domingo, 7 de junho de 2015

Catequese do Papa: misérias sociais que afetam as famílias


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 3 de junho de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Nestas quartas-feiras temos refletido sobre família e sigamos adiante neste tema, refletir sobre família. E a partir de hoje, as nossas catequeses se abrem, com a reflexão à consideração da vulnerabilidade que tem a família, nas condições da vida que a colocam à prova. A família tem tantos problemas que a colocam à prova.

Uma dessas provas é a pobreza. Pensemos em tantas famílias que povoam as periferias das megalópoles, mas também nas zonas rurais. Quanta miséria, quanta degradação! E depois, para piorar a situação, em alguns lugares chega também a guerra. A guerra é sempre uma coisa terrível. Essa também afeta especialmente as populações civis, as famílias. Realmente a guerra é a “mãe de todas as pobrezas”, a guerra empobrece a família, uma grande predadora de vidas, de almas e dos afetos mais sagrados e mais queridos.

Apesar disso tudo, há tantas famílias pobres que com dignidade procuram conduzir a sua vida cotidiana, muitas vezes confiando abertamente na benção de Deus. Esta lição, porém, não deve justificar a nossa indiferença, mas sim aumentar a nossa vergonha pelo fato de existir tanta pobreza! É quase um milagre que, mesmo na pobreza, a família continua a se formar e até mesmo a conservar – como pode – a especial humanidade das suas relações. O fato irrita aqueles planejadores de bem-estar que consideram os afetos, as relações familiares como uma variável secundária da qualidade de vida. Não entendem nada! Em vez disso, nós deveríamos nos ajoelhar diante dessas famílias que são uma verdadeira escola de humanidade que salva a sociedade das barbáries.

O que nos resta, de fato, se cedemos à chantagem de César e do Dinheiro, da violência e do dinheiro, e renunciamos também aos afetos familiares? Uma nova ética civil chegará somente quando os responsáveis da vida pública reorganizarem os laços sociais a partir da luta contra a espiral perversa entre família e pobreza, que nos leva ao abismo. 

O Segredo de Fátima


O texto abaixo foi extraído do site do Vaticano (tradução para língua portuguesa) e contém a íntegra do documento divulgado pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, no qual é revelado e comentado o terceiro segredo de Fátima

O « SEGREDO » DE FÁTIMA

Primeira e segunda parte do « Segredo » segundo a redação feita pela Irmã Lúcia na «Terceira Memória », de 31 de agosto de 1941, destinada ao bispo de Leiria-Fátima. Terei para isso que falar algo do segredo e responder ao primeiro ponto de interrogação.


O que é o segredo?

Parece-me que o posso dizer, pois que do Céu tenho já a licença. Os representantes de Deus na terra, têm-me autorizado a isso várias vezes, e em várias cartas, uma das quais, julgo que conserva V. Ex.cia Rev.ma do Senhor Padre José Bernardo Gonçalves, na em que me manda escrever ao Santo Padre. Um dos pontos que me indica é a revelação do segredo. Algo disse, mas para não alongar mais esse escrito que devia ser breve, limitei-me ao indispensável, deixando a Deus a oportunidade d'um momento mais favorável.

Expus já no segundo escrito a dúvida que de 13 de Junho a 13 de Julho me atormentou e que n'essa aparição tudo se desvaneceu.

Bem o segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar.

sábado, 6 de junho de 2015

Se podemos receber licitamente a comunhão dos sacerdotes heréticos ou excomungados, ou também pecadores, e ouvir a missa dita por eles.


O nono discute-se assim. — Parece que podemos receber licitamente a comunhão, dos sa­cerdotes heréticos ou excomungados, ou também pecadores, e ouvir a missa celebrada por eles.

1. — Pois, como diz Agostinho, não devemos fugir dos sacramentos quer administrado por um homem bom, quer por um homem mau. Ora, os sacerdotes, embora pecadores, e os heréticos ou excomungados, celebram um verdadeiro sacra­mento. Logo, parece que não devemos evitar o receber deles a comunhão, ou ouvir-lhes a missa.

2. Demais. — O corpo verdadeiro de Cristo é figurativo do corpo místico, como se disse. Ora, o verdadeiro corpo de Cristo é consagrado pelos referidos sacerdotes. Logo, parece que os per­tencentes ao corpo místico podem comungar no sacrifício deles.

3. Demais. — Muitos pecados são mais gra­ves que a fornicação. Ora, não é proibido ouvir missa dos sacerdotes que cometeram outros pe­cados. Logo, também não deve sê-lo ouvi-las dos sacerdotes fornicários.

