sábado, 30 de junho de 2018

Presidente filipino Rodrigo Duterte acende indignação ao chamar Deus de "estúpido"


O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, voltou a receber duras críticas por seus comentários contra a Igreja Católica. Em um discurso no dia 22 de junho de 2018, ele questionou a História da Criação e a doutrina do pecado original da Bíblia. Em tom de revolta e desconfiança, o presidente perguntou: “quem é este Deus estúpido?”.

A declaração foi criticada pelos líderes católicos e até os próprios aliados do presidente. É o que informa o site CBS News.

O bispo das Filipinas, Arturo Bastes, chamou Duterte de “louco” e afirmou: “a injúria de Duterte contra Deus e a Bíblia revela, mais uma vez, que ele é um psicopata, uma mente anormal que não deveria ter sido eleita como presidente de nossa nação civilizada e cristã”.

O senador Panfilo Lacson, ex-chefe da polícia das Filipinas e defensor das políticas de Duterte, também criticou o presidente, acrescentando: “Que Deus o perdoe e faça com que ele repare todos os seus pecados”.

No discurso televisado, o presidente ainda proferiu palavras de baixo calão ao se referir a Deus. “Este filho da p… é realmente estúpido”, disse ele.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

"Glória e cruz, em Cristo, caminham juntas", diz Papa


HOMILIA
Solenidade dos Santos Pedro e Paulo 
Praça São Pedro – Vaticano
Sexta-feira, 29 de junho de 2018

As leituras proclamadas permitem-nos entrar em contacto com a Tradição Apostólica, que «não é transmissão de coisas ou de palavras, uma coleção de coisas mortas. A Tradição é o rio vivo que nos liga às origens, o rio vivo no qual as origens sempre estão presentes» (Bento XVI, Catequese, 26 de abril de 2006) e oferecem-nos as chaves do Reino dos Céus (cf. Mt 16, 19). Tradição perene e sempre nova, que acende e revigora a alegria do Evangelho, consentindo-nos assim de confessar com os nossos lábios e o nosso coração: «“Jesus Cristo é o Senhor”, para glória de Deus Pai» (Flp 2, 11).

O Evangelho inteiro quer responder à pergunta que se abrigava no coração do Povo de Israel e que, mesmo hoje, não cessa de habitar em tantos rostos sedentos de vida: «És Tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?» (Mt 11, 3). Pergunta que Jesus retoma e coloca aos seus discípulos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» (Mt 16, 15).

Pedro, tomando a palavra, atribui a Jesus o título maior com que O podia designar: «Tu és o Messias» (Mt 16, 16), isto é, o Ungido, o Consagrado de Deus. Apraz-me saber que foi o Pai a inspirar esta resposta a Pedro, que via como Jesus «ungia» o seu povo. Jesus, o Ungido que caminha, de aldeia em aldeia, com o único desejo de salvar e levantar quem era tido por perdido: «unge» o morto (cf. Mc 5, 41-42; Lc 7, 14-15), unge o doente (cf. Mc 6, 13; Tg 5, 14), unge as feridas (cf. Lc 10, 34), unge o penitente (cf. Mt 6, 17). Unge a esperança (cf. Lc 7, 38.46; Jo 11, 2; 12, 3). Numa tal unção, cada pecador, cada vencido, doente, pagão – no ponto onde se encontrava – pôde sentir-se membro amado da família de Deus. Com os seus gestos, Jesus dizia-lhe de maneira pessoal: tu pertences-Me. Como Pedro, também nós podemos confessar com os nossos lábios e o nosso coração não só aquilo que ouvimos, mas também a experiência concreta da nossa vida: fomos ressuscitados, acudidos, renovados, cumulados de esperança pela unção do Santo. Todo o jugo de escravidão é destruído graças à sua unção (cf. Is 10, 27). A nós não é lícito perder a alegria e a memória de nos sabermos resgatados, aquela alegria que nos leva a confessar: «Tu és (…) o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16).

Entretanto é interessante notar o seguimento desta passagem do Evangelho onde Pedro confessa a fé: «A partir desse momento, Jesus Cristo começou a fazer ver aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito, da parte dos anciãos, dos sumos-sacerdotes e dos doutores da Lei, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar» (Mt 16, 21). O Ungido de Deus leva o amor e a misericórdia do Pai até às extremas consequências. Este amor misericordioso exige ir a todos os cantos da vida para alcançar a todos, ainda que isso custe o «bom nome», as comodidades, a posição… o martírio.

Perante anúncio tão inesperado, Pedro reage: «Deus Te livre, Senhor! Isso nunca Te há de acontecer» (Mt 16, 22) e transforma-se imediatamente em pedra de tropeço no caminho do Messias; e, pensando defender os direitos de Deus, sem se dar conta transforma-se em seu inimigo (Jesus chama-o «Satanás»). Contemplar a vida de Pedro e a sua confissão significa também aprender a conhecer as tentações que hão de acompanhar a vida do discípulo. À semelhança de Pedro, como Igreja, seremos sempre tentados por aqueles «sussurros» do maligno que serão pedra de tropeço para a missão. Digo «sussurros» porque o demónio seduz veladamente, fazendo com que não se reconheça a sua intenção, «comporta-se como um ser falso, que quer ficar escondido e não ser descoberto» (Santo Inácio de Loyola, Exercícios Espirituais, n. 326).

Pelo contrário, participar na unção de Cristo é participar na sua glória, que é a própria Cruz: Pai, glorifica o teu Filho… «Pai, manifesta a tua glória!» (Jo 12, 28). Glória e cruz, em Jesus Cristo, caminham juntas e não se podem separar; porque, quando se abandona a cruz, ainda que entremos no deslumbrante esplendor da glória, enganar-nos-emos porque aquela não será a glória de Deus, mas a pantomina do adversário.

Venezuela: Corpos de sacerdotes falecidos são cremados para não serem profanados


As profanações de túmulos na Venezuela levaram a congregação dos salesianos a tomar a decisão de incinerar os corpos de seus dezenas de membros falecidos.

Segundo informações da agência de notícias salesianas (ANS), recentemente faleceu Pe. José Berno Giacomazzi, o salesiano mais idoso da congregação, com 107 anos. Entretanto, a profanação de cemitérios, incentivada pela insegurança que existe no país, obrigou que os seus restos mortais fossem incinerados.

