídia aproveitando cada oportunidade para denegrir a Igreja católica e os cristãos em geral.

Para Grégor Puppinck, diretor do Centro Europeu de Direito e Justiça, em Estrasburgo, na França, "a injustiça individual sofrida por alguns cristãos é o resultado de uma injustiça maior, que se refere à própria definição do homem" (First Things, 5 de dezembro).

"O dever dos cristãos não é viver sem problemas, mas dar testemunho para todos. Hoje a batalha é a determinação da fonte da moralidade, que o mundo tenta eliminar da consciência e da Igreja".


“Para garantir que a moralidade não acabe expulsa da esfera pública e se torne vulnerável a qualquer injustiça”, declara ele, “a posição moral do serviço cristão deve ser, mais do que nunca, a de testemunhar. Pedir para ser tolerados é desistir de ser compreendidos, e, por isso mesmo, é renunciar a dar testemunho do Caminho, da Verdade e da Vida".
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Disponível em: Aleteia

Por que Deus nos fez livres, mas podendo pecar?


Algumas pessoas me perguntam: por que Deus nos fez livres, sabendo que o homem iria usar mal dessa liberdade e cometeria o pecado? Essa questão é muito importante.

Para nos fazer belos, criados “à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26), Deus nos dotou de muitos dons que não deu aos animais: antes de tudo as mãos e a inteligência. Com as mãos construímos o que a inteligência elaborou. E ainda nos deu a liberdade, vontade, memória, inteligência, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir, chorar… Nenhum irracional tem isso.

Deus não podia nos ter feito melhores enquanto criaturas, pois Ele não olhou um “modelo” fora Dele para nos criar, mas “entrou dentro Dele mesmo” e O tomou como modelo para nos criar.

De todas as faculdades que Deus nos deu, a que mais nos assemelha a Ele é a liberdade; nenhuma outra criatura no mundo a tem. Podemos até dizer a Deus, como os anjos maus: “não vos servirei!” (Jer 2, 20). E Deus respeita. Esses anjos maus foram criados bons e belos, mas, usando mal da liberdade quiseram ser como Deus,  não se aceitaram como belas criaturas apenas. É o orgulho! O pior pecado.  O pecado é o abuso da liberdade dizia Santo Agostinho. Deus não nos deu liberdade para fazer o mal, mas só o bem.

Tirar a liberdade do homem, como fazem os países comunistas, é tirar-lhe a dignidade; é baixar-lhe ao nível de animal irracional. Por isso esses países sucumbem inexoravelmente. Deus quer que o amemos e sirvamos, mas, livremente. Ninguém aceita ser amado na marra. A nossa liberdade explica a triste história do pecado que destruiu o plano de Deus e que Jesus veio recuperar com sua Morte e Ressurreição. Se Deus não nos desse liberdade, a ponto de pecar, não seríamos imagem Dele, maravilhosos, e sim apenas robôs, marionetes e teleguiados. Ele não quis assim.


Deus aceitou “correr o risco” de nos fazer livres, mesmo sabendo que Ele teria que aceitar a morte do Seu Filho na Cruz para nos salvar. O Criador, em sua sabedoria e bondade, viu que assim era bom. Um mistério de Seu amor que não podemos entender até o fim.

São Paulo diz que “É para a liberdade que Cristo  nos libertou” (Gal 5,1). “Vós fostes chamados à liberdade irmãos. Entretanto que a liberdade não sirva de pretexto para a carne, mas, pela caridade, colocai-vos a serviço uns dos outros”  (Gal 5,13).


O que nos rouba a liberdade, mais que as cadeias de ferro, são as cadeias do pecado. “Não sabeis que oferecendo-vos a alguém como escravos para obedecer, vos tornais escravos daquele a quem obedeceis, seja do pecado que leva à morte, seja da obediência que conduz à justiça?” (Rom 6,16)


Prof. Felipe Aquino

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Fonte: Aleteia

É possível fazer um pacto com o demônio?


