domingo, 5 de julho de 2015

Somos brasileiros americanizados


Na última sexta-feira, 26 de junho, o mundo foi impactado pela notícia de que os 50 Estados norte-americanos passam a reconhecer o chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Como sempre, houve reflexos fortes aqui no Brasil. Ao longo do dia, pessoas passaram a mudar a sua foto de perfil nas redes sociais sobrepondo a elas as cores da bandeira LGBT, com a legenda “love won”, que quer dizer “o amor venceu”.

Não é de hoje que grande parte dos brasileiros adere e celebra modas dos Estados Unidos. Música, roupa, comidas “fast-food”...  Nosso país tem tanta coisa boa, própria, e, mesmo assim, parecemos cada vez mais uma nação de “brasileiros americanizados”. Eu não sou contra as pessoas adotarem algumas práticas norte-americanas, mas não consigo entender como uma nação inteira dá tanta relevância a modas que vêm de lá sem analisar o que há por trás delas. No caso da união homoafetiva, além do mais, ela já tinha sido aprovada pelo STF no Brasil ainda em 5 de maio de 2011.

A este respeito, gostaria de falar especialmente aos cristãos que mudaram a sua foto de perfil pelas fotos coloridas. Não posso julgar ninguém, mas acho melhor revisarem a sua fé e os seus princípios morais, pois cristãos de verdade não podem apoiar a relativização do conceito de família natural. 

Jubileu marca 150 anos da entrega do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos missionários Redentoristas


Em 2016, a Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas) comemora os 150 anos da entrega do ícone da Mãe do Perpétuo Socorro pelo Papa Pio IX, quando disse: “Façam-na conhecida pelo mundo inteiro”. Em razão desta data, o Superior Geral da Congregação, padre Michael Brehl, convocou um Ano Jubilar de 27 de junho de 2015 até 27 de junho de 2016. No Brasil, locais onde Redentoristas propagam essa devoção se unirão à comemoração jubilar.

No Sul do Brasil, em Curitiba (PR), além do início do Ano Jubilar, o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro comemora também os 55 anos do início das novenas na capital paranaense. Em 1960 na Capela Nossa Senhora da Glória, com a chegada dos missionários redentoristas em Curitiba teve início a prática das novenas, e com o crescimento da devoção, viu-se a necessidade de construir uma Igreja maior, o Santuário, que foi inaugurado em 1969.

Segundo informações da Arquidiocese de Curitiba, hoje, a novena feita todas as quartas-feiras pode ser considerada patrimônio cultural da cidade, atraindo todos os anos ao Santuário aproximadamente 2 milhões de pessoas. Neste dia, aproximadamente 35 mil pessoas participaram das 17 novenas realizadas de hora em hora, sendo três delas com a Santa Missa. Além disso, na capital paranaense e na Região Metropolitana, celebra-se a novena em mais de 150 pontos diferentes entre Paróquias, capelas, hospitais, asilos, entre outros, sendo esta a devoção mais conhecida da capital paranaense.

Unção dos Enfermos: um sacramento de vivos


A Unção dos Enfermos é, provavelmente, o menos compreendido dos sacramentos. Eis o fundamental que um católico precisa saber a respeito desse dom de Deus para a Igreja:

- A Unção dos Enfermos é um sacramento, ou seja, um sinal sensível instituído por Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e certas graças específicas, que são próprias de cada um dos sete sacramentos (Batismo, Confissão, Eucaristia, Confirmação, Matrimônio, Sacerdócio e Unção dos Enfermos). No caso da Unção dos Enfermos, essas graças específicas são a preparação da alma para o Céu, o perdão dos pecados veniais, das imperfeições e até dos pecados mortais, e, se Deus julgar oportuno para a salvação do enfermo, a graça da recuperação da saúde.

- “Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e à morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus” (Catecismo da Igreja Católica - CIC, nº 1499).

