terça-feira, 28 de agosto de 2018

Irlanda: Ângelus da Viagem Apostólica do Papa Francisco


VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO 
À IRLANDA POR OCASIÃO DO IX ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS
(25-26 DE AGOSTO DE 2018)

PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Esplanada do Santuário de Knock
Domingo, 26 de agosto de 2018

Amados irmãos e irmãs!

Estou feliz por estar aqui convosco. Estou feliz por estar convosco na casa de Nossa Senhora. E dou graças a Deus pela oportunidade de visitar, no contexto do Encontro Mundial das Famílias, este Santuário tão querido ao povo irlandês. Agradeço ao Arcebispo Neary e ao Reitor, Padre Gibbons, as suas cordiais boas-vindas.

Na Capela da Aparição, confiei à amorosa intercessão de Nossa Senhora todas as famílias do mundo e, de modo especial, as vossas famílias, as famílias irlandesas. Maria, nossa Mãe, conhece as alegrias e as canseiras que se vivem em cada lar. Conservando-as no seu Imaculado Coração, apresenta-as amorosamente no trono de seu Filho.

Como recordação da minha visita, trouxe o dom dum terço. Sei como é importante, neste país, a tradição do terço em família. Peço-vos: continuai com esta tradição! Quantos corações de pais, mães e filhos, no decorrer dos anos, tiraram consolação e força da meditação sobre a participação de Nossa Senhora nos mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos da vida de Cristo!

Maria é Mãe. Maria é nossa Mãe, é também Mãe da Igreja, e é a Ela que entregamos hoje o caminho do povo fiel de Deus nesta «Ilha de Esmeralda». Pedimos que as famílias sejam sustentadas no seu compromisso de espalhar o Reino de Cristo e cuidar dos últimos dentre os nossos irmãos e irmãs. Que as famílias sejam, no meio dos ventos e tempestades que enfuriam nos nossos tempos, baluartes de fé e bondade que, segundo as melhores tradições da nação, resistem a tudo o que pretenda diminuir a dignidade do homem e da mulher, criados à imagem de Deus e chamados ao destino sublime da vida eterna.

Que Nossa Senhora olhe com misericórdia para todos os membros atribulados na família do seu Filho. Ao rezar diante da sua imagem, apresentei-Lhe de modo particular todos os sobreviventes vítimas de abusos por membros da Igreja na Irlanda. Nenhum de nós pode deixar de se comover perante as histórias de menores que sofreram abusos, foram despojados da sua inocência ou que foram afastados das mães, e abandonados à deformação de dolorosas recordações. Esta chaga aberta nos desafia a sermos firmes e decididos na busca da verdade e da justiça. Imploro o perdão do Senhor para estes pecados, para o escândalo e a traição sentidos por muitos na família de Deus. Peço à nossa Bem-aventurada Mãe que interceda por todas as pessoas sobreviventes de abusos de qualquer tipo e confirme cada membro da família cristã no decidido propósito de nunca mais permitir que se verifiquem tais situações, bem como que interceda por todos nós, para que possamos sempre proceder com justiça e reparar, em quanto dependa de nós, tanta violência.

O que Manuela d’Ávila pensa sobre religião, aborto e casamento gay?



Manuela d’Ávila foi confirmada como pré-candidata à Presidência da República no dia 17 de novembro, pelo PCdoB, partido que desde 1985 não teve nenhum candidato concorrendo ao maior cargo político do país. No entanto, após várias rodadas de reuniões com dirigentes petistas, a direção do PCdoB decidiu, no dia 5 de agosto, retirar a candidatura da deputada federal Manuela D'Ávila à Presidência da República. A decisão permite ao partido coligar-se oficialmente com o PT na disputa presidencial, em chapa que a princípio é liderada por Lula e tem Fernando Haddad como vice.


Embora sua candidatura tenha sido encerrada, na prática, Manuela D'Ávila não ficará sem espaço na chapa petista. Isso porque de acordo com os termos do acordo celebrado neste domingo, nos próximos meses ela deverá indicada para o posto hoje ocupado por Haddad.

