domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal é encontro!




O Novo Testamento regista encontros fascinantes e decisivos entre as pessoas e Jesus. O homem moderno aprecia, valoriza e necessita de encontros, de comunicação interpessoal, de aceitação de uma presença, de uma experiência de amizade.

Natal cristão é encontro pessoal com Jesus Cristo, o amigo por excelência porque é o salvador.

No rosto de Cristo, o homem sente-se atraído para Deus e impelido para encontrar os irmãos.

No olhar de Jesus Cristo, descobrimos quem é Deus e quem nós devemos ser. Jesus é o nosso verdadeiro “eu” e fascinação da humanidade.

1. Natal é um encontro vivo. É uma experiência vital entre um eu e um tu. É um acontecimento que arrebata, fascina, transforma. Um encontro que impacta e causa assombro, admiração, encantamento.

2. Um encontro decisivo. Que o digam a samaritana, Zaqueu, Maria Madalena, Nicodemos, Paulo e os milhares de convertidos, como também, os nossos santos e mártires. Encontrar Jesus foi decisivo nas suas vidas.

3. Um encontro persuasivo. Provoca fé, opção, seguimento, rendição. Sentimo-nos conquistados por Cristo Jesus, assumimos os seus pensamentos, os seus sentimentos, os seus critérios, as suas atitudes, o seu destino.

4. Um encontro fundante. Jesus Cristo é o fundamento, a raiz, a rocha do nosso existir. Nele encontramos a verdade, a vida, o caminho, a direcção, a bússola.

5. Um encontro fascinante. Encontramos em Jesus o tesouro, a felicidade, a prioridade das nossas vidas. Ele o Primeiro e o Último. “Nada antepor a Cristo Jesus” dizia São Bento. Podemos assim conhecer Jesus internamente, amá-lo ardentemente, segui-lo generosamente e anunciá-lo corajosamente.

6. Um encontro profundo. Tal encontro acontece no íntimo do coração, cria vinculação, intimidade, amizade com o Filho de Deus. Tudo isso torna a vida bela, grande e livre. Jesus Cristo promove, eleva, enaltece a vida humana. Tão profundo é este encontro que nos permite ver Jesus, viver com Jesus, ser como Jesus e permanecer com Ele.

7. Um encontro irradiante. Trata-se de uma experiência inesquecível, envolvente e contagiante porque irradia entusiasmo, alegria, paz. Não é possível esconder o que aconteceu, pelo contrário, a divulgação, o testemunho, a missão evangelizadora torna-se irresistível. “Não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”  atestam os Apóstolos. Jesus Cristo é então seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado.

8. Um encontro fecundo. Produz frutos de conversão, transformação da realidade, promoção humana, profetismo, consciência social, opção pelos pobres, defesa da vida, implantação do reino de Deus. Não é um encontro intimista, mas, comprometedor, e transformador.

9. Um encontro libertador. Livres do mal, do egoísmo, do comodismo, podemos servir os irmãos. Percebemos que diante da idolatria, Jesus apresenta o Pai como bem supremo. Diante do erotismo, Ele pede ablação  renúncia e doação de si. Diante do individualismo, Jesus de Nazaré convoca-nos à comunhão fraterna. Diante da exclusão, ele defende os fracos e a vida digna. Diante da natureza ameaçada, O Filho de Deus fala do cuidado que o Pai tem pelas criaturas.

Neste Natal procuremos estabelecer um encontro com Jesus para superarmos o cristianismo anémico e o catolicismo pagão que acontece ao nosso redor.

O Natal deste ano tem um toque especial porque acontece dentro do Ano da Fé. Foi exatamente a fé que propiciou o encontro dos pastores e magos com Jesus, a “Criança de Belém”. Os pastores voltaram maravilhados e os magos voltaram por outro caminho, porque Jesus é o caminho, a verdade, a vida.


HÉLDER GONÇALVES

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