A Comissão Episcopal do
Laicado e Família (CELF), da Igreja Católica em Portugal, alertou para o
aumento da violência no namoro, numa mensagem divulgada por ocasião do dia de
São Valentim, que se assinala esta quinta-feira.
“Preocupa-nos a
crescente violência no namoro, porque compromete um projeto familiar alicerçado
no verdadeiro amor”, assinala o documento, enviado à Agência ECCLESIA
A nota sublinha a
importância do tempo de preparação para o matrimónio, considerando que o namoro
pode apresentar “um conjunto de momentos fundadores de uma relação para toda a
vida e pela qual se dá a vida”.
A Igreja saúda-vos e acompanha-vos
com esperança, pois conta convosco para a constituição de novas famílias fortes
na fé, na alegria e no amor fecundo, na certeza que é assim que Deus vos sonha
e deseja contar convosco”.
A CELF apresenta o
namoro como um tempo de descoberta mútua, no qual se partilham “escolhas,
sonhos e projetos”.
“O tempo do namoro é
decisivo, porque leva à descoberta da beleza do amor pela dádiva da vida, por
isso, requer tempo, delicadeza e seriedade, que geram confiança, estima e
respeito”, pode ler-se.
O organismo católico
conclui com uma referência ao fato de o “Dia dos Namorados” ser festejado sob
a invocação de São Valentim, um santo da península itálica, do século III, que
que teria apoiado os jovens no matrimónio, contra a ordem do imperador que os
impedia de casar, para servirem o exército romano.
O Governo português apresentou hoje a campanha
#NamorarMemeASério pela eliminação da violência no namoro, com o objetivo de
identificar alguns dos comportamentos que são demonstrativos de situações de
violência, seja física, psicológica ou sexual.
Mais
de metade dos jovens que namoram ou namoraram dizem já ter sofrido uma qualquer
forma de violência por parte do companheiro e 67% acham isso natural, motivo
para uma nova campanha pelo fim da violência no namoro.
A campanha é apresentada hoje, tal como os resultados do
estudo nacional sobre a violência no namoro, feito pela União de Mulheres
Alternativa e Resposta, com o apoio da Secretária de Estado para a Cidadania e
a Igualdade, Rosa Monteiro.
Liturgicamente, 14 de
fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas na Itália a
Diocese de Terni celebra o seu padroeiro, São Valentim, primeiro
bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente no século IV.
Este nome está ligado a
algumas lendas, as quais Valentim teria morrido decapitado a 14 de fevereiro
por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter
celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um legionário, apesar da
proibição de Cláudio II (século III).
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Agência
Ecclesia
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