Isso se deve ao fato de que nos últimos meses o panteão dos salesianos no Cemitério Geral do Sul, em Caracas, foi profanado duas vezes. Os túmulos foram abertos e saqueados.

“No total, foram profanados 41 túmulos de salesianos. Não se sabe o motivo, se foram por roubos ou por outros motivos religiosos, o fato é que se pediu às autoridades para que cuidassem dos cemitérios, mas não houve respostas”, assinalou Conselheiro Regional para a Interamérica dos Salesianos, Pe. Timothy Ploch.

“Todos os ossos foram recolhidos, realizaram o reconhecimento de cada salesiano e foram cremados. E durante uma grande cerimônia religiosa foram depositados na paróquia Dom Bosco”, indicou.

Os restos mortais de Pe. Berno foram incinerados junto com outros 41 salesianos e enterrados aos pés da imagem de Maria Auxiliadora na paróquia de São João Bosco, em Altamira.

“Agora sim, poderão descansar em paz!”, assinalou ANS.

Em entrevista concedida ao Grupo ACI, o capelão do Cemitério Geral do Sul, Pe. Germán Machado, indicou que os crânios e fêmures dos túmulos são extraídos pelos membros da “religião do palo”, uma mistura entre a santeria e o espiritismo.

“É um tipo de pacto com a pessoa falecida, para que esta pessoa aja de modo sobrenatural de acordo com o que eles pedem e ao que vão dando como oferenda”, indicou.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Copa dos Imundos


Aos leitores dessas próximas linhas encabeçadas por esse título provocativo, proponho uma reflexão séria e sincera, diante do grandíssimo perigo que o Brasil está enfrentando nos atuais dias.

Enquanto a Copa do Mundo de futebol é assistida por milhões de pessoas em todo mundo, é preciso dizer que a assim denominada ‘Copa dos imundos’ iniciou-se no mesmo país que sedia essa competição internacional.

A Rússia foi a primeira nação do mundo que sucumbiu às garras dos imundos propagadores do aborto pelo mundo.  Logo a seguir da Revolução bolchevista-marxista, em 1917, a ditadura instaurada por Lenin e seus companheiros comunistas aprovou, em 1920, esse crime hediondo contra a vida dos bebês, que é um imenso e verdadeiro genocídio que se alastra pelos séculos 20-21.

Com a promoção e a realização dessa ‘Copa dos Imundos’, de matriz ateia,  em outros  países vários legisladores, juristas, médicos, advogados, sociólogos, diversas  fundações internacionais e ONGs formaram equipes identificadas por cores bem significativas nas suas camisas: a preta do ódio à maternidade, a roxa da aversão aos valores da vida, a vermelha do sangue dos bebês abortados e a cinza da indiferença diante do sofrimento das mulheres forçadas a fazer esse crime.  O mais dramático e ofensivo desse campeonato imundo é que nenhuma dessas equipes quer levantar a taça da vitória sozinha, mas todas elas pretendem ser vencedoras desse cruel torneio de morte dos inocentes.

Com essa Copa cruel se pretende instaurar a cultura da morte, na qual tudo vale a pena, desde que crianças indefesas sejam mortas dentro do ventre de suas mães.  Mães que são abandonadas, não só pelos homens que a engravidaram, mas também por instituições de saúde, por médicos eticamente mal formados e, infelizmente, pelas suas famílias e por pessoas amigas, nas horas mais difíceis de suas vidas, que são as horas de decisão sobre como levar adiante a vida de um filho recém concebido, o que fazer para cuidá-lo, sobretudo quando vem com alguma doença incurável, como alimentá-lo, como inserí-lo num mundo culturalmente a favor do seu assassinato.

Infelizmente, muito dinheiro ensanguentado circula pelo mundo para que governos, tribunais internacionais, congressos médicos, conferências em vários países, ONGs com nomes disfarçados, como a poderosa ONG com Direito de Decidir (Free Choice) e as mídias comprometidas com essa cultura da morte, julguem, encontrem falsos argumentos científicos, e terminem promovendo essa ‘Copa dos Imundos’.

Antes da Copa do Mundo de futebol começar, no dia 14 de junho de 2018, na capital da  Argentina as ‘torcedoras do aborto’ comemoravam, com alegria e bandeiras azuis, a vitória apertada, por apenas quatro votos a mais, a aprovação, na Câmara Federal dos deputados, a lei do aborto em todo esse país sul-americano.

Depois de dois dias a equipe bicampeã da Copa de futebol, a Argentina, que tem um dos melhores jogadores do mundo, Leonel Messi, empatava com a Islândia, país nórdico, com pouca tradição futebolística no cenário internacional. Muitos argentinos e argentinas choravam em Buenos Aires por esse pífio resultado, que pode comprometer o tricampeonato para esse país, onde se  valoriza mais uma bola vitoriosa dentro da rede  adversária do que um bebê dentro do  ventre materno.

Centenas de fiéis peregrinam pela unidade da Igreja na China


Poucos dias antes da Solenidade de São Pedro e São Paulo, centenas de fiéis chineses realizaram uma peregrinação para pedir a intercessão dos dois apóstolos pela unidade da Igreja no país.

Segundo informou a agência vaticana Fides, os fiéis pertencem à paróquia de Hou Ba Jia, dedicada a São Miguel, perto de Pequim.

A peregrinação começou na manhã de sábado, 23 de junho, e terminou no dia seguinte, na festa de São João Batista, no santuário dos mártires de Zhu Jia He, localizado na cidade de Hebei.

Fides indicou que este templo é “muito especial para os católicos chineses, devido ao testemunho do martírio de fé e amor a Cristo dos missionários franceses São Leão Inácio Mangin e São Paulo Denn”.

Em julho de 1900, estes dois missionários acolheram milhares de mulheres e crianças que fugiram da perseguição perpetrada durante a Revolta de Boxers, também conhecida como a Revolta de Yihequan.

Quando os boxers atacaram a igreja onde estavam reunidos, Pe. Mangin deu a absolvição a todos os presentes. Quando os atacantes entraram no templo, assassinaram Pe. Denn, que estava distribuindo a Comunhão, e todos os fiéis. Em seguida, queimaram o local.

