sábado, 24 de dezembro de 2016

Natal perene!


“Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem  à sua imagem; - séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi, como rei de Israel; - na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na nonagésima quarta Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no ano 538 do edito de Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém; - no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo: JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele é Emanuel, Deus Conosco”.

Este é o solene anúncio oficial do Natal, feito pela Igreja na primeira Missa da noite de Natal!

O Natal é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar que tudo recomeçou ali. O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do grande mistério da Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na concepção virginal de Jesus, o novo Adão. Deus queria que o seu projeto para a humanidade fosse reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si mesmo e juiz do bem e do mal. Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas. Esse Verbo se fez carne, incarnou-se no puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo, e começou a ser um de nós, nosso irmão, Jesus. Veio ensinar ao homem como ser servo de Deus. Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance. Jesus é Deus entre nós, o “Emanuel – Deus conosco”, a face da misericórdia do Pai.  

A origem da Missa do Galo


Para celebrar o nascimento de Jesus, a Missa do Galo foi instituída no século V, após o Concílio de Éfeso (431 d.C.), começando a ser celebrada, oficialmente, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, pelo o papa Sisto III.

É celebrada à meia-noite do dia 24 de dezembro. O galo foi escolhido como símbolo desta celebração porque, histórica e tradicionalmente, representa vigilância, fidelidade e testemunho cristão.

Nos primeiros séculos, as vigílias festivas eram dias de jejum. Os fiéis reuniam-se na igreja e passavam a noite rezando e cantando. A Igreja era toda iluminada com lâmpadas de azeite e com tochas.

Na tradição católica cristã, todas as velas do Advento são acesas na Missa do Galo, para celebrar solenemente o nascimento do Messias, Jesus Cristo: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”!

O Natal é a única celebração do calendário litúrgico que contempla três celebrações Eucarísticas, mas a da noite reúne os aspectos históricos e humanos do nascimento de Cristo.

Hoje, tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para suas casas, colocam a imagem do Menino Jesus no Presépio, realizam cânticos e orações em memória do Messias, filho de Deus, e confraternizam-se e compartilham a Ceia de Natal, com eventual distribuição de presentes. 

4ª Pregação do Advento 2016: “Encarnado por obra do Espírito Santo através da Virgem Maria”.


ENCARNADO POR OBRA DO ESPÍRITO SANTO
ATRAVÉS DA VIRGEM MARIA

1. Natal, um mistério "para nós"

Continuando nossas reflexões sobre o Espírito Santo, e dada a iminência do Natal, meditemos no artigo do credo que fala da obra do Espírito Santo na Encarnação. No credo, dizemos: "Para nós, homens e para a nossa salvação, desceu do céu, e pelo Espírito Santo se encarnou da Virgem Maria e se fez homem".

Santo Agostinho distinguiu duas maneiras de celebrar um evento na história da salvação: como um mistério (em Sacramento) ou como um simples aniversário. Na celebração de um aniversário, disse ele, precisamos apenas "indicar com uma solenidade religiosa o dia do ano em que a lembrança do próprio evento ocorre". Na celebração de um mistério, no entanto, "não só é a Comemorado, mas o fazemos de maneira que seu significado para nós seja compreendido e recebido devotadamente".

O Natal não é uma celebração na categoria de um aniversário. (Como sabemos, a escolha de 25 de dezembro como data foi escolhida por razões simbólicas e não históricas.) É uma celebração na categoria de um mistério que precisa ser entendida em termos de seu significado para nós. S. Leão, o Grande, já havia destacado o significado místico do "sacramento da Natividade de Cristo", dizendo: "Assim como fomos crucificados com ele em sua paixão, ressuscitados com Ele na sua ressurreição... Assim também nós nascemos junto com ele em sua Natividade."

A base de tudo isso é o acontecimento bíblico realizado de uma vez por todas em Maria: a Virgem se tornou a Mãe de Jesus pela ação do Espírito Santo. Este mistério histórico, como todos os eventos da salvação, é estendido num nível sacramental na Igreja e num nível moral na vida do crente individual. Maria, como a Virgem Mãe que gera Cristo pelo Espírito Santo, aparece como o "tipo", ou exemplar perfeito, da Igreja e do crente. Vamos ouvir um autor na Idade Média, o beato Isaac de Stella, resumir o pensamento dos Padres, a este respeito: 

Maria e a Igreja são uma mãe, ainda mais do que uma mãe; Uma virgem, mas mais do que uma virgem. Ambas são mães, ambas são virgens... Nas Escrituras inspiradas, o que é dito num sentido universal da Virgem Mãe, a Igreja, é entendido em um sentido individual da Virgem Maria... De certo modo, também se acredita que todo cristão é noiva da Palavra de Deus, mãe de Cristo, sua filha e irmã, ao mesmo tempo virginal e frutífera. 


