domingo, 26 de janeiro de 2020

Homilética: Festa da Conversão de São Paulo (25 de janeiro): "O grande apóstolo dos gentios".




A Igreja celebra hoje a conversão de São Paulo, um dos acontecimentos mais decisivos não só para a história da Igreja, mas também para a nossa história pessoal de salvação. S. Paulo, com efeito, descreve sua conversão à fé como um “aborto”: Jesus ressuscitado, que já ascendera aos céus depois de estar por quarenta dias com seus discípulos, aparece-lhe “fora de hora”, tornando-o assim testemunha privilegiada da ressurreição. Paulo, que até despencar do cavalo no caminho de Damasco, era ferrenho perseguidor dos cristãos, experimenta hoje, com a mesma verdade com que o viveram os outros onze Apóstolos, a presença física e real de Cristo, primícias dentre os mortos. Nesse sentido, o apostolado de Paulo, fruto de uma graça especialíssima, não tem outro fundamento senão o testemunho direto de que Deus ressuscitou seu Filho muito amado para dar-nos uma vida que não acaba. Por meio desse “aborto”, pôde a fé cristã chegar pela primeira vez à Europa, à comunidade de Tessalônica. E se chegou à Europa, chegou também a Portugal, e daqui, pela graça divina, chegou por fim ao nosso país, de maneira que podemos estar seguros de que, sem Paulo, não teríamos hoje a alegria de chamar-nos cristãos. Rendamos hoje graças ao Senhor, que, compadecendo-se de Paulo, compadeceu-se também de nós, pois foi através do testemunho apostólico dele que Cristo quis trazer o Evangelho às nossas terras. — São Paulo, Apóstolo das gentes, rogai por nós! 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Por que o celibato é tão valioso? Sacerdote explica três razões fundamentais



Pe. Leandro Bonnin, sacerdote argentino conhecido por sua forte defesa da vida do nascituro e da família, explicou três razões fundamentais pelas quais o celibato é valioso para a vida da Igreja Latina; mas também, por que é pouco compreendido no ambiente secular e como pode ser totalmente realizado para que seja valorizado.

Em uma entrevista concedida à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, Pe. Bonnin disse que, para conhecer o valor do celibato, é necessário primeiro explicar o seu significado; indicou que, embora ser celibatário queira dizer “não contrair matrimônio”, significa “muito mais”.

"É um carisma concedido a alguns membros da Igreja e um chamado para consagrar completamente a própria vida a Deus – em primeiro lugar – e à Igreja, fazendo da própria vida um dom completo de si mesmo", disse e acrescentou que "o celibato não é negação, mas afirmação da realidade e da primazia de Deus e da liberdade humana como a capacidade da pessoa de se doar”.

Três razões pelas quais o celibato é tão valioso para a Igreja Latina

O sacerdote da província argentina de Entre Ríos e autor de vários livros, disse que a primeira razão é que o celibato "é, acima de tudo, uma imitação do estilo de vida de Jesus, que viveu como celibatário toda sua missão entre nós”.

"Se o sacerdote é o representante de Cristo Pastor, Cabeça e Esposo da Igreja, parece muito conveniente fazê-lo com sua própria opção vital", assegurou.

Em segundo lugar, disse que é valioso "porque lhe permite viver com uma disponibilidade muito maior seu serviço à Igreja como um todo".

“A vocação matrimonial é um caminho de santidade tão bonito como exigente. Pessoalmente, não sei como alguém pode compatibilizar as duas vocações, pois ambas envolvem uma entrega muito profunda e exigente. Eu seria incapaz de fazê-lo: ou negligenciaria uma, ou faria mal as duas coisas”, afirmou.

Em terceiro lugar, afirmou que o celibato é valioso por causa de "sua dimensão escatológica", isto é, "porque é um sinal que se refere aos 'últimos tempos'".

"No Céu, todos estaremos 'consagrados' completamente a Deus, pertenceremos a Ele sem mediações. O celibatário – como as mulheres que vivem a virgindade consagrada – antecipam neste mundo o que todos viveremos após a morte: pertencer completamente a Deus”, afirmou o sacerdote.

Em outro momento da entrevista, Pe. Bonnin lembrou que a Igreja Católica – como o Catecismo explica – também respeita as tradições das Igrejas Orientais “nas quais os homens casados ​​também são validamente ordenados, embora apenas para o diaconato e o presbiterado". 

“No entanto, e mesmo em meio a enormes pressões – visíveis especialmente desde a época imediatamente posterior ao Vaticano II –, reafirmou-se o grande valor profético que o celibato contém, especialmente em nossos dias. Valor profético significa que a própria existência de um homem sacerdote celibatário é uma palavra de Deus dita ao mundo atual, uma palavra que – certamente – incomoda e causa desconforto e, por isso, costuma ser atacada”, descreveu. 

Vaticano apresenta o “Domingo da Palavra de Deus”, instituído pelo Papa



Nesta sexta-feira, 17, uma coletiva no Vaticano apresentou o “Domingo da Palavra de Deus”, data instituída pelo Papa Francisco e que será celebrada pela primeira vez em 26 de janeiro de 2020.

