terça-feira, 4 de agosto de 2020

Brasil tem mais de 415 padres com Covid-19; 21 morreram



O boletim divulgado na sexta-feira, 31 de julho, pela Comissão Nacional de Presbíteros (CNP), vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), registra 415  padres diocesanos contaminados com o  novo coronavírus, um aumento de mais de 11% em relação ao último levantamento publicado dois dias antes que registrou 368 padres contaminados. O boletim informa ainda que 21 religiosos faleceram em decorrência da covid-19.

Os dados foram consolidados com base em consulta aos 18 regionais da CNBB, que abarcam 278 circunscrições religiosas do país (dioceses e arquidioceses). Os números, contudo, podem ser maiores, uma vez que o levantamento focou apenas nos padres diocesanos. No levantamento, não consta os padres ligados às congregações religiosas.

O regional Sul 1 da CNBB, que compreende o Estado de São Paulo, com 45 circunscrições religiosas, registrou o maior número de padres,  72, infectados pelo novo coronavírus, mas com apenas 1 morte.  O regional Norte 2 da CNBB, que compreende os estado do Pará e Amapá, registra o maior número de mortes, ao todo 6, em decorrência da doença. 

A morte do senhor “cala a boca” e o semideus togado



Na década de 90 era comum crianças e adolescentes responderem a seus iguais com um sonoro “cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu!” Não sei se a geração atual tem esse costume. Creio que não. A maioria deve chorar e consumir-se em “depressão” com smartphone e vídeos do pervertido Felipe Neto. Lembrei-me disso depois dos últimos acontecimentos do totalitário STF e, mais precisamente, Alexandre de Moraes, o semideus togado que eventualmente atua como Ministro cujo o sonho é colocar todos sob sua “divina” capa preta.

Bom, antes de mais nada é óbvio, é claro, é ululante que o semideus togado não quer perseguir “fake news” — ele é absolutamente indiferente a isso. Ele ficou ofendidinho pelas críticas recebidas; “vaidade das vaidades, tudo é vaidade”(Ecl 1,2). Se as críticas são caluniosas e injuriosas, já há dispositivos para que os caluniadores sejam punidos. Mas não é isso: feriram seu orgulho e como resposta iniciou perseguição aos opositores. O semideus togado não persegue “fake news”, ele persegue opositores, pessoas.

Que há mentiras e mentirosos no direitismo ninguém dúvida, assim como há mentiras e mentirosos no esquerdismo, e em qualquer outra vertente ideológica. Entretanto, essa cruzada contra as “fake news” é tão-somente ideológica, sem compromisso nenhum com a verdade; porque se fosse um real combate ao erro e à mentira encontraria largo apoio entre os católicos. Mais, nessa matéria de perseguir “fake news”, há um gravíssimo problema: quem definirá o que é ou não notícia falsa? No caso presente, a “vítima” das “fake news” é também o acusador e o juiz — e o semideus, claro. Mas dorante, obviamente, não será um “tribunal” orientado pela lei natural e a verdade histórica, mas um “tribunal” composto por “jornalistas” maconheiros formados na UFRJ e mães de pet cuja vida se resume a busca por lacração, usar drogas e fazer sexo. Estamos, pois, diante de uma ferramenta ideológica para perseguir opositores e afastar ainda mais as pessoas da verdade.

Independentemente do apreço que se tenha pelas verdadeiras vítimas dessa perversa perseguição, devemos todos mostrar solidariedade para com eles, e também nos atentar para o que está ocorrendo, porque se as coisas seguirem esse ritmo, muito em breve dizer verdades de fé será “fake news”. Dizer que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, dizer que a Igreja Católica foi instituída por Cristo e que não há salvação fora dela, será não só “intolerância religiosa”, mas “fake news”. Dizer que a Idade Média foi um luminoso período na história, será não só obscurantismo, mas “fake news”. Hoje o semideus togado persegue e prende jornalistas e youtubers que o criticam, amanhã serão os católicos que dizem verdades de fé e proclamam sua fé publicamente.

Como resposta ao totalitarismo togado e à loucura ideológica das “fake news” os direitistas que são as primeiras vítimas — e, infelizmente, muitos católicos — têm gritado: “isso é uma afronta à liberdade de expressão”, “exigimos liberdade de expressão” e coisas do tipo. Ludwig von Mises, uma referência econômica do direitismo diz: «O primeiro requisito para uma ordem social melhor é o retorno à liberdade irrestrita de pensamento e expressão». Será isso verdade? A liberdade de expressão, e mais, a irrestrita liberdade de expressão, é um bem e fundamento da ordem social?

