A
Igreja “não é rígida”, “é livre”. Foi o que destacou o Papa Francisco, na Missa
desta quinta-feira, 5, na Casa Santa Marta. Na homilia, o Pontífice advertiu
para três grupos que se declaram cristãos: os “uniformizadores”, os
“alternativos” e os “aproveitadores”. Para eles, a Igreja não é a casa própria,
mas vivem de aluguel.
Francisco recordou que Jesus reza pela Igreja
e pede ao Pai que entre os Seus discípulos não existam divisões nem brigas.
Porém, muitos afirmam que pertencem à Igreja, mas estão com um pé dentro e
outro fora dela. Desse modo, outorgam-se a possibilidade de estar em ambos os
lugares.
Sobre
os três grupos de pessoas que se dizem cristãs, o Santo Padre começou por
aqueles que querem que todos sejam iguais na Igreja. “A uniformidade. A
rigidez. São rígidos! Não têm aquela liberdade que o Espírito Santo dá. E
confundem aquilo que Jesus pregou no Evangelho com a doutrina deles de
igualdade. E Jesus nunca quis que a sua Igreja fosse rígida. Nunca. E essas
pessoas, por esta atitude, não entram na Igreja. Declaram-se cristãos,
católicos, mas sua atitude rígida os afasta da Igreja”.
Outro grupo é formado pelos alternativos, que
são aqueles que sempre têm uma ideia própria que não condiz com a da Igreja, e
sim constitui uma alternativa. Desse modo, a pertença dessas pessoas à Igreja é
parcial. “Alugam-na até um certo ponto. Eles não estavam presentes no início da
pregação evangélica! Pensemos nos gnósticos que o apóstolo João repreende
fortemente: ‘Somos, sim, católicos, mas com essas ideias’. Uma alternativa. Não
compartilham aquele sentimento próprio da Igreja”.
O terceiro grupo constitui-se por aqueles que
se dizem cristãos, mas não entram no coração da Igreja. São os
“aproveitadores”, que querem tirar vantagem da Igreja para interesses próprios,
uma situação que existe desde o início dela.
“Nós os vimos em comunidades paroquiais,
dioceses, congregações religiosas, em benfeitores da Igreja… são muitos!
Vangloriam-se de serem benfeitores, mas do outro lado da mesa, fazem seus
negócios. Eles também não sentem a Igreja como mãe, como sua”.