As
atenções, especialmente do mundo católico, voltam-se nestes dias para o
Panamá, pequeno país que liga a América do Sul à América Central,
escolhido pelo Papa em 2016 para sediar esta Jornada Mundial de Juventude.
Assim, Francisco retorna ao continente americano para encontrar novamente a
juventude de todo o mundo depois de 2013 no Brasil, naquela que foi sua
primeira JMJ.
O pequeno país com pouco
mais de quatro milhões de habitantes, 88% dos quais declaram-se católicos,
preparou-se para receber o Papa Francisco e os milhares de jovens de várias
partes do mundo. Há bandeiras de JMJ, do Panamá e do Vaticano espalhadas
pela cidade, e ainda obras em andamento. O evento contou com total apoio do
governo panamenho. O assunto domina os noticiários.
O clima que se percebe
nas ruas é de alegria e expectativa, com grupos de jovens vestindo a camiseta
da JMJ e bandeiras de seus respectivos países e muitos com instrumentos
musicais. Muitos destes jovens vieram da Costa Rica onde participaram da Semana
Missionária. A escolha do Papa Francisco permitiu que um maior número de
centro-americanos e do norte da América do Sul participassem desta
Jornada, o que é perceptível pela quantidade de grupos vindos de El Salvador,
Nicarágua, Costa Rica, Venezuela e Colômbia. Se facilitou para os americanos
por janeiro ser período de férias, dificultou um pouco para os europeus que
estão em pleno período de aulas. Os poloneses são o grupo mais numeroso, com
7.500 jovens, seguidos pelos italianos, com 1.500.
Na capital vivem quase 1
milhão e oitocentos mil habitantes. O trânsito está caótico, fato agravado
pelos bloqueios nas áreas por onde o Papa Francisco passará e que acolherão os
grandes eventos. Altos prédios com arquitetura moderna e arrojada dominam
a paisagem. Mas uma das atrações é o Casco Antiguo, ou Panamá
Viejo, onde está o centro histórico declarado Patrimônio da Humanidade pela
UNESCO. Nesta “segunda cidade do Panamá” estão igrejas e monumentos históricos
que remontam à época colonial. Na segunda-feira, justamente um dos programas
dos jovens foi explorar este espaço.
Mas eles também se
dirigiram em grande número para outra atração e principal fonte da economia do
país - ao lado das atividades internacionais bancárias: o Canal do Panamá, que
liga o Oceano Atlântico ao Pacifico, sendo a rota por excelência da navegação
comercial.
Para ver a importância
estratégica da localização geográfica do Panamá, basta recordar que foi fundado
em 1519 como base para as expedições ao Império Inca, tornando-se a rota de
passagem do ouro e da prata que os espanhóis extraíam da América do Sul. No ano
de 1671, a cidade foi incendiada por piratas, sendo completamente destruída e
reconstruída 8 km mais longe da cidade original.
Em 1821 o Panamá ficou
independente da Espanha unindo-se à República da Colômbia, da qual declarou-se
independente em 13 de novembro de 1903. No mesmo ano, assinou com os Estados
Unidos o tratado para a construção de um canal para a navegação transoceânica,
que ficou pronto em 1914. Em 1977 foi assinado um novo tratado que previa a
retirada dos estadunidenses da administração do canal até o ano 2000. Se por um
lado perdeu os 300 milhões de dólares de financiamento anual, por outro com
esta transferência, o Panamá pôde ficar com os recursos cobrados pelas
travessias dos navios.
A Diocese de Santa Maria
de Antigua foi fundada em 9 de setembro de 1513, com a Bula “Pastoralis Officii
Debitum” do Papa Leão X. Foi a primeira na área do continente, tendo como
primeiro bispo Dom Juan de Quevedo O.F.M. Atualmente o rebanho é de 1.727.000
católicos distribuídos em 94 paroquias. O arcebispo da Cidade do Panamá é Dom
José Domingo Ulloa Mendieta.
A recordar, que São João
Paulo II visitou o Panamá em março de 1983. O Papa Wojtyla que é um dos
padroeiros desta JMJ, ao lado de Santa Rosa de Lima, São Oscar Romero, São João
Bosco, São José Sanchez del Río, beata María Romero Meneses, São Juan Diego e
São Martin de Porres.
Da Cidade do Panamá para
a Rádio Vaticano, Jackson Erpen
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