As pessoas podem pensar que os pactos com o demônio só exitem na literatura, mas estão equivocadas. Há pessoas que conscientemente pactuam com o demônio e lhe entregam a alma para conseguir algo nessa vida. A idéia de um pacto formal com o demônio aparece pela primeira vez no século V, nos escritos de São Jerônimo. Esse padre da Igreja pela primeira vez conta como um jovem recorreu a um mago para oobter favores de uma bela mulher, e como aquele lhe impôs como pagamento por seus servições a renúncia a Cristo, por escrito:

Uma segunda aparição desse tipo de pacto encontramos no século VI, na lenda de Teófilo; que aceita ser um servidor do demônio e assina um pacto formal. Essa lenda se expandiu pela Europa durante a Idade Média.

É possível um pacto com o demônio. Certamente, uma pessoa pode assinar um papel, porém não vai se apresentar ao demônio nem para entregar-lhe o papel, nem para recolhê-lo. Quando uma pessoa faz um pacto desse tipo, sempre espera que apareça alguém, mas é ele mesmo quem tem que escrever os termos. Uma vez firmados o pacto, não lhe aparece nada, algo que pegue o papel nas mãos. Tudo isso deve ser muito desanimador para quem esperava que lhe sucedesse algo. Ainda assim, se alguém invoca repetidamente vezes o demônio, coisas podem lhe acontecer. E essa cena tão pouco teatral, tão decepcionante para quem acreditava haver alguma aparição, deve-se avisar:

I- Firmar um pacto não significa obter uma vida de riquezas, honras e luxúria desenfreada. Eu conheci pessoalmente duas pessoas que fizeram esse pacto e, francamente, seu nível de vida ficou pior. Tampouco parece que o demõnio fosse especialmente generoso com eles no aspecto carnal. Isso acontece porque o demônio não é Deus nem pode dar tudo aquilo que quer;


II- A alma pode arrepender-se sempre que quiser com um simples ato de sua vontade. Arrependendo-se, o pacto se desfaz com papel molhado, sejam quais os termos do contrato. Inclusive, mesmo se houve a inclusão de uma clásula contra a possibilidade de arrependimento, essa não serve para nada. Deus, que nos deu a liberdade para fazer o que quisermos, não deu liberdade para renunciar à liberdade. Isto é válido também na eternidade, no Céu ou no Inferno, onde seguiremos sendo livres. Quem está no Céu já não pode mais pecar, e quem está no Inferno já não quer arrepender-se.

Muitos pensam que o demônio pode proporcionar o triunfo nos negócios. Porém, a razão pela qual o demônio não pode conceder nem aos menos isso aos seus servos é porque o êxito no trabalho depende da combinação de muitas causas e fatores. O demônio só pode tentar, por exemplo, um chefe que escolha um empregado em vez do outro. Mas a tentação pode ser superada, portanto, nem uma coisa tão simples como é segura em um pacto com o demônio.

O grande poder do pacto com o demônio é fazer a pessoa pensar que já está condenada, faça o que fizer. É difícil fazer uma pessoas que firmou um pacto com o demônio continuar sendo livre como antes. Porém, é assim.


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Extraído da Summa Daemoniaca, Pe José Antonio Fortea
Disponível em: Tradição em foco com Roma

Mandela, seus erros e as nossas pretensões


Oi Povo Católicoooooooo!!!!

Desde que Nelson Mandela morreu, vi trilhares de posts no Facebook, e em vários outros lugares, detonando a memória do cara e xingando ele de tudo o que é possível.  Alguns foram mais longe e detonaram nosso Papa Francisco, por ter lamentado publicamente a morte do líder sul-africano.  Falei tudo isso, mas este post não é sobre o Nelson Mandela.  Resolvi escrever um post sobre nós mesmos, nossa pretensão e nossa capacidade de julgamento.

Não, povo católico.  Não vou defender Nelson Mandela.  Na verdade, sei pouco de sua história pessoal.  O que vi em todo este episódio foram acusações de que ele teria matado centenas de pessoas em vários atentados dos braços armados revolucionários na África do Sul.  E isso é mesmo verdade… mas só começou depois que as forças armadas sul-africanas mataram quase 70 negros durante atos de resistência pacífica ao apartheid.  Isso talvez explique alguma coisa, mas concordo que não justifica.  Matar pessoas nunca é justificável.



Mas podemos apontar o dedo e avacalhar uma pessoa que estava lutando contra o fim de um dos mais duros regimes racistas da história?  Será que dava pra fazer de outro jeito?  Aliás… você consegue imaginar quão duro era o apartheid?  Confesso que eu não.  Eu, como muitos dos que xingavam muito no twitter e no Facebook, não tenho sofrimentos suficientes na vida pra entender como era a vida em um lugar em que pessoas que viviam com dignidade eram arrancadas de suas casas e jogadas em lugares sem um mínimo de dignidade para viver.  E não foram poucas.  Foram mais de 3,5 milhões.  E só por causa da cor.

