segunda-feira, 31 de outubro de 2011

As aparições de Nossa Senhora



Há ocasiões em que há muitos indícios de uma forte presença de Deus, fazendo-nos acreditar que não é algo inventado ou sonhado pelas pessoas. Assim aconteceu em Guadalupe, Lourdes e Fátima.

Em outras ocasiões os sinais são tão confusos que a gente deve desconfiar quando aparecem videntes fanáticos com mensagens esquisitas, que não estão em sintonia com o Evangelho e a Igreja. De qualquer forma, as aparições não são uma comunicação de Deus totalmente pura.

Na mensagem do vidente, sempre vêm misturadas as suas experiências psicológicas e culturais, a visão que ele tem do mundo, a mentalidade da época e tantas outras coisas.

Por isso, a mensagem das aparições não pode ser tomada ao pé da letra, como se fosse uma comunicação “diretinha” de Jesus ou de Maria. A gente deve separar o que nos parece mais próximo de Deus daquilo que é limitação humana.

O fato de ver ou ouvir Nossa Senhora ou Jesus não significa que os videntes têm mais fé do que nós. A fé não precisa de sinais. Para nós importa saber que Deus se serve dessa capacidade extraordinária das pessoas para nos comunicar algo de seu amor.

As aparições não podem ser uma nova revelação de Deus para continuar ou completar o que Jesus Cristo nos deixou. Os videntes destacam alguns aspectos da vida de fé como a conversão, a penitência, a renovação pela opção ao Evangelho e a oração. Embora seja uma forma de comunicação extraordinária, as mensagens das aparições não substituem a Bíblia nem o Espírito Santo que fala no coração de cada cristão e da comunidade.

A gente dificilmente pode afirmar com tal certeza quando uma aparição é verdadeira, mas há alguns critérios que nos ajudam:

Ø    EQUILÍBRIO MENTAL DO VIDENTE: Se a pessoa tem boa saúde psíquica. As aparições vêm por pura graça de Deus e deve acontecer em pessoas mentalmente saudáveis.

Ø    HONESTIDADE DO VIDENTE E DE SEU GRUPO: Por vezes a busca de fama, poder e dinheiro ou a pressão de parentes e amigos acaba provocando aparições falsas nos videntes que como gravadores, passam a repetir mensagens para atrair um grande público.

Ø    A QUALIDADE DA MENSAGEM: A mensagem do vidente deve estar de acordo com o Evangelho e com a caminhada da Igreja. Tem que ser boa notícia, atualização do Evangelho para nós. Se começa a falar mal dos outros, a criticar as pastorais e os movimentos, especialmente os que defendem os pobres, é sinal que vem de Deus, mas do engano, do orgulho e da vaidade.

Ø    OS FRUTOS DAS APARIÇÕES: Se o movimento de uma aparição leva muitos cristãos a viver melhor na fé, na esperança e na caridade é um bom sinal. Nem sempre quando nas aparições acontecem sinais no céu ou milagres indica que a aparição seja divina. Pode acontecer que mesmo que o vidente seja desonesto ou desequilibrado, as pessoas também vejam sinais no sol, na lua, nuvens ou em qualquer coisa da natureza. A força do poder da mente associada à fé pode produzir frutos maravilhosos mesmo que a aparição não seja verdadeira.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Piedade Mariana nas Devoções e Práticas (Parte II)



 A Oração do Rosário

Uma forma de oração mariana praticada ininterruptamente por muitos séculos e sempre encorajada pela mais alta autoridade eclesiástica é a oração do rosário.

A primeira tradição foi o uso muito antigo, atestado já a propósito dos monges egípcios dos primeiros séculos cristãos, de contar as orações orais com a ajuda de grãos ou pedrinhas. Posteriormente lanço-se mão de uma cordinha munida de pérolas ou grãos, enquanto na maioria das vezes a oração repetida ao ritmo desta cadeia era o “pai-nosso”.

