O Sínodo da Amazônia, um
encontro entre bispos e o papa Francisco marcado para outubro, em Roma,
provocou reações quanto à possibilidade do uso político da reunião, como já registramos.
Não é por menos. O
grande organizador desse encontro é o cardeal dom Cláudio Hummes, frade
franciscano gaúcho que foi o 18º bispo de São Paulo, mas, antes disso, na
década de 1970, aproximou-se muito do então sindicalista Lula e do projeto de
criação do PT quando comandou a Igreja em Santo André, no ABC Paulista.
Durante o papado de
Bento XVI, vivendo em Roma, dom Cláudio chefiou a Prefeitura da Congregação
para o Clero, amenizou sua postura política, mas quem o conhece de perto sabe
que ele nunca deixou de ter “a alma vermelha” — embora não esteja entre os mais
radicais.
O Sínodo da
Amazônia, porém, apurou 'O
Antagonista', tem um outro grande objetivo: reacender a antiga
discussão sobre o fim do celibato, a começar pela possibilidade de padres
casados atuarem nessa região do Brasil, que serviria de um grande “teste” para
a provável mudança radical no catolicismo.
Dom Claúdio é um
entusiasta desse tema, ancorado em argumentos como o de que as vocações
religiosas não têm sido suficientes para que a Igreja mantenha sua presença na
Amazônia. Seria aberto, portanto, mais caminho para os chamados viri probati, ou seja, homens
casados, de fé comprovada, que podem exercer atividades eclesiais.
No episcopado
brasileiro, o fim do celibato para evangelização na Amazônia está longe de ser
um consenso.
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Salve
Roma/ O Antagonista
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