A celebração foi anunciada em 30 de setembro passado, com a publicação da carta apostólica “Aperuit illis” (Abriu-lhes). Trata-se de uma iniciativa que o Santo Padre confia a toda a Igreja para que “a comunidade cristã se concentre sobre o grande valor que a Palavra de Deus ocupa na sua existência cotidiana”, escreve o Papa na carta.

Na conclusão do Jubileu da Misericórdia, na carta apostólica “Misericordia et misera”, Papa Francisco já havia feito uma alusão a esta perspectiva: “Seria conveniente que cada comunidade pudesse, num domingo do Ano Litúrgico, renovar o compromisso em prol da difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, para compreender a riqueza inesgotável que provém daquele diálogo constante de Deus com o seu povo”.

Apresentando a iniciativa na coletiva, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella. Ele destacou que são muitas e diversas as iniciativas pastorais que colocam no centro o conhecimento, a difusão, a reflexão e o estudo da Sagrada Escritura e, entre os exemplos, citou a Comunidade Canção Nova no Brasil.

“Este Domingo da Palavra de Deus, portanto, coloca-se como uma iniciativa pastoral de Nova Evangelização, com o escopo de reavivar a responsabilidade que os crentes têm no conhecimento da Sagrada Escritura e em mantê-la viva através de uma obra de permanente transmissão e compreensão, capaz de dar sentido à vida da Igreja nas diversas condições em se encontra”, afirmou. 

260 milhões de cristãos foram "duramente perseguidos" em 2019



Um em cada oito cristãos no mundo sofre atos de perseguição por causa de sua fé, ou seja, cerca de 260 milhões de pessoas. Estes são os dados que emergem da World Watch List 2020 da ONG Portas Abertas / Open Doors, apresentado na Câmara dos Deputados da Itália.

O relatório analisa os eventos ocorridos no mundo entre 1º de novembro de 2018 e 31 de outubro de 2019 em cem países potencialmente afetados pelo fenômeno e mostra como, em comparação com o ano anterior, os cristãos discriminados em um nível definido como “alto”, “muito alto” e “extremo” aumentaram em 15 milhões.

Em decréscimo número de cristãos assassinados

O número de cristãos assassinados diminuiu (de 4.305 para 2.983 vítimas), com a Nigéria permanecendo como o país mais perigoso para os cristãos devido a ataques das tribos Fulani e dos islamitas do Boko Haram. A República Centro-Africana em guerra ocupa o segundo lugar, e o Sri Lanka o terceiro, onde mais de 200 pessoas morreram nos ataques na Páscoa de 2019.

Excluídos da vida pública e perseguidos privadamente

“As mortes e os assassinatos diminuíram, mas é um número que geralmente varia de acordo com o ano e, portanto, é muito flutuante”, explica Cristian Nani, diretor da Portas Abertas / Open Doors. O que é constante, no entanto, é o aumento da pressão que diz respeito à vida pública e privada na comunidade e na Igreja.

“De acordo com vários parâmetros que analisamos – discriminação, violência, exclusão do trabalho, da saúde e da assistência médica, leis que proíbem a existência dos cristãos ou leis contra as conversões que são usadas contra cristãos”, explica ainda Nani, “todos estes fatores levam ao aumento da pressão em muitos Estados. Em pelo menos 73 países, os cristãos experimentam um alto nível de perseguição”. 

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Enfermo 2020



Mensagem do Papa Francisco para o
Dia Mundial do Enfermo 2020
(11 de fevereiro de 2020)

Sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

«Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos,
que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28)

Queridos irmãos e irmãs!

1. Estas palavras ditas por Jesus – «vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28) – indicam o caminho misterioso da graça, que se revela aos simples e revigora os cansados e exaustos. Tais palavras exprimem a solidariedade do Filho do Homem, Jesus Cristo, com a humanidade aflita e sofredora. Há tantas pessoas que sofrem no corpo e no espírito! A todas, convida a ir ter com Ele – «vinde a Mim» –, prometendo-lhes alívio e recuperação. «Quando Jesus pronuncia estas palavras, tem diante dos seus olhos as pessoas que encontra todos os dias pelas estradas da Galileia: muita gente simples, pobres, doentes, pecadores, marginalizados pelo ditame da lei e pelo opressivo sistema social. Este povo sempre acorreu a Ele para ouvir a sua palavra, uma palavra que incutia esperança» (Angelus, 6 de julho de 2014).

No XXVIII Dia Mundial do Doente, Jesus dirige este convite aos doentes e oprimidos, aos pobres cientes de dependerem inteiramente de Deus para a cura de que necessitam sob o peso da provação que os atingiu. A quem vive na angústia devido à sua situação de fragilidade, sofrimento e fraqueza, Jesus Cristo não impõe leis, mas, na sua misericórdia, oferece-Se a Si mesmo, isto é, a sua pessoa que dá alívio. A humanidade ferida é contemplada por Jesus com olhos que veem e observam, porque penetram em profundidade: não correm indiferentes, mas param e acolhem o homem todo e todo o homem segundo a respetiva condição de saúde, sem descartar ninguém, convidando cada um a fazer experiência de ternura entrando na vida d’Ele.