Mas mesmo não tendo sentido nada parecido na pele, consigo imaginar o quanto estas pessoas deviam estar revoltadas.  O quanto deve doer na dignidade de um ser humano, ser proibido de viver em 90% de seu próprio país, por ser uma “raça” indesejada.  Tão indesejada, que qualquer tipo de relação sexual entre negros e brancos era considerado crime! Formar família, nem pensar!

Nós, católicos, vivemos reclamando de como somos execrados publicamente.  Mas eu garanto que, por pior que sejam as perseguições que sofremos hoje em dia, na frente do apartheid, vivemos no paraíso.

Diante disso, só posso valorizar quem lutou contra isso e desejar que a luta pela igualdade e pelo fim de qualquer discriminação seja levado adiante.  Por isso, entendo muito bem quando Papa Francisco diz:

“Louvo o firme compromisso demonstrado por Nelson Mandela ao promover a dignidade humana de todos os cidadãos da nação e forjar uma nova África do Sul, construída sobre os alicerces firmes da não-violência, da reconciliação e da verdade.”
Mensagem de Papa Francisco ao Presidente de África do Sul

E aí, eu não entendo é quem resolve apontar o dedo para o sucessor de Pedro e acusá-lo de estar “cometendo um grave erro”.  Qual “grave erro”?  O de louvar a promoção da dignidade humana?  O de louvar os acertos de um homem que levaram à paz e ao fim do sofrimento a milhares de pessoas?

O que queríamos?  Que Papa Francisco enumerasse uma lista de erros do passado de Nelson Mandela e dissesse “vai tarde”?  E o que faria com as boas obras?  Ignoraria?  Um mundo de miséria e violência só pode gerar homens de coração duro.  Mandela foi definitivamente um deles.  Mas lutou pelo que era justo e tirou milhares de pessoas da desgraça.

Ok.  Eu sei que ele, durante seu governo, foi a favor do aborto e pesam sobre ele, diversas acusações.  Mas o que esperar de um homem forjado em meio a tanto sofrimento? O que esperar de alguém que via a religião como meio de dominação?  Que não teve o privilégio que tivemos, de conhecer e experimentar o verdadeiro Cristianismo?

Tenho certeza de que ele errou.  Tenho certeza de que ele acertou.  O que tem mais peso, só Deus vai poder julgar.  Quem sou eu para achar que sei a resposta? Quem sou eu pra me achar melhor?


Povo católico, vamos passar adiante a mensagem de que todos temos dignidade infinita porque somos filhos do Senhor.  Deixemos Mandela descansar em paz, rezemos por sua alma e confiemos na justiça de Deus.


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Fonte: O Catequista

Francisco, "Pessoa do Ano" e tema mais comentado no Facebook em 2013

O Papa não procura fama e sucesso: 
ele está prestando seu serviço de anúncio do Evangelho, 
afirma porta-voz do Vaticano

O Papa Francisco está contente por ter sido eleito a "Pessoa do Ano" pela revistaTime, porque esta escolha ajuda a anunciar o Evangelho a mais pessoas, diz seu porta-voz.
 
O Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou positivamente e sem surpresa o anúncio da diretora da prestigiada revista semanal americana, Nancy Gibbs.
 
"Isso não é surpreendente, dada a enorme ressonância e a atenção dada à eleição do Papa Francisco e ao início do novo pontificado", disse Lombardi.
 
De acordo com o porta-voz do Vaticano, "é um sinal positivo que um dos mais prestigiados reconhecimentos na área da imprensa internacional esteja sendo dado a alguém que anuncia ao mundo os valores espirituais, religiosos e morais, e se expresse efetivamente em favor da paz e de uma maior justiça".


O Pe. Lombardi disse que o Papa "não procura fama e sucesso: ele está simplesmente prestando seu serviço de anúncio do Evangelho do amor de Deus por todos".

 
"Se isso atrai homens e mulheres e lhes dá esperança, o Papa está feliz. Se esta escolha do 'Homem do Ano' significa que muitos já entenderam esta mensagem, ainda que implicitamente, ele com certeza se alegra", concluiu o Pe. Lombardi.