São Leão Inácio Mangin e 55 companheiros mártires do massacre de Zhu Jia foram canonizados por João Paulo II em 2000. No lugar do martírio foi construído o santuário atual, onde os católicos da paróquia de Hou Ba Jia realizaram a sua peregrinação.

Argentina: Líderes religiosos convocam “abraço simbólico” pela vida em hospital


A fim de apoiar os profissionais de saúde que são contra o projeto de aborto na Argentina, várias denominações religiosas realizarão no dia 29 de junho um “Abraço simbólico ao Hospital Rawson”, em San Juan de Cuyo.

O Arcebispo de San Juan de Cuyo, Dom Jorge Lozano, e representantes da Igreja Evangélica, Adventista e da Comunidade Bahai, entre outros, manifestaram o seu apoio a esta iniciativa em 26 de junho.

Dom Lozano expressou a sua preocupação pela tentativa de legalizar o aborto. Por isso, encorajou todas as comunidades religiosas e todos os cidadãos a participar do ato “em defesa do direito humano mais fundamental”.

O abraço simbólico será realizado às 11h no Hospital Rawson, centro médico que atende mais de 1.200 pacientes por dia. O evento é organizado pela Associação Médica e pela Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de San Juan.

Por sua parte, os bispos das dioceses de San Luis, San Rafael, Mendoza e San Juan de Cuyo também manifestaram seu “apoio e proximidade às pessoas e instituições de saúde ligadas à vida nascente” que se aproximaram com “suas angústias, preocupações e dores”, diante da possibilidade da legalização do aborto.

Em uma mensagem divulgada em 25 de junho, os bispos questionaram o fato de que os médicos que quiserem usar a objeção de consciência devam se registrar.

“Ninguém pode ser obrigado a obedecer a uma ordem que é contra os seus princípios e os mandatos objetivos do respeito à dignidade de toda vida humana”, asseguraram.

Suprema Corte dos Estados Unidos emite importante decisão pró-vida e contra o aborto


A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu na terça-feira, 26 de junho, contra uma lei que exigia que os centros de ajuda às mulheres grávidas da Califórnia oferecessem informação sobre o acesso ao aborto gratuito ou barato.

A decisão, de cinco votos a quatro, se refere ao caso do National Institute of Family and Life Advocates (NIFLA) vs. Becerra. Agora o caso deve ser enviado novamente a uma corte menor para sua reconsideração.

A decisão assinala que a lei da Califórnia chamada Reproductive FACT act (Lei Reprodutiva FACT) viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que rege desde 1791 e protege os direitos à liberdade de religião e à liberdade de expressão.

A lei foi aprovada em 2015 e exige não só dar informações sobre o aborto, mas obriga os centros de ajuda às gestantes – como aqueles que oferecem roupas ou acessórios para bebês – a mostrar um aviso informando que não têm licença de instalação médica na Califórnia, embora esta figura não exista legalmente no estado.

O caso do NIFLA vs. Becerra chegou à Suprema Corte depois que a juíza Dorothy W. Nelson, do 9º Tribunal de Apelações, estabeleceu que o estado da Califórnia “tem um interesse essencial na saúde de seus cidadãos, incluindo assegurar-lhes que tenham acesso às informações sobre serviços protegidos pela Constituição, como o aborto”.

Entretanto, Alliance Defending Freedom, que representa a NIFLA, denunciou que a lei é discriminatória e uma ação ilegal do governo contra a liberdade de expressão.

“Obrigar uma pessoa a oferecer publicidade para a indústria do aborto é impensável; especialmente quando é o governo quem força a medida”, denunciou Kevin Theriot, advogado sênior de Alliance Defending Freedom.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Ex-presidente da Irlanda diz que batismo de bebê é violar direitos humanos


Mary McAleese (foto), a ex-presidente da Irlanda que permaneceu no cargo durante os anos de 1997-2011, disse que não participará do Encontro Mundial das Famílias, a ser realizado entre os dias 22 e 26 de agosto, em Dublin.

Ela falou ao Irish Times que o evento, do qual Papa Francisco irá participar, servirá apenas como uma "manifestação política" para o "reforço da ortodoxia". 

Ela também mencionou ao jornal que batizar crianças antes que elas atinjam a idade da razão, a Igreja está criando “pequenos recrutas que são mantidos em obrigações vitalícias de obediência”.

“Você não pode impor obrigações às pessoas com apenas duas semanas de idade e dizer a elas: ‘aqui está o que você se inscreveu'”, disse ela.

Para ela, batizar bebês é uma violação de seus direitos humanos.

“As pessoas não entendiam que tinham o direito de dizer não, o direito de ir embora. Vivemos agora em tempos em que temos o direito à liberdade de consciência, liberdade de crença, liberdade de opinião, liberdade religiosa e liberdade de mudar de religião. A Igreja Católica ainda tem que abraçar completamente esse pensamento”, ressaltou McAleese.

Goleiro da Nigéria comemora vitória sobre Islândia apresentando um Terço ao mundo


Durante a Copa do Mundo, os olhares de milhões de pessoas se voltam para a competição e foi assim, diante de todos os holofotes, que o goleiro reserva da Nigéria, Ikechukwu Ezenwa, testemunhou sua fé ao comemorar a vitória na última sexta-feira empunhando um terço.

A seleção da Nigéria venceu a Islândia por 2x0, com a equipe europeia tendo perdido um pênalti na partida. Ao celebrar a vitória juntamente com seus companheiros no banco de reservas, Ezenwa não hesitou em tirar do bolso um terço e erguê-lo na frente da câmera.

Este, porém, não foi um gesto isolado na carreira do goleiro. Católico, Ezenwa tem o costume de ter sempre consigo nas concentrações e partidas um terço.

Ezenwa conseguiu sua vaga na seleção nigeriana durante as eliminatórias para a Copa do Mundo, após o goleiro Ikeme ser diagnosticado com leucemia e Akpeyi sofrer uma lesão. Na ocasião, a primeira coisa que pensou foi “Ikechukwu, você pode fazê-lo”.

A sua estreia foi contra a atual campeã africana, a seleção de Camarões, quando teve um desentendimento com o atacante Vincent Aboubakar, justamente devido ao seu costume de ter um terço consigo.