2. Porque tem Jesus Cristo estes sentimentos? Porque Ele próprio Se tornou frágil, experimentando o sofrimento humano e recebendo, por sua vez, alívio do Pai. Na verdade, só quem passa pessoalmente por esta experiência poderá ser de conforto para o outro. Várias são as formas graves de sofrimento: doenças incuráveis e crónicas, patologias psíquicas, aquelas que necessitam de reabilitação ou cuidados paliativos, as diferentes formas de deficiência, as doenças próprias da infância e da velhice, etc. Nestas circunstâncias, nota-se por vezes carência de humanidade, pelo que se revela necessário, para uma cura humana integral, personalizar o contacto com a pessoa doente acrescentando a solicitude ao tratamento. Na doença, a pessoa sente comprometidas não só a sua integridade física, mas também as várias dimensões da sua vida relacional, intelectiva, afetiva, espiritual; e por isso, além das terapias, espera amparo, solicitude, atenção, em suma, amor. Além disso, junto do doente, há uma família que sofre e pede, também ela, conforto e proximidade.

3. Queridos irmãos e irmãs enfermos, a doença coloca-vos de modo particular entre os «cansados e oprimidos» que atraem o olhar e o coração de Jesus. Daqui vem a luz para os vossos momentos de escuridão, a esperança para o vosso desalento. Convida-vos a ir ter com Ele: «Vinde». Com efeito, n’Ele encontrareis força para ultrapassar as inquietações e interrogativos que vos surgem nesta «noite» do corpo e do espírito. É verdade que Cristo não nos deixou receitas, mas, com a sua paixão, morte e ressurreição, liberta-nos da opressão do mal.

Nesta condição, precisais certamente dum lugar para vos restabelecerdes. A Igreja quer ser, cada vez mais e melhor, a «estalagem» do Bom Samaritano que é Cristo (cf. Lc 10, 34), isto é, a casa onde podeis encontrar a sua graça, que se expressa na familiaridade, no acolhimento, no alívio. Nesta casa, podereis encontrar pessoas que, tendo sido curadas pela misericórdia de Deus na sua fragilidade, saberão ajudar-vos a levar a cruz, fazendo, das próprias feridas, frestas através das quais divisar o horizonte para além da doença e receber luz e ar para a vossa vida.

Nesta obra de restabelecimento dos irmãos enfermos, insere-se o serviço dos profissionais da saúde – médicos, enfermeiros, pessoal sanitário, administrativo e auxiliar, voluntários –, pondo em ação as respetivas competências e fazendo sentir a presença de Cristo, que proporciona consolação e cuida da pessoa doente tratando das suas feridas. Mas, também eles são homens e mulheres com as suas fragilidades e até com as suas doenças. Neles se cumpre de modo particular esta verdade: «Quando recebemos o alívio e a consolação de Cristo, por nossa vez somos chamados a tornar-nos alívio e consolação para os irmãos, com atitude mansa e humilde, à imitação do Mestre» (Angelus, 6 de julho de 2014). 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Dom Schneider defende Cardeal Sarah por seu livro “heróico” sobre o Celibato Sacerdotal



O bispo Athanasius Schneider está se manifestando em forte apoio ao cardeal Robert Sarah por seu novo livro com Bento XVI defendendo o celibato sacerdotal, chamando suas ações de “heróicas”.

As notícias do próximo volume, intitulado “Das profundezas de nossos corações: Sacerdócio, Celibato e Crise da Igreja Católica”, foram anunciadas no domingo, recebendo uma onda de elogios, mas também uma reação considerável.

Em uma declaração divulgada na terça-feira, 14 de janeiro (veja o texto completo abaixo), o bispo auxiliar de Astana, no Cazaquistão, argumenta que a “calúnia e mentira” dirigida contra o cardeal guineense apenas prova que o novo volume sobre o celibato sacerdotal é “oportuno” e “necessário”.

O Bispo Schneider escreve: “Pode-se dizer que a intervenção do cardeal Sarah provocou, por assim dizer, a raiva do inferno”.

O cardeal Sarah, diz ele, “deu voz” a numerosos bispos, padres e leigos, que foram “sufocados” por “grupos influentes” que são elogiados pelo mundo, mas que podem ser contados entre os “inimigos da Fé Católica”. ”

Em sua declaração, o bispo Schneider também observa, com pesar, o “abandono” que o cardeal Sarah sofreu nos últimos dias, “mesmo por pessoas que sem ambiguidade e sem respeito humano deveriam ter apoiado ele e sua intervenção”.

O bispo também sustenta que o cardeal Sarah “provou”, no novo livro, que ele é uma “verdadeira ajuda” ao papa Francisco e à Igreja, e expressa sua esperança de que o papa possa “efetivamente e proveitosamente” considerar a contribuição do cardeal.

Ele conclui sua declaração de apoio, assegurando ao cardeal Sarah que os “pequenos” são gratos a ele e próximos a ele em oração.

