A Justiça de Santa Fe (Argentina) investiga o caso de um aborto realizado no Hospital Iturraspe por uma possível negligência médica do profissional responsável e para ver se ocorreu no contexto que inclui o Código Penal.
A denúncia foi realizada por um cidadão de Santa Fe que soube através da mídia a respeito dos casos de aborto ocorridos no hospital público, no último dia 6 de julho.
Orlando Gauna viu a entrevista que ‘Somos Santa Fe’ fez ao Dr. Raul Dalla Fontana, que explicou que, em 6 de julho, duas mulheres chegaram com pouco mais de 18 semanas de gravidez ao Hospital Iturraspe.
Ambas as mulheres foram admitidas naunidade de Otorrinolaringologia e, diante do rechaço do responsável da seção, foram enviadas à Ginecologia. Como os funcionários são objetores de consciência, chegou da cidade de Rosario uma médica junto com os colaboradores externos para realizar abortos, disse Dallas.
Dallas, também presidente do Grupo Ramon Carrillo, explicou que um dos abortos não teve complicações e a paciente recebeu alta. Entretanto, o segundo aborto foi praticado em uma mulher que tinha duas cicatrizes uterinas devido a cesarianas anteriores.
A doutora que praticou o aborto usou misoprostol, medicamento contraindicado no caso de cicatrizes uterinas. O saco amniótico rasgou provocando uma hemorragia e, devido à dor intensa e à febre, a paciente teve que ser transferida no mesmo dia ao Hospital Cullen.
No centro de saúde, a mulher foi encaminhada à urgência e o aborto foi concluído. Devido à gravidade, tiveram que retirar o seu útero, seus ovários e as trompas, consequentemente ficou infértil.