A partir do século XII a “ave-maria” difundiu-se sempre mais. Começou-se a repetir-se também esta oração através de cordinhas munidas de nós, e por fim, foi unida ao “pai-nosso”. A contemplação hoje habitual dos 20 mistérios da vida, paixão e glorificação de Jesus Cristo é atestada com certeza a partir de 1480.

Durante séculos a tradição cristã considerou São Domingos como o verdadeiro criador do rosário, mas o certo é que as origens do rosário devem ser procuradas no fundador da Ordem dos Pregadores, no início do século XIII.

Em todo caso, São Domingos e a sua Ordem (dominicana) permaneceram através dos tempos, e até hoje, um símbolo da difusão desta oração por meio da pregação, dos escritos e das associações. Outras Ordens, como a Companhia de Jesus (jesuítas), a adotaram e contribuíram de maneira significativa para a sua difusão em toda a Igreja.


Num tempo de graves perigos provocados pelas heresias e pelo ataque dos turcos contra o Ocidente, São Pio V (1569 e 1571) exortou a cristandade a encontrar conforto no rosário. Depois da grande vitória conseguida na batalha naval de Lepanto, ele acrescentou à virtude desta oração a salvação da cristandade, definiu sua forma, e instituiu o dia 7 de outubro como festa do santo rosário e concedeu uma indulgência plenária aos que o rezassem.

De modo particular, o rosário é ilustrado sob os seguintes aspectos essenciais:

Ø    O rosário é uma oração bíblica;
Ø    Ele faz a resenha dos dados essenciais da história da salvação;
Ø    Está orientado para Cristo;
Ø    Apresenta um caráter meditativo;
Ø    Entre liturgia e rosário existe uma relação profunda.

O Concílio de Éfeso no ano de 431 afirmou: “Quem não confessar que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que conseqüentemente a bem-aventurada Virgem Maria é a Mãe de Deus, porque, segundo a carne, deu à luz o Verbo encarnado que procede de Deus, seja excomungado”.

Como afirma o Magnificat, Deus realizou grandes coisas em Maria. Estas grandes coisas nada mais são senão isto: “Maria tornou-se Mãe de Deus”.

A finalidade última e autêntica da oração é o louvor a Cristo, ao passo que Maria abre caminho para Ele.

O que as nossas igrejas e o Cristianismo experimentado cotidianamente parecem oferecer apenas de maneira insuficiente, é procurado por muitos indivíduos nas filosofias e religiões orientais que com freqüência chegam ao homem ocidental sedento de soluções e cheio de problemas confeccionados de maneira sincretista.

Que o indivíduo recorra ao esquema orgânico e fixo de uma oração continuamente repetida não é necessariamente uma coisa de que deva envergonhar-se.

Para compreender realmente a natureza desta oração e experimentar a sua bênção, existe apenas um caminho: aproximar-se dela e rezá-la.

O Terço

Desde o início do Cristianismo, há mais de dois mil anos, os seguidores de Jesus desenvolveram muitas formas de oração. Uma delas, muito conhecida, é a oração vocal ou de repetição[1].

Não se sabe quando os cristãos começaram a rezar a ave-maria como oração vocal. Na Idade Média, monges analfabetos não podiam ler os Salmos e recitavam de memória algumas frases, inclusive a primeira parte da ave-maria que vem do Evangelho de Lucas.

Como há 150 Salmos, eles rezavam no correr do dia o mesmo número de ave-marias, mas só a primeira parte que junta a saudação do anjo com a de Isabel[2]. A segunda parte da ave-maria se espalhou a partir do ano 1480. Embora exista uma lenda que São Domingos tenha recebido diretamente de Maria o rosário, foi um monge que, nos anos 1300 fez a divisão das ave-marias em 15 dezenas com um pai-nosso em cada uma. Mais tarde, outro monge propôs a meditação dos mistérios. E depois, um frade dominicano criou o rosário, dividindo nos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos.