Nos últimos meses, o bispo Schneider ofereceu sua própria defesa vigorosa do celibato sacerdotal na Igreja Latina. Em seu próprio livro novo, “Christus Vincit: O triunfo de Cristo sobre as trevas da era”, Sua Excelência se dirige àqueles que defendem a ordenação de viri probati (ou seja, homens casados sexualmente ativos), dizendo: “Se você soubesse o que realmente é o sacerdócio católico, você nunca, por qualquer motivo, defenderia o enfraquecimento da abolição da tradição apostólica do celibato sacerdotal. ”

Aqui está a declaração completa do bispo Athanasius Schneider, em apoio ao cardeal Sarah e seu novo livro “Das profundezas de nossos corações”.

O livro já está disponível para pré-venda na Ignatius Press.

Confira o que Dom Athanasius escreveu:

Papa enviará antecipadamente a alguns bispos o texto da exortação apostólica sobre a Amazônia


Para uma melhor preparação dos bispos e fiéis das diversas dioceses do mundo, o Papa enviará a alguns prelados o texto do seu próximo documento, contendo suas reflexões sobre as propostas do Sínodo da Amazônia, segundo indicou o Cardeal Claudio Hummes, em uma carta que o purpurado terá enviado no dia 13 de janeiro de 2020 a bispos de vários países.

“O Santo Padre está preparando uma nova exortação apostólica que apresenta os novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral surgidos sob a guia do Espírito Santo durante o Sínodo para a Amazônia desde outubro do ano passado”, começa a carta do Cardeal brasileiro, divulgada pelo jornalista italiano Aldo Maria Valli em seu site.

“O rascunho (da exortação) está atualmente em fase de revisão e correção e será traduzida em breve. O Papa Francisco espera poder promulgá-la a fins deste mês ou a inícios de fevereiro”, prossegue a missiva cuja autenticidade foi confirmada pelo grupo ACI.

Fontes confiáveis indicaram a ACI Digital que o rascunho da exortação apostólica será enviado aos bispos antes do final desta semana, mas não a todos os prelados do mundo, senão somente aos que estiveram envolvidos no processo sinodal.

O Cardeal Hummes indica em sua missiva que “a exortação é muito esperada e suscitará grande interesse e distintas respostas”. 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Cuidado com o ladrão, principalmente o da porta dos fundos!



Caro internauta, o tema desse nosso artigo é a porta, especialmente a dos fundos. Você já parou para contar quantas vezes você passa por uma porta todos os dias? Mesmo sem conhecer a sua rotina diária, posso afirmar que, se você ainda não passou por nenhuma porta no dia de hoje, certamente, passará por dezenas delas até o anoitecer. Até mesmo a Palavra de Deus nos exorta sobre elas. Existem portas muito largas e outras bem estreitas; existem as grandes e pequenas; porta da frente e porta dos fundos. Existem também portas feitas de aço e de madeira de lei, que são capazes de resistir por séculos à ação do tempo.

Aliás, as portas de madeira nobre, embora passem por intensas rajadas de ventos provocadas por temporais, que muitas vezes fazem-na colidir abruptamente contra o seu batente, permanecem intactas, ao longo dos séculos, com todas as suas características originais.

Existem, por outro lado, aquelas portas feitas com material, desculpe o termo, “sem vergonha”. Esse tipo de porta pode até ser bonita por fora, mas o seu interior é completamente oco. Na melhor das hipóteses, esse segundo tipo de porta serve apenas como refeição para carunchos que a consomem totalmente em brevíssimo tempo. Quando o caruncho não a devora, o sol e as chuvas tratam de fazê-lo. 

Bento XVI explica por que razão sacerdócio e celibato são indissociáveis



Tem sido um tanto polêmica a participação do Papa Bento XVI no mais recente livro do Cardeal Sarah. Mas passando à frente as polêmicas vale a pena ler este trecho, no qual o Papa Bento fala da ligação entre sacerdócio e celibato, desde o início da Igreja:

A celebração diária da Eucaristia, que implica um estado permanente de serviço a Deus, não deixa espontaneamente a impossibilidade de um vínculo matrimonial. Pode-se dizer que a abstinência sexual, que foi funcional, se transformou em abstinência ontológica. (...)  

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Vaticano recorda posição do Papa Francisco sobre celibato sacerdotal



O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, abordou nesta segunda-feira, 13 de janeiro, a posição do Papa Francisco sobre o celibato sacerdotal após a notícia da publicação do livro do Papa Emérito Bento XVI com o Cardeal Robert Sarah, “Des profondeurs de nos cœurs” (“Do mais profundo de nossos corações”).

"A posição do Santo Padre sobre o celibato é conhecida", declarou Bruni em um comunicado enviado aos jornalistas e lembrou as palavras do Papa Francisco durante a coletiva de imprensa no avião de regresso do Panamá, na qual disse que “Vem-me à mente aquela frase de São Paulo VI: ‘Prefiro dar a vida antes que mudar a lei do celibato’”.

