Se
eu disser que "todos os deuses pagãos são demônios" (Sl XCV, 5), ou
seja, todos os "deuses" das religiões não abraâmicas, isto é
intolerância religiosa?
Se eu disser que "há um só
Pastor, uma só Fé, um só Batismo" (Ef IV, 5) e uma só Igreja, Santa e
Católica, e que, portanto — se quero ser coerente com a Fé que professo — todas
as demais religiões são falsas, no sentido de que não foram fundadas e
edificadas por Deus (cf. Mt XVI, 18), isto é intolerância religiosa?
Se, seguindo a ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo — "Ide,
pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo" (Mt XXVIII, 19) —, eu anunciar o Evangelho aos que não são
católicos, com a intenção de fazê-los discípulos de Cristo por meio de Sua Santa
Igreja Romana, isto é intolerância religiosa?
Se eu disser que "toda autoridade foi dada a Cristo, no Céu
e na terra" (Mt XXVIII,18), e que, desta forma, toda ordem espiritual e
temporal deve estar sujeita ao Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo,
isto é intolerância religiosa?
Vejam: não se trata de deixar de praticar a caridade para com
quem é de outra religião (amá-lo em Cristo), nem de deixar de conviver com ele,
nem de discriminá-lo (no sentido pejorativo), nem de agredi-lo verbalmente, nem
de persegui-lo, nem de negar-lhe a dignidade humana. Trata-se tão somente de
professar de modo integral a Fé que Cristo, Nosso Senhor, revelou.
Não posso crer no Deus Uno e Trino e ao mesmo tempo dizer que os
deuses pagãos são deuses de fato; não posso professar que a Igreja Católica é a
Igreja e o Corpo Místico de Cristo e simultaneamente dizer que todas as
religiões vêm de Deus; não posso deixar de anunciar o Evangelho sem ferir a
ordem dada por Cristo; não posso crer que Cristo é o Rei do Universo se não creio
que o bem-comum, cuja ciência arquitetônica é a política, ordena-se a Ele.
E OS CATÓLICOS DEVERIAM GRITAR ISTO DE CIMA DOS TELHADOS!
"Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que
há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: prega a
palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda
paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não
suportarão a Sã Doutrina da Salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo
prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos
da verdade e se atirarão às fábulas. Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente
nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu
ministério" (II Tm IV, 1-5).
Allan Victor Almeida Marandola,
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