sábado, 30 de maio de 2020

Coronavírus: como iremos à missa agora?



Tendo ultrapassado o “pico” de infecções do Covid-19, lentamente volta-se à normalidade, para levar uma vida sem confinamentos, embora tudo ocorra de maneira escalonada, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde e que todos os países aceitaram.

O mesmo vale para a reabertura de templos, igrejas e adoração. Há um grupo de países que reabriram normalmente. São os países cujo índice de pessoas infectadas pelo coronavírus é muito baixo ou inexistente e a mortalidade praticamente nula. Boa parte desses países está na Ásia, onde começou a pandemia. São os casos de Coreia do Sul, Japão, Vietnã. Há ainda Chile, Panamá e Polônia, Paraguai, Israel, entre outros.

Nas próximas duas semanas, os templos também serão abertos em quase todos os países europeus, como Espanha, França, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, Bélgica, Holanda e alguns Estados dos Estados Unidos e América do Sul. A abertura será feita tomando precauções para evitar o ressurgimento da pandemia.

Acima de tudo, devemos destacar o exemplo e a dedicação de padres, religiosos e religiosas durante o confinamento, levando os sacramentos, sempre que possível, às famílias doentes e confinadas. Também deve ser destacado o grande trabalho de voluntários de paróquias e organizações católicas.

Foi exemplar ver como as novas tecnologias foram usadas para trazer paz, esperança e fortalecer a fé a todos os fiéis que não puderam ir às igrejas. Além disso, numerosos templos, embora sem culto público, abriram suas portas para que os fiéis pudessem rezar mantendo distância e seguindo as diretrizes dadas pelas autoridades durante o confinamento.

Nós checamos boa parte dos documentos emitidos pelas diferentes conferências episcopais durante o coronavírus. Os bispos seguiram as instruções de saúde das autoridades civis e cooperaram com elas.

Agora muitos estão tratando com seus governos civis a reabertura, seguindo todos os protocolos de segurança.

Quanto ao culto, algumas conferências – não todas – aconselharam a tomar as seguintes precauções por razões de segurança e prevenção à saúde: 

dar a comunhão à mão; não comungar com as duas espécies (isto é, não beber o sangue de Jesus Cristo do cálice); a omissão da saudação da paz apertando as mãos e substituindo-a por uma inclinação da cabeça; manter distância de dois metros entre as pessoas nos bancos; aumentar o número de missas para que todos possam comparecer; evitar o uso de água benta na porta dos templos; se possível, que as igrejas disponibilizem álcool gel na entrada dos tempos.

Em todos os templos abertos, ou através de plataformas digitais, foram feitas orações a Deus e à Santíssima Virgem para pedir o fim da pandemia, seguindo o que o Papa Francisco já fez: ele rezou pedindo a intercessão da Virgem Salus Populi Romani.

Os bispos das Filipinas, por sua vez, decidiram consagrar as ilhas e todo o povo ao Imaculado Coração de Maria. A cerimônia acontecerá no dia 13 de maio, festa da Virgem de Fátima e aniversário da primeira aparição da Virgem aos três pastorinhos. Os bispos filipinos seguem o caminho da consagração que os bispos dos Estados Unidos e do Canadá fizeram à Virgem Maria em 1º de maio.

No domingo de Páscoa, o Conselho Episcopal da América Latina e do Caribe (CELAM) consagrou suas respectivas nações a Nossa Senhora de Guadalupe.

Como estamos no mês de maio, um mês dedicado à Virgem Maria, em muitas dioceses o Santo Rosário é transmitido on-line, como o Papa solicitou. É o caso de Miami, de onde são rezados três terços por dia.

O Paraguai dedicou suas orações e seu oferecimento à Virgem de Caacupé. Em Cuba estão realizadas peregrinações virtuais este mês. Na China, a Igreja, embora perseguida, ajudou a dar máscaras aos necessitados, além de alimentos e cuidados para os mais necessitados.

Os bispos africanos, reunidos na conferência dos bispos da África e Madagascar (SECAM), em Nairobi (Quênia), sob a presidência do cardeal Philippe Ouedraogo, de Burkina Faso, pediram orações e terços pelo fim da pandemia.

Em suma, a fidelidade ao Papa Francisco e a coordenação com as autoridades civis foram as duas diretrizes seguidas por conferências episcopais em todo o mundo, facilitando ao máximo os sacramentos e a assistência espiritual e humana aos fiéis de todo o mundo.
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Aleteia

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