quarta-feira, 19 de agosto de 2020

O que faz a Igreja Católica para ajudar mães estupradas e seus bebês?



A Igreja Católica mantém uma vasta rede de obras de ajuda a mães desamparadas, inclusive vítimas de estupro, e, obviamente, aos seus filhos inocentes. Infelizmente, a existência desse trabalho é ignorada pela assim chamada “grande mídia” – que provavelmente não teria dificuldades em investigar e divulgar essas iniciativas caso tivesse real interesse.

Os muitos exemplos incluem redes internacionais de apoio, casas de acolhimento para gestantes, acesso a cuidados médicos e psicológicos, reposicionamento profissional, orfanatos para crianças cujos pais não estão presentes por uma grande gama de circunstâncias…

Separamos a seguir três exemplos no Brasil e um no Peru, para ficarmos apenas na América do Sul.

1 – Missão Católica Fiat Mihi (Campinas, Brasil)


A expressão latina “Fiat mihi” (pronunciada “fíat míki“) significa “Faça-se em mim“. É a primeira parte da frase “Fiat mihi secundum verbum tuum“, ou seja, “Faça-se em mim segundo a tua palavra“, respondida por Nossa Senhora ao Arcanjo Gabriel quando ele veio lhe anunciar que ela conceberia o Filho de Deus. É a frase, portanto, com a qual Maria aceita a vontade de Deus com fé, esperança e amor.

Vem daí o nome de um apostolado católico nascido em Campinas, cidade do Estado brasileiro de São Paulo, com foco na cultura da vida e no fortalecimento da família: é a Missão Fiat Mihi, ou, simplesmente, Missão Fiat. Faça-se!

O apostolado realiza iniciativas de formação e sensibilização em temas ligados à sacralidade da vida humana e da família, bem como atividades de espiritualidade. E, indo além, também põe os ensinamentos em prática: uma das obras da missão consiste em acolher e amparar gestantes em risco de abortamento, defendendo alternativas que respeitem a vida. Este aspecto tem se tornado, de modo especial, uma das grandes características da Missão Fiat.

Ela abrange:

Atendimento e acompanhamento

Atendimentos a gestantes com risco de abortamento, através de contatos pessoais, telefônicos e/ou por mídias sociais.

Acompanhamento nos casos de desistência de aborto, auxiliando, orientando e assistindo a gestante desamparada e/ou em risco social.

Aconselhamento e acompanhamento pós-aborto, para mulheres que já praticaram o aborto e que hoje precisam de ajuda emocional e espiritual.

O público-alvo deste conjunto de iniciativas são as mulheres grávidas com intenção de abortar e/ou que já abortaram.

Casa de acolhida

Acolhimento a gestantes, mães e bebês.

Acompanhamento médico, psicológico, jurídico, espiritual.
Oficinas de artesanato.

Campanhas de doações de enxoval, fraldas, alimentos, leite etc.

O público-alvo desta iniciativa são mulheres que desistiram do aborto e precisam de amparo e acolhimento.

Saiba mais sobre a Missão Fiat no site do apostolado: http://missaofiat.com.br/

Faça um gesto concreto pela vida e ajude financeiramente a Missão Fiat Mihi, acesse: https://apoia.se/sejaumsimavida

2 – Casa Pró-Vida Mãe Imaculada (Paraná, Brasil)


A Casa Pró-Vida Mãe Imaculada se dedica a atender mulheres grávidas em risco de aborto, oferecendo-lhes todo suporte, de acordo com a necessidade da mãe (podendo ser material, jurídico, médico e espiritual) e com o objetivo de salvar vidas. Além disso, a Casa também acolhe mulheres que já abortaram e necessitam de cura interior.

A Casa oferece ainda educação continua para formar divulgadores da cultura da vida (pró-vidas) e apoio às paróquias e outras instituições que tenham interesse em promover a conscientização da dignidade de toda pessoa humana e dos direitos inalienáveis que esta possui. 

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Em vídeo, médico abortista de Recife exorta colegas a informar a “como tomar” medicamentos abortivos ilegalmente


O obstetra Olímpio Moraes, Profissional do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e responsável pelo aborto da menina de 23 semanas de São Mateus (ES) e dos gêmeos de Alagoinha (2009), não só parece ignorar a norma técnica do Ministério da Saúde que proíbe o aborto em caso de estupro após as 22 semanas de gestação, como também, em vídeo vazado, exorta publicamente outros médicos a realizarem o procedimento mesmo fora dos casos não punidos pela lei.

No vídeo, Olímpio, que é ativista pela legalização total do aborto no Brasil há anos (tendo inclusive participado das audiências públicas no STF sobre a ADPF 442), diz que: “Se foi uma relação consentida, não houve violência, você tem que dar informação. Nós profissionais de saúde, pessoas, nós, não podemos negar informação. Nós temos de dizer tudo: o aborto é ilegal e por ser ilegal tem riscos, mas vamos minorar seus riscos, dizer como é que faz, orientar ela. O aborto é ilegal? É. Mas como é que toma? Tem que dizer. A gente tem que orientar ela para não morrer. É nosso papel. É um direito humano (sic) em formação.”

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Manipular para fazer avançar: o caso do aborto!



Já falamos por aqui uma das estratégias mais abjetas e, ao mesmo tempo, mais eficazes – justamente porque tem suas origens na astúcia do próprio Satanás – que é utilizada para fazer com que uma agenda específica avance. Outros exemplos poderiam ser dados, certamente, observando o mesmo modus operandi em outras áreas e ações. A televisão é a campeã número 1 em fazer esse tipo de joguete: trata-se de manipular as pessoas através de suas emoções, fazendo com que adiram a determinadas manifestações e causas por sentimentalismo.

Precisamos dizer, por mais óbvio que seja, que certo “sentimentalismo” não é ruim em essência. É necessário que nos indignemos com os males do mundo, é necessário que soframos em consonância com Cristo as dores pelas quais o mundo também passa. Isso é, para usar uma palavra da moda, o que popularmente se chama de empatia, que para o Catolicismo ganhará o nome de Caridade. Aquela mesma Caridade que São Paulo vai dizer que é o “vínculo da perfeição” na carta aos Colossenses (3,14) e que dirá ainda em Coríntios (13,13) ser suprema a todas as outras maiores virtudes, permanecendo mesmo após a nossa morte.

Esse tipo de “sentimentalismo” – que, na verdade, é a Caridade, o sofrer por amor as dores de outrem – nunca deixará de ser, inclusive, uma via segura de salvação dos homens, a lei suprema deixada por Nosso Senhor ao dizer que devemos amar incondicionalmente (Jo 13,34). É característica própria dos cristãos, uma maneira imediata de reconhecê-los, como nos mostra o mesmo Cristo (Jo 13,35).

Acontece, entretanto, que os filhos das trevas, os cães de Satanás, não descansam um único segundo de seus intentos malignos e, por malícia e astúcia, sabem se valer das coisas criadas por Deus para perverter os homens. Foi o que aconteceu ontem com o caso da menina de dez anos, estuprada pelo tio desde os seis, que foi levada a fazer o aborto de seu bebê de cinco meses. O caso aconteceu na pequena cidade de São Mateus, no Espírito Santo.

Aqui, não percamos de vista: estamos falando do estupro sistemático de uma menina de dez anos cometido por um familiar. É um crime tão abjeto, uma violência tão inimaginável, que nunca saberemos bem o tanto de sofrimento e dor que essa menina, divulgada apenas como K., passou em sua breve vida. Seu corpo e sua alma foram maculados e profanados de uma maneira indelével, sabemos bem. É o tipo de coisa que brada aos céus por reparação e justiça. Em nenhum momento minimizaremos isso e em nenhum momento deixaremos de lutar para que, na justiça de Deus e na justiça dos homens, o estuprador seja punido devidamente por seus atos.

Pois bem. Sabendo desse caso tão absurdo, movimentos feministas e “pró-escolha” – uma palavra moderninha para “abortista”, “assassino”, “infanticida” ou outras similares – organizaram-se para induzir a criança a cometer o aborto do bebê que crescia em seu ventre. Aproveitaram-se da fragilidade da menina e do caos da situação para transformar o cenário em uma bandeira ideológica muito bem orquestrada, articulada e mascarada. Vamos a uma breve cronologia:

– Procuraram a criança sorrateiramente e incutiram nela que “o que crescia” em sua barriga precisava ser retirado porque era a continuação dos estupros.

– Com a avó da criança, convenceram-na de que o aborto era a melhor solução para que a violência não fosse mais lembrada. Afinal, o bebê vivo seria a recordação perene dos estupros e do estuprador.

– Foram à justiça pedir pela “interrupção da gravidez” (um eufemismo mesquinho e demoníaco para aborto) alegando que era o que a menina queria.

– Internaram a criança para o procedimento do aborto no Espírito Santo, alegando que era uma questão de saúde e que a menina de dez anos poderia sofrer, dentre outras coisas, de diabetes gestacional. Alegavam ainda que corria severo risco de morte porque poderia desenvolver diabetes gestacional.

– Na opinião pública, igualmente serva de Satanás, começaram uma campanha de mobilização para o caso, acompanhando cada passo da história.

Até aqui, já é possível perceber claramente a estratégia implantada. Basta seguir o fio do novelo:

– Que criança de dez anos tem consciência para compreender o que é um aborto, quais as suas consequências, qual o procedimento a ser realizado e o que mais está envolvido em todo o processo? Mais do que isso, que criança de dez anos ESTUPRADA durante quatro anos pode responder a isso?

– Que avó, ao saber que seu filho estuprou a própria sobrinha durante anos e que agora ela engravidou, não ficaria transtornada com a notícia? Nesse quadro, qual o grau de consciência e raciocínio em que ela está para decidir algo tão grave?

– Que juiz – compreendendo ainda a atual formação marxista de nossas universidades – não ficaria “comovido” com o caso e não aceitaria os pedidos dos advogados pelo aborto? Afinal, o juiz seria o único nesse caso que poderia dar “um fim” a toda a dor.

– E, por fim, o mais importante: que homem ou mulher poderia ter conhecimento de todo o caso e não ficar indignado com tudo o que aconteceu? Não sofrer junto com essa menina, por “empatia”? Seria necessário ser algum psicopata para não se compadecer da menina. 

Bispo médico fala da gravidez de menina violentada dos 6 aos 10 anos



Dom Antônio Augusto, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, publicou a sua posição quanto ao doloroso e chocante caso da menina brasileira de 10 anos que engravidou em decorrência de violência sexual. Ela acusou o próprio tio de tê-la violentado desde que tinha 6 anos.

O bispo, que também é médico formado pela USP, questionou o aguerrido engajamento de movimentos pró-aborto para desestimar os movimentos pró-vida como se a defesa da vida da menina e do bebê fosse um ato de “insensibilidade” ao trauma do estupro. Dom Antônio definiu a pressão pró-aborto como “ditadura da ideologia da morte”.

Ele observou que os médicos de Vitória, capital do Espírito Santo, respeitaram “a sua profissão toda ela voltada para a defesa da vida e alívio do sofrimento”, recusando-se a realizar o aborto. A menina-mãe foi então levada para Recife, onde o aborto foi realizado na manhã desta segunda, 17.

Dom Antônio Augusto, cuja mensagem foi divulgada neste domingo, 16, no contexto da solenidade da Assunção de Nossa Senhora, lamentou a violência contra as duas crianças e o silêncio dos poderes executivo, legislativo e judiciário no tocante à defesa de ambas as vidas. O bispo foi além: questionou até mesmo a omissão de membros da Igreja:

“Onde estão os bispos que dizem que querem o povo protegido? Onde estão os padres que tanto falam dos direitos humanos e das legítimas exigências do bem comum? Protejam essa menina. Ela já sofreu muito. Cuidem dela, pois, embora seja uma gravidez de risco, não significa que é uma gravidez de risco de morte. É uma gravidez que nos leva a arriscar-nos no amor e na justiça para proteger as duas vidas. Todas as vidas importam; contudo, importam muito mais as vidas das crianças. Nesse caso, a da mãe, de 10 anos de idade, e a do bebê, o seu filho já com 5 meses e meio de vida”. 

Padre desvenda técnica dos abortistas utilizada no caso da menina de 10 anos



Tenho acompanhado o caso da menina de dez anos que foi violada por um parente e teve uma gravidez como resultado da violência sexual. A absurdidade da situação causa em todos nós uma justificada comoção, a qual pode, porém, ser usada de modo a obscurecer uma análise atenta e racional dos fatos.

Gostaria de chamar a atenção para alguns detalhes:

1. O movimento que visa a expansão da prática do aborto adota como técnica retórica a sistemática invisibilização do bebê. E a razão disso foi explicitamente declarada pela então presidente das “Catholics for Choice”, Frances Kissling, na entrevista que concedeu a Rebecca Sharpless em 2002, Washington DC:

“Quando você contrapõe um feto contra uma mulher, a mulher perde. Você sabe disso. Bebês contra mulheres, os bebês vencem”.

2. Ora, no caso concreto deste fim de semana, todo o noticiamento silenciou cuidadosamente o fato de que o bebê estava com 23 semanas de gestação, ou seja, quase seis meses. Tratava-se de um bebê já formado.

3. O objetivo deste silenciamento era: – fazer o aborto acontecer às pressas, através de uma autorização judicial, para conseguir-se um precedente; – manter a opinião pública imobilizada ou confusa, concentrando todas as atenções sobre a violência sexual, fazendo apelo aos sentimentos de revolta da população; – amordaçar todos os pró-vidas como fanáticos, fundamentalistas, obscurantistas que querem apenas salvar a vida de um bebê, a despeito da vida da mãe. 