 
Além de ser eleito como "Pessoa do Ano", o Papa Francisco também foi o assunto mais comentado do mundo no Facebook em 2013, segundo 
revela a própria rede social, superando temas como a reeleição de Obama e o bebê real britânico.
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Fonte: Aleteia

MP-RJ denuncia casal por ato obsceno na Marcha das Vadias durante a visita do papa


O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) informou na noite de segunda-feira (9) que denunciou um casal que danificou imagens de santos na Marcha das Vadias que aconteceu no dia 27 de julho em Copacabana, durante a Jornada Mundial da Juventude. Eles foram denunciados por prática de ato obsceno em local público e de preconceito de religião.

Eles tiraram as roupas, quebraram as imagens e ainda sentaram na cabeça de uma delas. A
marcha ocorreu durante a concentração de peregrinos para a 1ª missa da Jornada Mundial da Juventude com o papa Francisco.

Segundo o texto da denúncia, o casal demonstrou intolerância religiosa com os católicos presentes ao evento. "Os denunciados, com consciência e vontade, vilipendiaram publicamente santos e imagens católicas, quebrando-os intencionalmente para demonstrar o seu desprezo e preconceito pela religião católica".


A Marcha das Vadias reuniu cerca de 1.500 pessoas na orla de Copacabana. As ativistas protestavam contra a política da Igreja Católica e reivindicavam o Estado laico. Durante a marcha houve, distribuição de camisinhas, mulheres se beijando e cartazes a favor do aborto.

Um peregrino cuspiu no rosto de uma manifestante, mas, em resposta à agressão, as mulheres dançaram mostrando os seios e as nádegas.

A ação do casal que quebrou as imagens não teve relação com as organizadoras do evento, segundo nota em sua página do Facebook. "Tínhamos o compromisso com a segurança das pessoas e fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance para garantir isso, seja de quem estava apenas marchando, seja de quem estivesse performando. Acreditamos e defendemos a liberdade de expressão artística, religiosa, de consciência, de pensamento, de crítica, de vestimenta, e todas as liberdades civis individuais e coletivas garantidas pela Constituição Cidadã de 1988", dizia o texto.

O artigo 6º da Constituição diz que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias".


O artigo 208 do Código Penal prevê pena de prisão de um mês a um ano, ou multa, para quem "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso".
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Fonte: UOL

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Iniciativas de oração marcam início da Campanha Mundial de combate à fome


O presidente da Cáritas Internacional, cardeal Oscar Andrés Rodrigues Maradiaga, enviou um convite aos bispos, dioceses e comunidades de todo o mundo para um gesto de oração, que marcará o início da Campanha Mundial contra a fome e a pobreza. O evento ocorre no próximo dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, e tem como tema “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”.  No Brasil, a campanha é promovida pela CNBB e pela Cáritas Brasileira e o lançamento será sede da Conferência dos Bispos, a partir das 14h, em Brasília (DF).

“O elemento essencial desses recursos é a oração, especialmente o 'Pai Nosso', que o próprio Senhor nos ensinou e acima de tudo, a Eucaristia. Portanto, espero que a oração acompanhe esta campanha, a fim de inspirar a conversão necessária e novas iniciativas nas nossas dioceses, paróquias, comunidades cristas e religiosas, escola e familiares”, explica o cardeal.

Os regionais e dioceses da CNBB são convidados a participar da “onda de oração” que percorrerá várias partes do mundo, dando início às atividade da campanha. A mobilização internacional quer debater a realidade da pobreza no Brasil e no mundo. No lançamento da campanha, será divulgada uma mensagem do papa Francisco de apoio à iniciativa mundial.


Motivações

O cardeal Oscar Andrés pede, na carta, que os bispos promovam o lançamento da campanha em âmbito diocesano, envolvendo as paróquias, sob a supervisão da Cáritas local e com ajuda as pastorais das dioceses. Outra sugestão é que a campanha seja apresentada durante as celebrações e missas. “Esta luta agora deve ser intensificada por uma maior mobilização dos agentes pastorais e dos fiéis, e ação em todos os níveis, de modo que todos possam contribuir para eliminar a desgraça da fome no mundo”, comenta o presidente da Cáritas Internacional.