- A Unção dos Enfermos não é um sacramento apenas dos que estão no fim da vida. Ela pode ser recebida quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a correr o risco de morrer (cf. CIC, nº 1514). 

sábado, 4 de julho de 2015

Vítima da ideologia de gênero


Pretendemos, hoje, desmascarar a “prova” da diabólica ideologia de gênero apresentada pelo médico norte-americano Dr. John Money a partir dos quase indizíveis sofrimentos de Bruce Reimer, cuja alma recomendamos ao Senhor em nossas preces.

Já foi aqui repetido à exaustão – mas nunca é demais relembrar – o que essa ideologia antinatural ensina: ninguém nasce homem ou mulher, mas, sim, vem ao mundo como um ser neutro que, com o tempo, escolherá tornar-se homem, mulher ou neutro (nem um nem outro) de acordo com a educação recebida. Isso afronta o plano de Deus (cf. Gn 1,27) e a própria ciência médica que mostra aos pais o sexo do bebê: homem ou mulher. O neutro é invenção ideológica, sem prova científica empírica.

No entanto, nos anos de 1960, o Dr. John Money, médico da John Hopinsk University, de Baltimore (Estados Unidos), tentou, por meios espúrios, comprovar que a sexualidade depende da educação e não da Biologia, usando da boa fé de uma família em desespero que o procurou como médico.

O caso, em suma, foi o seguinte: o casal Janet e Ron Reimer gerou dois filhos homens, Bruce e Brian, mas um deles (Bruce) teve seu órgão genital amputado em uma circuncisão, de modo que os pais entraram em desespero até conhecerem o famoso Dr. Money em um programa de TV. Aí ele defendia que é possível a um bebê ter um sexo neutro ao nascer e que, por isso, pode ser mudado com o correr dos dias. 

Bispo da Diocese de Lafayette, EUA, orienta católicos à desobediência civil quanto ao "casamento gay".

 

O Bispo Michael Jarrell da Diocese de Lafayette, Louisiana emitiu uma forte declaração de condenação à decisão da Suprema Corte americana em favor do "casamento" gay:

"Deixe-me dizer muito claramente que nenhum tribunal humano tem autoridade para mudar o que Deus escreveu na lei da criação. Esta decisão é incompatível com a natureza e definição de casamento como instituído pela Lei Divina. A aliança conjugal foi estabelecida por Deus com a sua natureza e leis próprias".

O bispo recomenda a desobediência civil aos católicos que exercem os papéis do governo e que podem ser forçados a ratificar ou legalmente reconhecer pessoas do mesmo sexo em "casamentos".

"Sei que esta decisão consciente vai criar problemas para muitos católicos, especialmente aqueles em cargos públicos. Em alguns casos, a desobediência civil pode ser uma resposta adequada."

Ele ainda proíbe o clero de participação em serviços para pessoas do mesmo sexo em seus "casamentos", bem como propriedade diocesana de ser usada para quaisquer desses eventos.

Nenhum sacerdote ou diácono desta Diocese podem participar em cerimônia civil ou de celebração de um casamento do mesmo sexo. Todos os católicos são convidados a não comparecer em cerimônias de casamento do mesmo sexo. Nenhuma instalação ou propriedade católica, incluindo, mas não limitado a paróquias, missões, capelas, salas de reuniões, católica de ensino, instituições de saúde ou de caridade, ou instalações pertencentes às ordens benevolentes pode ser usado para a cerimônia de casamento do mesmo sexo.

Casamento em igreja protestante é válido?


Um católico pode se casar numa igreja protestante? O casamento de fiéis que sempre foram protestantes é considerado válido pelos católicos?

Depende de quem está se casando lá. Se nenhum dos dois nunca foi católico, o casamento é válido. Mas se pelo menos um for católico (ou tiver sido), só com dispensa especial do bispo.

Vejamos por que...

Durante 16 séculos os fiéis apenas decidiam se casar, anunciavam publicamente e isso já era considerado sacramento, nem precisava de sacerdote. Depois, já casados, iam até a Igreja para receber uma bênção do sacerdote que se dirigia de forma especial à mulher, pois era ela que devia correr todos os riscos da gravidez. Ainda hoje, no ritual do matrimônio, a bênção nupcial é dirigida principalmente à mulher.

