quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Venezuela: Cerco fechado contra Maduro após Juan Guaidó se declarar presidente



A tirania do governo Nicolás Maduro pode estar com os dias contados. Hoje, dia 23 de janeiro de 2018, os venezuelanos tomaram às ruas do país para protestar contra o regime responsável por deixar o país em pleno caos econômico e humanitário, declarando como seu legítimo presidente interino o opositor Juan Guaidó.

Guaidó é o líder do parlamento venezuelano e principal opositor ao regime de Nicolás Maduro. Se trata, portanto, de um dia histórico no país, considerando o número de manifestantes que saíram para exigir a queda de Maduro e a convocação de eleições legais pela mediação de um presidente interino.


Brasil, Estados Unidos, Canadá, Peru, Argentina, Colômbia e a Organização dos Estados Americanos já reconheceram a legitimidade de Juan Guaidó como o presidente interino da Venezuela, tornando oficial a nível diplomático (internacional) as decisões do opositor.


Na prática, isto significa a total ruptura diplomática desses países com o regime de Maduro, ao mesmo tempo que dá forças à oposição para se insurgir contra o governo, tornando Guaidó o seu legítimo presidente.

"O Senhor Juan Guaidó, Presidente da Assembleia Nacional venezuelana, assumiu hoje, 23/01, as funções de presidente encarregado da Venezuela, de acordo com a Constituição daquele país, tal como avalizado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ)", comunicou o Itamaraty nesta quarta.


"O Brasil reconhece o Senhor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela. O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela", completa o documento, segundo informações do UOL.

Padre adverte sobre "escândalo" do cuidado exagerado de animais e desprezo da vida humana





Padre Hugo Valdemar, cônego penitencieiro da Arquidiocese Primaz do México, advertiu que é um "escândalo" que se tenha um cuidado exagerado com os animais, enquanto se despreza a vida humana desde o ventre materno até a morte natural.

Em sua coluna semanal no jornal mexicano ‘Contra Réplica’, intitulada "O amor desumanizado pelos animais," Pe. Valdemar disse que, ainda que "pareça algo positivo que tenha crescido na sociedade ocidental o amor e o cuidado pelos animais, como entender esta consciência moderna em um momento em que um ser humano indefeso no útero é percebido como uma ameaça, como um estranho que vem causar desconforto e uma série de males?".

"Que sociedade é esta onde a proteção dos animais se tornou mais valiosa do que a vida humana de um nascituro?", perguntou.

O sacerdote lamentou que hoje "os idosos são vistos como um incômodo e são retirados a lugares nem sempre dignos, onde os familiares nunca mais voltam a visitá-los, ou ainda pior, a lei permite assassiná-los, chamando este ato imoral de uma morte digna”.  

O Panamá que espera o Papa Francisco



As atenções, especialmente do mundo católico, voltam-se nestes dias para o Panamá,  pequeno país que liga a América do Sul à América Central, escolhido pelo Papa em 2016 para sediar esta Jornada Mundial de Juventude. Assim, Francisco retorna ao continente americano para encontrar novamente a juventude de todo o mundo depois de 2013 no Brasil, naquela que foi sua primeira JMJ.

O pequeno país com pouco mais de quatro milhões de habitantes, 88% dos quais declaram-se católicos, preparou-se para receber o Papa Francisco e os milhares de jovens de várias partes do mundo.  Há bandeiras de JMJ, do Panamá e do Vaticano espalhadas pela cidade, e ainda obras em andamento. O evento contou com total apoio do governo panamenho. O assunto domina os noticiários.

O clima que se percebe nas ruas é de alegria e expectativa, com grupos de jovens vestindo a camiseta da JMJ e bandeiras de seus respectivos países e muitos com instrumentos musicais. Muitos destes jovens vieram da Costa Rica onde participaram da Semana Missionária.  A escolha do Papa Francisco permitiu que um maior número de centro-americanos  e do norte da América do Sul participassem desta Jornada, o que é perceptível pela quantidade de grupos vindos de El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Venezuela e Colômbia. Se facilitou para os americanos por janeiro ser período de férias, dificultou um pouco para os europeus que estão em pleno período de aulas. Os poloneses são o grupo mais numeroso, com 7.500 jovens, seguidos pelos italianos, com 1.500.

