sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Solenidade de Cristo Rei


A celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, fecha o Ano Litúrgico. Neste período, meditamos, sobretudo, no mistério de Sua vida, Sua pregação e o anúncio do Reino de Deus. Esta festa celebra Cristo como o rei bondoso e singelo que, como pastor, guia a sua Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comunhão com este Reino para que possa transformar o mundo no qual peregrina. Neste final de semana, comemoramos ainda o Dia Nacional do Cristão Leigo e Leiga. Abriremos também a Campanha para a Evangelização: Cristo é a nossa Paz! Em nossa Arquidiocese iremos celebrar a Segunda Festa da Unidade Arquidiocesana, por isso estamos esperando as forças vivas da nossa Igreja na Catedral para o Dia da Unidade, entre 13hs e 19hs, com a celebração da Santa Eucaristia. Na semana que se iniciará também iremos comemorar o Dia Nacional de Ação de Graças. Em todas as nossas atividades deve reinar o Senhor Jesus Cristo!

Cristo Rei anuncia a Verdade e essa Verdade é a luz que ilumina o caminho amoroso que Ele traçou com sua Via Crucis para o Reino de Deus. "Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta minha voz." (Jo 18, 37). Jesus nos revela sua missão reconciliadora de anunciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como o demônio tentou Eva com enganos e mentiras, agora Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao Reino, quando qual Cordeiro se sacrifica amorosamente na cruz.

Durante o anúncio do Reino, Jesus nos mostra o que este significa para nós como Salvação, Revelação e Reconciliação ante a mentira mortal do pecado que existe no mundo. Jesus responde a Pilatos quando este lhe pergunta se na verdade Ele é o Rei dos judeus: "Meu Reino não é deste mundo. Se meu Reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas meu Reino não é daqui" (Jo 18,36). Jesus não é o Rei de um mundo de medo, mentira e pecado, Ele é o Rei do Reino de Deus que traz e ao que nos conduz. A possibilidade de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo ao nos deixar o Espírito Santo, que nos concede as graças necessárias para obter a Santidade e transformar o mundo no amor. 

Discurso do Papa à conferência da FAO sobre nutrição


DISCURSO
Visita do Papa Francisco à sede da FAO, em Roma,
 por ocasião da Segunda Conferência Internacional sobre Nutrição
Sede da FAO – Roma
Quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores,

Com sentimento de respeito e apreço, apresento-me hoje aqui, na Segunda Conferência Internacional sobre Nutrição. Agradeço-lhe, senhor Presidente, a calorosa acolhida e as palavras de boas-vindas que me dirigiu. Saúdo cordialmente o Diretor-Geral da FAO, o Prof. José Graziano da Silva, e a Diretora-Geral da OMS, a Dra. Margaret Chan, e alegra-me a sua decisão de reunir nesta Conferência representantes de Estados, instituições internacionais, organizações da sociedade civil, do mundo da agricultura e do setor privado, com a finalidade de estudar juntos as formas de intervenção para garantir a nutrição, assim como as mudanças necessárias que devem ser acrescentadas às estratégias atuais. A total unidade de propósitos e de obras, mas, sobretudo, o espírito de fraternidade, podem ser decisivos para soluções adequadas. A Igreja, como vocês sabem, sempre procura estar atenta e solícita em relação a tudo o que se refere ao bem-estar espiritual e material das pessoas, primeiramente das que vivem marginalizadas e estão excluídas, para que sua segurança e dignidade sejam garantidas.