Claro que isso começou a criar confusão, com homens que tinham diversas esposas em cidades diferentes. Então, no séc. 16, usando o "poder das chaves" dado a S. Pedro, foi decidido que um casamento entre dois católicos só seria válido diante de um padre com jurisdição. E isso é assim até hoje. 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Uma visão geral da iminente viagem do Papa à América Latina


Cheia de esperança é a viagem que, do 5 ao 13 de Julho, levará o Papa Francisco à América Latina, onde passará por três países – Equador, Bolívia, Paraguai – voará sete vezes no avião, pronunciará 22 discursos, e anunciará “a alegria do Evangelho” (leitmotif da viagem) perante mais de um milhão de pessoas.

Não poderia ser de outra forma para o que João Paulo II já havia chamado, visitando-o várias vezes, de "o continente da esperança". Uma expressão que permaneceu nos registros, lembrada com emoção pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, em uma longa entrevista dada hoje no Centro Televisivo Vaticano, na véspera da "mais longa viagem” do pontificado de Bergoglio.

Para compreender a sua importância, o cardeal refere-se precisamente às palavras do Santo Papa polaco, que o próprio Francisco mencionou na Missa na Basílica de São Pedro, no dia 12 de dezembro de 2014, por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe: A América Latina como "continente da esperança". "A partir dela - destaca Parolin citando diretamente as palavras de João Paulo II - espera-se novos modelos de desenvolvimento que combinem tradição cristã e progresso civil, justiça e equidade com reconciliação, desenvolvimento da ciência e tecnologia com sabedoria humana, sofrimento fecundo com alegre esperança".

Portanto, este é "o caráter" da terra que o Santo Padre vai visitar. Terra que pode oferecer novos impulsos para a Igreja e para a política mundial, como destaca a entrevistadora Barbara Castelli. "O continente latino-americano é um continente em movimento – confirma, de fato, o Secretário de Estado – no qual estão presentes transformações, mudanças a nível cultural, a nível econômico, a nível político”, que, durante estas décadas, em uma “fase positiva”, permitiram que muitas pessoas saíssem da extrema miséria e “se incorporassem progressivamente também na classe média". 

Ideologia de Gênero e Democracia


De repente caiu nas mesas das Câmaras Municipais um termo que para muitos era novo: a agenda de gênero, ou ideologia de gênero. Também a sociedade, de forma geral, estava e está desavisada. Repórteres perguntam nas ruas e as pessoas respondem, quase sempre, que não sabem do que se trata. Os pais, as famílias, as escolas, as comunidades religiosas, nas quais estão quase todos os cidadãos brasileiros, não foram chamados ao debate, não foram comunicados, nem explicados, vendo-lhes negado o direito de participação. As coisas vieram de cima para baixo, com data marcada, insinuando urgência. Primeiro veio para aprovação o texto do Plano Municipal de Educação, depois o Plano de Políticas para a Mulher, certamente virão outros. Todos eles recheados da ideologia de gênero, de forma, muitas vezes, subliminar, obscura, possibilitando, até aos mais letrados, confusão sobre a matéria, correndo o perigo de aprovarem algo que, em consciência, não desejariam.

Para agravar a questão, o Plano Nacional de Educação havia sido aprovado no Congresso Nacional, na data de 25 de julho de 2014, após serem retiradas as expressões relacionadas à ideologia de gênero, tais como identidade de gênero, orientação sexual e outras. O referido Plano Nacional de Educação, livre da ideologia de gênero, foi sancionado pela Presidente da República (Lei 13.005). Contudo, o Fórum Nacional de Educação, desconsiderando a autoridade do Congresso Nacional, publicou em novembro de 2014 documento final do CONAE (Conselho Nacional de Educação), um longo texto a ser levado aos estados e municípios, contendo os termos rejeitados no Congresso. Não há como deixar de ver nesta ação uma tentativa de impor aos cidadãos brasileiros, a todo custo, a agenda de gênero por interesse de grupos ideológicos. O texto inclui mais de trinta vezes tais expressões como identidade de gênero, orientação sexual.