quinta-feira, 24 de agosto de 2017

CNBB mobiliza o Brasil com campanha sobre Coleta Nacional para a reforma do seu prédio sede


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a Campanha “Juntos com a CNBB pela Evangelização”com o intuito de mobilizar as paróquias e dioceses do Brasil a realizarem uma Coleta Nacional, dia 10 de setembro, cujo o objetivo é levantar recursos para a reforma do seu prédio sede em Brasília (DF).  A campanha conta com material de divulgação (vídeos, banners, cartazes, etc) especialmente para as redes sociais. Desde sua inauguração 15 de novembro de 1977, o prédio nunca sofreu uma reforma.

Esta sede nacional da CNBB acolhe bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas, pessoas de outras religiões que aqui vem para trocar ideias, se enriquecerem e renovarem a disposição de evangelizar este Brasil. Esta sede foi construída há mais de quarenta anos, precisa de uma reforma urgente e contamos com a sua colaboração para concretizar esse nosso desejo”, diz dom Murilo Krieger, vice-presidente da CNBB no vídeo oficial da campanha de divulgação da Coleta Nacional que será realizada em 10 de setembro.

O cardeal Sergio da Rocha, presidente da Conferência, explica, no vídeo, o que é a CNBB e a sua missão dentro da Igreja no Brasil: “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um instrumento muito valioso de comunhão, de unidade da Igreja no Brasil e da ação evangelizadora e a CNBB está organizada em doze comissões pastorais que têm a finalidade, justamente, de animar a ação pastoral, a ação evangelizadora e promover a unidade pastoral nas dioceses e nos diversos setores da vida da Igreja no Brasil”. 

Maria, Idolatria, Adoração, Mediação


O que os evangélicos desconhecem sobre a doutrina católica? O que não lhes é contado pelos pastores “super-ungidos”?

Relacionamos alguns poucos, mas muito claros pontos da colossal doutrina católica, que não são de conhecimento da maior parte das pessoas, incluindo todos aqueles que se dizem ex-católicos convertidos em evangélicos.
  
1) DO TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM - por São Luís Maria Grignion de Montfort

Necessidade da devoção à Santíssima Virgem

14. Confesso com toda a Igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo. Comparada, portanto, à Majestade infinita, ela é menos que um átomo, é, antes, um nada, pois que só ele é “Aquele que é” (Ex 3, 14) e, por conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si mesmo, não tem nem teve jamais necessidade da Santíssima Virgem para a realização de suas vontades e a manifestação de sua glória. Basta-lhe querer para tudo fazer.

Comentário: Aqui se vê claramente que Maria não é tratada como uma deusa, tal como é afirmado por ignorantes e pregadores de má-fé.
Jesus Cristo é o fim último da devoção à Santíssima Virgem

61. Primeira verdade. – Jesus Cristo, nosso salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, deve ser o fim último de todas as nossas devoções; de outro modo, elas serão falsas e enganosas. Jesus Cristo é o Alfa e Omega, o princípio e o fim de todas as coisas.

Nós só trabalhamos, como diz o apóstolo, para tornar todo homem perfeito em Jesus Cristo, pois é em Jesus Cristo que habita toda a plenitude da Divindade e todas as outras plenitudes de graças, de virtudes, de perfeições; porque nele somente fomos abençoados de toda a bênção espiritual; porque é nosso único mestre que deve ensinar-nos, nosso único Senhor de quem devemos depender, nosso único chefe ao qual devemos estar unidos, nosso único modelo, com o qual devemos conformar-nos, nosso único médico que nos há de curar, nosso único pastor que nos há de alimentar, nosso único caminho que devemos trilhar, nossa única verdade que devemos crer, nossa única vida que nos há de vivificar, e nosso tudo em todas as coisas, que deve bastar-nos.

Abaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos. Deus não nos deu outro fundamento para nossa salvação, nossa perfeição e nossa glória, senão Jesus Cristo. Todo edifício cuja base não assentar sobre esta pedra firme, estará construído sobre areia movediça, e ruirá fatalmente, mais cedo ou mais tarde. Todo fiel que não está unido a ele, como um galho ao tronco da videira, cairá e secará, e será por fim atirado ao fogo. Fora dele tudo é ilusão, mentira, iniquidade, inutilidade, morte e danação. Se estamos, porém, em Jesus Cristo e Jesus Cristo em nós, não temos danação a temer; nem os anjos do céu, nem os homens da terra, nem criatura alguma nos pode embaraçar, pois não pode separar-nos da caridade de Deus que está em Jesus Cristo. Por Jesus Cristo, com Jesus Cristo, em Jesus Cristo, podemos tudo: render toda a honra e glória ao Pai, em unidade do Espírito Santo e tornar-nos perfeitos e ser para nosso próximo um bom odor de vida eterna.

62. Se estabelecermos, portanto, a sólida devoção à Santíssima Virgem, teremos contribuído para estabelecer com mais perfeição a devoção a Jesus Cristo, teremos proporcionado um meio fácil e seguro de achar Jesus Cristo. Se a devoção à Santíssima Virgem nos afastasse de Jesus Cristo, seria preciso rejeitá-la como uma ilusão do demônio. Mas é tão o contrário, que, como já fiz ver e farei ver, ainda, nas páginas seguintes, esta devoção só nos é necessária para encontrar Jesus Cristo, amá-lo ternamente e fielmente servi-lo.

Comentário: Nada pode ser mais cristalino do que a afirmação católica em questão. Exceto por canalhice, apenas um completo ignorante poderia dizer que na Igreja Católica se ensina que existem outros caminhos para salvação além de Jesus Cristo.  

Crise de fé, crise moral


A crise da fé e a crise da ética atual são realidades intimamente conexas, já que a moral ocidental nasceu da cultura gerada pelo judeu-cristianismo.

A questão fundamental é a fé em Jesus Cristo, o encontro com a sua Pessoa. A fé é um dom; mas, deve suscitar uma resposta, impregnando o modo de pensar e de viver e compreender a realidade.

A fé nos faz ver e avaliar a partir de Deus como Se revelou em Jesus Cristo e é anunciado pela Igreja desde os tempos apostólicos. Ela nos dá uma nova percepção da realidade e da vida, mais global, profunda e verdadeira que qualquer outra percepção, gerada por qualquer outro ponto de vista, por válido e positivo que seja: a fé nos faz avaliar e viver segundo Cristo, segundo os critérios do Evangelho de Cristo!

O conhecimento provindo da fé nos ajuda a compreender Deus, nós mesmos e o próprio mundo. Tem-se, então, um conhecimento mais profundo que o filosófico e científico. Fé, filosofia e ciência não se contrapõem, mas a fé abre novas possibilidades àquelas pois, sem em nada forçar ou desfigurar os métodos dessas áreas de saber, oferece-lhes uma possibilidade mais profunda para interpretar a realidade.

É somente como resposta do homem livre a Deus que Se nos revelou e Se nos deu em Jesus Cristo que se pode compreender a moral cristã: não como algo imposto de fora, mas consequência de um “sim” livre e amoroso dado a Deus em Cristo. Todo amor é consequente, é exigente! Daqui brota uma ética da fé: um modo de viver inspirado, fundado e alimentado pela fé em Cristo, nascido do encontro vivo com Ele.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Conheçamos a supereminente caridade da ciência de Cristo


O Senhor Salvador levantou a voz e com incomparável majestade disse: “Saibam todos que depois da tribulação se seguirá a graça; reconheçam que sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça; entendam que a medida dos carismas aumenta em proporção da intensificação dos trabalhos. Acautelem-se os homens contra o erro e o engano; é esta a única verdadeira escada do paraíso e sem a cruz não há caminho que leve ao céu”.  