1. Os destinos de cada nação estão mais do que nunca entrelaçados entre si, como os membros de uma mesma família, que dependem uns dos outros. Porém, vivemos numa época em que as relações entre as nações estão demasiadas danificadas pela suspeita recíproca, que às vezes se converte em formas de agressão bélica e econômica, mina a amizade entre irmãos e rechaça ou descarta quem já está excluído. Conhece bem esta realidade quem carece do pão cotidiano e de um trabalho decente. Esta é a situação do mundo, em que é preciso reconhecer os limites de visões baseadas na soberania de cada um dos Estados, entendida como absoluta, e nos interesses nacionais, condicionados frequentemente por poucos grupos de poder. Isso está bem explicitado na leitura da agenda de trabalho dos senhores, para elaborar novas normas e maiores compromissos para alimentar o mundo. Nesta perspectiva, espero que, na formulação desses compromissos, os Estados se inspirem na convicção de que o direito à alimentação só será garantido se nos preocuparmos com o sujeito real, ou seja, com a pessoa que sofre os efeitos da fome e da desnutrição.

Hoje em dia se fala muito em direitos, esquecendo com frequência os deveres; talvez nos preocupemos muito pouco com os que passam fome. Além disso, dói constatar que a luta contra a fome e a desnutrição é dificultada pela «prioridade do mercado» e pela «preeminência da ganância», que reduziram os alimentos a uma mercadoria qualquer, sujeita à especulação, inclusive financeira. E enquanto se fala de novos direitos, o faminto está aí, na esquina da rua, e pede um documento de identidade, ser considerado em sua condição, receber uma alimentação de base saudável. Pede-nos dignidade, não esmola.

Catequese do Papa sobre o chamado à santidade

CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 19 de novembro de 2014


Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Um grande dom do Concílio Vaticano II foi aquele de ter recuperado uma visão de Igreja fundada na comunhão e de ter interpretado também o princípio da autoridade e da hierarquia em tal perspectiva. Isto nos ajudou a entender melhor que todos os cristãos, enquanto batizados, têm igual dignidade diante do Senhor e têm em comum a mesma vocação, que é aquela à santidade (cfr Cost. Lumen gentium, 39-42). Agora nos perguntamos: em que consiste essa vocação universal a ser santos? E como podemos realizá-la?

1. Antes de tudo devemos ter bem presente que a santidade não é algo que nós procuramos, que obtemos com as nossas qualidades e as nossas capacidades. A santidade é um dom, é o dom que nos dá o Senhor Jesus, quando nos toma consigo e nos reveste de si mesmo, torna-nos como Ele. Na carta aos Efésios, o apóstolo Paulo afirma que “Cristo amou a Igreja e deu a si mesmo por ela, para torná-la santa” (Ef 5, 25-26). Bem, realmente a santidade é a face mais bela da Igreja, a face mais bela: é nos recobrir em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor. Entende-se, então, que a santidade não é uma prerrogativa somente de alguns: a santidade é um dom que é oferecido a todos, ninguém excluído, pelo qual constitui o caráter distintivo de cada cristão.

2. Tudo isso nos faz compreender que, para ser santos, não é preciso necessariamente ser bispo, padre ou religioso: não, todos somos chamados a nos tornar santos! Tantas vezes, depois, somos tentados a pensar que a santidade seja reservada somente àqueles que têm a possibilidade de destacar-se dos assuntos ordinários, por dedicar-se exclusivamente à oração. Mas não é assim! Alguns pensam que a santidade é fechar os olhos e fazer cara de imagem. Não! Não é isto a santidade! A santidade é algo maior, mais profundo que Deus nos dá. Antes, é justamente vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho cristão nas ocupações de cada dia que somos chamados a nos tornar santos. E cada um nas condições e no estado de vida em que se encontra. Mas você é consagrado, é consagrada? Seja santo vivendo com alegria a tua doação e o teu ministério. É casado? Seja santo amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. É um batizado não-casado? Seja santo cumprindo com honestidade e competência o seu trabalho e oferecendo tempo ao serviço aos irmãos. “Mas, padre, eu trabalho em uma fábrica; eu trabalho como contador, sempre com os números, ali não se pode ser santo…” – “Sim, pode! Ali onde você trabalha você pode se tornar santo. Deus te dá a graça de se tornar santo. Deus se comunica a você”. Sempre em cada lugar é possível tornar-se santo, isso é, pode-se abrir a esta graça que nos trabalha por dentro e nos leva à santidade. Você é pai ou avô? Seja santo ensinando com paixão aos filhos ou aos netos a conhecer e a seguir Jesus. E é preciso tanta paciência para isto, para ser um bom pai, um bom avô, uma boa mãe, uma boa avó, é preciso tanta paciência e nesta paciência vem a santidade: exercitando a paciência. Você é catequista, educador ou voluntário? Seja santo tornando-se sinal visível do amor de Deus e da sua presença próxima a nós. Então: cada estado de vida leva à santidade, sempre! Na sua casa, na estrada, no trabalho, na Igreja, naquele momento e no teu estado de vida foi aberto o caminho rumo à santidade. Não desanimem de andar neste caminho. É o próprio Deus que nos dá a graça. O Senhor só pede isto: que nós estejamos em comunhão com Ele e a serviço dos irmãos. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CNBB divulga nota "Brasil pós-eleições: compromissos e desafios".