A campanha integra uma mobilização mundial da Caritas Internationalis que articulou as 164 organizações em favor da vida, dos direitos humanos e da justiça social. A onda de oração iniciará na ilha de Samoa, na Polinésia, prosseguindo por todo o mundo. Veja o mapa o roteiro de orações:clique aqui
A Cáritas e a CNBB pretendem com a campanha, que vai até 2015, sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre a realidade da fome, da miséria e das desigualdades no Brasil e no mundo, garantindo esse direito a todos os cidadãos de forma igualitária. Saiba mais: www.caritas.org.br

Confira a oração sugerida:

Oração da Campanha Mundial

Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas.


Senhor Nosso Deus, que nos confiaste os frutos da criação para que cuidássemos da Terra e nos alimentássemos de sua generosidade. Enviaste teu Filho para partilhar sua própria carne e sangue e para ensinar-nos a Lei do Amor. Por Sua morte e ressurreição, nos tornamos uma única família humana. Jesus teve grande preocupação com as pessoas que não tinham  o  que comer. Transformou cinco pães e dois peixes em um banquete que alimentou mais de cinco mil pessoas. Viemos diante de Ti, Senhor, conscientes de nossas fraquezas, mas com muita esperança, para  compartilhar o alimento com todas as pessoas da grande família humana. Na Tua sabedoria, ilumina os governantes e todos os cidadãos e cidadãs a encontrar soluções justas e solidárias para acabar com a fome no mundo e garantir o direito de cada ser humano à alimentação. Por isso Te pedimos, Senhor  Nosso Deus,  que  ao nos apresentarmos diante de Ti,  possamos nos proclamar como parte de "Uma Família Humana” com “Pão e Justiça para todas as pessoas". Amém! Axé! Hawere! Aleluia!
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Fonte: CNBB

Os Coptas: quem são?


Em síntese: Os Coptas são os cristãos do Egito, que no século V adotaram o monofisismo condenado pelo Concilio de Calcedônia (451). No século XVI uma parte da população copta reuniu-se à Igreja Católica, reconhecendo o primado de Pedro. Os dissidentes já não professam a heresia que lhes ocasionou a origem. Estenderam sua pregação até a Etiópia, onde também existem comunidades coptas.

A palavra copta deriva-se do árabe Qoubt, que é a deformação do grego Aigyptioi. Designa as habitantes do Egito anteriores à invasão árabe (século VIII) aderiram ao Evangelho no início da era cristã, mas no século V abraçaram a heresia monofisita, que o Concilio de Calcedônia (451) condenara. Formaram assim a Comunhão Egípcia Copta com ramificações na Etiópia (Abissínia). A partir do século XVI muitos dos dissidentes se uniram à Sé de Pedro em Roma de modo que há atualmente coptas separados da Igreja Católica e outros (em menor número e somente no Egito) unidos à Santa Sé.

Veremos, a seguir, a história e a doutrina de fé dos coptas.

1.       Coptas monofisistas: histórico

Desde os primeiros séculos do Cristianismo registrou-se certa rivalidade entre a sé de Alexandria e a de Bizâncio (Constantinopla) aquela podia fazer valer sua origem no tempo dos Apóstolos (fundada por São Marcos?), ao passo que esta era uma cidade pequena promovida em 330 a capital do Império Romano e sede do poder imperial, muitas vezes despótico e pouco simpático. Tal rivalidade se acentuou por ocasião da controvérsia ariana: S. Atanásio de Alexandria (+ 373) defendia a reta fé contra a heresia ariana tutelada de certo modo pelos imperadores bizantinos; com Atanásio estavam os monges do Egito, que eram os guias espirituais da população local.

No fim do séc. IV o bispo Teófilo de Alexandria esteve em posição hostil a São João Crisóstomo de Constantinopla, sendo o alexandrino apoiado pelo poder imperial.

Em meados do século V o bispo Dióscoro de Alexandria propôs a teoria monofisita: em Cristo havia uma só pessoa (divina) e uma única natureza (divina), pois a natureza teria sido absorvida pela divina. Tal teoria foi rejeitada pelo Concilio de Calcedônia (451), pois destruía o conceito mesmo de Encarnação. Os cristãos do Egito separaram-se então da Igreja Católica. O governo imperial, usando de violência, impôs a Alexandria o bispo ortodoxo Protério, donde resultou um tumulto popular e a morte do prelado. O monofisismo foi-se implantando cada vez mais no Egito, apesar das intervenções do governo imperial, que para lá enviava bispos ortodoxos.


