sábado, 16 de fevereiro de 2019

"O Cardeal Kasper não mais vive na verdadeira fé dos apóstolos", diz Bispo.



O bispo auxiliar de Astana, no Cazaquistão, Athanasius Schneider, juntou-se ao modesto coro daqueles que receberam com alegria o Manifesto da Fé do Cardeal Müller. Mas a dureza com que ele reage à resposta do cardeal Walter Kasper chama a atenção em suas palavras.

“A profissão clara de verdades reveladas por Deus em nosso dia na vida da Igreja, muitas vezes não tolerada e é percebido até mesmo como uma provocação, como visto, por exemplo, na reação imediata, intolerante e surpreendentemente agressivo com o qual o cardeal Walter Kasper rejeitou o manifesto de fé do Cardeal Müller, “o bispo Athanasius Schneider fulminou em sua declaração para LifeSiteNews. “Com a sua argumentação contra o Manifesto da Fé, o cardeal Kasper só tem mostrado que ele já não vive na verdadeira fé dos Apóstolos e da Igreja de todos os tempos, mas, por outro lado, representa um cristianismo que como uma gnose, foi construída para si mesma, (…) uma suposta fé ao gosto do próprio ego ou da predominância do correspondente Zeitgeist”.

Schneider começou seu comentário elogiando o Manifesto Fé publicada pelo Cardeal Gerhard Müller, ex-prefeito para a Doutrina da Fé, que o teólogo alemão Cardeal Walter Kasper acusado de espalhar “meias verdades” e promover “confusão e divisão”. A Astana, pelo contrário, considera “uma iniciativa necessária e muito oportuna, a construção da Fé e trazendo à luz a enorme confusão espiritual está reinando por um longo tempo na vida da Igreja e atingiu dimensões hoje inimagináveis”.

Papa Francisco demite o Cardeal McCarrick do estado clerical


O ex-cardeal estadunidense Theodore Edgar McCarrik, 88 anos, foi demitido do estado clerical. A notícia foi divulgada por meio de um Comunicado da Congregação para a Doutrina da Fé. Segue o texto:

“Em data 11 de janeiro de 2019, o Congresso da Congregação para a Doutrina da Fé emitiu o decreto conclusivo do processo penal a Theodore Edgar McCarrick, Arcebispo emérito de Washington, D.C., com o qual o acusado foi declarado culpado dos seguintes delitos perpetrados como clérigo: uso impróprio da Confissão e violação do Sexto Mandamento do Decálogo com menores e adultos, com o agravante do abuso de poder, portanto foi-lhe imposta como sentença a demissão do estado clerical. No dia 13 de fevereiro de 2019 a Sessão ordinária (Feria IV) da Congregação para a Doutrina da Fé examinou os argumentos apresentados no recurso do recorrente e decidiu confirmar o decreto do Congresso. Tal decisão foi notificada a Theodore Edgar McCarrick em data de 15 de fevereiro de 2019. O Santo Padre reconheceu a natureza definitiva, segundo as normas de lei, desta decisão, que torna o caso res iudicata, ou seja, não sujeita a ulterior recurso”.

Reconstrução do caso

Em setembro de 2017, a arquidiocese de Nova York assinalou à Santa Sé as acusações feitas por um homem contra McCarrick de que fora abusado por ele nos anos 1970 quando era adolescente. O Papa determina uma investigação prévia aprofundada , realizada pela arquidiocese de Nova York e na conclusão da qual a relativa documentação foi transmitida à Congregação para a Doutrina da fé. Em junho de 2018 o cardeal secretário de estado Pietro Parolin, sob indicação do Papa Francisco, comunica a McCarrick que não poderá mais exercer publicamente o seu ministério sacerdotal. Enquanto isso, no decorrer das investigações vêm à tona graves indícios. Em 28 de julho de 2018 o Papa aceita sua renúncia do Colégio Cardinalício, ordenando-lhe a proibição do exercício do ministério público e a obrigação de levar uma vida de oração e de penitência.