Ouvindo estas palavras, penetrou-me um forte ímpeto como de me colocar no meio da praça e bradar a todos, de qualquer idade, sexo e condição: “Ouvi, povos; ouvi, gentes. A mandado de Cristo, repetindo as palavras saídas de seus lábios, quero vos exortar: Não podemos obter a graça, se não sofrermos aflições; cumpre acumular trabalhos sobre trabalhos, para alcançar a íntima participação da natureza divina, a glória dos filhos de Deus e a perfeita felicidade da alma”.  

O mesmo aguilhão me impelia a publicar a beleza da graça divina; isto me oprimia de angústia e me fazia transpirar e ansiar. Parecia-me não poder mais conter a alma na prisão do corpo, sem que, quebradas as cadeias, livre, só e com a maior agilidade fosse pelo mundo, dizendo: “Quem dera que os mortais conhecessem o valor da graça divina, como é bela, nobre, preciosa; quantas riquezas esconde em si, quantos tesouros, quanto júbilo e delícia! Sem dúvida, então, eles empregariam todo o empenho e cuidado para encontrar penas e aflições! Iriam todos pela terra a procurar, em vez de fortunas, os embaraços, moléstias e tormentos, a fim de possuir o inestimável tesouro da graça. É esta a compra e o lucro final da paciência. Ninguém se queixaria da cruz nem dos sofrimentos que lhe adviriam talvez, se conhecessem a balança, onde são pesados para serem distribuídos aos homens”.


Dos Escritos de Santa Rosa de Lima, virgem

(Ad medicum Castilo: edit. L. Getino, La Patrona deAmérica, Madrid 1928, pp. 54-55) (Séc.XVI)

Pensamentos da Sabedoria




“O Espírito do Senhor enche o universo,
e Ele, que mantém unidas todas as coisas,
não ignora nenhum som.

Por isso, quem fala iniquamente, não tem desculpa,
não poderá eludir a Justiça vingadora.

Indagar-se-á sobre os planos do ímpio,
o barulho de suas palavras irá até o Senhor,
como prova de seus crimes.
Um ouvido cioso ouve tudo,
nem o rumor dos murmúrios lhe escapa.

Guardai-vos, pois do murmúrio inútil,
poupai a vossa língua da maledicência;
não há frase furtiva que caia no vazio,
a boca caluniadora mata a alma.

Não procureis a Morte com vossa vida extraviada,
não vos proporcioneis a ruína
com as obras de vossas mãos.

Pois Deus não fez a Morte
nem tem prazer em destruir os viventes.
tudo criou para que subsista;
são salutares as gerações no mundo;
nelas não há veneno destruidor,
e o Hades não reina sobre a terra.

Porque a Justiça é imortal!” (Sb 1,7-15)
Recentemente, já escrevi alguns textos comentando trechos do Livro da Sabedoria. Às vezes se pensa que este livro é um pequeno tratado filosófico... Não é isto!

O Autor sagrado, viveu às vésperas da era cristã, em Alexandria do Egito, numa época em que era moda muitos judeus abraçarem a cultura da moda, o helenismo pagão, fascinante, “politicamente correto”: todo mundo era helenista, todo mundo pensava assim, fazia assim, vivia assim... Por que os judeus deveriam ser diferentes, fechados?

Assim, a grande tentação, que a muitos engoliu, era entrar num tipo de diálogo com o mundo gentio helenista, que, pouco a pouco, dissolveria a identidade do Povo de Deus, em nome da tolerância, da convivência, da compreensão, da paz romana do Imperador Augusto... Tratava-se, no fundo, de uma vida sem o Deus de Israel, o Deus da Aliança! Seria o deus de todos, o deus senhor de todos: da filosofia, de César, de todos os povos... Muitos judeus helenizados, mundanizados, ironizavam os judeus piedosos e fieis e deles zombavam...

O Autor sagrado escreve para apontar a ilusão dessa paganização do judaísmo, dessa helenização infiel! O Texto santo previne: os ímpios vão se perder; os justos, os piedosos, viverão com o Senhor para sempre a Vida imortal, Vida de Deus, Vida de ressurreição... O Deus verdadeiro não é simplesmente o deus de todos, mas o Deus de Israel, revelado nas Escrituras, que está presente a tudo e todos na potência do Seu Espírito!

Espalhados no mundo romano de então, o Autor sagrado recorda aos judeus que é o Espírito do Senhor Deus de Israel que tudo sustenta com o Seu Ser divino: Ele dá consistência e harmonia a todas as coisas, Ele em Quem tudo foi criado; Ele tudo dirige, Ele nada desconhece, nada escapa de Suas mãos, de Seu influxo de Vida!

O judeu, naquela época, e o cristão, hoje, não devem se sentir perdidos na imensidão de um mundo hostil nem desanimar: tudo está nas misteriosas mãos do Senhor; Seu Espírito Santo tudo penetra, tudo sustenta, tudo guia, tudo conhece e reconhece: “não ignora nenhum som”... O cristão de hoje, como o judeu de ontem, deve compreender que o Deus verdadeiro não é o “deus” de que todos falam com a maior desenvoltura, mas o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Aquele que Se revelou nas Escrituras e em Jesus nos revela a verdade e o sentido e os critérios de uma verdadeira existência segundo a Sua santa vontade!

Por isso mesmo, o crente esteja atento: Deus o observa; conhece seus pensamentos, sabe suas palavras... Ai daqueles que zombam de Deus, que pregam a infidelidade aos Seus preceitos com murmúrios inúteis e língua de maledicência! 

terça-feira, 22 de agosto de 2017

"Em memorial de Mim!"




A fé, no sentido bíblico, não é nunca uma realidade meramente privada, individual!

Um israelita piedoso jamais dirá: “Creio em Deus privadamente e pronto. Estou salvo!”

Um cristão dos primeiros séculos jamais diria: ‘Aceito Jesus como meu Salvador individual, particular. Estou salvo!”

Esta ideia de fé não tem nada a ver com a Santa Escritura!

Na mentalidade das Santas Escrituras, a fé é adesão a uma história, a história de um povo que caminha com Deus: no Antigo Testamento, crê, é entras na Aliança que o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó fizera com Israel no Sinai; na Nova Aliança, crê é acolher Jesus como Messias Salvador e pelo Batismo, entrar no Novo Povo, Igreja nascida da água e do Espírito de Cristo. Assim, a história de Israel e da Igreja torna-se minha história; história do amor apaixonado de Deus pelo Seu povo e por toda a humanidade.

Desconhecer ou esquecer esta história é desconhecer o Senhor, é perder a possibilidade de entrar em verdadeiro diálogo existencial com Ele e com os irmãos, caindo-se num sentimentalismo subjetivo e intimista! Esquecer esta história é a origem de todo o pecado: “Apenas fica atento a ti mesmo! Presta muita atenção em tua vida, para não te esqueceres das coisas que os teus olhos viram, e para que elas nunca se apartem do teu coração, em nenhum dia da tua vida” (Dt 4,9).

Quando o Povo de Deus esquece o seu Senhor - que é sua segurança, riqueza e esperança - perde o rumo e começa a buscar falsas seguranças: “o homem vive somente de pão”; “sereis como deuses”. Era esta a queixa que o Senhor apresentou através de Oséias: “Israel esqueceu Aquele que o fez e construiu palácios!” (8,14).

Por isso mesmo o Povo santo deve fazer contínuo memorial de tudo quanto o Senhor fez por ele. A fé é, assim, um fazer memorial, um voltar sempre, no rito sagrado, àquilo que o Senhor realizou em nosso favor: no Antigo Testamento, libertando o Seu povo; no Novo Testamento, ressuscitando e glorificando para nós o Imolado Jesus! 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Permanece firme naquilo que aprendeste


Algumas considerações sobre 2Tm 3,14 - 4,2:

1. São Paulo exorta a Timóteo:

“Caríssimo, permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade; tu sabes de quem o aprendeste”.

