A tirania do governo Nicolás
Maduro pode estar com os dias contados. Hoje, dia 23 de janeiro de 2018, os
venezuelanos tomaram às ruas do país para protestar contra o regime responsável
por deixar o país em pleno caos econômico e humanitário, declarando como seu
legítimo presidente interino o opositor Juan Guaidó.
Guaidó é o líder do parlamento venezuelano e principal
opositor ao regime de Nicolás Maduro. Se trata, portanto, de um dia histórico
no país, considerando o número de manifestantes que saíram para exigir a queda
de Maduro e a convocação de eleições legais pela mediação de um presidente
interino.
Brasil, Estados Unidos, Canadá, Peru, Argentina, Colômbia e a
Organização dos Estados Americanos já reconheceram a legitimidade de Juan
Guaidó como o presidente interino da Venezuela, tornando oficial a nível diplomático
(internacional) as decisões do opositor.
Na prática, isto significa a total ruptura diplomática desses
países com o regime de Maduro, ao mesmo tempo que dá forças à oposição para se
insurgir contra o governo, tornando Guaidó o seu legítimo presidente.
"O Senhor Juan Guaidó, Presidente da Assembleia Nacional
venezuelana, assumiu hoje, 23/01, as funções de presidente encarregado da
Venezuela, de acordo com a Constituição daquele país, tal como avalizado pelo
Tribunal Supremo de Justiça (TSJ)", comunicou o Itamaraty nesta quarta.
"O Brasil reconhece o Senhor Juan Guaidó como presidente
encarregado da Venezuela. O Brasil apoiará política e economicamente o processo
de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela",
completa o documento, segundo informações do UOL.
O desfecho desse levante popular ainda é incerto, tendo em
vista o autoritarismo do regime bolivariano de Maduro, que pode acionar tropas
militares e a justiça (aparelhada) contra os opositores. Todavia, o número de
manifestantes demonstra força e pode converter o apoio militar a Maduro em prol
do interesse popular.
O fato é que diplomaticamente Maduro se encontra
"cercado" por seus vizinhos, mais do que nunca sob a tutela de alguém
que se declara presidente legítimo do país, um avanço significativo que poderá
colocar no chão o falido sistema socialista venezuelano.
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Opinião
Crítica
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