Naquela ocasião, o Papa Francisco disse: “Pessoalmente, penso que o celibato é uma dádiva para a Igreja. Não estou de acordo com permitir o celibato opcional. Não. Haveria qualquer possibilidade apenas nos lugares mais remotos; penso nas ilhas do Pacífico... quando há necessidade pastoral, aí o pastor deve pensar nos fiéis”.

Além disso, Matteo Bruni acrescentou que “a respeito do modo como este argumento se insere no trabalho mais amplo do recente Sínodo sobre a região pan-amazônica e a sua evangelização, durante a sessão conclusiva, o Santo Padre afirmou: ‘Fiquei muito feliz por não termos caído prisioneiros desses grupos seletivos que do Sínodo só quererem ver o que foi decidido sobre este ponto intraeclesial ou sobre esse outro, e negarão o corpo do Sínodo que são os diagnósticos que fizemos nas quatro dimensões’ (Pastoral, cultural, social e ecológica)”, concluiu. 

Papa Francisco expulsa sacerdote legionário do estado clerical por abuso sexual



O Papa Francisco aprovou a expulsão do estado clerical de Fernando Martínez Suárez, membro dos Legionários de Cristo que abusou de pelo menos seis meninas no início dos anos 1990 em uma escola de Cancun (México).

Assim os Legionários de Cristo informaram às vítimas em uma carta assinada em 13 de janeiro por Pe. Andreas Schöggl, secretário-geral da congregação religiosa.

Em sua carta, Pe. Schöggl explicou que Pe. Eduardo Robles Gil, diretor geral dos Legionários de Cristo "está em exercícios espirituais", de modo que "pediu-me para comunicar pessoalmente o seguinte: Nesta manhã, Fernando Martínez Suárez foi notificado de que o Santo Padre aceitou seu pedido de deixar o estado clerical para o bem da Igreja (pro bono Ecclesiae)”.

O secretário-geral dos Legionários de Cristo indicou que Fernando Martínez Suárez “fez essa msolicitação para, de alguma forma, aliviar o sofrimento causado a você e às demais vítimas. A Congregação para a Doutrina da Fé a submeteu ao Santo Padre após um estudo atento do caso”.

Meses atrás, Martínez Suárez foi acusado publicamente de abusar de meninas no início dos anos 1990, quando dirigia o Instituto Cumbres, em Cancun (México), uma escola administrada pelos Legionários de Cristo.

Em um documento publicado em 22 de novembro de 2019, os Legionários de Cristo confirmaram que Martínez Suárez abusou de pelo menos seis meninas de 6 a 11 anos, entre 1991 e 1993.

Também há uma acusação contra o sacerdote realizada em 1969, pelo abuso de um menino de 4 a 6 anos, assim como de uma menina em 1990. Ambos os casos correspondem ao Instituto Cumbres Lomas, na Cidade do México.

O caso de Martínez Suárez reavivou os questionamentos aos Legionários de Cristo e ao seu processo de renovação. 

Dom Gänswein: "Bento XVI escreveu o texto, mas pede para retirar seu nome como coautor"



Dom Georg Gänswein, secretário particular do Papa Emérito Bento XVI, informou que, a pedido do Papa Emérito, seu nome não aparecerá como coautor do livro “Do mais profundo de nossos corações” (tradução livre) e que também será retirada sua assinatura da introdução e das conclusões.

Em declarações nesta terça-feira, 14 de janeiro, a CNA Deutsch – agência em alemão do Grupo ACI –, o também prefeito da Casa Pontifícia disse que “o nome de Bento XVI como ‘coautor’ foi removido e que agora o livro será publicado com o texto: ‘escrito com a contribuição de Bento XVI’”. Além disso, a assinatura de Bento XVI foi removida da introdução e da conclusão, já que eles são textos do Cardeal Sarah”. Acrescentou que se trata de “atribuir corretamente a autoria. Não se trata de mudanças no conteúdo”. 

Do mesmo modo, em declarações à agência KNA, Gänswein indicou que solicitou ao Cardeal Robert Sarah que transmita este pedido aos editores de “Des profondeurs de nos cœurs” (“Do mais profundo de nossos corações”). O livro será publicado em francês pela editorial Fayard e em inglês por Ignatius Press.

“O Papa emérito, de fato, sabia que o cardeal estava preparando um livro e tinha enviado um pequeno texto seu sobre o sacerdócio, autorizando-o a usá-lo como o desejasse”, relatou Dom Gänswein.

Entretanto, acrescentou que Bento XVI “não tinha aprovado nenhum projeto para um livro assinado conjuntamente nem tinha visto e autorizado a capa”. “Foi um mal-entendido, sem questionar a boa fé do Cardeal Sarah”, expressou Dom Gänswein.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Uma contribuição sobre o celibato sacerdotal em filial obediência ao Papa


No dia 15 de janeiro, na França, será publicado um livro sobre o sacerdócio assinado pelo Papa emérito Joseph Ratzinger e pelo cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Segundo antecipações fornecidas pelo jornal Le Figaro, os autores entram no debate sobre o celibato e sobre a possibilidade de ordenar sacerdotes casados.  Ratzinger e Sarah – que se definem dois bispos em «filial obediência ao Papa Francisco» que «buscam a verdade» num «espírito de amor pela unidade da Igreja» - defendem a disciplina do celibato e apresentam as motivações para não mudá-la, segundo o parecer de ambos. A questão do celibato ocupa 175 páginas do volume, com dois textos, um do Papa emérito e outro do cardeal, com uma introdução e a conclusão assinadas pelos dois.

