O arcebispo Carlo Maria Viganò publicou hoje
sua impressionante carta endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, alertando-o de que as atuais crises do coronavírus e das revoltas
relacionadas ao caso George Floyd são parte de uma batalha espiritual eterna
entre as forças do bem e do mal. Ele encoraja o presidente a continua sua luta
no lado dos “filhos da luz”.
Leia a carta na íntegra:
Senhor presidente,
Nos meses recentes temos testemunhado a
formação de dois lados opostos que eu gostaria de chamar de bíblicos: os filhos
da luz e os filhos das trevas. Os filhos da luz constituem a parte mais
conspícua da humanidade, enquanto os filhos das trevas representam uma minoria
absoluta. Ainda assim, estes são objeto de uma característica que os põe numa
situação de inferioridade moral em relação a seus adversários, os quais
frequentemente ocupam posições estratégicas no governo, na política, na
economia e na mídia. De maneira aparentemente inexplicável, os bons têm sido
mantidos prisioneiros dos débeis e daqueles que os ajudam por interesse ou por
medo.
Esses dois lados, que têm uma natureza
bíblica, seguem a separação clara entre a estirpe da Mulher e a estirpe da
Serpente. De um lado estão aqueles que, embora tendo milhares de defeitos e
fraquezas, são motivados pelo desejo de fazer o bem, de ser honesto, de criar
uma família, de atuar no trabalho, de trazer prosperidade à sua pátria, de
ajudar os necessitados, e, em obediência à Lei de Deus, de merecer o Reino dos
Céus. Do outro lado estão aqueles que servem a si próprios, que não possuem
quaisquer princípios morais, que desejam destruir a família e a nação, explorar
os trabalhares para se tornarem injustamente ricos, fomentar divisões internas
e guerras, e acumular poder e dinheiro: para eles a ilusão falaciosa do
bem-estar temporal irá algum dia, se não se arrependerem, lucrar-lhes o
terrível destino que os aguarda, distante de Deus, na danação eterna.
Na sociedade, sr. presidente, essas duas
realidades opostas coexistem como inimigas eternas, assim como Deus e satanás
são inimigos eternos. E, ao que parece, os filhos das trevas – que podemos
facilmente identificar pelo deep state ao qual o senhor sabiamente se opõe e
que tem lançado uma poderosa guerra contra si nesses dias – decidiram mostrar
suas cartas, por assim dizer, revelando desta vez seus planos. Eles aparentam
estar tão certos de já terem tudo sob controle que deixaram de lado aquela
circunspecção que até agora dissimulava ao menos em parte suas verdadeiras
intenções. As investigações já em curso revelarão a verdadeira natureza
daqueles que que lidaram com o surgimento do Covid não apenas no setor da saúde
mas também na política, na economia e na mídia. Descobriremos, provavelmente,
que nessa operação colossal de engenharia social há pessoas que decidiram o
destino da humanidade, advogando a si mesmas o direito de agir contra a vontade
dos cidadãos e de seus representantes nos governos das nações.
Também descobriremos que as revoltas nesses
dias foram provocados por aqueles que, vendo que o vírus está inevitavelmente
arrefecendo e que o alarde social da pandemia está minguando, necessariamente
necessitaram provocar distúrbios civis, porque eles seriam seguidos de uma
repressão que, embora legítima, pudesse ser condenada como uma agressão injusta
contra a população. O mesmo também vem ocorrendo na Europa, em perfeita
sincronia. Está bastante claro que o uso dos protestos de rua é um instrumento
aos propósitos daqueles que gostariam de ver eleito nas próximas eleições
presidenciais alguém que assuma os objetivos do deep state e que expresse fiel
e convincentemente esses fins. Não causaria surpresa se dentro de alguns meses
víssemos mais uma vez que por detrás desses atos de vandalismo e violência há
aqueles que almejam lucrar com a dissolução da ordem social de modo a construir
um mundo sem liberdade: Solve et Coagula, como ensina o adágio maçônico.