Mas, em contrário, dispõe um cânone: Ninguém ouça a missa de um sacerdote de quem tem certeza que vive em concubinato. E Gregó­rio narra: Um pai pérfido mandou ao filho um bispo ariano, a fim de que das mãos deste rece­besse a comunhão sacrilegamente consagrada. Ora, aquele, varão temente a Deus, vendo-o che­gar, exprobrou como devia o bispo ariano. 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Se o sacerdote degradado pode celebrar o sacramento da Eucaristia.


O oitavo discute-se assim. - Parece que o sacerdote degradado não pode celebrar este sa­cramento.

1. — Pois, ninguém celebra este sacramento senão pelo poder que tem de· consagrar. Ora, o degradado não tem o poder de consagrar, em­bora tenha o de batizar, como dispõe um cânone. Logo, parece que o presbítero degradado não pode consagrar a Eucaristia.

2. Demais. — Quem dá também pode tirar. Ora, o bispo dá ao presbítero o poder de consa­grar, quando o ordena. Logo, também lh'o pode tirar, degradando-o.

3. Demais. — O sacerdote, pela degradação, ou perde o poder de consagrar ou só o exercício dele. Ora, não só o exercício, porque então o degradado não perderia mais que o excomungado, que também não possui o exercício. Logo, parece que perde o poder de consagrar. Donde se conclui que não pode consagrar este sacra­mento.

Mas, em contrário, como o prova Agostinho, os apóstatas da fé não perdem o poder de bati­zar; pois, quando voltam pela penitência, não lhes é ele reiterado, o que demonstra não no ha­verem perdido. Ora, semelhantemente, o degra­dado, uma vez que se reconcilia, não deve ser ordenado de novo. Logo, não perdeu o poder de consagrar. Por onde, o sacerdote degradado pode celebrar este sacramento. 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Lanciano, a missa que não acabou

O Milagre Eucarístico de Lanciano ainda hoje desafia 
a ciência e chama a atenção dos fiéis católicos

Era uma manhã de domingo comum, na cidade italiana de Lanciano, no mosteiro de São Legoziano, onde viviam os Monges de São Basílio. O mais incrédulo deles proferia as palavras da Oração Eucarística, quando, de repente, ocorreu o inesperado. Os olhos assustados do religioso denunciavam o evento. Deus havia condecorado a sua suspeita quanto à transubstanciação com o mais prodigioso dos milagres eucarísticos de que se ouviu falar.

A hóstia convertera-se em Carne viva e o vinho em Sangue Vivo. O pequeno monge que outrora duvidara da presença real de Cristo na Eucaristia agora era obrigado a reconhecer sua tolice, pedindo perdão a Deus - e à comunidade presente - por sua falta de fé: "Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!" 01

Comoção geral. A pequena assembleia reunida se lançou sobre o altar, chorando e clamando a misericórdia de Deus. Havia nascido um novo São Tomé. O monge ganhara a fama do cético apóstolo de Jesus e Lanciano, as multidões que se dirigiram à cidade, ano após ano, em longas peregrinações.

A princípio, os fiéis guardaram as relíquias num tabernáculo de marfim, mas, em 1713, foram transferidas para uma custódia de prata e um cálice de cristal, onde se encontram até hoje, na Igreja de São Francisco. Enquanto o Sangue se dividia em cinco fragmentos, coagulados em diferentes dimensões, a Hóstia-Carne aparentava um tecido fibroso, de coloração escura, e rósea quando iluminado pelo lado oposto. 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Apoio a tema da Parada Gay? Comissão da Arquidiocese de SP viajou na purpurina


Às vésperas da realização da 18ª Parada Gay, a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo publicou uma nota de apoio ao tema do evento deste ano, que pede o fim da violência contra os gays. Ora, os católicos devem apoiar o fim da violência contra os gays? Claro que sim! Mas é adequado que esse apoio seja dado por meio de um evento essencialmente anticristão? Definitivamente não!

Na nota, amplamente divulgada pela mídia, a Comissão oferece apoio ao tema, não à Parada em si; entretanto, é óbvio que, ao fazer isso, legitimou o evento, ainda que de modo implícito. E assim passou à sociedade a mensagem ambígua de que, de alguma forma, a Arquidiocese de SP considera a Parada Gay positiva, pois defende os diretos humanos que a Igreja tanto preza. O GRANDE PORÉM é que, ao mesmo tempo, os promotores da Parada atacam direitos humanos bem mais universais e básicos, como a liberdade de expressão dos que não pensam como eles!

Só pra refrescar a memória dos “inocentes”: a Parada do Orgulho LGBT é aquele desfile em que costuma-se debochar dos símbolos católicos sagrados. Ah, e isso sem contar os marmanjos barbudos fazendo sexo encostados às paredes da Igreja da Consolação (confira o desabafo do Pe. Zé Roberto Pereira).