Brasil pós-eleições: compromissos e desafios

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília nos dias 18 e 19 de novembro de 2014, saúda a nação brasileira pela democracia e cidadania vivenciadas nas eleições de outubro deste ano. Cumprimenta a todos que participaram do processo eleitoral e os eleitos. Recorda-lhes a responsabilidade colocada sobre seus ombros de não frustrar as expectativas de quem os elegeu e seu compromisso com a ética, a verdade e a transparência no exercício de seu mandato, bem como o dever de servir a todo o povo brasileiro.

A campanha eleitoral deste ano ratificou o processo democrático brasileiro no qual partidos, candidatos e eleitores puderam debater suas ideias e projetos. Tornou mais visíveis, no entanto, graves fragilidades de nosso sistema político:  sua submissão ao poder econômico financiador das campanhas; o descompromisso de partidos e candidatos com programas, favorecendo debates com ataques pessoais; a prevalência da imagem dos candidatos produzida pelos marqueteiros; o desrespeito, em alguns casos, às leis que combatem a corrupção eleitoral.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Primeiros diáconos permanentes depois de 400 anos de história da Igreja no Maranhão


No dia 24/11, segunda-feira, a Arquidiocese de São Luís do Maranhão celebrará dois anos da 1ª turma de Diáconos Permanentes, em 400 anos e história da Igreja. Ordenados em 2012, em uma cerimônia religiosa que reuniu todas as Foranias da Arquidiocese e aproximadamente nove mil pessoas, 31 diáconos, 27 pertencentes da Arquidiocese e quatro da Capelania Militar (Exército, Bombeiros e Polícia Militar), passaram a exercer as funções que durante quatro séculos eram exercidas apenas pelos sacerdotes, aumentando assim, o auxílio pastoral, sacramental e nas obras sociais, oferecidos pela Igreja à população da Arquidiocese de São Luís (MA).

Sendo São Luís uma metrópole, o número de sacerdotes para atender aos fiéis, nos sacramentos e na formação doutrinária e moral, ganhou um reforço valioso com os diáconos permanentes.  E, a partir de 2015, esse número se prepara para aumentar, com o início uma segunda turma de diáconos permanentes, já com 40 inscritos. Número que beneficiará mais comunidades na Ilha e na parte continental da Arquidiocese.

“Nós abrimos caminho para outros que também possuíam o desejo de servir a Igreja no diaconato permanente e isso nos deixa muito feliz”, enfatiza o recém-eleito, presidente da Comissão de Diáconos Permanentes, na Arquidiocese de São Luís do Maranhão, diácono Renato Fontoura, da Paróquia São João Batista de Vinhais, Vinhais velho, capital. 

CLNB envia mensagem para o Dia Nacional do Leigo


DIA NACIONAL DO CRISTÃO LEIGO E LEIGA

Na “Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo”, celebramos, a cada ano, o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas.