O que Timóteo aprendeu? A fé cristã no seio da Igreja. A fé não se descobre ou alimenta de modo individual e fechado em si mesmo. Se crer é um caminho pessoal, nunca é individual, fechado em si mesmo. É da Igreja que recebemos a fé e é a fé da Igreja que se faz nossa fé!

Esta fé é guardada e transmitida geração após geração por aquele órgão a que chamamos “Tradição” e, de modo especial, a “Tradição apostólica”, isto é, aquele núcleo, aquela semente que, desenvolvendo-se ao longo da história sob a guia do Espírito Santo e pelo ministério daqueles que receberam a Sucessão apostólica (os Bispos), vai-se explicitando a aprofundando cada vez mais.

Em muitas passagens do Novo Testamento podem-se encontrar referências a essa Tradição ou, como São Paulo gosta de dizer, a esse Depósito; trata-se do “Evangelho” ou “Palavra” que os Apóstolos pregaram oralmente sob a guia do Santo Espírito e permanece ininterrupta na vida e no sentir da Igreja de Cristo (cf. 1Ts 2,13; 2Ts 2,15; 2Tm 2,2).
 

domingo, 20 de agosto de 2017

A Religião Salva?


Em síntese: A Religião, entendida como instituição, não salva. Só Jesus Cristo, segundo o protestantismo, salva… Salva, porém, (dizem os católicos) mediante seu Corpo Místico que é a Igreja-instituição. A Religião, que consiste em aderir à Igreja, vem a ser o sacramento pelo qual passa a salvação que vem de Cristo. A instituição, que goza da assistência de Cristo, resguarda os fiéis contra o subjetivismo, que tende a destruir a mensagem revelada. Está claro, porém, que a fé será sempre o princípio dinamizador da vida do cristão na Igreja.
* * *
No diálogo ecumênico os interlocutores protestantes colocam a pergunta “Religião salva?”, pergunta à qual dão resposta negativa. Esta atitude merece consideração.

1. O problema

Eis a mensagem enviada a PR via internet:

“As palavras de Tiago, irmão do Senhor, líder espiritual da Igreja primitiva em Jerusalém, martirizado pelos judeus no ano 62, nos ensinam o que é religião:

A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai é esta: ‘visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se não contaminado do mundo’ (Tg 1, 27).

Religião, portanto, é algo pessoal, algo que se desenvolve em duas dimensões: uma dimensão humana, terrena, na qual movidos por amor ao próximo e compaixão pelos necessitados, nós os auxiliamos em suas ‘tribulações’ (na sociedade judaica da época, por exemplo, os órfãos e viúvas eram os necessitados); a outra dimensão é a espiritual, em que nos relacionamos diretamente com o Deus e Pai, guardando-nos daquilo que este mundo tem a nos oferecer e que pode levar à corrupção do caráter e contaminação da alma. Coisas, enfim, que nos macularão e nos afastarão de Deus.

Vemos, então, que o coração da verdadeira religião não se manifesta na institucionalização de dogmas, credos ou ritos, mas na prática cotidiana do amor, porque Deus é amor e a sua lei é o amor. Como ensinou Jesus Cristo, nosso Salvador, a lei de Deus se resume a:

‘Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Lc 10, 27).

Porque Deus é único, e cada um de nós somos seres únicos, o que Ele espera de nós é que, por meio de Jesus Cristo, a cada dia vivamos esta religião pura e sem mácula”.

Dizem outros: a Religião é um conjunto de crenças, leis e práticas codificadas, aptas a atrofiar a fé, suscitando a impressão de que a pessoa religiosa pode obter efeitos mágicos.

Em nossos dias é o protestantismo neopentecostal que professa tais idéias, tendo em vista esvaziar os conceitos de Igreja e magistério da Igreja em favor da tese do livre exame da Bíblia: a cada crente se confere o direito de configurar o Cristianismo a seu modo, já que “Religião-lgreja” não salva.

Perguntamos:

2. Que dizer?

Proporemos seis observações a respeito: