Uma síndrome que afeta pessoas e traz consequências
pesadas para as suas famílias. Organizado pelo Pontifício Conselho para os
Agentes sanitários o Congresso reúne os maiores especialistas sobre o assunto
O XXIX Congresso Internacional promovido pelo
Pontifício Conselho para os agentes da saúde (PCOS), que se realizará na Cidade
do Vaticano do 20 ao 22 de novembro, dedica esse ano ao tema do autismo.
Foi apresentado nesta terça-feira na sala de
imprensa da Santa Sé pelo Presidente do PCOS, monsenhor Zygmunt Zimowski; o
secretário, monsenhor Jean-Marie Mate Musivi; o subsecretário, padre Augusto
Chendi, M.I.; e o responsável da neuropsiquiatria Infantil do Hospital
"Bambino Gesù" (Roma), Stefano Vicari.
O título do Congresso de três dias é: "A
pessoa com dificuldades no espectro autista: incentivar a esperança". O
TEA – Transtorno do Espectro Autista, é “uma questão complexa e delicada".
A TEA é um distúrbio neurocomportamental também
chamado de síndrome de Kanner, de origem multifatorial que se manifesta
principalmente nos três primeiros anos de vida e perdura por toda a vida. Afeta
pouco mais de um por cento das crianças.
Será "uma grande oportunidade porque reúne
grande cientistas. Não é suficiente o médico, o psicólogo ou o terapeuta, mas
toda a sociedade deve unir-se neste percurso” indicou o arcebispo polonês. E
esclareceu que “o autismo não somente atinge a criança afetada, mas toda uma
família”.
Mons. Zygmunt Zimowski explicou que se trata de
"sensibilizar não somente o mundo científico, mas também as famílias
atingidas e a sociedade que pode estigmatizar esta síndrome". No autismo,
além do mais, continuou sua excelência, “existe um aspecto ético e pastoral” e,
portanto, o congresso concluirá com “uma mensagem final às dioceses e à
comunidade internacional, à Organização Mundial da Saúde e institutos
sanitários”. Porque se trata de favorecer "um diálogo entre todas as
disciplinas", explicou.
Entre as razões que levaram à escolha do tema do
autismo está o fato de que os jovens adultos que apresentam formas graves de
autismo, precisam de um grande compromisso do círculo social de pertença, dos
educadores, dos médicos e de todos os agentes sócio-assistenciais e pastorais.
“Partindo das grandes dificuldades, começando das éticas, morais e espirituais,
que enfrentam, tanto as pessoas com TEA, quanto os que cuidam delas, nos
levaram a escolher um tema tão importante”, destacou-se na coletiva de imprensa.
A cúpula terá a participação de 650 pessoas de 57
países, com palestrantes de cinco continentes e será realizada na Nova Sala do
Sínodo. Serão três dias intensos de aprofundamento entre as diversas
disciplinas envolvidas nos casos de TEA, que inclui médicos, especialistas
famosos, cientistas, assistentes sociais e pastorais de todo o mundo.
Por outro lado, a apresentação do congresso
esclareceu que “o objetivo principal é identificar e encontrar as ferramentas
certas para a cura e cuidado espiritual de todos aqueles que, direta ou
indiretamente, são afetados por um problema como o do autismo; para incentivar
a esperança e dar impulso existencial àqueles que vive casos mais difíceis,
como os profissionais de saúde, familiares e associações que se encarregam”.
O momento mais importante do encontro será a
audiência geral com o Papa Francisco, quando o Santo Padre se reunirá pela
primeira vez oficialmente com o mundo do autismo.
Em preparação para o Congresso, o PCOS levou em
consideração todas as iniciativas realizadas pelas instituições, organizadores
e países, servindo-se da colaboração da Organização Mundial da Saúde e do
Instituo superior da Saúde da Itália. Para as famílias é uma tragédia porque se
perguntam: o que será do meu filho quando não estejamos mais aqui? As respostas
das instituições são muito escassas.
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ZENIT
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