Jornalista por formação, atualmente ela é deputada estadual no Rio Grande do Sul. Embora jovem – tem apenas 36 anos de idade – sua trajetória política é longa, sendo eleita pela primeira vez para o mandato de vereadora aos 23 anos e posteriormente assumido o cargo de deputada federal por dois mandatos (2007 a 2014), ocasiões nas quais ela se tornou a deputada mais votada do estado. Casada com o músico Duda Leindecker, Manuela também é mãe. Sua filha de 2 anos, se chama Laura.

No que diz respeito aos temas morais, Manuela tende a seguir os posicionamentos clássicos dos partidos comunistas. Veja como ela já se manifestou sobre alguns desses assuntos: 

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Ex-Núncio Apostólico acusa Papa Francisco de encobrir os abusos sexuais do Cardeal McCarrick.



Em um doloroso memorando publicado exclusivamente por Marco Tosatti em La Verita, National Catholic Register e InfoVaticana, o arcebispo Carlo Maria Viganò revelou que desde 2013 o Papa Francisco sabia dos abusos sexuais cometidos por McCarrick aos seminaristas e sacerdotes, e o reabilitou, apesar de Bento XVI ter ordenado que ele se mudasse para uma vida de penitência e oração. Viganó pede ao papa que renuncie por causa de sua "grave, desconcertante e pecaminosa" conduta.

Bento XVI retirou McCarrick da atividade pública e ordenou que ele se retirasse para uma vida de oração e penitência, numa decisão semelhante à que ele tomou contra o predador homossexual Marcial Maciel. No entanto, quando eleito com o apoio de McCarrick, Francisco reabilitou o cardeal e o alertou sobre as gravíssimas acusações contra ele.

É a revelação mais importante do memorando de 14 páginas, assinado em Roma, na quarta-feira, e publicado no InfoVaticana exclusivamente em espanhol: um documento cuja leitura integral recomendo fortemente e onde o arcebispo Carlo Maria Viganò, que foi Delegado das Representações Pontifícias (1998-2009) e Núncio Apostólico nos Estados Unidos (2011-2016), revela tudo o que sabia sobre a máfia de abusos sexuais e encobrimento que domina uma parte importante da hierarquia da Igreja, incluindo o próprio papa.

Viganó explica os motivos do documento recordando os horríveis crimes cometidos por bispos e padres que abusaram de sua autoridade, encobertos pelo silêncio da hierarquia, embora reconhecendo sempre haver recusado a dar entrevistas ou declarações, por crer que a Igreja poderia encontrar os recursos espirituais para trazer à luz a verdade, corrigir-se e renovar-se, acredita que "tendo atingido a corrupção nos vértices da hierarquia", sua consciência o impõe a revelar as verdades que "em relação ao triste caso de McCarrick" chegaram ao seu conhecimento, porque a única maneira de tirar a Igreja do "pântano fétido em que ela caiu" é "ter a coragem para derrubar essa cultura de silêncio", similar à máfia,"com que os bispos e padres foram protegidos às custas dos fiéis e que faz a Igreja assemelhar-se a uma seita", e "confessar publicamente as verdades que foram escondidas".

E assim faz Viganó, primeiro dizendo que o topo da hierarquia, o Vigário de Cristo, o Papa Francisco, escondeu, protegeu e promoveu a McCarrick sabendo que sobre ele pesavam sérias acusações críveis de abuso sexual e seu antecessor, Bento XVI, ordenou que ele se retirasse para uma vida "de oração e penitência", proibindo-o de qualquer aparição pública:

"O papa teve conhecimento (dos crimes de Mccarrick) por mim em 23 de junho de 2013, e continuou a encobrir McCarrick, independentemente das sanções impostas pelo papa Bento XVI, sanções semelhantes às agora impostas pelo Papa: o cardeal teve que deixar o seminário onde morava, foi proibido de celebrar em público, participar de reuniões públicas, dar palestras, viajar, com a obrigação de se dedicar a uma vida de oração e penitência. No entanto, Francisco, fez dele seu fiel conselheiro junto com Maradiaga. Embora soubesse que ele era um homem corrupto, ele o escondeu a todo custo; além disso, ele endossou o conselho que McCarrick lhe deu, e isso certamente não foi inspirado por boas intenções e por seu amor à Igreja. Somente quando ele é obrigado pela queixa de um menor, e sempre em função do aplauso dos meios de comunicação, tem tomado medidas para, salvaguardar a sua própria imagem midiática". 

