Caro internauta, o tema desse nosso
artigo é a porta, especialmente a dos fundos. Você já parou para contar quantas
vezes você passa por uma porta todos os dias? Mesmo sem conhecer a sua rotina
diária, posso afirmar que, se você ainda não passou por nenhuma porta no dia de
hoje, certamente, passará por dezenas delas até o anoitecer. Até mesmo a
Palavra de Deus nos exorta sobre elas. Existem portas muito largas e outras bem
estreitas; existem as grandes e pequenas; porta da frente e porta dos fundos.
Existem também portas feitas de aço e de madeira de lei, que são capazes de
resistir por séculos à ação do tempo.
Aliás, as
portas de madeira nobre, embora passem por intensas rajadas de ventos
provocadas por temporais, que muitas vezes fazem-na colidir abruptamente contra
o seu batente, permanecem intactas, ao longo dos séculos, com todas as suas
características originais.
Existem, por
outro lado, aquelas portas feitas com material, desculpe o termo, “sem
vergonha”. Esse tipo de porta pode até ser bonita por fora, mas o seu interior
é completamente oco. Na melhor das hipóteses, esse segundo tipo de porta serve
apenas como refeição para carunchos que a consomem totalmente em brevíssimo
tempo. Quando o caruncho não a devora, o sol e as chuvas tratam de fazê-lo.
A qualidade
da porta
Com relação
aos tipos e a qualidade das portas, não sei se você concordará comigo, mas, na
maioria das vezes, escolhemos a porta mais nobre para ser instalada na frente
da nossa casa e deixamos a menos nobre para os fundos. Existe, nesse ponto, um
grande risco, pois a porta dos fundos é sempre a porta mais ordinária.
Nesse
contexto, encaixaria-se muito bem a citação de um magnífico trecho que se
encontra na terceira parte do “Sermão do Mandato” composto pelo padre Antônio
Vieira, um dos maiores expoentes do barroco brasileiro: “tudo cura o tempo,
tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba”. Essa porta dos fundos
é assim, um dia será digerida pelo tempo, porque é totalmente oca por dentro.
Uma
realidade, porém, precisa ser explicitada, e quero que você preste muita
atenção nas próximas palavras. O ladrão, o bandido, aquele que quer roubar o
que você tem de mais precioso, não entra pela porta da frente; ele prefere,
senão, a dos fundos. Bandidos descarados investem na porta dos fundos para
assaltar o seu lar, a sua família e roubar aquilo que você levou muitos anos
para adquirir.
Atenção!
Aquele que
utiliza a porta dos fundos para entrar em sua casa não quer ser visto, não quer
ser percebido. Os bandidos, portanto, não querendo ser notados, preferem a
porta dos fundos. Tenha muita atenção! Para agravar ainda mais a situação, os
piores bandidos não têm cara de bandido, e até vestem roupas da moda, são
engraçados, possuem bom humor, porém, não se engane!, não passam de bandidos.
Quero
concluir este artigo fazendo uma fraterna exortação. É momento de
vigiarmos, reforçarmos as portas do nosso lar, fecharmos todas as brechas, não
baixarmos as guardas nem nos deixarmos enganar. Cuidemos da porta dos
fundos! Não permitamos que os bandidos se utilizem dela para assaltar nosso
lar.
Deus abençoe
você e até a próxima!
Gleidson Carvalho
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Aleteia/ Canção Nova
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