Sarah, no seu texto, recorda que «há um elo ontológico-sacramental entre sacerdócio e celibato. Qualquer enfraquecimento deste elo colocaria em discussão o magistério do Concílio e dos Papas Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. Suplico ao Papa Francisco que nos proteja definitivamente de tal eventualidade, vetando qualquer enfraquecimento da lei do celibato sacerdotal, mesmo limitado a uma ou outra região». Sarah chega a definir uma «catástrofe pastoral, uma confusão eclesiológica e um ofuscamento da compreensão do sacerdócio» a eventual possibilidade de ordenar homens casados. Bento XVI, em sua breve contribuição, refletindo sobre o argumento remonta às raízes hebraicas do cristianismo, e afirma que o sacerdócio e o celibato estão unidos desde o início da «nova aliança» de Deus com a humanidade, estabelecida por Jesus. E recorda que já «na Igreja antiga», isto é,  no primeiro milênio, «os homens casados podiam receber o sacramento da ordem somente se estivessem comprometidos a respeitar a abstinência sexual».

O celibato sacerdotal jamais foi um dogma. Trata-se de uma disciplina eclesiástica da Igreja latina, que representa um dom precioso, definido deste modo por todos os últimos pontífices. A Igreja Católica de rito oriental prevê a possibilidade de ordenar sacerdotes homens casados e exceções foram admitidas também para a Igreja latina justamente por Bento XVI, na Constituição apostólica “Anglicanorum coetibus”, dedicada aos anglicanos que pedem a comunhão com a Igreja Católica, em que se prevê «admitir caso por caso à Ordem Sagrada do presbiterado também homens conjugados, segundo os critérios objetivos aprovados pela Santa Sé».

Vale a pena recordar ainda que, sobre este argumento, se expressou várias vezes também o Papa Francisco, que ainda cardeal, no livro com o rabino Abraham Skorka, explicou ser favorável à manutenção do celibato «com todos os prós e os contra que comporta, porque são dez séculos de experiências mais positivas do que de erros. A tradição tem um peso e uma validade». Em janeiro passado, no diálogo com os jornalistas no voo de regresso do Panamá, o Papa recordou que na Igreja católica oriental era possível a opção celibatária ou matrimonial antes do diaconato, mas acrescentou a propósito da Igreja latina: «Vem-me à mente aquela frase de São Paulo VI: ‘Prefiro dar a vida antes que mudar a lei do celibato’. Veio-me à mente e quero dizê-la, porque é uma frase corajosa, num momento mais difícil do que o atual (nos anos ‘68/’70). Pessoalmente, penso que o celibato é uma dádiva para a Igreja. (...) Não estou de acordo com permitir o celibato opcional». Na sua resposta, falou também da discussão entre os teólogos acerca da possibilidade de conceder concessões para algumas regiões perdidas, como as ilhas do Pacífico, afirmando, porém, «que não há decisão minha. A minha decisão é: celibato opcional antes do diaconato, não. É uma coisa minha, pessoal… Eu não o farei: isto fique claro. Sou «fechado»? Talvez. Mas não me sinto, diante de Deus, de tomar tal decisão.».

Jornalistas progressistas criam teoria da conspiração pondo em dúvida a autoria de Bento XVI sobre livro contra o fim do celibato

 
Neste domingo (12), o jornal francês Le Figaro publicou uma série de trechos do novo livro de autoria do Papa Emérito Bento XVI juntamente com o Cardeal Sarah, prefeito do dicastério de liturgia do Vaticano, a obra Des profondeurs de nos cœurs (“Das profundezas de nossos corações”, em português) abordará a atual “crise na Igreja”, fazendo uma defesa do sacerdócio católico e do celibato sacerdotal.

As acusações (de que a autoria não seria de Bento XVI) não passam de mera teoria da conspiração. O próprio site oficial do Vaticano já confirmou que é de autoria do Papa Emérito Bento XVI.

Um dos jornais mais vendidos da Espanha, ABC, publicou ainda a pouco uma notícia onde o jornalista Juan Vicente Boo sustenta a teoria da conspiração que nega que o livro seja de autoria de Bento XVI. Na manchete está o seguinte: ”Bento XVI nunca viu ou aprovou o livro que o cardeal Sarah apresenta como de ambos”. Ele também afirma que o livro ”é um ataque contra Francisco disfarçado de defesa do celibato”. O jornalista acusa o grandioso Cardeal Sarah com as seguintes palavras: "Tudo parece indicar uma séria manipulação de Bento XVI pelo cardeal guineense, prefeito da Liturgia e um dos principais oponentes visíveis a Francisco”. Juan Vicente também afirma:

    O que aconteceu é que, há alguns meses, Bento XVI trabalhou em um texto sobre o sacerdócio e o cardeal Sarah pediu que ele o visse. O papa emérito o deixou sabendo que o prefeito da Liturgia estava escrevendo um livro sobre o sacerdócio e, provavelmente, pensando que ele o usaria apenas como pano de fundo.