Em 6 de outubro de 2018, um comunicado da Santa Sé afirma incisivamente: “Tanto abusos como a cobertura dos mesmos não poderão mais ser tolerados e um diverso tratamento para os Bispos que os cometeram ou lhes ou lhes acobertaram representa, de fato, uma forma de clericalismo que não será mais aceita”. E reitera o “premente convite” do Papa Francisco “para unir as forças para combater a grave chaga dos abusos dentro e fora da Igreja e para prevenir que tais crimes sejam ulteriormente perpetrados prejudicando os mais inocentes e os mais vulneráveis da sociedade”. Em vista do encontro no Vaticano dos presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo de 21 a 24 de fevereiro de 2019, sublinha por fim as palavras do Papa na Carta ao Povo de Deus: “A única maneira de respondermos a esse mal que prejudicou tantas vidas é vivê-lo como uma tarefa que nos envolve e corresponde a todos como Povo de Deus. Essa consciência de nos sentirmos parte de um povo e de uma história comum nos permitirá reconhecer nossos pecados e erros do passado com uma abertura penitencial capaz de se deixar renovar a partir de dentro” (20 de agosto de 2018).

Homilética: 6º Domingo do Tempo Comum - Ano C: "Sinais da Soberba"



A Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo nos recorda que somos felizes por depositar nossa confiança em Deus e nossa esperança na pessoa de Jesus.

A primeira leitura põe frente a frente a autossuficiência daqueles que prescindem de Deus e escolhem viver à margem das suas propostas, com a atitude dos que escolhem confiar em Deus e entregar-se nas suas mãos: “Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor.”

Só o humilde procura a sua felicidade e a sua fortaleza no Senhor. Um dos motivos pelos quais os soberbos andam à cata de louvores e se sentem feridos por qualquer coisa que possa rebaixá-los na sua própria estima ou na dos outros, é a falta de firmeza interior; o seu único ponto de apoio e de esperança são eles próprios.

Não é outra a razão porque, com muita frequência, se mostram tão sensíveis à menor crítica, tão insistentes em sair-se com a sua, tão desejosos de ser conhecidos, tão ávidos de consideração. Agarram-se a si próprios como o náufrago se agarra a uma pequena tábua que não pode mantê-lo à superfície. E seja o que for que tenham conseguido na vida, sempre estão inseguros, insatisfeitos, sem paz. Um homem assim, sem humildade, que não confia nesse Deus que, como Pai que é, lhe estende continuamente os braços, habitará na aridez do deserto, em região salobra e desabitada ( Jr 17,6 ).

Quem está cheio de orgulho exagera as suas qualidades, enquanto fecha os olhos para não ver os seus defeitos, e acaba por considerar como uma grande qualidade o que na realidade é um desvio do bom critério; persuade-se, por exemplo, de que tem um espírito magnânimo e generoso porque faz pouco caso das pequenas obrigações de cada dia, esquecendo que, para ser fiel no muito, tem de sê-lo no pouco. E por esse caminho chega a julgar-se superior, rebaixando injustamente as qualidades de outros que o superam em muitas virtudes.

O Evangelho sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo: “Bem-aventurados vós, os pobres (...); mas ai de vós ricos”.

São Bernardo indica diferentes manifestações progressivas da soberba: “a curiosidade, o querer saber tudo de todos; a frivolidade de espírito, por falta de profundidade na oração e na vida; a alegria tola e deslocada, que se alimenta frequentemente dos defeitos dos outros e os ridiculariza; a jactância; o prurido de singularidade; a arrogância; a presunção; o não reconhecer jamais as falhas próprias, ainda que sejam notórias; a relutância em abrir a alma ao Sacerdote na Confissão, por parecer que não se têm faltas… O soberbo é pouco amigo de conhecer a autêntica realidade do seu coração e muito amigo de calcar os outros aos pés, seja em pensamento, seja pelas suas atitudes externas.”