O que Henrique Meirelles pensa sobre religião, aborto e casamento gay?



O nome do atual ministro da Fazenda ainda aparece tímido nas pesquisas de intenção de voto – chegando a cerca de 3%. Apesar de pertencer a uma família de políticos e ter um nome bastante conhecido no meio corporativo, principalmente por sua atuação como presidente mundial do BankBoston, Meirelles só entrou na vida política brasileira no início dos anos 2000. Na época, ele se filiou ao PSDB. Nos oito anos à frente do Banco Central, durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, procurou combater a alta inflação no país.

Entretanto, mesmo com toda sua bagagem profissional, o ministro nunca concorreu a nenhum cargo eletivo. Por esse motivo, seu posicionamento sobre determinados assuntos não é facilmente encontrado em entrevistas e reportagens. Um exemplo são temas morais como o aborto e o casamento gay, comumente verificados pelo Sempre Família nesta série de matérias sobre as eleições de 2018.

Como citado pela Gazeta do Povo, em novembro, o ministro “pouco se manifesta sobre seu posicionamento com relação a comportamento e costumes”. Ainda assim, nos últimos tempos, ele começou a se aproximar dos eleitores evangélicos, “indicando ter uma tendência mais conservadora do que liberal nos costumes”. Quando trata de religião, Meirelles se intitula “católico por formação”. De acordo com o ministro, sua família sempre foi católica. 

domingo, 26 de agosto de 2018

Irlanda: "A Igreja é a família dos filhos de Deus", diz Papa


VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO 
À IRLANDA POR OCASIÃO DO IX ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS
(25-26 DE AGOSTO DE 2018)

CELEBRAÇÃO COM AS FAMÍLIAS

DISCURSO DO PAPA FRANCISCO

Dublin - Croke Park Stadium
Sábado, 25 de agosto de 2018

Dia dhaoibh! [“Boa noite” em gaélico]

Queridos irmãos e irmãs, boa noite!

Obrigado pelas vossas calorosas boas-vindas. É bom estar aqui! É bom celebrar, porque nos torna mais humanos e mais cristãos. Também nos ajuda a partilhar a alegria de saber que Jesus nos ama, acompanha no percurso da vida e, cada dia, nos atrai para mais perto de Si.

Em cada celebração familiar, sente-se a presença de todos: pais, mães, avós, netos, tios e tias, primos, quem não pôde vir e quem vive demasiado longe, todos. Hoje, em Dublin, reunimo-nos para uma celebração familiar de ação de graças a Deus pelo que somos: uma única família em Cristo, espalhada por toda a terra. A Igreja é a família dos filhos de Deus; uma família, onde se regozija com aqueles que estão na alegria e se chora com aqueles que estão na tribulação ou se sentem desanimados com a vida. Uma família onde se cuida de cada um, porque Deus nosso Pai nos fez, a todos, seus filhos no Batismo. Por isso mesmo, continuo a encorajar os pais a levar ao Batismo os filhos logo que possível, para que se tornem parte da grande família de Deus. É preciso convidar cada um para a festa, também a criança pequena! E por isso deve ser batizada o quanto antes. E tem outra coisa: se a criança desde pequena é batizada, o Espírito Santo entra no seu coração. Façamos uma comparação: uma criança sem Batismo - pois os pais dizem: «Não, quando for maior» - e uma criança com o Batismo, com o Espírito Santo dentro de si: ela é mais forte, porque tem dentro a força de Deus!

Vós, queridas famílias, sois a grande maioria do povo de Deus. Que fisionomia teria a Igreja sem vós? Uma Igreja de estátuas, uma Igreja de pessoas solitárias... Foi para nos ajudar a reconhecer a beleza e a importância da família, com as suas luzes e sombras, que foi escrita a Exortação Amoris laetitia sobre a alegria do amor, e quis que o tema deste Encontro Mundial das Famílias fosse «O Evangelho da família, alegria para o mundo». Deus quer que cada família seja um farol que irradia a alegria do seu amor pelo mundo. Que significa isto? Significa que nós, depois de ter encontrado o amor de Deus que salva, procuramos, com palavras ou sem elas, manifestá-lo através de pequenos gestos de bondade na vida rotineira de cada dia e nos momentos mais simples da jornada.