Vale a pena ver esse vídeo do Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, denunciando a ofensa aos sentimentos religiosos do nosso povo na Parada Gay de 2011:

Abuso: Paróquia da Arquidiocese de Natal promove exposição ao Santíssimo de casa em casa.


Nestes dias que antecedem a festa solene de Corpus Christi, a Paróquia do Beato Mateus Moreira da Arquidiocese de Natal tem dividido os fiéis ao fazer uma espécie de vigília eucarística com o Santíssimo Sacramento nas casas dos fiéis. Isto mesmo! O sacerdote consagra as hóstias na Santa Missa e as envia de casa em casa por um ministro extraordinário da comunhão eucarística. O diácono (não identificado) da paróquia assim se expressou nas redes sociais mediante a chuva de críticas recebidas:

Todos os anos fazemos nosso Tríduo Eucarístico para celebrar a solenidade de Corpus Christi e fazemos essa peregrinação levando Jesus Eucarístico pelas ruas da bairro de nossa paróquia. Precisamos levar Jesus até as pessoas. E essa é uma forma de evangelizar. Precisamos nos movimentar e sair de porta em porta. Adoramos Jesus na Eucaristia exposto no altar. Olha que coisa mais extraordinária: levar o mesmo Jesus que adoramos no altar pelas ruas para que todos possam experimentar essa graça. E isso não é feito de forma irresponsável nem profana. Temos ministros de Eucaristia conduzindo cada ostensório, nosso sacerdote, nosso diácono, e nossos acólitos. E o povo de Deus aclamando Jesus quando ele passa. Escolhemos algumas casas, de preferência onde tenham pessoas impossibilitadas de ir até a igreja e ali fazemos um momento de adoração. Ficamos muito agradecidos pela sua preocupação com o que é sagrado.

No entanto, o capítulo 6 da instrução Redemptionis Sacramentum trata sobre "a reserva da Santíssima Eucaristia e seu culto fora da Missa" e nos lembra que o Santíssimo Sacramento deve ser reservado em um sacrário, na parte mais nobre, insigne e destacada da igreja, e no lugar mais apropriado para a oração e também que é proibido reservar o Santíssimo Sacramento em lugares que não estão sob a segura autoridade do Bispo ou onde exista perigo de profanação e reafirma que ninguém pode levar a Sagrada Eucaristia para casa ou a outro lugar. É um direito dos fiéis visitar frequentemente o Santíssimo Sacramento e não serem visitados por Ele. 

Homilética: Solenidade de Corpus Christi - Ano B: "Corpo e Sangue da nova aliança".


A fé da Igreja na presença do seu Senhor ressuscitado no mistério da Eucaristia remonta à origem da comunidade cristã. São Paulo transmite o que recebeu da tradição, cerca de 25 anos depois da morte de Jesus. É a narração mais antiga da Eucaristia. A Igreja nunca abandonou esta centralidade. Também o Evangelho de Marcos dá-nos hoje um relato semelhante da instituição da Eucaristia.


A Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo foi instituída em meados do século XIII, numa época em que se comungava muito pouco e onde se levantavam dúvidas sobre a «presença real» de Jesus na hóstia consagrada depois da celebração da Eucaristia. A Igreja respondeu, não com longos discursos, mas com um ato: sim, Jesus está verdadeiramente presente mesmo depois do fim da missa. E para provar esta fé, criou-se o hábito de organizar procissões com a hóstia consagrada pelas ruas, fora das igrejas.


Hoje, não é raro encontrar católicos que põem em dúvida esta permanência da presença Jesus no pão eucarístico. As palavras de Jesus esclarecem-nos: «Este é o meu Corpo… Este cálice é a nova Aliança no meu sangue». Estas afirmações de Jesus, na noite de quinta-feira santa, não dependiam nem da fé nem da compreensão dos apóstolos. É Jesus que se compromete, que dá o pão como sendo o seu corpo, o cálice de vinho como sendo o cálice da nova Aliança no seu sangue. Só Ele pode ter influência neste pão e neste vinho.


Hoje, é o sacerdote ordenado que pronuncia as palavras de Jesus, mas não é ele que lhes dá sentido e realidade. É sempre Jesus ressuscitado que se compromete, exatamente como na noite de quinta-feira santa. O sacerdote e toda a comunidade com ele são convidados a aderir na fé a esta ação de Jesus. Mas não têm o poder de retirar a eficácia das palavras que não lhes pertencem. A Igreja tem razão em celebrar esta permanência da presença de Jesus. Que esta seja para nós fonte de maravilhamento e de ação de graças!