Na capital vivem quase 1 milhão e oitocentos mil habitantes. O trânsito está caótico, fato agravado pelos bloqueios nas áreas por onde o Papa Francisco passará e que acolherão os grandes eventos.  Altos prédios com arquitetura moderna e arrojada dominam a paisagem. Mas uma das atrações é o Casco Antiguo, ou Panamá Viejo, onde está o centro histórico declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Nesta “segunda cidade do Panamá” estão igrejas e monumentos históricos que remontam à época colonial. Na segunda-feira, justamente um dos programas dos jovens foi explorar este espaço.

Arquidiocese da Paraíba repudia violação de segredo de justiça em reportagem do Fantástico


A Arquidiocese da Paraíba emitiu uma nota de esclarecimento na qual assinala e repudia o fato de que uma reportagem exibida pelo programa ‘Fantástico’, da Rede Globo de Televisão, na noite do último domingo, 20 de janeiro, teria violado o segredo de justiça de um processo que ainda cabe recurso.

Na reportagem exibida pelo ‘Fantástico’, é denunciado que a Arquidiocese da Paraíba foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar uma indenização de R$ 12 milhões por exploração sexual.

Em nota, a Arquidiocese informa que foi procurada pela produção do programa no dia 16 de janeiro com uma solicitação de entrevista e assinala que “não recusou apresentar resposta, cumprindo o disposto na legislação, que impõe o segredo de justiça ao processo judicial mencionado”.

Depois que a matéria foi exibida na noite do último domingo, ressalta o texto assinado pelo Arcebispo Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, “foi constatado que a equipe de reportagem teve acesso pleno ao Procedimento Preparatório instaurado pelo Procurador do Trabalho, Eduardo Varandas”.

“A matéria informou a existência de decisão judicial de primeira instância, incluindo documentos e depoimentos exibidos e interpretados, respectivamente. Relatou, ainda, a configuração dos danos morais coletivos, assim como o critério de fixação do valor da condenação, os quais constam da Ação Civil Pública promovida na Justiça do Trabalho, e citada na reportagem, apesar do processo judicial estar sob sigilo e do seu caráter não definitivo”, acrescenta.

Embora a Arquidiocese tenha respeitado o segredo judicial no caso, a nota que leva a assinatura de Dom Frei Manoel Delson, assinala que o mesmo não foi feito pelo Procurador do Trabalho, o sr. Eduardo Varandas, que, ainda segundo o texto enviado à imprensa, teria violado “explicitamente o sigilo ao conceder indevidamente entrevista, inclusive, atribuindo à Juíza do Trabalho, que prolatou a decisão, a responsabilidade pela divulgação ilegal de informações protegidas”.

“O Procurador Eduardo Varandas afirmou que a magistrada do trabalho enviara para terceiros estranhos ao processo judicial, cópia integral da sentença de uma ação judicial que tramita em segredo de justiça, ainda, sequer alçado ao Tribunal Regional do Trabalho”.

Por isso, a Arquidiocese da Paraíba afirma que “adotará as providências cabíveis perante os órgãos competentes para apurar responsabilidades pelo flagrante desrespeito à lei e à ordem jurídica”.

Sobre o conteúdo apresentado na reportagem, a Arquidiocese “informa que foi instaurado o Processo Canônico devido, desde o recebimento da primeira denúncia, para apuração dos fatos mencionados”.