Em 617 os persas invadiram o Egito e reconheceram tão somente a hierarquia monofisita. Doze anos mais tarde, sobreviveram os árabes muçulmanos, que confirmaram o predomínio do monofisismo: este passou a constituir como que um Estado dentro do Estado muçulmano, sendo o Patriarca copta chefe religioso e civil, com sua legislação e seus tribunais próprios Em breve, porém, começou a pressão árabe os cristãos foram submetidos a vexames e pesados impostos – o que redundou na apostasia de muitos, a tal ponto que já não convinha aos muçulmanos, pois os convertidos deixavam de pagar impostos. Os monofisitas fiéis foram tratados como parias, de modo que a população monofisita do Egito perdeu quase todo o seu significado no país.

Tal situação se pro traiu até o século XIX, quando o governo egípcio resolveu conceder liberdade religiosa a todos os cidadãos. – Eis, porém, que a péssima administração eclesiástica copta provocou uma revolta de leigos influentes na Igreja: a rebelião durou dez anos, ou seja, de 1882 a 1892. Somente em 1928 a situação na comunidade copta se normalizou, estando porém a Igreja muito enfraquecida: restavam poucos dos numerosos mosteiros de outrora. O cidadão copta no Egito ainda é considerado de categoria inferior. Não obstante, os fiéis se sentem membros de uma grande família unida e solidária em torno do seu Patriarca que é como um pai para todos.

2.      Coptas monofisitas: doutrina

O ponto crucial é a Cristologia. Verifica-se, porém, que, embora os coptas guardem grande estima por Dióscoro, o arauto do monofisismo, condenado em Calcedônia, já não professam a mesma heresia. Com efeito, na segunda metade do século V o Patriarca Timóteo Eluro, de Alexandria, tomou posição contra o rígido monofisismo e confessou ter permanecido em Cristo toda a substância de autêntico ser humano, em virtude da qual o Emanuel é consubstancial com a Virgem Maria; todavia, dizia Timóteo Eluro, não é lícito falar de duas naturezas em Cristo, pois isto poderia implicar o erro de Nestório, que admita duas naturezas e duas pessoas em Cristo (em suma as discussões teológicas da época eram alimentadas, muitas vezes, pela polivalência dos vocábulos do que pela diferença dos conceitos). A concepção cristológica de Timóteo é ortodoxa; foi reafirmada pelos Patriarcas Sanúcio (século IX) e Menos (século X), que professavam haver em Cristo tudo o que é de Deus e tudo o que é do homem sem mistura nem deterioração do Divino e do humano. Tal profissão de fé perdura até hoje entre os coptas, todavia sem referência a Calcedônia.

No tocante à SSma. Trindade, os teólogos coptas reconhecem um só Deus em três pessoas, mas não entram no debate do Filioque existente entre latinos e gregos; no Credo professam: “Creio no Espírito Santo” sem acrescentar … “o qual procede do Pai”. Recentemente, porém registra-se a atitude de escritores coptas que apoiam os bizantinos na sua recusa do Filioque.

O primado de Pedro foi aceito pelos coptas antigos, cujo porta-voz seja ibn Saba ao escrever “Os nossos pais, os Apóstolos, foram edificados sobre a pedra que é Pedro, chefe universal”. Contudo não se encontram explícitos testemunhos do primado dos sucessores de Pedro. A Teologia copta moderna rejeita o primado romano sob a influência dos escritores bizantinos.

Os coptas admitem a doutrina do purgatório, mas as suas concepções sobre o além não são claras, mescladas como estão com noções de antiga religião egípcia. Além do sacramento da Unção dos Enfermos, têm um óleo bento no sábado santo e ministrado aos adultos que gozam de boa saúde, mas vivem em estado de pecado grave. O sacramento da Ordem, segundo os mestres coptas, não imprime caráter indelével. Aceitam o divórcio para os casos de adultério e de total incompatibilidade de gênios. Praticam a confissão auricular.

3. No Egito os coptas católicos

No Egito – e somente no Egito – existe uma comunidade copta católica.