Até a década de sessenta do século passado, nesta solenidade, a Ação Católica promovia a festa dos leigos com confraternizações, encontros, celebrações e, principalmente, renovação das promessas batismais.

O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB, em sua X Assembleia Geral, em 1991, decidiu celebrar essa data comemorativa em continuidade com que fazia a Ação Católica, na perspectiva da participação dos leigos e leigas na construção do Reino. Portanto, de 1991 para cá, a Igreja do Brasil vem celebrando esse dia com reflexão, celebrações e confraternização nos regionais, dioceses, paróquias, movimentos, associações laicais e comunidades.

Neste ano, tendo como referência o Documento Estudos da CNBB, 107 – “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo”, e a vivência celebrativa dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, temos refletido sobre a vocação laical e o nosso papel fundamental como membros do Povo de Deus e protagonistas da evangelização e da promoção humana.

A vocação do leigo e da leiga é sal que dá sabor, é fermento que faz crescer a massa e soma “com todos os cidadãos de boa vontade, na construção da cidadania para todos”. (CNBB, 107 n. 58)

Cristo Rei


Termina o ano da Igreja, chamado de “Ano Litúrgico”, com a Festa de Cristo, Rei do Universo. Jesus nasce com o título de “Rei”, que viria reinar com estabilidade e seu reinado não teria fim. Seu nascimento foi interpretado como a presença humana da Palavra Divina, Deus tomando a forma de homem para redimir das fraquezas terrenas a humanidade mergulhada nas limitações de sua natureza.

Jesus nasce como Rei, mas diferente dos reis de seu tempo, porque não era conivente com um poder de pompa, de riqueza e de mando, mas investido das características de Pastor, de quem veio dar a vida pelos mais necessitados. Sua preocupação era totalmente voltada para a integridade e dignidade das pessoas. Por isto foi e agiu contra aqueles que praticam atitudes de exploração das pessoas. 

O Ano Litúrgico começa com o Advento, tempo de preparação para o Natal, para o nascimento do Rei Jesus. Termina proclamando-O Rei do Universo, como Aquele que venceu os “espinhos” da vida, passou pela morte, ressuscitou e vive para sempre. Sua presença despertou esperança para quem vive no “túnel” da vida e sem perspectivas para uma condição melhor. 

Vaticano realiza o maior congresso da história sobre o autismo


Uma síndrome que afeta pessoas e traz consequências pesadas para as suas famílias. Organizado pelo Pontifício Conselho para os Agentes sanitários o Congresso reúne os maiores especialistas sobre o assunto

O XXIX Congresso Internacional promovido pelo Pontifício Conselho para os agentes da saúde (PCOS), que se realizará na Cidade do Vaticano do 20 ao 22 de novembro, dedica esse ano ao tema do autismo.

Foi apresentado nesta terça-feira na sala de imprensa da Santa Sé pelo Presidente do PCOS, monsenhor Zygmunt Zimowski; o secretário, monsenhor Jean-Marie Mate Musivi; o subsecretário, padre Augusto Chendi, M.I.; e o responsável da neuropsiquiatria Infantil do Hospital "Bambino Gesù" (Roma), Stefano Vicari.

O título do Congresso de três dias é: "A pessoa com dificuldades no espectro autista: incentivar a esperança". O TEA – Transtorno do Espectro Autista, é “uma questão complexa e delicada".

A TEA é um distúrbio neurocomportamental também chamado de síndrome de Kanner, de origem multifatorial que se manifesta principalmente nos três primeiros anos de vida e perdura por toda a vida. Afeta pouco mais de um por cento das crianças.

Será "uma grande oportunidade porque reúne grande cientistas. Não é suficiente o médico, o psicólogo ou o terapeuta, mas toda a sociedade deve unir-se neste percurso” indicou o arcebispo polonês. E esclareceu que “o autismo não somente atinge a criança afetada, mas toda uma família”.