A segunda leitura, falando da nossa ressurreição – consequência da ressurreição de Cristo –, sugere que a nossa vida não pode ser lida exclusivamente à luz dos critérios deste mundo: ela atinge o seu sentido pleno e total quando, pela ressurreição, desabrocharmos para o Homem Novo. Ora, isso só acontecerá se não nos conformarmos com a lógica deste mundo, mas apontarmos a nossa existência para Deus e para a vida plena que Ele tem para nós.

Juntamente com a oração, que é o primeiro meio de que devemos socorrer-nos, procuremos ocasiões de praticar habitualmente a virtude da humildade: nos nossos afazeres, na vida familiar, quando estamos sozinhos…, sempre!

Aceitemos as contrariedades sem impaciência, sem mau-humor, oferecendo-as com alegria ao Senhor; aceitemos sobretudo as pequenas humilhações e injustiças que se produzem na vida diária

O exemplo da Mãe de Deus e nossa, Escrava do Senhor, possa aumentar em nós o amor à virtude da humildade. Recorremos a Ela, pois é ao mesmo tempo, uma Mãe de misericórdia e de ternura, a quem pessoa alguma jamais recorreu em vão. Peçamos à Maria que alcance para nós a virtude da humildade, que Ela tanto apreciou; tenhamos certeza de que Ela irá nos atender! Maria pedirá a virtude da humildade para nós a esse Deus que eleva os humildes e reduz ao nada os soberbos; e como Maria é onipotente junto do seu Filho, será ouvida com toda a certeza.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Sequência de “A Paixão de Cristo” deve ser lançada no final de 2019





Em entrevista ao site USA Today, no início do ano passado, Jim Caviezel havia confirmado que uma sequência do filme “A Paixão de Cristo” seria lançada em futuro breve. Caviezel interpretou Jesus Cristo no filme dirigido por Mel Gibson em 2004. Agora, alguns meios de comunicação já começam a anunciar que a “A Paixão de Cristo: a ressurreição” deve chegar às telas do cinema no final de 2019 ou, no máximo, na Semana Santa de 2020.

Caviezel contou na ocasião, que a sequência começa exatamente onde o filme anterior terminou – no enterro de Cristo – e que agora ele segue passo a passo os três dias de angústia que os apóstolos viveram até o dia da ressurreição. É um período de tempo pouco explorado em outros filmes sobre Jesus, e que ao mesmo tempo mostrará as intrigas no Palácio de Herodes e os eventos que ocorreram em Jerusalém até aquele domingo.

A Samuel Goldwyn Films patrocina o projeto, que tem um orçamento de 20 milhões de dólares. O longa foi rodado em Israel, no Marrocos e na Europa, e conta com a mesma equipe do primeiro filme. Além do retorno de Mel Gibson, o produtor também já confirmou o mesmo elenco central: Jim Caviezel (Jesus Cristo), Maia Morgenstern (Maria), Christo Jivkov (discípulo João) e Francesco De Vito (discípulo Pedro).

Celso de Mello ironiza Damares e defende Ideologia de Gênero



Relator de uma das ações que pedem a criminalização da suposta “homofobia”, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello afirmou em julgamento ontem (14) que a “heteronormatividade” restringe os direitos da população LGBT e citou, em tom crítico, a frase da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, de que “menino veste azul e menina veste rosa”.

O ministro ainda não terminou seu voto. Até o momento, Celso de Mello tem feito uma defesa dos direitos dos homossexuais e transexuais. Mostra-se crítico das posições conservadoras e cristãs.

“Essa visão de mundo, fundada na ideia artificialmente construída de que as diferenças biológicas entre o homem e a mulher devem determinar os seus papéis sociais –meninos vestem azul e meninas vestem rosa– essa concepção de mundo impõe, notadamente em face dos integrantes da comunidade LGBT, uma inaceitável restrição às suas liberdades fundamentais, submetendo tais pessoas a um padrão existencial heteronormativo incompatível com a diversidade e o pluralismo que caracterizam uma sociedade democrática”, disse o ministro.