Esta visão patrística foi trazida à luz pelo Concílio Vaticano II nos capítulos da constituição Lumen gentium dedicada a Maria. Em três parágrafos separados, o documento fala da Virgem Maria como modelo exemplar e modelo da Igreja (n. 63), que também é chamada a virgem e mãe na fé (n. Crente que, imitando a virtude de Maria, dá à luz e permite a Jesus crescer em seu coração e no coração de irmãos e irmãs (nº 65).

2. "Pelo Espírito Santo"

Vamos meditar ao lado sobre o papel de cada um dos dois protagonistas, o Espírito Santo e Maria, para buscar inspiração para o nosso próprio Natal. St. Ambrosio escreve: 

O nascimento da Virgem é a obra do Espírito... Não podemos duvidar que o Espírito é o Criador que conhecemos como o Autor da Encarnação do Senhor... Se a Virgem concebeu com Sua operação e poder do Espírito, quem negará o Espírito como Criador? 

Neste texto, Ambrósio interpreta perfeitamente o papel que o Evangelho atribui ao Espírito Santo na Encarnação, que o chama sucessivamente de "Espírito Santo" e "poder do Altíssimo" (Lc 1, 35). Ele é o "Espírito Criador" que age para trazer seres à existência (como em Gênesis 1,2), para criar uma nova e mais elevada forma de vida. É o Espírito que é "o Senhor, o que dá a vida", como proclamamos no mesmo credo. 

Aqui também, como no princípio, o Espírito cria "do nada", isto é, da total ausência de possibilidades humanas, sem necessidade de assistência ou apoio. E este "nada", este vazio, essa ausência de explicações e causas naturais, é chamada, neste caso, a virgindade de Maria. - Como será isso, já que não tenho marido? E o anjo lhe disse: O Espírito Santo virá sobre ti, eo poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; Por isso o filho a nascer será chamado santo, o Filho de Deus "(Lc 1, 34-35). Sua virgindade aqui é um sinal magnífico que não pode ser eliminado ou anulado sem rasgar todo o tecido do relato evangélico e seu significado. 

O Espírito que desceu sobre Maria é, então, o Espírito Criador que milagrosamente formou a carne de Cristo da Virgem. Mas há ainda mais. Além de ser o "Espírito Criador", ele é também para Maria "fons vivus, ignis, carita, / et spiritalis unctio", "fonte de vida e fogo de amor e doce unção de cima". O mistério torna-se enormemente empobrecido se Ela é reduzida apenas à sua dimensão objetiva, às suas implicações dogmáticas (dualidade da natureza, unidade da pessoa), enquanto negligencia seus aspectos subjetivos e existenciais.

São Paulo fala de "uma carta de Cristo entregue por nós, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos" (2 Cor 3, 3). O Espírito Santo escreveu esta maravilhosa carta que é Cristo, acima de tudo, no coração de Maria, para que, como diz Agostinho, Cristo "permanecesse na mente de Maria na medida em que é verdade, foi carregado no seu ventre enquanto homem". Dizendo também: "Maria concebeu Cristo primeiro em seu coração e depois em seu corpo" (prius conceit mente quam corpore) significa que o Espírito Santo trabalhou no coração de Maria, iluminando-o e inflamando-o com Cristo antes mesmo de encher Seu ventre com Cristo.

Somente os santos e místicos que tiveram uma experiência pessoal da erupção de Deus em suas vidas podem nos ajudar a entender o que Maria deve ter experimentado no momento da Encarnação da Palavra em seu ventre. Um deles, São Boaventura, escreve:

Quando ela deu seu consentimento a ele, o Espírito Santo veio sobre ela como um fogo divino inflamando sua alma e santificando sua carne em perfeita pureza. Mas o poder do Altíssimo a ofuscou (Lucas 1:35) para que ela pudesse suportar tal fogo... Oh, se você pudesse sentir de alguma forma a qualidade e intensidade desse fogo enviado do céu, a frieza refrescante que a acompanhava, o consolo que ela proporcionava; Se você pudesse perceber a grande exaltação da Virgem Mãe, o enobrecimento da raça humana, a condescendência da majestade divina,... Então estou certo de que cantaria em tom doce com a Santíssima Virgem aquele hino sagrado: Minha alma glorifica ao Senhor.