    A partir daí, tudo é obra do cardeal guineense e de seu publicitário, Nicolas Diat, junto às editoras Fayard da França, Ignatius Press dos Estados Unidos e Cantagalli da Itália.

Em novo livro escrito com Bento XVI, Cardeal Sarah descarta ordenar diaconisas afirmando que João Paulo II já definiu a questão


Um novo livro, em co-autoria do Papa emérito Bento XVI e do cardeal Robert Sarah – o prefeito da Congregação do Culto Divino – descartou a possibilidade de a Igreja criar diáconos femininos, assunto que surgiu no Sínodo Amazônico concluído em outubro.
 
Em 12 de janeiro, estourou a história de que o papa emérito Bento XVI e o cardeal Sarah estavam publicando um livro, em diferentes idiomas, em defesa do celibato sacerdotal. A edição em inglês, intitulada From the Depths of Our Hearts , será publicada pela Ignatius Press. LifeSiteNews recebeu uma cópia de revisão.

Neste livro, o cardeal Sarah deixa claro que o diaconato feminino foi descartado pela Igreja Católica. A “possibilidade de as mulheres serem ordenadas sacerdotes ou diáconos”, afirma Sarah, “foi resolvida definitivamente por São João Paulo II na Carta Apostólica Ordinatio sacerdotalis de 22 de maio de 1994”.

O Papa Bento XVI e o Cardeal Sarah afirmam explicitamente que este livro – que contém um ensaio individual do Papa Bento XVI e do Cardeal Sarah – foi escrito após muitas trocas pessoais e escritas entre os dois e enfatizam a “semelhança de nossas preocupações e a convergência de nossas conclusões. ”Portanto, a conclusão do cardeal Sarah sobre o diaconado feminino provavelmente reflete a posição do próprio papa Bento sobre o assunto.

Em um capítulo intitulado “O Sacramento das Ordens Sagradas e o lugar das mulheres”, o Cardeal Sarah afirma que “o enfraquecimento do celibato abala o edifício eclesial como um todo. De fato, debates sobre o celibato naturalmente suscitam questões sobre a possibilidade de mulheres serem ordenadas como sacerdotes ou diáconos. ”Depois de dizer que isso foi descartado pelo Papa João Paulo II em 1994, ele continua citando João Paulo II sobre isso. matéria: “a Igreja não tem autoridade alguma para conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esse julgamento deve ser mantido definitivamente por todos os fiéis da Igreja”.

Comentários Cardeal Sarah: “Contestar isso revela uma ignorância da verdadeira natureza da Igreja”. Ele continua explicando o plano de Deus de “complementaridade entre homem e mulher” e comparando-o com a “relação conjugal entre Jesus e sua noiva, a Igreja. ”

“Promover a ordenação de mulheres”, continua o cardeal africano, “equivale a negar sua identidade e o lugar de cada sexo”.

O cardeal Sarah escreve que uma mulher tem a disposição de “receber amor”, e a Igreja, da mesma forma, está recebendo o “amor virginal de Jesus”. “Ouso dizer”, continua Sarah, “que a Igreja é fundamentalmente feminina; ela não pode prescindir das mulheres. ”Ele também estabelece um vínculo direto com Maria, a Mãe Santíssima, com suas“ disposições de escutar, acolhimento, humildade, fidelidade, louvor e espera. ”As mulheres, imitando essas características, podem recordar“ essas disposições a todos os batizados ”, diz o prelado.

O papel do governo da Igreja, no entanto, é confiado aos homens. O cardeal Sarah chama isso de “um serviço amoroso do noivo para a noiva”. “Portanto”, ele explica, “só pode ser realizado por homens identificados com Cristo, o noivo e o servo, através do caráter sacramental do sacerdócio. Se o tornarmos objeto de rivalidade entre homens e mulheres, reduzimos a uma forma de poder político e mundano. ”

O cardeal Sarah menciona explicitamente a discussão sobre o diaconato feminino: “Atualmente, campanhas de mídia habilmente orquestradas estão pedindo o diaconato feminino. O que eles estão procurando? O que está oculto por trás dessas estranhas demandas políticas? A mentalidade mundana de “igualdade” está em ação. Eles estão provocando uma espécie de ciúme mútuo entre homens e mulheres, que só pode ser estéril.”

Sheik iraniano pede que Muçulmanos reajam ao filme do Porta dos Fundos


Imagem dos personagens entre chamas e os dizeres em letras garrafais “Netflix e a maior blasfêmia do século”  iniciam o vídeo do Sheik iraniano Qodi sobre o especial de Natal, gravado pelo grupo humorístico brasileiro Porta dos Fundos.