A frase de Damares foi registrada em vídeo durante comemoração pouco depois de tomar posse no cargo. na imagem, a ministra aparece dizendo: “Atenção, atenção. É uma nova era no Brasil. Menino veste azul e menina veste rosa”.

Em outro ponto de seu voto, Celso de Mello criticou o uso da expressão “ideologia de gênero”, termo usado pela maioria dos professores de filosofia para criticar a ideia absurda de que o indivíduo não nasce nem homem nem mulher mas tal “identidade” seria imposta pela sociedade. Ideologia refutada pela biologia.

“E cabe destacar que se algo aqui é ideológico, no sentido pejorativo, é a tese que defende que as pessoas nascem heterossexuais e cis-gêneras [pessoas cujo sexo biológico corresponde à ideologia de gênero] e que por orientação sexual posteriormente passam a escolher alguma orientação sexual não heterossexual”, disse o ministro.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Vaticano: Cardeal Kevin Farrell é o novo Camerlengo da Santa Igreja Romana





O cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé) foi nomeado nesta quinta-feira (14) pelo Papa como Camerlengo da Santa Romana Igreja.

O camerlengo tem duas responsabilidades essenciais: a administração dos bens e direitos temporais da Santa Sé, enquanto o Papa está em viagem; e, a mais conhecida, a presidência do período de Sé Vacante, que se segue à morte ou renúncia do pontífice.

Bispos portugueses alertam para violência no namoro



A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), da Igreja Católica em Portugal, alertou para o aumento da violência no namoro, numa mensagem divulgada por ocasião do dia de São Valentim, que se assinala esta quinta-feira.

“Preocupa-nos a crescente violência no namoro, porque compromete um projeto familiar alicerçado no verdadeiro amor”, assinala o documento, enviado à Agência ECCLESIA

A nota sublinha a importância do tempo de preparação para o matrimónio, considerando que o namoro pode apresentar “um conjunto de momentos fundadores de uma relação para toda a vida e pela qual se dá a vida”.

A Igreja saúda-vos e acompanha-vos com esperança, pois conta convosco para a constituição de novas famílias fortes na fé, na alegria e no amor fecundo, na certeza que é assim que Deus vos sonha e deseja contar convosco”.

A CELF apresenta o namoro como um tempo de descoberta mútua, no qual se partilham “escolhas, sonhos e projetos”.

“O tempo do namoro é decisivo, porque leva à descoberta da beleza do amor pela dádiva da vida, por isso, requer tempo, delicadeza e seriedade, que geram confiança, estima e respeito”, pode ler-se.

O organismo católico conclui com uma referência ao fato de o “Dia dos Namorados” ser festejado sob a invocação de São Valentim, um santo da península itálica, do século III, que que teria apoiado os jovens no matrimónio, contra a ordem do imperador que os impedia de casar, para servirem o exército romano.

O celibato dos padres é o real 'ponto principal' do Sínodo da Amazônia



O Sínodo da Amazônia, um encontro entre bispos e o papa Francisco marcado para outubro, em Roma, provocou reações quanto à possibilidade do uso político da reunião, como já registramos.

Não é por menos. O grande organizador desse encontro é o cardeal dom Cláudio Hummes, frade franciscano gaúcho que foi o 18º bispo de São Paulo, mas, antes disso, na década de 1970, aproximou-se muito do então sindicalista Lula e do projeto de criação do PT quando comandou a Igreja em Santo André, no ABC Paulista.

Durante o papado de Bento XVI, vivendo em Roma, dom Cláudio chefiou a Prefeitura da Congregação para o Clero, amenizou sua postura política, mas quem o conhece de perto sabe que ele nunca deixou de ter “a alma vermelha” — embora não esteja entre os mais radicais.