A Encarnação foi vivida por Maria como um evento carismático do mais alto grau que fez dela o modelo de uma alma que está "resplandecente com o Espírito" (Rom 12:11). Era seu Pentecostes. Muitas das ações e palavras de Maria, especialmente no relato de sua visita a Santa Isabel, não podem ser compreendidas a menos que as vejamos à luz de uma experiência mística incomparável. Tudo que vemos operando visivelmente em alguém que é visitado pela graça (amor, alegria, paz, luz) devemos reconhecer em medida única em Maria na Anunciação. Maria foi a primeira a experimentar "a intoxicação sóbria do Espírito" de que falei na última vez, e seu "Magnificat" é a melhor evidência disso.

É, no entanto, uma intoxicação "sóbria", humilde. A humildade de Maria após a Encarnação nos parece como um dos maiores milagres da graça divina. Como Maria foi capaz de suportar o peso desse pensamento: "Você é a Mãe de Deus! Você é a mais alta de todas as criaturas!"? Lúcifer não era capaz de lidar com essa tensão de forma justa e, apanhado pela cabeça de sua própria estatura elevada, foi derrubado. Não é assim Maria. Ela permanece humilde, modesta, como se nada tivesse acontecido em sua vida para o qual ela pudesse fazer qualquer afirmação. Em certa ocasião, o Evangelho nos mostra-nos no ato de suplicar aos outros, até mesmo pela oportunidade de ver seu Filho: "Sua mãe e seus irmãos", dizem a Jesus, "estão de pé, desejando vê-lo" (Lc 8,20). 

Quando a autoridade está a serviço da impiedade


À medida que o relativismo revolucionário avança no mundo e dentro da Igreja podemos constatar o crescente distanciamento entre o que se prega em boa parte de nossas paróquias e dioceses e o que a Igreja sempre ensinou em seu magistério infalível.

A situação é verdadeira gritante, escandalosa, indignante…

É muito entristecedor ver leigos bons, que querem ser santos, que desejam viver a verdade do Evangelho tal como ensina a santa Igreja, serem rechaçados, humilhados e isolados por seus padres ou bispos, tratados como excêntricos, exagerados, radicais, como gente a ser evitada…é indignante ver como muitos desses padres e bispos usurpam de sua autoridade para massacrar suas ovelhas mais pequenas, execrando-as e pondo-as em ridículo publicamente pelo fato de estas quererem receber a SS Eucaristia de joelhos e/ou na boca.

Muitos desses senhores estufam o peito e vociferam enraivecidos mandando que se levantem os que se ajoelham para receber a Sagrada Comunhão e/ou insistem que devem receber a Sagrada Hóstia na mão. Alguns apelam para o argumento da unidade com resto da assembleia para justificar a atitude autoritária, outros acusam estes fieis de estarem ”querendo aparecer” como se fossem deuses que conhecem o íntimo dos corações… tem sido frequente muitas dessas autoridades demostrarem aversão e combater o uso do véu por parte de senhoras e jovens nas santas missas…mesmo a modéstia à qual tem aderido um número sempre maior de pessoas passou a ser alvo das críticas e oposições por parte de muitos pastores de almas. E assim tem sido com várias outras práticas de piedade às quais tem aderido nosso povo, que cada vez mais tem rejeitado esse catolicismo superficial, desfigurado pelo relativismo reinante, que desorienta e causa confusão.

O que é desconcertante nessas autoridades que combatem a piedade é a atitude conivente, quando não incentivadora, de ideias e práticas completamente incompatíveis com a Verdade do Evangelho e com o ensinamento da Igreja.

Eles não aceitam um fiel comungar de joelhos e na boca, mas dão a comunhão para mulheres com vestes imorais e sensuais, com as pernas de fora, costas peladas, parte dos peitos aparecendo… sem dizer das roupas coladas e transparentes…

São estes mesmos senhores que negam aos fiéis o direto de se ajoelharem para receber Jesus Eucarístico, mas que, desobedecendo a doutrina católica, dão a comunhão a maçons, amasiados, macumbeiros, espíritas, marxistas-comunistas, etc…

São estes que querem oprimir os fiéis sob o peso de uma autoridade esmagante para impor caprichos pessoais ou ideais contrárias ao ensinamento da Igreja, mas que não querem obedecer a mesma Igreja em matérias graves.

São esses valentes que a pretexto da ”unidade” humilham e perseguem aqueles que querem ter uma vida cristã ancorada na rica tradição católica, mas que evocando a ”diversidade” defendem um ecumenismo sem pé e sem cabeça e relativizam a doutrina católica, deturpando-a e reduzindo-a de tal forma que qualquer herege se sinta à vontade perto dela.