O jornalista Leonardo Coutinho avalia o posicionamento do líder Muçulmano como “algo preocupante e potencialmente perigoso”. “Qomi ressalta que a violência não deve ser aplicada contra o Porta dos Fundos. Fala em ações ‘racionais’. Mas sugere como exemplo a fatwa (decreto religioso) que o aiatolá Khomeini contra  Salman Rushdie.

O caso aconteceu no final da década de 80 quando o escritor britânico  Rushdie recebeu a sentença de morte do aitolá devido ao livro “Versos Satânicos”. O escritor foi acusado de ridicularizar O Corão e Maomé. Por meio  deste decreto,  o imã pediu que “todos os muçulmanos zelosos” tentassem matar o autor do livro, extingui a  editora e “aqueles que conhecem o conteúdo” do romance, “de forma que ninguém possa insultar as santidades islâmicas”. Uma recompensa alta foi oferecida pela cabeça do escritor na ocasião.

O Sheik  explica no vídeo que no Irã, ofensas contra os profetas são classificadas  como blasfêmia, um  crime que prescreve penalidades como a fatha. Quomi relembra que após o episódio de Rushdie, ninguém mais se atreveu a escrever contra o profeta Maomé. O líder considerou esse fato de extrema violência como exemplo.

Qomi orienta que os muçulmanos reajam ao filme do Porta dos Fundos. “Amamos o santíssimo Jesus de todo coração. Amamos a ele, amamos à Santíssima Virgem Maria. Por isso não admitimos que alguém venha a faltar com respeito a essas pessoas tão importantes. Não permitimos que alguém insulte, blasfemem ou difamem estas pessoas santas”.

Coutinho descreve para seus seguidores quem é o iraniano em questão. “Minhas fontes explicam que Qomi é o sucessor de Rabbani no comando da expansão das operações ‘culturais e religiosas’ do Irã na América Latina”.  Mohsen Rabbani é pai da esposa de Qomi, que é acusado de ser o arquiteto dos atentados contra a sede da AMIA [ Associação Mutual Israelita Argentina], em 1994, com um saldo de 85 mortos.

O líder muçulmano fala no vídeo que é preciso uma reação inteligente, não violenta e não emocional. Também se deve evitar a indiferença, para não cair no perigo  “perder a sensibilidade da fé”. “Não vamos insultar, não vamos atacar, para que os protagonistas deste filme não se  sintam oprimidos e saiam como heróis. Não, não, isso, não”.

Qomi acredita que cristãos e muçulmanos devem se unir a partir do amor que têm a Jesus. O segundo passo segundo o líder é tomar medidas legais de acordo com as leis do país. O cancelamento da Netflix também foi orientado pelo líder como uma atitude concreta para os crentes.

Bento XVI anuncia novo livro sobre celibato e a crise na Igreja: “Eu não posso ficar em silêncio!”


O jornal francês Le Figaro publicou neste domingo uma série de trechos do novo livro do Papa emérito Bento XVI, incluindo uma forte defesa do papel do celibato na Igreja Católica. Escrito em conjunto com o cardeal conservador Robert Sarah, prefeito do dicastério de liturgia do Vaticano, a obra Des profondeurs de nos cœurs (“Das profundezas de nossos corações”, em português) abordará a atual “crise na Igreja”, fazendo uma defesa do sacerdócio católico e do celibato sacerdotal.

Bento 16, de acordo com os trechos, afirma que o sacerdócio e o celibato estão integralmente ligados. O ex-papa, de 92 anos, também afirma que, embora alguns padres se casassem no primeiro milênio do cristianismo ocidental, era esperado que aqueles com cônjuges observassem abstinência após a ordenação.

Sarah fala mais diretamente a Francisco, pedindo abertamente ao papa que não permita padres casados.

“Peço humildemente ao Papa Francisco que… vete qualquer enfraquecimento da lei do celibato sacerdotal, mesmo limitada a uma ou outra região”, escreve o cardeal.

Os 185 membros do Sínodo da Amazônia realizado de outubro consideraram a questão de padres casados supostamente sob a perspectiva das “necessidades pastorais” da região amazônica. Em seu documento final, os membros do Sínodo sugeriram, por uma votação de 128 a 41, que Francisco permitisse que os bispos da região ordenassem os diáconos atuais como padres, caso as circunstâncias o merecessem.

Em sua introdução conjunta ao livro, Bento XVI e o cardeal Sarah falam a uma só voz: “Como Agostinho, podemos dizer: ‘Não posso ficar em silêncio! Eu realmente sei como seria um silêncio, pernicioso para mim… É para Cristo que terei que prestar contas das ovelhas confiadas aos meus cuidados. Não consigo ficar quieto ou fingir ignorância.”

Defensores do Papa Francisco como Massimo Faggioli, historiador e teólogo da Universidade de Villanova, afirmaram que a decisão de Bento XVI de escrever sobre o assunto foi uma “violação grave” de sua promessa de silêncio. “Isso interfere com um processo sinodal que ainda está se desenrolando após o sínodo da Amazônia … e ameaça limitar a liberdade do único papa”, disse Faggioli.

Segue abaixo algumas das declarações do Papa Emérito Bento XVI e do cardeal Sarah no novo livro: