Um grupo de padres divulgou nesta
quinta-feira, 30, uma carta em "apoio e adesão" aos bispos que
assinaram um documento com críticas ao governo de Jair Bolsonaro com o nome de
"Carta ao Povo de Deus". O texto com a assinatura de 152 bispos e
arcebispos brasileiros, foi divulgado na última segunda-feira, 27, e ainda será
analisado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A carta dos padres, intitulada
"Caminhamos na Estrada de Jesus", que já tem cerca de mil adesões,
afirma que o documento dos bispos "representa nossos pensamentos e
sentimentos". Os padres ainda afirmam que a carta é "uma leitura
lúcida e corajosa da realidade atual à luz da fé".
Os padres também criticaram o governo do
presidente Jair Bolsonaro. "Sabemos que os que nos governam têm o dever de
agir em favor de toda a população, de maneira especial, os mais pobres. Não tem
sido esse o projeto do atual Governo". Desta forma, eles declaram também
estarem "profundamente indignados com ações do Presidente da República em
desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também com a da 'nossa
irmã, a Mãe Terra', e tantas ações que vão contra a vida do povo e a soberania
do Brasil".
"Nós, 'Padres da Caminhada', 'Padres
contra o Fascismo', diáconos permanentes e tantos outros padres irmãos,
empenhados em diversas partes do Brasil a serviço do Evangelho e do Reino de
Deus, manifestamos nosso agradecimento e apoio aos bispos pela Carta ao Povo de
Deus", escreveram.
Na carta, os padres ainda se solidarizaram com
as famílias vítimas da covid-19 e criticaram a condução da pandemia. "Próximos
de atingir 100 mil mortos nesta pandemia, é inadmissível que não haja neste
governo um Ministro da Saúde, que possa conduzir as políticas de combate ao
novo coronavírus", escreveram.
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Terra
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