Não. A liberdade de expressão entendida como “o direito de qualquer um dizer o que quiser”, não é um bem, antes um mal. E como mal não é um fundamento da ordem social, mas um corruptor dessa mesma ordem. Os fundamentos da ordem social são verdade, justiça e liberdade — mas essa última só existe unida à verdade e à justiça. Portanto, a liberdade de expressão só tem valor e é moralmente boa quando unida à verdade e à justiça. 

sábado, 1 de agosto de 2020

Fake News



“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós em pele de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes”, nos advertiu Jesus (Mt 7, 15). Profeta é aquele que fala em nome de Deus. Deus é a verdade. E toda verdade vem de Deus. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo14,6). “Eu vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo o que é da verdade, escuta a minha voz”, disse Jesus a Pilatos (Jo 18, 37).

Sendo Deus a verdade, quem fala em seu nome deve falar só a verdade. Se fala mentira, é um falso profeta. O pai da mentira é o diabo (cf. Jo 8,44).       

A mentira atualmente recebeu um nome jornalístico moderno, um anglicismo: “fakenews”, isto é, notícia falsa. Há mesmo uma CPI das “fakenews”, procurando quem divulga essas falsidades.

A nossa inteligência, pela sua natureza, é dirigida para a verdade e só para a verdade; daí que ela só pode ser atraída pela mentira, se essa tiver algo ou aparência de verdade. Caso contrário não atrairia a inteligência. Por isso, a pior mentira é a que se parece com a verdade, ou que tem um pouco de verdade. E tanto pior quanto mais se parece com ela. Daí que a advertência de Jesus para termos cuidado com os falsos profetas, que, sendo lobos, vêm vestidos de pele de ovelhas, se refere às mentiras que têm aparência de verdade. 

Grupo de padres divulga carta com críticas a Bolsonaro



Um grupo de padres divulgou nesta quinta-feira, 30, uma carta em "apoio e adesão" aos bispos que assinaram um documento com críticas ao governo de Jair Bolsonaro com o nome de "Carta ao Povo de Deus". O texto com a assinatura de 152 bispos e arcebispos brasileiros, foi divulgado na última segunda-feira, 27, e ainda será analisado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A carta dos padres, intitulada "Caminhamos na Estrada de Jesus", que já tem cerca de mil adesões, afirma que o documento dos bispos "representa nossos pensamentos e sentimentos". Os padres ainda afirmam que a carta é "uma leitura lúcida e corajosa da realidade atual à luz da fé".

Os padres também criticaram o governo do presidente Jair Bolsonaro. "Sabemos que os que nos governam têm o dever de agir em favor de toda a população, de maneira especial, os mais pobres. Não tem sido esse o projeto do atual Governo". Desta forma, eles declaram também estarem "profundamente indignados com ações do Presidente da República em desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também com a da 'nossa irmã, a Mãe Terra', e tantas ações que vão contra a vida do povo e a soberania do Brasil". 

Mensagem de pesar do Papa pelo falecimento do Bispo de Palmares



O Papa Francisco enviou uma mensagem para a Diocese de Palmares, em Pernambuco, manifestando pesar pelo falecimento do bispo, dom Henrique Soares da Costa. O religioso morreu no último dia 18, aos 54 anos, vítima da Covid-19.

No texto, assinado pelo, cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Pontífice, Francisco estende sua solidariedade “ao povo pernambucano” e a todos que seguiam o bispo nas redes sociais. “O Santo Padre me confiou à Diocese de Palmares da sua solidariedade nesta hora de tristeza e orfandade pela morte de seu zeloso pastor que por seis anos apascentou procurando dar pleno cumprimento aos desígnios de Deus”, diz.

Francisco aproveita para encorajar todos os que se beneficiaram do incansável apostolado de dom Henrique “a honrar a sua memória dando continuidade à missão evangelizadora da Igreja no Brasil”.

A mensagem ainda traz a exortação do Pontífice para “a comunidade diocesana seguir o rastro de paz e bem por ele deixado, sabendo que não caminha só, mas com Cristo seu Senhor”. Por fim, Francisco “envia ao clero, aos consagrados e fiéis leigos de Palmares uma confortadora bênção apostólica”.

Confira a íntegra da mensagem de condolências do Papa Francisco por ocasião da morte de dom Henrique:

Carta de bispos amplia racha na CNBB sobre relação com governo Bolsonaro



Em meio a posições críticas e de defesa de membros da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em relação ao atual governo, um novo capítulo reforçou a divisão interna no grupo religioso. Depois de uma ala juntar-se a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para criticar as ações de Jair Bolsonaro e, em seguida, um outro grupo participar de uma live com o próprio presidente sugerindo apoio, uma carta assinada por 150 bispos reforçou o racha na instituição.

No documento, os bispos afirmam que o país passa por um dos períodos mais difíceis de sua história causado por uma crise de saúde, um "colapso econômico" e uma "tensão sobre os fundamentos da República" que, segundo a carta, é provocada em grande medida pelo presidente Jair Bolsonaro e por outros setores da sociedade.

"O sistema do atual governo não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma "economia que mata", centrada no mercado e no lucro a qualquer preço", afirma o documento.

Entre os signatários estão dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém, e o arcebispo de Manaus, dom Leonardo Ulrich. Chamou a atenção a presença, entretanto, de alguns integrantes não necessariamente alinhados à ala mais progressista da CNBB, como dom Alberto, de Belém. O bispo é um dos principais nomes da Renovação Carismática Católica no Brasil, com muitos sacerdotes alinhados ao governo Bolsonaro.

O documento, porém, não foi bem recebido pela ala de padres mais conservadores. Os bispos que assinaram o documento queriam publicá-lo no último dia 22, mas o GLOBO apurou que uma oposição interna de bispos mais conservadores levou o grupo a aguardar uma análise do conselho permanente da CNBB.

Um dos signatários, em conversa com o GLOBO, afirmou que o que os levou a escrever a carta foi a preocupação com a situação atual do país, mas que o documento não tem caráter partidário ou político-ideológico. O sacerdote destacou ainda que há bispos de diversas correntes entre os signatários. Segundo ele, esse não é o posicionamento de progressistas ou conservadores, mas de pastores preocupados.

A carta indica uma divisão interna cada vez maior dentro da Igreja. No ano passado, o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor de Oliveira, foi eleito para a Presidência da CNBB em meio a uma disputa interna entre as alas conservadores e progressistas. Walmor é visto como um sacerdote de perfil moderado, capaz de circular entre os dois campos. Entretanto, nos últimos meses, a temperatura interna subiu, junto com o aumento da tensão política em Brasília. 

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Presidente da Colômbia é censurado na justiça por expressar Fé Católica no twitter



Em uma decisão que está causando espanto, indignação e provocando uma forte reação contra ela, o Tribunal Superior de Cali, na Colômbia, ordenou ao presidente Iván Duque que retire dentro de 48 horas de sua conta pessoal no Twitter uma mensagem no que mencionou a Virgem de Chiquinquirá, padroeira do país.

A mensagem do Presidente foi publicada em 9 de julho, 101º aniversário da coroação canônica dessa dedicação mariana como padroeira do país sul-americano:



Um cidadão pediu que seus direitos ao secularismo do Estado, liberdade de culto e separação entre Estado e Religião fossem protegidos, e a Corte em questão concordou com ele, afirmando que “ embora a opinião [do presidente] tenha sido anunciada em uma conta pessoal , o fato é que o conteúdo postado no mesmo deixa o sentimento e a confusão para a comunidade, porque lá você realiza todas as ações exibidas pelo governo, em vez de apreciações e itens de natureza pessoal”. 

O cristianismo não define patologias sexuais



A despeito de haver, historicamente, inúmeras culturas intolerantes à diversidade do comportamento sexual ao redor do mundo, alguns grupos de psicólogos brasileiros que “estudam o assunto” inexplicavelmente ignoram este fato.

De fato, eles parecem enxergar um Brasil ilhado, isolado do mundo, onde a religião cristã fez parte de uma suposta conspiração tríplice (cristãos, médicos e sexólogos) encarregada de “definir” o homossexualismo como uma “patologia”, palavra esta que, aliás, não é sinônimo de doença; significa, originariamente e tão somente, o ESTUDO do sofrimento e das doenças.

Para esses “experts” da história brasileira, os médicos psiquiatras norte-americanos, em franca conspiração e conluio com cristãos e sexólogos, se reuniam com vistas a marginalizar e banir pessoas da sociedade, mediante certo manual segregacionista denominado DSM. Eu pessoalmente desconheço a edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais que contém, além dos critérios diagnósticos psiquiátricos e científicos, argumentos ou definições que pareçam oriundos da opinião de padres ou pastores.

Em contrapartida, a Bíblia dos cristãos não se parece em nada com um dicionário. Nas passagens onde o texto bíblico aborda a sexualidade, o faz dentro de um contexto geral e com uma linguagem muito diferente da comunicação científica.

Não vejo como a interpretação das Escrituras Sagradas possa ser comparada ao modo como encontram-se definições de assuntos em particular, como numa enciclopédia. Imagino, portanto, que não existam fontes ou referências bibliográficas que provem que este então chamado “cristianismo” tenha julgado certos comportamentos sexuais como uma “patologia”.

Não vejo evidências de que este cristianismo tenha definido como “doença” um comportamento sexual até porque, para os cristãos, todos são pecadores e por isso ninguém, além de Deus, deve julgar o próximo.

Assim, se existem indivíduos cristãos intolerantes a este ou aquele comportamento, não é a sua religiosidade que deve ser combatida e sim seu comportamento pessoal, uma vez que já existem dispositivos legais no chamado “Estado laico” para garantir a liberdade de orientação sexual.

Em outras palavras, nenhum cristão deve pagar pela intolerância de outro cristão, assim como nenhum homossexual deve ser punido porque outro homossexual não tolera o cristianismo. Simples assim.