Conforme relatou o site ‘The Line Breaker’, como costuma fazer em cada partida, Ezenwa colocou seu terço perto do gol, mas o atacante camaronês o viu e tirou, “para que não fosse de ajuda a seu rival”.

Porém, o goleiro respondeu ao atacante: “Se conhecesse o significado do terço, não o teria tirado”.

Nigerian Goal keeper Ikechukwu Ezenwa, celebrates with his Rosary after Nig qualified for Russia2018 #Fatima100 pic.twitter.com/fCfO51O7ug

— BONARIO NNAGS (@bonario89) 13 de outubro de 2017

Esta fé e devoção do goleiro nigeriano vem desde a infância. Quando criança, servia como coroinha na igreja de St. Philips, em Port Harcourt.

Além disso, Ezenwa explica que escolheu ser goleiro “porque me permite fazer algo que me alegra: salvar minha equipe”. “Comparo com salvar as vidas das pessoas através da palavra de Deus e permitir que as pessoas se encontrem com sua salvação”, acrescentou.

Conforme indica ‘The Line Breaker’, durante a Copa do Mundo, pode ser que Ezenewa não tenha muitas oportunidades de atuar em campo, a não ser que o titular Uzoho tenha algum imprevisto.

Entretanto, jogando ou não, continuará fazendo o que faz todos os dias: rezar e agradecer.

Papa desaprova os bispos que “pregam a pobreza, mas vivem como ricos”


O Papa Francisco voltou a manifestar a sua aberta desaprovação ao comportamento daqueles que, dentro da Igreja, pregam a pobreza, mas praticam a riqueza.

Na sexta-feira, 22 de junho, ele recebeu em a audiência os representantes da ROACO, ou Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais, a instituição eclesial que se ocupa das Igrejas orientais duramente atingidas pelo drama das guerras e da pobreza, especialmente no Oriente Médio. Os participantes estiveram em Roma para a assembleia plenária da ROACO, que, em 2018, celebra 50 anos de fundação.

Foi durante esse encontro que Francisco deixou de lado as folhas do discurso oficial e, falando espontaneamente, pediu a todos, começando pelo topo da hierarquia, que se desapeguem dos bens materiais para ajudar os irmãos mais necessitados.

“Existem, talvez não muitos, mas existem alguns sacerdotes, alguns bispos, algumas congregações religiosas, que professam pobreza, mas vivem como ricos. Eu gostaria que esses epulões, religiosos, cristãos, alguns bispos, algumas congregações religiosas, se despojassem do excesso para favorecer os seus irmãos e irmãs”.

O Papa falou sobre a coerência:

“Há um grande pecado no Oriente Médio, e é o pecado do desejo de poder, o pecado da guerra, cada vez mais forte, com armamento sofisticado. As pessoas sofrem, as crianças no Oriente Médio sofrem”.

Depois de mencionar a destruição de escolas e hospitais, Francisco prosseguiu:

“Também existe aí o nosso pecado, o da incoerência entre a vida e a fé”.

Esse se refere ao fato de que, mesmo quando temos disponibilidade, nem sempre ajudamos os nossos irmãos necessitados. A ROACO, recordou o Papa, vive do “pouco dos humildes”, das “ofertas das viúvas”, quando se esperaria que os “epulões”, também presentes na Igreja, doassem muito mais generosamente aos necessitados.

Pai manda mensagem emocionante à jovem filha que é defensora do aborto


Viralizou nas redes sociais a comovente mensagem do argentino Marcelo Savazzini à sua filha de 15 anos, que se diz a favor do aborto.

Junto com o seu texto, Savazzini publicou a foto da filha vestida com o lenço verde que caracteriza os promotores do aborto na Argentina. Em 14 de junho, a Câmara dos Deputados do país aprovou o projeto de lei do aborto que permite acabar com a vida do nascituro até o nono mês de gestação. O projeto ainda precisa passar pelo Senado.

As publicações de Marcelo Savazzini no Facebook estão restritas aos seus amigos, mas o conteúdo desta mensagem foi compartilhado a ponto de virar manchete na imprensa escrita e televisiva da Argentina.

Ele contou à filha sobre as circunstâncias da sua concepção:

“Há 15 anos, ou um pouco mais, eu soube que você tinha sido gerada. Você não foi planejada. Nós não esperávamos. Você não foi o fruto de um casal constituído com um projeto firme, mas [foi concebida] como consequência de uma relação sem proteção”.

Após confessar à filha que no começo sentiu medo e “outras coisas que prefiro não dizer”, Savazzini acrescenta:

“Mas tanto a sua mãe quanto eu decidimos seguir em frente com a sua vida. Apesar das dúvidas. Talvez tivesse sido mais fácil abortar e prescindir de uma grande responsabilidade… Se houvesse a possibilidade de apagar você num hospital público, de forma legal e gratuita… eu não sei o que teria decidido. Ou a sua mãe, em primeiro lugar. O essencial é que defendemos a sua vida. E foi o maior êxito da minha vida. Não foi fácil. Mas fiz o melhor que pude. E eu te amei desde o primeiro momento”.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

França: Padre é proibido de celebrar batizados e casamentos após agredir criança em batismo


Um vídeo divulgado nesta quinta-feira, 21/06, mostra um batismo polêmico. Um padre dá um tapa na cabeça de um bebê, que chora ao passar pelo momento importante da igreja católica. O vídeo foi divulgado por meio de aplicativos, nas redes sociais, como o WhatsApp.

O padre que agrediu um bebê por chorar no seu batizado foi identificado e a Igreja Católica tomou uma decisão sobre ele. O padre se chama Jacques Lacroix, tem 89 anos e estava na igreja Champeaux em Melun, na França.

O padre estava batizando um bebê no último domingo (17/06) quando o pequeno começou a chorar durante a cerimônia. Inicialmente, o padre tentou acalmar o bebê, mas foi se irritando com o choro do pequeno e acabou dando um forte tapa em seu rosto.

O pai do menino ficou indignado com cena e separou o menino do padre logo após o tapa. O vídeo do padre batendo no menino acabou viralizando nas web.

