Padre Hugo Valdemar,
cônego penitencieiro da Arquidiocese Primaz do México, advertiu que é um
"escândalo" que se tenha um cuidado exagerado com os animais,
enquanto se despreza a vida
humana desde o ventre materno até a morte natural.
Em sua coluna semanal no
jornal mexicano ‘Contra Réplica’, intitulada "O amor desumanizado pelos
animais," Pe. Valdemar disse que, ainda que "pareça algo positivo que
tenha crescido na sociedade ocidental o amor e o cuidado pelos animais, como
entender esta consciência moderna em um momento em que um ser humano indefeso
no útero é percebido como uma ameaça, como um estranho que vem causar
desconforto e uma série de males?".
"Que sociedade é
esta onde a proteção dos animais se tornou mais valiosa do que a vida humana de
um nascituro?", perguntou.
O sacerdote lamentou que
hoje "os idosos são vistos como um incômodo e são retirados a lugares nem
sempre dignos, onde os familiares nunca mais voltam a visitá-los, ou ainda
pior, a lei permite assassiná-los, chamando este ato imoral de uma morte
digna”.
No final de outubro de
2018 o deputado Nazario Norberto Sánchez, do partido Morena, o mesmo partido do
presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, propôs que os animais sejam
considerados como "parte de uma família" e que possam "herdar os
bens de seus proprietários".
Os deputados do partido
de López Obrador também promovem iniciativas para legalizar o aborto no México.
"Qual é a patologia
que se apropria de uma humanidade que despreza os seus semelhantes e dá falsos
direitos aos animais dando a eles uma dignidade que parece superar a
humana?", questionou o sacerdote mexicano.
"Não nos enganemos,
este amor pelos animais e desprezo pelos seres humanos é uma desumanização
escandalosa, é uma descristianização disfarçada de compaixão. Jesus nunca pediu
para amar os animais como a si mesmo, mas ao próximo. Os animais foram criados
por Deus para o serviço ao homem e não o homem para o serviço aos
animais", disse.
Pe. Valdemar lamentou
que, "para muitos casais, os animais de estimação ocupam o lugar das
crianças que não quiseram ter".
Também se perguntou
"quantos cuidados veterinários são considerados suficientes" e se
"deve exigir aos donos dos cachorros que garantam tratamentos de
quimioterapia, cirurgias caras e cuidados paliativos para prolongar a sua
vida".
"Animais não são
seres humanos, nem nunca serão, não importa o quanto são amados e
mimados", assegurou.
Para Pe. Valdemar,
"é um escândalo esta preocupação crescente com os animais de estimação e o
desprezo e ódio que despertam as crianças que, por estarem dentro do ventre
materno, não são consideradas pessoas e sequer são protegidas como são
protegidos os animais".
"Essa ideologia
dirigida agora pelo partido é, ao contrário do que parece, desumanizada e
absolutamente anticristã", denunciou.
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ACI Digital
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