“Nitidamente, o protagonista da reportagem, o Sr. Eduardo Varandas, pinçou trechos de depoimentos prestados sem o crivo do contraditório, omitindo deliberadamente as inúmeras contradições dos depoimentos apresentados perante o Ministério Público do Trabalho e perante a Justiça do Trabalho, para conferir à matéria o enredo que mais interessava e tentar condenar previamente a Igreja Católica, sem a devida análise pela Justiça até a última instância”, diz o comunicado à imprensa da Arquidiocese paraibana.
Sendo assim, indica, “a Arquidiocese defenderá de forma veemente a aplicação do direito e confia plenamente na Justiça”.

“A matéria afirmou que a Igreja Católica na Paraíba está manchada. A Arquidiocese repele vigorosamente tal acusação, porque não existe nenhum processo judicial finalizado com decisão irrecorrível, podendo a sentença ser totalmente reformada”, completa.

Finalmente, “a Arquidiocese ressalta que sempre observou e observará pela Fé da comunidade católica, que estará acima até mesmo de desvios de conduta, reafirmando que lutará sempre para combater qualquer prática que atente contra a dignidade da pessoa humana, especialmente daqueles mais vulneráveis”.

Confira a íntegra da nota da Arquidiocese da Paraíba:

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Sabe em que momento o diabo ataca?


Eu cresci ouvindo que os três grandes inimigos da alma eram: o mundo, o demônio e a carne. Por muito tempo, falavam-se sobre o mundo e a carne; o demônio era um tabu. 

Depois de muito tempo, um sacerdote, em sua homilia, nos falou sobre o demônio. Disse ele: “devo lhes falar sobre o diabo para que estejam alertas e saibam como se defender. Não podemos viver ignorando a existência dele”.

O demônio é conhecido como “o pai da mentira”, “o tentador”, “o sedutor”. Todos sabem de sua habilidade em nos fazer cair em três tentações básicas: 

1.   A sensualidade;
2.  O afã pelo dinheiro;
3.  O orgulho.

Essas três coisas são muito perigosas. Principalmente a sensualidade. Basta que alguém ligue o computador para que apareçam imagens que você não procurou. A pornografia chega como um vírus. Isso me machuca porque cada pessoa é um templo de Deus. Seu corpo é sagrado! 

O diabo não vive os nossos parâmetros. Ele quer a sua alma e destruir a sua vida – e fará o que for possível para conseguir. Ele semeará a dúvida, a incerteza e te levará a duvidar de Deus. Mas não deixe! Você vale muito aos olhos do Senhor. 

Eu conheço pessoas que caíram nas armadilhas do diabo. A gente percebe nelas a dúvida, ao invés da certeza sobre Deus. E essas pessoas querem plantar essa dúvida em nós. Mas precisamos lembrar que a paz vem Deus; a incerteza e a angústia não!.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Vaticano: Papa suprimiu Comissão Pontifícia «Ecclesia Dei»



O Papa Francisco suprimiu hoje a Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’, cujas funções vão ser atribuídos à Congregação para a Doutrina da Fé, com a publicação de uma Carta Apostólica sob forma de “Motu proprio”.

“É suprimida a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, estabelecida em 2 de julho de 1988 com o Motu Proprio Ecclesia Dei adflicta”, lê-se na primeira deliberação do Motu próprio (carta escrita por iniciativa do Papa), do dia 17 de janeiro, publicado hoje pela Santa de Imprensa da Santa Sé.

Depois, o Papa Francisco indica que as funções da referida comissão “são atribuídos inteiramente à Congregação para a Doutrina da Fé”, onde vai ser criada “uma secção especial comprometida” em “continuar o trabalho de supervisão, promoção e proteção” até agora realizado pela “suprimida” ‘Ecclesia Dei’.

A comissão ‘Ecclesia Dei’ foi criada pelo Papa São João Paulo II, a 2 de julho de 1988, com o objetivo de “facilitar a plena comunhão eclesial” dos sacerdotes, seminaristas, comunidades ou de cada religioso ou religiosa ligados à Fraternidade São Pio X, fundada por monsenhor Lefebvre, que desejem permanecer unidos ao sucessor de Pedro na Igreja Católica, “conservando as suas tradições espirituais e litúrgicas”.