O povo católico que já possui ou está adquirindo um conhecimento básico de sua fé, vai percebendo a distância enorme entre a verdadeira doutrina católica ensinada pelo Magistério da Igreja e o que eles têm visto e ouvido em muitas de suas paróquias e dioceses. 

A verdade germina da terra e a justiça desce do Céu


Desperta, ó homem: por ti Deus Se fez homem. Desperta, tu que dormes, levanta­-te de entre os mortos e Cristo te ilumi­nará. Por ti, repito, Deus Se fez homem.
 
Terias morrido para sempre, se Ele não nascesse no tempo. Nunca terias sido liberto da carne do pecado, se Ele não assumisse a semelhança da carne do pecado. Estarias condenado à miséria eterna, se não fosse a sua grande misericórdia. Não terias voltado à vida, se Ele não descesse ao encontro da tua morte. Terias sucumbido, se Ele não viesse em teu auxílio. Estarias perdido sem remédio, se Ele não viesse salvar-te. 

Celebremos com alegria a vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos o dia feliz, em que o grande e eterno Dia, procedente do grande e eterno Dia, veio inserir-se neste nosso dia temporal e tão breve. 

Ele Se converteu para nós em justiça, santificação e redenção, para que, como está escrito, aquele que se gloria, se glorie no Senhor. 

A verdade germina da terra: Cristo, que disse Eu sou a verdade, nasceu da Virgem. E a justiça desce do Céu: porque o homem que acredita n’Aquele que por nós nasceu não é justificado por si mesmo mas por Deus. 

A verdade germina da terra: porque o Verbo Se fez homem. E a justiça desce do Céu: porque toda a dádiva excelente e todo o dom perfeito vem do alto. 

A verdade germina da terra, isto é, a carne de Cristo é gerada em Maria. E a justiça desce do Céu, porque o homem não pode receber nada, se não lhe for concedido do Céu.

Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, porque se abraçam a paz e a justiça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, porque a verdade germina da terra. Por Ele temos acesso a esta graça em que permanecemos e nos gloriamos na espe­rança da glória de Deus. Não diz «da nossa glória» mas da glória de Deus, porque a justiça não vem de nós, mas desce do Céu. Por isso o que se gloria, glorie­-se não em si mesmo, mas no Senhor. 

Quando o Senhor nasceu da Virgem, os Anjos entoaram este hino: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. 

Como pode vir a paz à terra, senão porque a verdade ger­mina da terra, isto é, Cristo nasce da carne? Ele é a nossa paz, Ele fez de ambos os povos um só, a fim de que fôssemos homens de boa vontade, unidos uns aos outros pelo suave vínculo da unidade. 

Alegremo-nos, portanto, com esta graça, para que a nossa glória seja o testemunho da nossa consciência, e não nos gloriemos em nós mas no Senhor. Por isso diz o salmo: Vós sois a minha glória, por Vós levanto a minha fronte. Tendo um Filho unigênito, Deus tornou-O Filho do homem e, vice-versa, tornou o filho do homem filho de Deus. Que maior graça de Deus podia brilhar sobre nós? 

Procura o mérito, procura a justiça, procura a causa de tudo isto, e vê se encontras outra coisa que não seja a graça de Deus.


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

(Sermo 185: PL 38, 997-999) (Sec. V)

Mensagem de Natal aos leitores de † iCatolica.com: "Porque nasceu para nós um menino".


“Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho;
ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é:
Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz”
(Isaías 9,5).

É com imensa alegria no coração que chego até os leitores do † iCatolica.com trazendo esta mensagem de alegria para nós.


Desde a queda de Adão e Eva, o Senhor renova com a humanidade a promessa de resgatar-nos daquela situação em que o homem livremente aderiu por meio de sua desobediência.

Em Jesus Cristo, realiza-se plenamente o projeto de Deus, pois não é mais um “homem escolhido entre os homens” que vem para nos livrar da escravidão do pecado, mas o próprio Deus que decide vir pessoalmente salvar-nos!

Cristo desceu do Céu e se encarnou pelo Espírito Santo no seio de uma virgem chamada Maria e se fez homem.

Seu nascimento foi causa de muitos conflitos, mesmo assim Ele não desistiu de nós e criou um novo povo, um povo eleito, que se estende a todos os homens que aceitam livremente e aderem ao seu projeto de amor.