O nome rosário quer dizer uma corrente de ave-marias, como uma coroa de rosas. O Papa João Paulo II, no aniversário de seu pontificado (16/10/2002) incluiu os Mistérios Luminosos no rosário. 

Atualmente o rosário possui duzentas ave-marias e vinte pai-nosso. O terço significa, como a palavra já fala, a terça parte do rosário, ou seja, 50 ave-marias. Um rosário completo tem quatro terços. A devoção do terço é livre. O devoto de Maria reza o terço como lhe guia o coração.

Se há desejo e tem possibilidades, pode rezar mais ave-marias, se lhe falta ocasião, reza menos. Mas deve ser bem rezado, com o coração aberto e boa preparação. Não é bom rezar o terço de forma mecânica, repetindo às pressas as ave-marias, para acabar logo. Os mistérios podem ser enriquecidos com trechos da Palavra de Deus, hinos e canções.

Como acontece com outras devoções, não se deve misturar o terço com a liturgia. Na hora da missa não se reza o terço.

Embora seja tão bom, nenhum católico é obrigado a rezar o terço. Como devoção, rezar o terço não é lei para ninguém, mas um instrumento abençoado.


[1] cf. Mc 14,39; Mt 26,44
[2] cf. Lc 28,42
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Fonte: O Culto a Maria Hoje, Paulinas. (com algumas adaptações).

domingo, 23 de outubro de 2011

Uma só Maria em todas as "Nossas Senhoras"


Epíteto é uma palavra qualificando o nome de uma pessoa. Celebridades, reis e santos tem epítetos após o nome. É um título! Ex. Átila, o flagelo de Deus. Napoleão, o corso (Ilha de Córsega, onde ele nasceu). São Boaventura, o doutor seráfico. São João Maria Vianney, o cura d´Ars. Rui Barbosa, a águia de Haia. Os títulos após um nome ou são honoríficos ou são uma espécie de ‘apelido’ que caracteriza alguém: o que fez, foi ou pelo seu modo de ser. A bíblia acrescenta títulos aos nomes, a começar pelo de Jesus: o Nazareno (Mt.2,23). Há no Novo Testamento mais de 100 títulos apostos ao nome de Jesus: o Messias; o Verbo de Deus; o Ungido de Deus; o Emanuel (Deus conosco); o primogênito de toda a criação; a cabeça da Igreja etc. Indicam o amadurecimento da fé em Cristo ressuscitado no início da Igreja. São Marcos (2,17) informa: Jesus deu aos dois apóstolos irmãos, Tiago e João, um epíteto: Boanerges, isto é, filhos do trovão.
 
Ora, no Evangelho de Lucas a primeira referência à pessoa de Maria é um título dado a ela pelo mensageiro de Deus: “ó cheia de graça!” (Lc.1,28). Jesus chama sua mãe de Mulher: nas Bodas de Caná e no Calvário (Jo.2,4); (Jo.19,26). “Mulher, eis aí teu filho!” Isto revela a convicção dos primeiros cristãos no papel de Maria na salvação realizada por Jesus. Ela é a nova Eva, prevista no livro do Gênesis (3,15), como a vencedora futura do demônio. Vitória confirmada no livro do Apocalipse, cap. 12, que fala do grande sinal que apareceu no céu: uma mulher vestida de sol, a lua debaixo dos pés e uma coroa de 12 estrelas na cabeça. Por isso, a reflexão cristã deu à Maria desde os primeiros tempos o título: Imaculada! Ela é ainda chamada de: Mãe de Deus e de Sempre Virgem. O título de “nossa senhora” vem desde o 1º século. Segundo a pesquisa histórica e a iconografia (arte de representar por imagens), as primeiras imagens de Nossa Senhora seriam as chamadas “virgens orantes“ das catacumbas romanas. Maria é representada de pé, braços elevados em atitude de oração. A origem da veneração à Maria para o culto litúrgico e a devoção popular, nasceu da excelência da Mãe de Deus no evangelho: do seu papel na missão de Jesus, de sua condição de discípula-modelo para os cristãos. Essa é a causa dos inumeráveis títulos das “nossas senhoras” pelo mundo afora.
 
Não raro os títulos “nossa senhora” traduzem os anseios das pessoas, grupos ou povos. Assim os escravos negros eram devotos de Nossa Senhora do Rosário. Com o tempo o culto litúrgico à Mãe de Jesus e as invocações populares (ladainhas, novenas, terço) multiplicaram as “nossas senhoras”. Lembravam os locais onde Maria viveu (Belém, Nazaré); os episódios narrados nos Evangelhos (Ex: a Natividade; a Anunciação); o papel dela na missão de Jesus; um local onde aconteceram fatos extraordinários (Lourdes, Fátima, aparecida). Enfim, Maria é uma só em seu corpo terreno. Os títulos referem-se à sua condição glorificada, à íntima e inseparável união com o Filho ressuscitado. A grande imprensa não sabe distinguir isso. Um cristão consciente deve saber! Nomes e títulos de “nossa senhora” devem nos conduzir à escuta da Palavra de Deus e ao amor a Jesus Cristo. “Todas as gerações me chamarão: bem-aventurada!”
 
 
Pe. Antonio Clayton Sant ´Anna – CSsR
Diretor da Academia Marial de Aparecida

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Convite!



Com as bênçãos de Deus e a proteção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, dia 21/10/2011, iniciará sua festa. Vamos nos unir em oração neste grande encontro de irmãos e irmãs que é a Paróquia de N. S. P. Socorro, COHAB. Alegremo-nos e abramos o nosso coração para ouvir e acolher aquilo que o Senhor irá falar.

Diponhamo-nos a viver como Maria, que é mãe e mestra na Evangelização de todos nós, e neste ensinamento, vamos nos unir para elevar o seu culto de louvor e adoração ao nosso Deus e dele receber bênçãos e graças em Cristo Jesus.


LOCAL: Igreja de N. S. Perpétuo Socorro - COHAB
PERÍODO: 21 a 30/10/2011

A festa é sua, é nossa!! Vamos participar!!!



OBJETIVO DO FESTEJO

I- Evangelizar tendo como instrumento o Testemunho de Maria, Mãe e Mestra e a Palavra de Deus como base na evangelização.

II- Ser um tempo forte de catequese e confraternização comunitário.

OBJETIVO ECONÔMICO

- Concluir a reforma de nossa Igreja Matriz.

Cordialmente, 
        Frei Carlos e Comissão Organizadora 2011.

Rezar pelas missões com a Virgem do Rosário


No domingo, dia 23 de outubro, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial das Missões. É o dia em que as comunidades católicas se reúnem para rezar pelos missionários e aprofundar seu compromisso com as missões. No dizer de Bento XVI, “é uma ocasião preciosa para nos determos e meditarmos se e como respondemos à vocação missionária: uma resposta para a vida da Igreja”. O gesto concreto que acompanha a nossa oração neste dia é a Coleta Missionária. Com ela se constitui o Fundo Universal de Solidariedade, que é usado para subsidiar o trabalho da Igreja nas áreas mais carentes do Mundo.

O Dia Mundial das Missões acontece durante o mês do Rosário, quando inúmeras comunidades costumam se unir na oração do terço, honrando a Virgem do Rosário, que é também a Rainha das Missões.


Sabemos que a fé católica subsiste, em muitos lugares, graças à oração do Rosário. No tempo em que a maioria das pessoas era analfabeta, São Domingos de Gusmão propôs o rosário (três terços) como método de oração para as pessoas mais simples. Ao longo dos anos, foi o rosário que animou a fé cristã na ausência de padres e nos momentos de crise da Igreja. Era comum as comunidades se reunirem nos domingos para rezarem um terço do rosário seguido pela Ladainha de Nossa Senhora. Foi pela oração do rosário que pessoas se animaram a deixarem suas terras para irem a lugares distantes anunciar o Evangelho de Jesus Cristo.

João Paulo II diz que “rezar o rosário pelos filhos e, mais ainda, com os filhos, educando-os desde tenra idade para este momento diário de paragem orante da família, não traz por certo a solução de todos os problemas, mas é uma ajuda espiritual que não se deve subestimar”. Famílias que cultivam o hábito da oração do terço tem mais chances de superar os problemas do que as outras famílias.
 
No Dia Mundial das Missões renovemos o nosso compromisso com a causa do anúncio do Evangelho. Não nos esqueçamos da “missão na ecologia” que é o tema proposto para reflexão no mês de outubro do corrente ano. Renovemos nosso propósito de rezar pelas missões, podendo, para isso, nos valer do rosário, que é uma oração muito querida para inúmeros cristãos católicos presentes nos cinco continentes. E que Maria, a Virgem do Rosário e a Rainha das Missões nos proteja e acompanhe!

Dom Canísio Klaus

Bispo de Santa Cruz do Sul - RS


Às mulheres, a palavra!


No sábado, 3 de setembro, de um lugar incógnito da Líbia, Muamar Khadafi enviou uma mensagem aos soldados que permaneciam a seu lado na luta que travava contra os rebeldes: «Não se deixem atemorizar! A vitória é nossa! Não sejam mulheres, mas valentes!»

No domingo, os holofotes se voltaram para Roberto Carlos, de visita a Israel. A maior parte dos repórteres e jornalistas que o acompanhavam, transmitiu a notícia com estas palavras: «De quipá, cercado por policiais e repórteres (as mulheres tiveram de ver de longe, por causa da tradição judaica), o cantor Roberto Carlos causou frisson na tarde deste domingo em Jerusalém, ao visitar um dos lugares mais sagrados dos judeus, o Muro das Lamentações».

No mesmo dia, comecei a ler a autobiografia de Renata Borlone, uma jovem que, ao encontrar o Movimento dos Focolares, imprimiu um novo rumo à vida, tanto que seu processo de canonização já foi introduzido. Pouco antes da conversão, passou por uma experiência bastante negativa: «Certa vez, fui à missa com um vestido que eu julgava modesto, apesar de suas mangas curtas. O padre achou por bem não dar a comunhão a quem não estivesse de mangas compridas. Foi o que fez: ante o numeroso grupo de jovens ajoelhadas ao longo da balaustrada, ele ia escolhendo a quem conceder a eucaristia. Olhando para mim, passou adiante. Senti-me humilhada, até mesmo porque não me parecia estar cometendo um grande pecado. Continuei a frequentar a igreja, mas passei a entender as pessoas que, em situações semelhantes, sentem vontade de mandar os padres às favas».


No dia 14, o deputado Laerte Tetila apresentou na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul um projeto de lei proibindo o Poder Público de financiar shows de cantores, autores de músicas preconceituosas contra a mulher: «Sabemos que o machismo existe desde que o mundo é mundo. O desrespeito à mulher, em composições musicais, nunca foi novidade. Mas, agora, chegamos a tal ponto, que as mulheres passaram a reagir, já que certas letras atingem níveis de baixaria nunca antes acontecidos. Letras deletérias, de conteúdos desrespeitosos, depreciativos, ofensivos; muitas vezes, com agressividade latente, que desqualifica, humilha e avilta explicitamente a imagem, a moral e a autoestima das mulheres».

Por fim, no dia 7 de outubro, foi anunciado que o Prêmio Nobel da Paz de 2011 havia sido conferido a três mulheres: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman. De acordo com o Comitê Norueguês, a escolha se deve «à sua luta não violenta pela segurança e pelos direitos das mulheres na participação do processo da construção da paz. Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não têm as mesmas oportunidades dos homens para influenciar o desenvolvimento em todos os níveis da sociedade».

Ellen Johnson Sirleaf é a primeira mulher a ser eleita numa nação africana, a Libéria. Desde que assumiu o poder, em 2006, ela promove a paz no país buscando o desenvolvimento social e econômico e fortalecendo o status da mulher na sociedade.
Leymah Gbowee – também liberiana – se notabilizou na organização das mulheres, independentemente de suas diferenças étnicas e religiosas, no intuito de pacificar a nação e assegurar a participação feminina nas eleições.

Tawakkul Karman se distinguiu na luta pelos direitos das mulheres e pela busca da democracia e da paz no Iêmen, processo que faz parte da que passou a ser conhecida como a “Primavera Árabe”.

Às mulheres, a palavra! Que elas nos digam o que pensam de si mesmas e de sua presença na sociedade através da palavra de uma líder, como foi Chiara Lubich: «Narra a Escritura que bastaram poucas palavras para induzir a mulher ao pecado: “Serás como Deus” (Gn 3,5). Também hoje, na balbúrdia de vozes que deformam o pensamento, uma tendência infiltrou-se e continua avançando: levar a mulher a “ser como o homem”.

O Papa Pio XII vê a mulher como a “obra-prima da criação”. Para tanto, porém, ela precisa ser verdadeiramente mulher. Nos tempos atuais, saturados de ateísmo, a mulher, com o seu natural instinto para Deus e a sua perene vocação ao amor, tem uma missão primordial na renovação da sociedade: ser “portadora de Deus” para ser o coração da humanidade».

Dom Redovino Rizzardo, cs

Bispo de Dourados - MS


terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Piedade Mariana nas Devoções e Práticas (Parte I)


Apesar das condições dos tempos que já não são as mesmas, para a maior parte dos homens permanecem invariáveis aqueles momentos característicos do dia - manhã, meio-dia, tarde e noite – que assinalam os tempos de sua atividade e constituem um convite a uma pausa para a oração.

Maria, através do “sim” à mensagem do anjo[1], lançou a ponte que permitiu a Deus entrar na história do homem, enquanto o Logos se tornou um membro na cadeia das gerações humanas. O “sim” de Maria foi um “sim” que abraçou toda a sua vida. Um “sim” que ela traduziu, na prática, com profundo espírito de fé e obediência: o vínculo da mãe com o Filho na obra Redentora de Cristo continuou imutável mesmo na morte de cruz. Na sua qualidade de crente que teve que superar as provações mais duras, ela está completamente ao lado dos homens, do nosso lado.

No “Angelus Domini” confessamos que Maria é a nossa mais próxima, e ao mesmo tempo, mais exemplar companheira no caminho da fé. O orante medita sobre esta fé quando, no meio das ocupações do dia, pára por um breve momento a fim de orar.

O ritmo natural do dia oferece-lhe o quadro exterior para santificar as próprias ações e aspirações no início (laudes), no seu meio (hora média) e no seu fim (vésperas), relacionando-as com os mistérios da salvação. Recordando a contribuição dada por Maria à história da redenção, ele se sente chamado a crer de maneira viva e vigorosa, com uma fé que repete o “sim” da Virgem para a obra salvífica de Cristo e cujos frutos espera gozar. Quem reza o “Ângelus Domini” sabe que a Mãe de Deus o protege.

A oração do anjo permanece, pois, uma prática devocional que exprime os dados constitutivos e fundamentais da fé cristã, válidos para todos os tempos em genuína conformidade com a Bíblia e de maneira compreensível para os homens de todas as épocas, porque faz de forma simples. Ela se oferece ao homem moderno, dilacerados por imposições interiores e exteriores, e gravemente ameaçado na sua humanidade como meio de recolhimento e de reflexão sobre a única coisa necessária.

Ainda hoje, a oração do “Ângelus Domini” nada perdeu de sua atualidade, nem tem necessidade de reformas, mas somente de ser reavivada na prática dos fiéis.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Programação do Festejo 2011


Baixe agora a programação completa do Festejo de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 2011

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