Com efeito. No século XVI os franciscanos missionários no Egito deram início a uma pregação mais sistemática entre os coptas – o que foi redundando na conversão de certo número à fé católica. Em 1739 o bispo copta de Jerusalém chamado Atanásio, tendo ido ao Cairo, converteu-se à fé católica e em 1741 foi por Bento XIV nomeado Vigário Apostólico dos coptas católicos, que eram então cerca de dois mil. Tal prelado, porém não assumiu atitudes claras perante os monofisitas, pelo que foi substituído por Mons. Giusto Manghim, que recebeu o título de Vigário Geral.

Somente no século XIX foi decretada plena liberdade religiosa no Egito; para aproveitar a oportunidade de maior expansão, o Papa Leão XIII quis organizar melhor a Igreja Católica no Egito, dando-lhe uma hierarquia; foi nomeado Patriarca de Alexandria Mons. Cirillo Nacário, o qual apostou em 1908, causando grave dano à comunidade católica. Esta foi-se reerguendo aos poucos, principalmente após a guerra de 1914-18; de 1927 a 1937 o número de fiéis passou de 20.000 a 47.000. Pouco após a segunda guerra mundial (1939-45) eram 63.000, com 88 presbíteros e 70 igrejas. Aos 9/08/1947 foi de novo nomeado um Patriarca católico para Alexandria e foi criada a diocese de Assiut, que, com a de Minia (criada em 1938) constituía a Igreja católica copta do Egito.

4. Na Etiópia os coptas

Os etíopes ou abissínos foram evangelizados por missionários provenientes do Egito em meados do século IV; o Patriarca de Alexandria se encarregava de lhes mandar um Bispo ou abuna que os governasse (costume que persistiu durante séculos).
No século V passaram-se, com os coptas, para o monofisismo.
No decorrer dos tempos os cristãos sofreram perseguição por parte de pagãos e muçulmanos, o que lhes causou danos e perdas, principalmente quando o Patriarca de Alexandria não lhes podia mandar um abuna. Apesar do clima hostil, os cristãos etíopes traduziram seus livros litúrgicos para o gheez, língua do Tigre, e os monges se dedicaram à vida intelectual.

No século XVII os jesuítas portugueses converteram à fé católica, o rei Susnéos e uma parte da população; estes frutos missionários tiveram pouca duração; o abuna Salma se distinguiu na recusa a qualquer ulterior tentativa de conversão. No começo do século XX os cristãos da Etiópia pleitearam sua independência frente a Alexandria. O Patriarca se mostrou contrário a esta perspectiva, mas finalmente concedeu ordenar cinco bispos para aquele país em 1929 e 1930. Quando os italianos ocuparam a região em 1935, empenharam-se por obter a independência da comunidade copta etiópica frente ao Egito. Nada tendo conseguido, em 1937 convocaram um Concilio nacional abissínio, que elegeu como abuna um os bispos locais. A isto respondeu a autoridade religiosa egípcia com um decreto de excomunhão para o eleito. Não obstante, as aspirações dos etíopes não esmoreceram. Após a partida dos italianos em 1942, um congresso nacional etíope empreendeu conversações com os egípcios. Estas, tendo durado seis anos, terminaram num acordo, segundo o qual, após a morte do então abuno seria nomeado um arcebispo nativo, que governaria a Igreja, ordenado porém pelo Patriarca de Alexandria. Os monges desempenharam papel muito importante nessa grande família religiosa.
Ao lado dos etíopes monofisitas, existe no país uma pequena comunidade católica, devida ao trabalho missionário dos padres lazaristas que foram para a Abissínia em 1839 sob a orientação do Bem-aventurado Justino de Jacobis. Os católicos abissínios expandiram-se pela Eritréia, sempre como minoria sofrida sob os regimes do governo local.

5. Conclusão

Como se pôde perceber, as diferenças doutrinárias entre coptas e católicos não são de grande monta; os coptas são guardas fiéis da tradição com seus valores perenes. Isto se compreende ainda melhor se se leva em conta que o Egito foi o berço do monaquismo, tanto do eremítico (Santo Antão foi o pioneiro), quanto do cebobitico (com São Pacômio). Possam estes títulos superar os preconceitos nacionalistas que dificultam a volta à unidade!
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Fonte: Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, Osb
Nº 504, Ano 2004, p. 242

Disponível em: Central Católica