Não diferente daquele tempo, em cada Natal o Senhor vem até nós, e ainda recordando a sua primeira vinda, alegres e confiantes, aguardamos a segunda na qual Ele “será tudo em todos” (1Cor 15,28).

Neste Natal, o menino que vem, chega em meio a conflitos na humanidade. Recordo, neste momento, as vítimas dos inúmeros ataques causados por terroristas islâmicos que não aceitam a mensagem de salvação dada gratuitamente por Nosso Senhor. 

Santa Tarsila


Tarsila era tia de Gregório Magno, um dos grandes papas da história. Sua influência na vida de seu sobrinho foi essencial. Dela saíram grandes lições de caridade e justiça. As grandes companheiras de Tarsila eram suas irmãs, Emiliana e Jordana. 

Tarsila e Emiliana eram muito unidas, pelo fervor da fé em Cristo e pela caridade. Viviam juntas na casa herdada do pai, como se estivessem num mosteiro.Tarsila orientava a casa, auxiliada pela Palavra do Evangelho, pelo exemplo da caridade e da castidade. Dessa maneira os progressos na vida espiritual foram grandes. 

Tarsila permaneceu com a opção de vida religiosa que havia escolhido. Sempre feliz, na paz do seu retiro e na entrega de seu amor a Deus, até que foi ao Seu encontro na glória de Cristo. A tradição conta que Tarsila ouviu, na hora da morte, uma frase consoladora: "Vem, que eu haverei de te receber nestas moradas de Luz". Imediatamente pediu para que todos se afastassem dizendo: "Está chegado Jesus, meu Salvador!". 

O culto a Santa Tarsila, mesmo não sendo acompanhado de fatos prodigiosos, se manteve discreto e persistente ao longo do tempo, mostrando para nós que a santidade não precisa de fatos milagrosos. O importante é fazer bem aquilo que Deus pede de cada um de nós.



Santa Tarsila, na sua simplicidade marcastes o mundo com o selo do amor de Jesus Cristo. Daí-nos seguir seu exemplo e iluminados pelo Espírito Santo alcançar a glória do céu. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sacerdote responde a decreto de bispo que proíbe o uso do véu e das cadeias na Consagração a Nossa Senhora


Esta é a imagem da consagração após Missa (rito de Paulo VI) do último dia 8, solenidade da Imaculada Conceição, que deflagrou a ira do bispo de Uruaçu, Goiás, e o fez promulgar um decreto pomposo, afetando ortodoxia e erudição contra “qualquer tipo de Consagração a Nossa Senhora que fomente manifestações contrárias à reta praxe cristã”. Essa é a hipocrisia dos novos fariseus que fustigam os simples e devotos fiéis e fingem não ver a trave nos seus próprios olhos.

Esse posicionamento é típico de padres e bispos que não conhecem a Total Consagração à Santíssima Virgem e nem o que a Igreja diz a respeito do assunto.

Esta Consagração foi aprovada ou recomendadas por mais de 10 Papas. Indulgenciada e louvada pela Igreja, essa Consagração foi vivenciada por numerosíssimos santos.

Os Papas em seus documentos de aprovação a essa maravilhosa Consagração, sempre utilizaram os termos “escravos de Maria”, “escravidão marial” ou “escravos de Nossa Senhora”, incluindo o atualíssimo São João Paulo II. Portanto dizer que este termo está desatualizado é desconhecer o que ele significa na doutrina e na espiritualidade católica. Ou devemos concluir que alguns bispos ou padres modernos sabiam mais sobre teologia e doutrina do que os Papas que usaram esse o termo “escravo” para designar essa Total entrega a Jesus por Maria? E o que dizer de São do próprio São Paulo e outros apóstolos que nas Sagradas Escrituras se intitulam escravos (que no tempo e contexto bíblico = servo)? Neste caso teríamos também que desqualificar e criticar a expressão pela qual a própria Santíssima Virgem se designa, uma vez que apresenta como “escrava do Senhor”…

É sem sem efeito a proibição de se usar véu ou as cadeias, pois se tratam de práticas, aprovadas e louvadas pela Igreja, não cabendo portanto a padres ou bispos legislar a esse respeito. O uso do véu é bíblico e com forte referência na tradição e na prática de piedade das fiéis católicas. Até 1983 era obrigatório o uso. Com o advento do novo Código de Direito Canônico, deixou de ser obrigatório, mas não deixou de ser recomendado.

Se trata de uma peça da indulmentária da mulher católica e compete UNICAMENTE a elas a decisão de usar ou não tal peça, não dependo em nada, do consentimento ou autorização do pároco ou bispo.