E isto como se chama?Isto se chama santidade. Gosto de falar dos santos «ao pé da porta», de todas aquelas pessoas comuns que refletem a presença de Deus na vida e na história do mundo (cf. Exort. ap. Gaudete et exsultate, 6-7). A vocação ao amor e à santidade não é algo reservado para poucos privilegiados. Não. Mesmo agora, se tivermos olhos para ver, podemos vislumbrá-la ao nosso redor. Está silenciosamente presente no coração de todas as famílias que oferecem amor, perdão, misericórdia, quando veem que há necessidade, e fazem-no tranquilamente, sem tocar a tromba. O Evangelho da família é, verdadeiramente, alegria para o mundo, visto que lá, nas nossas famílias, sempre se pode encontrar Jesus; lá habita, em simplicidade e pobreza, como fez na casa da Sagrada Família de Nazaré.

O matrimónio cristão e a vida familiar são compreendidos em toda a sua beleza e fascínio, se estiverem ancorados no amor de Deus, que nos criou à sua imagem para podermos dar-Lhe glória como ícones do seu amor e da sua santidade no mundo. Pais e mães, avôs e avós, filhos e netos são todos chamados a encontrar, na família, a realização do amor. A graça de Deus ajuda dia a dia a viver com um só coração e uma só alma. Mesmo as sogras e as noras! Ninguém diz que seja fácil, sabeis melhor do que eu. É como preparar um chá: é fácil ferver a água, mas uma boa taça de chá requer tempo e paciência; é preciso deixar em infusão! Então, dia após dia, Jesus aquece-nos com o seu amor, fazendo de modo que penetre todo o nosso ser. Do tesouro do seu Sagrado Coração, derrama sobre nós a graça que precisamos para curar as nossas enfermidades e abrir a mente e o coração para nos escutarmos, compreendermos e perdoarmos uns aos outros.

Irlanda: Discurso do Papa no Centro de Acolhimento para Famílias sem-casa


VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO 
À IRLANDA POR OCASIÃO DO IX ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS
(25-26 DE AGOSTO DE 2018)

VISITA AO CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA FAMÍLIAS SEM-CASA

SAUDAÇÃO DO SANTO PADRE

Centro de acolhimento dos Padres Capuchinhos 
Dublin, Sábado, 25 de agosto de 2018

Querido irmão, querido bispo, queridos irmãos Capuchinhos e todos vós, irmãos e irmãs!

O senhor [NT: dirigindo-se ao Padre Capuchinho que fez a apresentação] disse que os Capuchinhos são conhecidos como os frades do povo, próximos do povo, e isso é verdade. E se por vezes alguma comunidade capuchinha se afasta do povo de Deus, ela cai. Vós tendes uma sintonia especial com o povo de Deus, antes bem, com os pobres. Tendes a graça de contemplar as chagas de Jesus em pessoas que passam necessidade, que sofrem, que não são felizes ou que não têm coisa alguma, ou estão cheias de vícios e falhas. Para vós é a carne de Cristo. Este é o vosso testemunho e a Igreja precisa desse testemunho. Obrigado.

Depois direi outra coisa a vós [NT: dirigindo-se aos pobres]. Outra coisa que o Frei disse e que tocou meu coração: que vós não pedis nada aqui. É Jesus quem vem [nos pobres]. Não peçais coisa alguma. Aceitai a vida como ela se apresenta, oferecei consolo e, se necessário, perdoai. Isso me faz pensar - como uma chamada de atenção - aos sacerdotes que, ao contrário, vivem fazendo perguntas sobre a vida das pessoas e na Confissão cavam, cavam, cavam nas consciências... O vosso testemunho ensina os sacerdotes a escutar, ser próximos, perdoar e não perguntar muito. Ser simples, como Jesus contou que fez aquele pai, quando o filho voltou cheio de pecados e vícios: o pai não se sentou no confessionário e se pôs a perguntar e perguntar; ele acolheu o arrependimento do filho e o abraçou. Que o vosso testemunho para o povo de Deus, e este coração capaz de perdoar sem causar sofrimento, alcance todos os sacerdotes. Obrigado!