E agora, o bispo da região, Jean-Yves, afirmou que o padre foi impedido de realizar batizados e casamentos. “Este gesto é ainda mais triste porque o batismo deveria ser um momento feliz, mas o cansaço e a idade avançada claramente acabaram contribuindo para a atitude do padre”, afirmou o bispo.

domingo, 24 de junho de 2018

Nuvem em forma de bebê impacta as redes sociais: um sinal?


O canal de televisão France 3 divulgou ontem, 22, uma foto que rapidamente começou a viralizar nas redes sociais.

A fotografia foi tirada em agosto do ano passado por Laury Moussiere, moradora da cidade de Cournon d’Auvergne, no centro da França, e mostra nuvens cuja forma lembra o rosto de um bebê no útero materno.

Grande parte dos comentários dos internautas está relacionando a imagem com a recente onda pró-aborto em diversos países e, em decorrência, interpretando o formato da nuvem como um “sinal sobrenatural” em favor da vida.

Mas é um milagre?

Não. Não se pode falar tecnicamente em milagre quando existem explicações científicas plausíveis para um acontecimento. É muito comum que elementos da natureza apresentem formas curiosas e inspiradoras, inclusive recordando pessoas. Pode acontecer não só com as nuvens, mas também com flores, com a disposição dos ramos de uma árvore, com os contornos de uma montanha, com as curvas de um rio fotografado do alto…

Semanas atrás, outra imagem que ganhou as redes mostrava uma flor cujas formas lembravam as de Nossa Senhora:


Existe inclusive um termo científico para definir o fenômeno pelo qual desenhos abstratos nos dão a impressão de formas reais: pareidolia (do grego para-, semelhante a, e eidolon, imagem, figura).

Carta a Jesus


Nos tempos atuais, onde impera a intolerância, o espírito de crítica, a ausência de respeito e caridade, aliados à falta de fé, podemos usar um pouco a imaginação para refletir. 

CARTA A JESUS DE NAZARÉ: Jerusalém, ano 30. “Quem lhe escreve é um discípulo e ouvinte assíduo seu, para reclamar de algumas coisas, com as quais não concordo, e não só eu, como vários dos meus amigos, seus discípulos”. 

“Como é que o Sr., sendo o Filho de Deus, onisciente e onipotente, pôde convocar tais pessoas para serem seus Apóstolos, fundamentos da sua Igreja!? Como é que Sr. escolhe esse tal de Simão, homem ignorante, fogoso, inconstante, inconfiável, e ainda lhe faz ser o fundamento da sua Igreja, entregando-lhe as suas chaves?! Como é que o Sr. escolhe Tiago e João, dois gananciosos, ambiciosos dos primeiros lugares e temperamentais, por isso mesmo apelidados de ‘filhos do trovão’, além do fato de João ser imaturo?! E como é que o Sr. convida um tal de Tomé, um questionador, que tem tendência a discutir ordens, disposto a ausências injustificadas, para segui-lo e ser seu Apóstolo da Fé? E Simão, o zelote, ligado a ambientes radicais e extremistas?! E Natanael, um desbocado e desrespeitoso?! E Levi, um financista?!”

“Pior! Como o Sr. escolhe um tal de Judas Iscariotes, que todos sabemos ser amante do dinheiro, ladrão e, ainda por cima, lhe confia a tesouraria dos Apóstolos [Jo 12, 6], podendo assim desviar o nosso dízimo e ofertas para finalidades escusas?! Estou mesmo fazendo uma campanha entre meus amigos para não mais colaborarmos com a bolsa dos Apóstolos!”

“Como é que, sabendo de tudo isso, como eles são, o Sr. ainda diz a eles: ‘Quem vos ouve a mim ouve, quem vos despreza a mim despreza’?! Nós amamos e ouvimos o Sr., mas a esses!? Como ouvi-los?! Como não os desprezar? Eles não nos representam!”

“E tem mais. Como é que o Sr. se mistura com os pecadores e até toma refeição com eles, comprometendo assim sua reputação e a nossa, seus discípulos? “Por que o Sr. permite tantos pecadores em nosso meio? Já imaginamos como será a sua Igreja no futuro!”

“Francamente!!! Sentimos o nosso dever de resistir a essa iniquidade! Non possumus!”

sábado, 23 de junho de 2018

Descubra como ocorre a concepção


A concepção é um momento mágico na vida da mulher. A partir dela, ocorre a gravidez e sua vida mudará completamente.

A partir da menstruação, pela ação de hormônios produzidos pela glândula hipófise, milhares de folículos começam a amadurecer no ovário.

Por volta do 14° dia do início de um ciclo menstrual normal – de 28 dias. Apenas um óvulo maduro é liberado de um dos ovários, pronto para ser fecundado. Ele é, então, captado pela trompa de Falópio e, dentro dela, sobreviverá, em média, 24 horas.

A partir daí, o óvulo pode ter dois destinos: se degenera, sendo liberado pelo ovário, caso não ocorra a fecundação. Ou, com a ajuda de milhões de cílios contidos na trompa de Falópio, ser impulsionado para que se encontre com o espermatozoide, resultando na fecundação.

Primeiro momento da concepção: a fecundação

Enquanto isso, no organismo do homem, durante a ejaculação, são expelidos, aproximadamente, de 200  a 500 milhões de espermatozoides, que correm em direção ao óvulo.

Uma corrida cheia de dificuldades, em que apenas um vai conseguir penetrar no núcleo do óvulo. A maior parte dos espermatozoides se perde ou torna-se imóvel pelo caminho. Caso não haja um óvulo liberado pelo organismo da mulher, eles sobrevivem cerca de 48 horas, podendo chegar até 72 horas.

Durante essa jornada, os espermatozoides vão percorrer um longo caminho: cerca de 20 centímetros (essa é a distância entre o canal vaginal e a trompa). Alguns se perdem, enquanto os mais velozes agitam suas caldas em direção ao seu objetivo.

Os sobreviventes iniciam, então, mais uma etapa: a penetração. Eles tentam se infiltrar através de uma forte membrana protetora do óvulo. Finalmente, vencem a barreira de proteção e apenas um deles se infiltra no óvulo, que se fecha, impossibilitando a entrada de outros. Essa é uma misteriosa reação do organismo que faz com que apenas um espermatozoide seja selecionado pelo óvulo.

A cabeça do espermatozoide penetra no óvulo que, em seguida, perde sua cauda. Enfim, ambos se unem e começam a formar uma nova vida. Toda essa aventura microscópica é responsável pela formação de um novo ser. Este que levará consigo as características genéticas do pai e da mãe. Desde os momentos iniciais da concepção. Cerca de vinte horas após a junção do óvulo com o espermatozoide, acontece a primeira divisão das células.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Para muitos sírios, a Copa é um breve alívio da guerra


Em um campo de deslocados no norte da Síria, dezenas de adultos e adolescentes se reúnem para ver as transmissões do Mundial da Rússia em uma grande barraca equipada com projetores.

Desde 14 de junho é o mesmo ritual. Em um acampamento da cidade de Ain Issa, 50 km de Raqa, a ex-"capital" do grupo Estado Islâmico, os torcedores de futebol se reúnem para ver os jogos e fugir do calor.

Depois de sete anos de guerra, o Mundial representa um breve alívio para suas preocupações e o dia a dia no acampamento.

A barraca para as transmissões das partidas foi montada por iniciativa de uma associação de caridade local.

"É uma iniciativa muito boa poder assistir o Mundial em um acampamento. Permite atenuar o mal-estar", afirma Abdullah Fadel al Obeid, um ex-jogador de futebol.

"A gente se diverte acompanhando as partidas. Todo mundo gosta de esporte", acrescenta, o sírio de cerca de 30 anos e que fugiu há mais de um ano de Maskana, subúrbio de Aleppo, quando o regime sírio lançou uma ofensiva contra os jihadistas do EI.

Coisa de infiéis

Abddulah Fadel al Obeid conta como em sua localidade natal os jihadistas prendiam os jogadores alegando que o futebol era uma "tradição própria dos infiéis".

"Graças a Deus, nos livramos disso e podemos ver as partidas em liberdade. Apesar das circunstâncias difíceis, estamos felizes", comenta.

Torcedor da equipe egípcia "Faraós", ele lamenta a derrota do Egito ante o Uruguai (1-0) e a ausência do craque Mohamed Salah, ídolo no mundo árabe. "Eles o estão guardando para a próxima partida", afirma.

O entusiasmo é a única coisa que alegra este acampamento sem decorações esportivas e onde estão abrigados 13.000 deslocados, segundo a ONU.

Na barraca, os filhos se sentam junto aos pais, alguns sobre almofadas, outros em cadeiras improvisadas.

Do lado de fora, Maabad al Mohamad, de 23 anos, comenta que este Mundial acontece em um momento extremamente difícil de sua vida. 

O rapaz vive no acampamento há mais de um ano, depois de ter fugido de Raqa, sua cidade natal.

"Sentimos falta de nossos amigos, da animação de vermos as partidas juntos", lamenta.

O raio de luz no momento da concepção: um milagre de Deus a ser admirado, e não explorado por nós


Ao longo da Sagrada Escritura, a presença e o poder de Deus são associados à luz. Isso é mais obviamente verdadeiro em todos os escritos do Apóstolo João. Na verdade, como nos diz João em sua primeira carta, “Deus é luz e nele não há escuridão alguma”.

Mas isso vai além do histórico e do metafórico. Na verdade, é algo observável também reino microscópico.

A chamada de um artigo publicado recentemente no jornal inglês The Telegraph resume uma notável descoberta feita por pesquisadores da Northwestern University, que fica perto de Chicago: “Pela primeira vez, cientistas mostraram que a vida humana começa com um clarão de luz no momento em que um esperma fecunda um óvulo, após registrarem impressionantes ‘fogos de artifício’ em uma filmagem. Uma explosão de pequenas partículas surge do óvulo exatamente no momento da concepção”.

Pense nisso por um momento. No instante em que você, eu e cada ser humano que já viveu foram concebidos, ocorreu, em nível microscópico, algo que se parece com a explosão de fogos de artifício. Uma espécie de mini “Big Bang”.

Como escreveu Simcha Fisher no portal Aleteia, quando ela viu a manchete, sua resposta foi: “É como se… algo incrível estivesse ocorrendo! Algo em que não deveríamos interferir!”

Infelizmente, não foi assim que reagiram as pessoas responsáveis por essa descoberta. Depois de verem os “fogos de artifício” da natureza, começaram a pensar em como poderiam usar o que viram para controla-la e manipulá-la natureza.

Uma das coautoras do estudo chamou os resultados de “transformadores” e “importantes”. Por quê? Porque, disse ela, isso faz com que a fertilização in vitro se torne mais confiável. Como disse ela ao Telegraph: “Atualmente, não há ferramentas disponíveis que nos mostram se um óvulo é de boa qualidade. Muitas vezes, nós não sabemos se o óvulo ou o embrião são verdadeiramente viáveis até constatarmos o desenvolvimento da gravidez”.

Os “fogos de artifício” sugerem que possa haver “um modo não invasivo e facilmente visível de diagnosticar a saúde de um óvulo e, consequentemente, de um embrião antes da implantação”. Isso, ela prossegue, “nos ajudará a saber qual embrião deve ser transferido, a evitar muitas angústias e a chegar até a gravidez de forma mais rápida”.

Foi isso o que consideraram “transformador” nessa descoberta incrível?

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Diante de uma sociedade desenraizada, Papa chama os cristãos a conservar suas raízes


PEREGRINAÇÃO ECUMÊNICA DO PAPA FRANCISCO A GENEBRA 
POR OCASIÃO DO 70º ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO 
DO CONSELHO MUNDIAL DAS IGREJAS

SANTA MISSA
Palexpo – Genebra
Quinta-feira, 21 de junho de 2018

Pai, pão, perdão: três palavras, que encontramos no Evangelho de hoje; três palavras, que nos levam ao coração da fé.

«Pai»: começa assim a oração. Pode-se continuar com palavras diferentes, mas não é possível esquecer a primeira, porque a palavra «Pai» é a chave de acesso ao coração de Deus; com efeito, só dizendo Pai é que rezamos em língua cristã, é que rezamos «cristão»: não um Deus genérico, mas Deus que é, antes de mais nada, Papá. De facto, Jesus pediu-nos para dizer «Pai nosso que estais nos céus»; não «Deus dos céus, que sois Pai». Antes de tudo, antes de ser infinito e eterno, Deus é Pai.

D’Ele provém toda a paternidade e maternidade (cf. Ef 3, 15). N’Ele está a origem de todo o bem e da nossa própria vida. Então «Pai nosso» é a fórmula da vida, aquela que revela a nossa identidade: somos filhos amados. É a fórmula que resolve o teorema da solidão e o problema da orfandade. É a equação que indica o que se deve fazer: amar a Deus, nosso Pai, e aos outros, nossos irmãos. É a oração do nós, da Igreja; uma oração sem o eu nem o meu, mas toda voltada para o vós de Deus («o vosso nome», «o vosso reino», «a vossa vontade») e que se conjuga apenas na primeira pessoa do plural. «Pai nosso»: duas palavras que nos oferecem a sinalética da vida espiritual.

Desta forma, sempre que fazemos o sinal da cruz no princípio do dia e antes de cada atividade importante, sempre que dizemos «Pai nosso», reapropriamo-nos das raízes que nos servem de fundamento. Precisamos de o fazer nas nossas sociedades frequentemente desenraizadas. O «Pai nosso» revigora as nossas raízes. Quando está o Pai, ninguém fica excluído; o medo e a incerteza não levam a melhor. Prevalece a memória do bem, porque, no coração do Pai, não somos personagens virtuais, mas filhos amados. Ele não nos une em grupos de partilha, mas gera-nos juntos como família.

Não nos cansemos de dizer «Pai nosso»: lembrar-nos-á que não existe filho algum sem Pai e, por conseguinte, nenhum de nós está sozinho neste mundo; mas lembrar-nos-á também que não há Pai sem filhos: nenhum de nós é filho único, cada um deve cuidar dos irmãos na única família humana. Ao dizer «Pai nosso», afirmamos que cada ser humano é parte nossa e, face aos inúmeros malefícios que ofendem o rosto do Pai, nós, seus filhos, somos chamados a reagir como irmãos, como bons guardiões da nossa família e a trabalhar para que não haja indiferença perante o irmão, cada irmão: tanto do bebé que ainda não nasceu como do idoso que já não fala, tanto dum nosso conhecido a quem não conseguimos perdoar como do pobre descartado. Isto é o que o Pai nos pede, nos manda: amar-nos com coração de filhos, que são irmãos entre si.

Pão: Jesus diz para pedir cada dia, ao Pai, o pão. Não é preciso pedir mais: só o pão, isto é, o essencial para viver. O pão é, antes de mais nada, o alimento suficiente para hoje, para a saúde, para o trabalho de hoje; aquele alimento que, infelizmente, falta a muitos dos nossos irmãos e irmãs. Por isso digo: ai daqueles que especulam sobre o pão! O alimento básico para a vida quotidiana dos povos deve ser acessível a todos.

Pedir o pão de cada dia é dizer também: «Pai, ajuda-me a fazer uma vida mais simples». A vida tornou-se tão complicada; apetece-me dizer que hoje, para muitos, a vida de certo modo está «drogada»: corre-se de manhã à noite, por entre mil chamadas e mensagens, incapazes de parar fixando os rostos, mergulhados numa complexidade que fragiliza e numa velocidade que fomenta a ansiedade. Impõe-se uma opção de vida sóbria, livre de pesos supérfluos. Uma opção contracorrente, como outrora fez São Luís Gonzaga que hoje recordamos. A opção de renunciar a muitas coisas que enchem a vida, mas esvaziam o coração. Irmãos e irmãs, optemos pela simplicidade, a simplicidade do pão, para voltar a encontrar a coragem do silêncio e da oração, fermento duma vida verdadeiramente humana. Optemos pelas pessoas em vez das coisas, para que levedem relações, não virtuais, mas pessoais. Voltemos a amar a genuína fragrância daquilo que nos rodeia. Em casa, quando eu era criança, se o pão caísse da mesa, ensinavam-nos a apanhá-lo imediatamente e a beijá-lo. Apreciar o que temos de simples cada dia e guardá-lo: não usar e jogar fora, mas apreciar e guardar.

E não esqueçamos também que «o Pão de cada dia» é Jesus. Sem Ele, nada podemos fazer (cf. Jo 15, 5). Ele é o alimento básico para viver bem. Às vezes, porém, reduzimos Jesus a um condimento; mas, se não for o nosso alimento vital, o centro dos nossos dias, o respiro da vida quotidiana, tudo é vão, temos condimento e nada mais. Ao suplicar o pão, pedimos ao Pai e dizemos para nós mesmos cada dia: simplicidade de vida, cuidado por aquilo que nos rodeia, Jesus em tudo e antes de tudo.

Discurso do Papa Francisco no Encontro Ecumênico em Genebra


PEREGRINAÇÃO ECUMÊNICA DO PAPA FRANCISCO A GENEBRA 
POR OCASIÃO DO 70º ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO 
DO CONSELHO MUNDIAL DAS IGREJAS

ENCONTRO ECUMÊNICO
Centro Ecumênico WCC – Genebra
Quinta-feira, 21 de junho de 2018

Amados irmãos e irmãs!

Estou feliz por vos encontrar e grato pela vossa calorosa receção. Agradeço de modo particular ao Secretário-Geral, Reverendo Dr. Olav Fykse Tveit, e à Moderadora, Dra. Agnes Abuom, pelas suas palavras e por me terem convidado por ocasião do septuagésimo aniversário da criação do Conselho Mundial das Igrejas.

Biblicamente, o cômputo de setenta anos evoca a duração completa duma vida, sinal de bênção divina. Mas, setenta é também um número que traz à mente duas passagens famosas do Evangelho. Na primeira, o Senhor mandou perdoar-nos, não até sete vezes, mas «até setenta vezes sete» (Mt 18, 22). O número não pretende por certo indicar um limite quantitativo, mas abrir um horizonte qualitativo: não mede a justiça, mas alonga a medida para uma caridade desmesurada, capaz de perdoar sem limites. É esta caridade que nos permite, depois de séculos de contrastes, estar juntos como irmãos e irmãs reconciliados e agradecidos a Deus nosso Pai.

O facto de nos encontrarmos aqui deve-se também a quantos nos precederam no caminho, escolhendo a estrada do perdão e consumindo-se para responder à vontade do Senhor: que «todos sejam um só» (Jo 17, 21). Impelidos pelo desejo ardente de Jesus, não se deixaram manietar pelos nós complicados das controvérsias, mas encontraram a audácia de olhar mais além e acreditar na unidade, superando as barreiras das suspeitas e do medo. É verdade aquilo que afirmava um antigo pai na fé: «Se verdadeiramente o amor conseguir eliminar o medo e este se transformar em amor, então descobrir-se-á que o que salva é precisamente a unidade» (São Gregório de Nissa, Homilia 15 sobre o Cântico dos Cânticos). Somos os beneficiários da fé, da caridade e da esperança de muitos que tiveram, com a força desarmada do Evangelho, a coragem de inverter o sentido da história; aquela história que nos levara a desconfiar uns dos outros e a alhear-nos mutuamente, seguindo a espiral diabólica de incessantes fragmentações. Graças ao Espírito Santo, inspirador e guia do ecumenismo, o sentido mudou e ficou indelevelmente traçado um caminho novo e, ao mesmo tempo, antigo: o caminho da comunhão reconciliada, rumo à manifestação visível daquela fraternidade que já une os crentes.

Mas, o número setenta proporciona-nos um segundo motivo evangélico: lembra aqueles discípulos que Jesus, durante o ministério público, enviou em missão (cf. Lc 10, 1) e são objeto de celebração no Oriente cristão. O número destes discípulos alude ao número das nações conhecidas, elencadas nos primeiros capítulos da Sagrada Escritura (cf. Gn 10). Que sugestão nos deixa isto? Que a missão tem em vista todos os povos, e cada discípulo, para ser tal, deve tornar-se apóstolo, missionário. O Conselho Ecuménico das Igrejas nasceu como instrumento do movimento ecuménico que foi suscitado por um forte apelo à missão: como podem os cristãos evangelizar, se estão divididos entre si? Esta premente interpelação orienta ainda o nosso caminho e traduz o pedido do Senhor para permanecermos unidos a fim de que «o mundo creia» (Jo 17, 21).

Permiti-me, amados irmãos e irmãs, que, além de viva gratidão pelo empenho que dedicais à unidade, vos manifeste também uma preocupação. Esta deriva da impressão de que o ecumenismo e a missão já não aparecem tão intimamente interligados como no princípio. E todavia o mandato missionário, que é mais do que a diakonia e a promoção do desenvolvimento humano, não pode ser esquecido nem anulado. Em causa está a nossa identidade. O anúncio do Evangelho até aos últimos confins da terra é conatural ao nosso ser de cristãos. Com certeza, a maneira de exercer a missão varia segundo os tempos e lugares e, perante a tentação – infelizmente habitual – de se impor seguindo lógicas mundanas, é preciso lembrar-se de que a Igreja de Cristo cresce por atração.

Mas, em que consiste esta força de atração? Não está por certo nas nossas ideias, estratégias ou programas: não se crê em Jesus Cristo através duma recolha de consensos, nem o Povo de Deus se pode reduzir ao nível duma organização não-governamental. Não! A força de atração está toda naquele dom sublime que conquistou o apóstolo Paulo: «Conhecer a [Cristo], na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos» (Flp 3, 10). Este é o nosso único motivo de glória: «o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo» (2 Cor 4, 6) e que nos foi dado pelo Espírito vivificador. Este é o tesouro que nós, frágeis vasos de barro (cf. 2 Cor 4, 7), devemos oferecer a este nosso amado e atribulado mundo. Não seríamos fiéis à missão que nos foi confiada, se reduzíssemos este tesouro ao valor dum humanismo puramente imanente, ao sabor das modas do momento. E seríamos maus guardiões, se quiséssemos apenas preservá-lo, enterrando-o com medo de sermos provocados pelos desafios do mundo (cf. Mt 25, 25).

Papa Francisco explica como é o diálogo entre China e Vaticano


Em entrevista à agência de notícias Reuters, o Papa Francisco explicou que as relações entre o Vaticano e a China estão “em um bom ponto” e disse que o diálogo entre os dois Estados tem três aspectos.

O Santo Padre assinalou que a primeira forma de diálogo é “a oficial”, que ocorre quando “a delegação chinesa vem a Roma, fazemos reuniões e depois a delegação vaticana vai à China. Há boas relações e conseguimos fazer muitas coisas positivas”.

A segunda forma de diálogo, continuou, é “de todos e com todos. ‘Sou o primo do ministro fulano que mandou dizer que… ’ e sempre há uma resposta. ‘Sim, está bem, vamos em frente’. Existem estes canais abertos periféricos que são, digamos assim, humanos e não queremos interrompê-los. Pode-se ver a boa vontade tanto por parte da Santa Sé quanto por parte do governo chinês”.

A terceira forma de diálogo é cultural, que para o Papa é “o mais importante no diálogo de reaproximação com a China”.

“Há sacerdotes que trabalham nas universidades chinesas. E também consideramos muito a cultura, como a mostra que fizemos no Vaticano e na China, é o caminho tradicional, como o dos grandes, como Matteo Ricci”, disse o Santo Padre recordando o sacerdote jesuíta que evangelizou a China no século XVI.

Além disso, o Pontífice afirmou: “Agrada-me pensar nas relações com a China assim, multifacetado, não se limitar apenas ao oficial diplomático, porque os outros dois caminhos enriquecem muito”.

“Na sua pergunta – acrescentou o Papa –, o senhor falou de dois passos para frente e um para trás, mas eu digo que os chineses merecem o prêmio Nobel da paciência, porque são bons, sabem esperar, o tempo é deles e têm séculos de cultura. É um povo sábio, muito sábio. Eu respeito muito a China”, destacou.

Atualmente, a China e o Vaticano não têm relações diplomáticas oficiais. Estas relações se romperam em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas, os quais expulsaram os clérigos estrangeiros.

Há algum tempo, ambos os Estados têm um diálogo que deveria levar a um acordo para a nomeação de bispos na China. No começo deste ano, alguns meios especularam sobre a possível assinatura de um tratado, algo que foi negado no final de março pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Um dos principais opositores do acordo entre a China e o Vaticano é o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, Bispo Emérito de Hong Kong, que no final de janeiro publicou uma carta na qual informou que o Vaticano havia solicitado a dois bispos suas renúncias para permitir que prelados relacionados ao governo assumissem seus cargos.