Um dos líderes mais importantes da Igreja Católica Romana, o arcebispo Carlo Maria Viganò, publicou um artigo nesta quarta-feira condenando uma declaração do papa Francisco sobre a união civil homossexual.
Em seu artigo, Viganò, que já foi Secretário-Geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, chega a dizer que Francisco estaria tentando provocar uma ruptura na Igreja, acusando o maior líder católico de cometer “heresia” e provocar um “escândalo para os fiéis” da Igreja romana.
“Não é preciso ser teólogo ou especialista em moral para saber que tais afirmações são totalmente heterodoxas e constituem uma causa gravíssima de escândalo para os fiéis”, disse ele ao escrever para o portal Life Site News.
“Mas preste atenção: essas palavras [do Papa] constituem simplesmente a enésima provocação pela qual a parte “ultra-progressiva” da Hierarquia quer provocar um cisma astuciosamente, como já tentou fazer com a Exortação Pós-Sinodal Amoris Laetitia , a modificação de doutrina sobre a pena de morte, o Sínodo Pan-amazônico e a imunda Pachamama, e a Declaração de Abu Dhabi, agora reafirmada e agravada pela Encíclica Fratelli Tutti”, continua o arcebispo.
O que disse o Papa?
Em um documentário que foi ao ar nesta quarta, o papa Francisco aparece defendendo o direito de homossexuais constituírem união civil. “As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, diz Francisco.
“O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”, completou o líder católico.
Não se trata de uma defesa do casamento gay, mas de direitos civis reconhecidos pelo Estado (e não pela Igreja). Entretanto, tal posição já é vista por muitos líderes católicos como um endosso ao ativismo homossexual.
“Parece que Bergoglio está impudentemente tentando ‘aumentar as apostas’ em um crescendo de afirmações heréticas, de tal forma que forçará a parte saudável da Igreja – que inclui bispos, clero e fiéis – a acusá-lo de heresia, a fim de declarar aquela parte sã da Igreja cismática e ‘inimiga do Papa'”, observa Viganò.
O arcebispo, por fim, faz uma grave declaração ao dizer que o papa Francisco poderá provocar uma divisão na Igreja devido aos seus posicionamentos teologicamente liberais.
“Jorge Mario Bergoglio está tentando forçar alguns cardeais e bispos a se separarem da comunhão com ele, obtendo como resultado não o seu próprio depoimento por heresia, mas a expulsão dos católicos que desejam permanecer fiéis ao perene Magistério da Igreja”, diz ele.
“Essa armadilha teria o propósito – nas supostas intenções de Bergoglio e seu ‘círculo mágico’ – de consolidar seu próprio poder dentro de uma Igreja que seria apenas nominalmente ‘católica’, mas na realidade seria herética e cismática”, conclui o arcebispo.
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Opinião Crítica
ele estpá correto, é a Bíblia não é homofobia
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