O que Jair Bolsonaro pensa sobre religião, aborto e casamento gay?



Polêmico. Não importa se você é contra ou a favor às ideias do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), é bem provável que essa seja uma das primeiras palavras que venha à sua mente para defini-lo. Grande parte da imprensa e dos analistas políticos o rotula de extremista, radical, grosseiro e até “ultraconservador”, contudo, pesquisas de opinião recentes não deixam dúvida sobre sua crescente força política que, para muitos, deve-se justamente à coragem de assumir posturas pouco convencionais na política brasileira.

Ex-capitão do exército e ferrenho defensor do regime militar vivido no Brasil décadas atrás, Bolsonaro ficou em segundo lugar na pesquisa espontânea CNT/MDA sobre as eleições presidenciais 2018, divulgada em fevereiro deste ano, ficando atrás apenas do ex-presidente Lula.

Em março do ano passado, quando trocou a legenda em que estava filiado (passando do PP para o PSC – Partido Social Cristão) o parlamentar foi apresentado pelo presidente do partido, o pastor Everaldo, como pré-candidato. Pastor Everaldo também foi quem batizou Bolsonaro nas águas do Rio Jordão, em Israel, em maio de 2016.

No dia 6 de setembro, Bolsonaro foi atingido por uma facada enquanto fazia campanha em Juiz de Fora (MG). 

O agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. O agressor é formado em pedagogia, foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014 e tem passagem na polícia em 2013 por lesão corporal. 

O candidato chegou em estado de choque e com uma hemorragia forte na Santa Casa de Misericórdia da cidade. 

A hemorragia foi contida e ele foi operado. Na manhã do dia 7, o candidato foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo onde está se recuperando.

Gostem ou não os chamados “formadores de opinião”, Bolsonaro é um nome forte e as chances dele chegar ao Planalto são reais. Por isso, convém ao eleitorado saber exatamente o que ele pensa sobre assuntos morais tão caros ao público conservador. 

sábado, 25 de agosto de 2018

Polêmica: Lula participará de debate em emissora católica?


A presença do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na lista de confirmados no próximo debate presidencial promovido pela Rede Aparecida de televisão no próximo 20/09 gerou polêmica entre os católicos nas redes sociais posto que não foram oferecidas explicações ao público de como o ex-presidente participará do evento já que o mesmo se encontra preso e ainda impedido de participar do pleito eleitoral pela lei da ficha limpa.

Em nota publicada no seu site oficial no dia 21 (e atualizada na manhã do 22), a TV Aparecida afirmava que Lula estava entre os candidatos que confirmaram presença para o seu próximo debate entre candidatos à Presidência da República.

“Em reunião realizada nesta quinta-feira, 16, os representantes de nove partidos políticos confirmaram a presença de seus candidatos no Debate de Aparecida no dia 20 de setembro no Santuário Nacional. Os candidatos confirmados são Guilherme Boulos (PSOL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL)”, diz a nota veiculada pelo portal oficial da emissora católica.

O texto explicava aos leitores que “de acordo com a legislação, é obrigatório o convite aos candidatos dos partidos que tiverem representação no Congresso Nacional” e que o “ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso por condenação em segunda instância na Lava Jato, mas o PT confirmou sua presença no Debate”.

“Lula aguarda ainda a análise e julgamento do registro de sua candidatura no TSE”, destacava também o texto publicado pela emissora católica que pela segunda vez promove a iniciativa.

ACI Digital entrou em contato com a Sala de Imprensa do Santuário Nacional de Aparecida para esclarecer os fatos e obteve como resposta que não foi Lula quem confirmou ao Santuário sua presença no evento, mas seu partido, o PT (Partido dos Trabalhadores), quem confirmou à TV Aparecida que seu candidato participaria, sem oferecer à rede de televisão maiores explicações ou detalhes.