terça-feira, 8 de novembro de 2016

Terremoto na Itália não é “castigo divino”, afirma autoridade Vaticana


O substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado Vaticano, Dom Giovanni Angelo Becciu, lamentou as declarações difundidas no último dia 30 de outubro na rádio local, quando um sacerdote disse que os terremotos na Itália foram um “castigo divino” devido à aprovação das uniões homossexuais. A autoridade vaticana disse que são “afirmações ofensivas para os crentes e escandalosas para quem não crê”.

No dia 30 de outubro, o Pe. Giovanni Cavalcoli respondeu na Rádio Maria a pergunta de um ouvinte a respeito dos sismos ocorridos no centro do país, se estes são consequências da aprovação de leis contrárias a Deus, como a legalização das uniões homossexuais no último mês de maio.

O sacerdote, que fez uma análise de pecado mortal e as suas consequências na salvação das pessoas, assinalou que “do ponto de vista teológico esses desastres são consequência do pecado original, portanto, podem ser considerados verdadeiramente como castigo do pecado original. Mesmo que não gostem dessa palavra, a direi, pois é uma palavra bíblica, não há nenhum problema. Naturalmente, é necessário compreender bem o que se entende por castigo”.

No entanto, disse que é “um discurso muito delicado” pensar que se esses desastres “não serão um castigo divino pelas ações cometidas hoje em nossa sociedade”. Mas, sem entrar na “quase superstição”, recordou que o terremoto desmoronou a igreja de Núrsia que recorda São Bento, pai da civilização cristã europeia, que atualmente vive uma “gravíssima crise”.

“Enfim, tem-se a impressão de que essas ofensas foram causadas pela lei divina, pensem na dignidade da família, na dignidade do matrimônio, como também na dignidade da união sexual”. É para pensar “que estamos diante de um castigo divino, digamos assim”.

“Certamente é uma reivindicação muito forte da Providência, mas não tanto, digamos, no sentido aflitivo, mas sim no sentido de reivindicação à consciência, para reencontrar os princípios da lei natural”, expressou. 

#Enem2016: "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil".


Se eu disser que "todos os deuses pagãos são demônios" (Sl XCV, 5), ou seja, todos os "deuses" das religiões não abraâmicas, isto é intolerância religiosa?

Se eu disser que "há um só Pastor, uma só Fé, um só Batismo" (Ef IV, 5) e uma só Igreja, Santa e Católica, e que, portanto — se quero ser coerente com a Fé que professo — todas as demais religiões são falsas, no sentido de que não foram fundadas e edificadas por Deus (cf. Mt XVI, 18), isto é intolerância religiosa?

Se, seguindo a ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo — "Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt XXVIII, 19) —, eu anunciar o Evangelho aos que não são católicos, com a intenção de fazê-los discípulos de Cristo por meio de Sua Santa Igreja Romana, isto é intolerância religiosa?

Se eu disser que "toda autoridade foi dada a Cristo, no Céu e na terra" (Mt XXVIII,18), e que, desta forma, toda ordem espiritual e temporal deve estar sujeita ao Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, isto é intolerância religiosa?

Vejam: não se trata de deixar de praticar a caridade para com quem é de outra religião (amá-lo em Cristo), nem de deixar de conviver com ele, nem de discriminá-lo (no sentido pejorativo), nem de agredi-lo verbalmente, nem de persegui-lo, nem de negar-lhe a dignidade humana. Trata-se tão somente de professar de modo integral a Fé que Cristo, Nosso Senhor, revelou. 

Ladrões roubam igreja e profanam sacrário em Salvador (BA)


Peças do acervo de Arte Sacra da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Convento da Lapa, em Nazaré, foram roubadas neste domingo (6). Quatro castiçais, um ostensório - peça utilizada para expor a hóstia - e a porta do sacrário de prata foram levados por ladrões, ainda não identificados. Segundo informações da Polícia Civil, quem roubou as peças teve acesso à igreja pelos galhos de uma mangueira.


"O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia (Barris). A equipe do Serviço de Investigação (SI) da unidade está em campo, a perícia já foi realizada e não há câmeras de segurança no local", disse a Polícia Civil, em nota.

ENEM 2016: Nossa redação sobre Tolerância Religiosa


Gabarita, Povo Católico!

O MEC propôs o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” para a redação do ENEM 2016. Que legal! Seria essa uma tentativa de esquerdar um pouco mais os nossos jovens ou de finalmente endireitá-los? Em todo o caso nós de O Catequista resolvemos dar a nossa contribuição e apresentar nossa redação também!

A intolerância religiosa no Brasil é algo absolutamente evidente e talvez um dos maiores problemas desse país. Discorda? Bem, vejamos… segundo o IBGE, 92% da população brasileira é religiosa, sendo 86% cristã e 65%… católica! Dito isto, como explicar que a esmagadora maioria das políticas públicas e da produção cultural sejam dedicadas a desconstruir e combater os valores da quase totalidade da população? Tanta forçação de barra só pode ser intolerância religiosa!

Nos perguntamos também: como explicar nosso judiciário tentando criar cada vez mais oportunidades para que a indústria do aborto se instale no país? A última desculpa esfarrapada foi a epidemia de Zika, que quase se tornou mais um motivo para matar bebês, com o devido apoio de toda a grande mídia.

Aliás, vale lembrar a repercussão da PL 5069/2013 que fecha a brecha para ao aborto indiscriminado no país. Ela nem foi a plenário ainda (apenas passou na Comissão de Constituição e Justiça) e já foi alvo de amplo mimimi de todos os lados. O engraçado é que quando se fala em religião, os defensores do aborto imediatamente tentam desqualificar qualquer argumentação. Ora… mas esse argumento não representaria 92% da população? Só pode ser intolerância.

A penitência de coração sincero


Façamos penitência enquanto vivemos na terra. Somos barro nas mãos de um artífice. O oleiro pode recompor o vaso que lhe sai defeituoso ou se lhe desfaz nas mãos, enquanto o está a modelar; mas depois de o introduzir no forno já não o retoca mais. Assim também nós, enquanto estamos neste mundo, façamos penitência e arrependamo‑nos sinceramente de todos os pecados cometidos, enquanto é tempo, para sermos salvos pelo Senhor.

Depois de partirmos deste mundo, já não poderemos confessar os nossos pecados nem fazer penitência. Por isso, irmãos, façamos a vontade do Pai, conservemos casto o nosso corpo e guardemos os mandamentos do Senhor, e assim alcançaremos a vida eterna. Diz o Senhor no Evangelho: Se não fostes fiéis no pouco, quem vos confiará o muito? Eu vos digo: Quem é fiel no pouco também será fiel no muito. Quer dizer: conservai o corpo casto e o caráter cristão imaculado, para que sejais dignos de receber a vida. E nenhum de vós ouse afirmar que o nosso corpo não será julgado nem ressuscitará.

Considerai bem: em que situação fostes redimidos e iluminados, senão enquanto vivíeis neste corpo? Por isso devemos guardar o corpo como um templo de Deus. Assim como fostes chamados neste corpo, também neste corpo vos apresentareis. Se Cristo Senhor, que nos salvou, sendo antes apenas espírito, Se fez homem e assim nos chamou, também nós receberemos a recompensa neste corpo. Amemo‑nos, portanto, uns aos outros, para chegarmos todos ao reino de Deus. Enquanto temos tempo para sermos curados, entreguemo‑nos a Deus, nosso médico, e demos‑Lhe a retribuição devida. Que retribuição? A penitência de um coração sincero. Deus conhece previamente todas as coisas; conhece tudo o que se passa no nosso coração. Tributemos‑Lhe o nosso louvor, não só com a boca mas também com todo o coração, para que nos receba como seus filhos. Porque o Senhor disse: Os meus irmãos são aqueles que fazem a vontade de meu Pai.


Da Homilia de um autor do século II

(Cap. 8, 1 – 9, 11. Funk 1, 152-156)

Se Maria é virgem, quem são os irmãos de Jesus?




Irmãos ou parentes próximos?

Viajando pelo país não é muito difícil perceber a variedade de termos usados na língua portuguesa. Sotaques, pronúncias e afins que podem ter sentidos variados de acordo com a região e o costume do lugar. Como não pensar nas Sagradas Escrituras cujos livros divinamente inspirados foram escritos em épocas, costumes, nações e povos diferentes e por vezes com distância de tempo consideradas? Pois bem, a língua hebraica possui apenas uma palavra para designar parentesco e que, ao se traduzir para o latim e o grego (que foram as primeiras traduções bíblicas do hebraico), a palavra hebraica que designava qualquer parentesco foi traduzida pela palavra “irmão”. Porém, como notamos a seguir, não se pode dizer que todos os irmãos citados na Bíblia sejam, de fato, irmãos de sangue. Vejamos:

NO ANTIGO TESTAMENTO

EXEMPLO 1

Estes são os descendentes de Taré: Taré foi pai de Abrão, Nacor e Arão. Arão foi pai de Ló, e morreu antes de seu pai Taré, em sua terra natal, Ur dos Caldeus. Abrão e Nacor casaram-se. O nome da mulher de Abrão era Sarai e o nome da mulher de Nacor, Melca filha de Arã, pai de Melca e Jesca. Sarai era estéril e não tinha filhos. Taré pegou o filho Abrão, o neto Ló filho de Arã, a nora Sarai, mulher de seu filho Abrão, e os fez sair de Ur dos Caldeus, para dirigir-se à terra de Canaã. Mas, quando chegaram a Harã, ali se estabeleceram. - Gênesis 11,27-31.

Levando consigo sua mulher Sarai, o sobrinho Ló e todos os bens que possuíam, além dos escravos que haviam adquirido em Harã, Abrão partiu rumo à terra de Canaã, aonde chegaram. – Gênesis 12,5

Conforme percebemos em destaque nos textos acima, entendemos que:

TARÉ, pai dos irmãos: Abrão e Arã.
ARÃO, pai de Ló.
ABRÃO, tio de Ló.
LÓ, sobrinho de ABRÃO.

Porém, no texto abaixo, Ló é chamado de “irmão” de Abrão, embora seja sobrinho:

Abrão disse a Ló: “Não deve haver discórdia entre nós e entre nossos pastores, pois somos irmãos”. – Gênesis 13,8.

Embora Abraão seja somente tio de Ló, ele o chama de “irmão”, pois na língua hebraica não existe outra palavra para designar este tipo de parentesco como sobrinho.

EXEMPLO 2

Rebeca tinha um irmão de nome Labão. Ele saiu correndo até a fonte em busca do homem, - Gênesis 24,29.

Isaac chamou Jacó, deu-lhe a bênção e ordenou: “Vai a Padã-Aram, à casa de Batuel, teu avô materno. Casa-te lá com uma das filhas de Labão, irmão de tua mãe”. – Gênesis 28,2

BATUEL, pai dos irmãos: Labão e Rebeca.
REBECA, mãe de Jacó.
LABÃO, tio de Jacó.
JACÓ, sobrinho de Labão.

Porém, no texto abaixo, Labão é chamado de “irmão” de Jacó, embora só seja seu tio:

Labão disse a Jacó: “O fato de seres meu irmão* não é motivo para que me sirvas de graça; dize-me que salário queres”. – Gênesis 29,15

EXEMPLO 3

Os filhos de Merali foram Mooli e Musi; os filhos de Mooli foram Eleazar e Cis. Eleazar morreu sem deixar filhos, mas teve filhas que se casaram com os filhos de Cis, seus irmãos.* – 1 Crônicas 23,21-22.

MOOLI, pai dos irmãos: Eleazar e Cis.
ELEAZAR teve filhas.
CIS teve filhos.
FILHAS de Eleazar são PRIMAS dos filhos de Cis.

As filhas de Eleazar são chamadas de irmãs dos filhos de Cis, embora só sejam primos.

EXEMPLO 4

Os filhos de Aarão, Nadab e Abiú, tomaram cada um seu turíbulo, puseram neles fogo, colocaram incenso e ofereceram diante do Senhor um fogo profano, que não havia sido autorizado. Então saiu um fogo enviado pelo Senhor, que os devorou, e morreram na presença do Senhor. Moisés disse para Aarão: “A isto se referia o Senhor ao dizer: Serei santificado pelos que se aproximam de mim, e glorificado diante de todo o povo”. Aarão ficou calado. Moisés chamou Misael e Elisafã, filhos de Oziel, tio de Aarão, e lhes disse: “Vinde e carregai vossos irmãos para longe do santuário, para fora do acampamento”. – Levítico 10,1-4

Filhos de Caat: Amram, Isaar, Hebron e Oziel. Caat viveu cento e trinta e três anos. – Êxodo 6,18

Amram casou-se com Jocabed, sua tia, da qual lhe nasceram Aarão e Moisés. Amram viveu cento e trinta e sete anos. – Êxodo 6,20

Filhos de Oziel: Misael, Elisafã e Setri. Aarão casou-se com Isabel filha de Aminadab, irmã de Naason; dela lhe nasceram Nadab e Abiú, Eleazar e Itamar. – Êxodo 6,22-23.

CAAT, pai dos irmãos: Amram e Oziel.
AMRAM, pai de Aarão.
AARÃO, pai de Nadab e Abiú.
OZIEL, pai dos irmãos Misael e Elisafã.
NADAB e ABIÚ são primos de 2º grau de MISAEL e ELISAFÃ.

Nadab e Abiú são filhos de Aarão, enquanto que Misael e Elisafã são filhos do tio de Aarão que se chamava Oziel. O que fica claro é que os dois filhos de Aarão e os dois filhos de Oziel são na verdade primos de segundo grau, porém, no hebraico não existe a palavra para designar primo, o que levou Moisés a trata-los como “irmãos”.

* Algumas traduções da Bíblia para facilitar ao leitor já usam aqui no lugar de “irmão” a palavra parente ou mesmo sobrinho.

São Godofredo


Godofredo, cujo nome significa “paz de Deus”, nasceu em 1066, filho de família nobre francesa. Com cinco anos foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos. Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade. 

A sua integridade de caráter, profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé, bem como a visão social que demonstrava, logo chamaram a atenção dos superiores. Foi nomeado abade, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã. 

Ele próprio viveu uma vida simples e dedicada ao seguimento de Cristo. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo como Bispo de Amiens. 

Nesta diocese enfrentou os ricos e poderosos, que viviam apegados ao vício e aos prazeres corporais. Sua pregação era dura e acabou atraindo para si a ira de muitas pessoas. Houve uma ocasião em que tentaram envenená-lo. 

Godofredo ainda viveu longo tempo como pastor e reformador da sua diocese. Morreu no dia 08 de novembro de 1115. 



Deus, nosso Pai, ficai conosco, dissipai todo o medo e apaziguai os nossos corações, para que, mediante vossa ação libertadora em nós, a luz da fé renasça em nossas vidas. A exemplo de Godofredo, dai-nos a calma tranqüilidade para enfrentar as dificuldades da vida.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Vaticano não autorizou “auto-ordenação” episcopal na China, diz porta-voz


O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Greg Burke, disse que o Vaticano não autorizou uma suposta “auto-ordenação” episcopal realizada recentemente por um sacerdote na China.

“Nas últimas semanas circularam diversas notícias sobre algumas ordenações episcopais, conferidas sem Mandato Pontifício a sacerdotes da comunidade não oficial da Igreja Católica na China Continental”, disse Burke em um comunicado.

“A Santa Sé não autorizou nenhuma ordenação, nem foi oficialmente informada a respeito de tais acontecimentos. Se as referidas ordenações episcopais fossem verdadeiras, contribuiriam para uma grave violação das normas canônicas”.

O comunicado ressaltou que “a Santa Sé faz votos de que tais notícias sejam infundadas. Caso contrário, deverá aguardar informações seguras e documentação precisa, antes de avaliar adequadamente os casos”.

No entanto, assegurou Greg Burke, a Santa Sé “reitera que não é lícito proceder com ordenações episcopais sem o necessário Mandato Pontifício, nem mesmo fazendo apelo à particulares convicções pessoais”.

A declaração do Vaticano, que não menciona nenhum nome, aparece logo depois que o sacerdote chinês Paulus Dong Guanhua anunciou a sua própria ordenação episcopal em setembro.

Nesse mês, o sacerdote vestiu-se como bispo e celebrou uma Missa da sua "toma de posse" em uma igreja na diocese de Zhengding, na província de Hebei, acompanhado por vários de seguidores.

Antes da declaração do Vaticano, o bispo legítimo de Zhengding, Dom Julius Jia Zhiguo, divulgou aos sacerdotes da diocese um comunicado anunciando a excomunhão latae sententiae (automática) do Pe. Dong Guanhua, por sua “auto-ordenação” episcopal realizada sem a autorização do Papa.