O Papa argentino observa que o trabalho da comissão foi realizado com “solicitude sincera e o cuidado louvável” mas as condições que originaram a instituição da comissão pontifícia mudaram, que os “objetivos e as questões” tratadas “são de ordem predominantemente doutrinais”.

“Que tais finalidades se tornem cada vez mais evidentes à consciência das comunidades eclesiais”, escreveu no Motu Próprio.

O Papa Francisco contextualizou que a Congregação para a Doutrina da Fé solicitou a condução direta do diálogo com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, na reunião de 15 de novembro de 2017, “por se tratarem de questões de caráter doutrinal”.

Para este caminho, Francisco destacou também os Motu próprios do agora Papa emérito Bento XVI ‘Summorum Pontificum’, 7 de julho de 2007, e ‘Ecclesiae unitatem’ que apresentou uma nova estrutura da comissão, a 2 de julho de 2009.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Palavra de Vida: «Deves procurar a justiça e só a justiça».




O Livro do Deuteronômio é uma coletânea de discursos, que Moisés pronunciou, no final da sua vida. Ele recorda as leis do Senhor às novas gerações, enquanto contempla de longe a Terra Prometida, para a qual corajosamente conduziu o povo de Israel.

Neste Livro, a “lei” de Deus é apresentada, acima de tudo, como a “palavra” de um Pai que cuida de todos os seus filhos. É um caminho de vida que Ele oferece ao seu povo, para realizar um projeto de Aliança. Se o povo seguir esta lei fielmente, por amor e gratidão, mais do que por medo dos castigos, poderá continuar a experimentar a proximidade e a proteção de Deus.

Uma das maneiras de realizar concretamente esta Aliança, recebida de Deus como uma dádiva, consiste em optar com decisão pela justiça. O fiel atua-a quando recorda com gratidão a escolha que Deus fez do seu povo e evita adorar qualquer outro deus senão o Senhor, mas também quando recusa benefícios pessoais que lhe perturbem a consciência perante as necessidades do pobre.

«Deves procurar a justiça e só a justiça».

A experiência quotidiana coloca-nos perante muitas situações de injustiça. Algumas são muito graves, especialmente sobre os mais fracos, aqueles que sobrevivem à margem das nossas sociedades. Quantos Caim exercem violência sobre o irmão ou a irmã!

A eliminação das desigualdades e dos abusos é uma exigência de fundamental justiça, e deve começar pelo nosso coração e pelos locais que frequentamos.

Todavia, Deus não realiza a sua justiça destruindo Caim. Pelo contrário, Ele preocupa-se em protegê-lo para que retome o caminho (1). A justiça de Deus consiste em dar uma nova vida.

Como cristãos, encontrámos Jesus. Ele, com as suas palavras e gestos, e especialmente com a sua vida e a luz da Ressurreição, revelou-nos que a justiça de Deus é o seu amor infinito para com todos os seus filhos.

Através de Jesus, abre-se, também para nós, o caminho para pôr em prática e difundir a misericórdia e o perdão, que são o fundamento da justiça social.

A salvação eterna é individual ou coletiva?


Deus, no Antigo Testamento, formou para si um povo, o povo de Israel. Na história desse povo, Deus preparou a salvação para toda a humanidade. E a Igreja é o novo Israel. Por isso, vivemos algumas certezas maravilhosas de nossa fé. Veja só

Cremos, sim, que a salvação é individual e que cada um de nós prestará contas de sua fidelidade ao Evangelho, quando Jesus voltar para julgar os vivos e os mortos, e nós repetimos isso no Credo, ao longo dos séculos. Cristo, porém, quis que sua Igreja fosse sinal de salvação para toda a humanidade. Por isso mesmo, os batizados são o novo povo de Deus, nascido das águas do Batismo. E podemos afirmar, sem medo de erro, que na Igreja ninguém se salva sozinho, porque o testemunho cristão arrasta as pessoas para o povo de Deus.