Nota em defesa da vida





“Escolhe, pois, a vida.” (Dt 30,19)

Prezados presbíteros, diáconos, religiosos(as) e povo santo de Deus,

Que o Espírito Santo de Deus brilhe em vossos corações e vos conceda os seus dons, para discernir sempre a mensagem do Evangelho e que ela vos traga saúde e paz!

Diante dos fatos acontecidos na cidade de São Mateus, estado do Espírito Santo, com grande repercussão nacional, onde uma menina de 10 anos vinha sendo violentada sexualmente, há alguns anos, resultando numa gravidez; diante dos diversos posicionamentos que tem gerado a possibilidade do aborto; e ainda, diante da confusão de pensamentos ou julgamentos de alguns cristãos favoráveis ao aborto, como Pastor desta Igreja Particular de São Mateus-ES, “devo pregar e ensinar ao povo a fé e ainda estar vigilante para afastar os erros que ameaçam a fé” (Vaticano II, Constituição Lumen Gentium, n.25). Quero lhes dirigir através desta nota, umas palavras orientadoras e firmes, que ajudem cada um a discernir com clareza a voz do Espírito, através dos representantes do Senhor Jesus.

Minha tarefa, como defensor da vida, é orientá-los sobre a Doutrina da Igreja e de seu Magistério a respeito. De acordo com o Magistério da Igreja, segundo a moral católica, a defesa da vida humana desde sua concepção é um princípio imprescindível.

Estas palavras do Papa Francisco, ilustram claramente o que desejo lhes dizer: “É necessário reiterar a mais firme oposição a qualquer atentado direto contra a vida, de modo especial a inocente e indefesa, e o nascituro no ventre materno é o inocente por excelência” (Discurso à plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina, em 28/02/14). E ainda nas palavras do Papa Emérito Bento XVI: “O aborto nunca pode ser justificado, por mais difíceis que sejam as circunstâncias, que levam a alguém a considerar uma medida tão grave” (No Vaticano, em 19/11/07).

Diz ainda o Magistério da Igreja: “A vida humana deve ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento da sua existência, devem ser reconhecidos a todo o ser humano os direitos da pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo o ser inocente à vida (cf. Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução Donum vitae, 1, 1). “Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi: antes que saísses do seio da tua mãe, Eu te consagrei” (Jr 1, 5). “Vós conhecíeis já a minha alma e nada do meu ser Vos era oculto, quando secretamente era formado, modelado nas profundidades da Terra” (Sl 139, 15).

No que se refere ao aborto provocado em algumas situações difíceis e complexas, é válido o ensinamento claro e preciso do Papa São João Paulo II: “É verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um caráter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas estas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente” (Evangelium vitae, 58).

A proteção da vida humana, desde a concepção, não exclui de forma alguma uma atitude de compaixão, misericórdia e proteção para com o drama da criança estuprada. Mas humanamente falando, não se repara um mal com outro mal. O inocente não pode receber pena maior do que o culpado, ou seja, não pode de forma alguma receber alguma pena.

Assim, pois, meus queridos irmãos e irmãs,  minha palavra hoje é que deveis lembrar ao nosso povo que “o direito à vida de cada ser humano inocente, nascido ou não nascido e que se aplica a todas as pessoas sem nenhuma exceção”, como falou ainda o Papa Emérito Bento XVI aos bispos de Quênia, na África, presentes no Vaticano para a Visita ad limina. 

A bondade de Deus tem limites?



A tendência da natureza humana decaída pelo pecado original é ver Deus de maneira unilateral, amando-O não como Ele é de fato, mas como gostaríamos que ele fosse. E, ademais, contemplar exclusivamente aquelas qualidades divinas que não contundem o nosso errado modo de ser. E tudo isso porque a visualização verdadeira de Deus exige uma conversão.

“Deus é tão bondoso, Ele vai ter pena desse pobre coitado”. Quantas vezes ouvimos essa máxima utilizada para justificar ações erradas e pecaminosas. Pecados horrorosos, públicos e advertidos, que são cometidos por esse “pobre coitado” que não quer nem ouvir falar de Deus, de religião e de Igreja. Devemos odiar o pecado e amar o pecador; isso é real, mas, antes de amar o pecador, devemos amar a Deus que é ofendido pelo pecador e ter “pena” do Divino Ofendido.

Devemos amar a Deus porque Ele pune o pecado, e não apenas porque premeia a virtude.

Façamos uma pequena viagem, reportando-nos aos tempos em que a sociedade era governada por monarcas, muitos dos quais, santos. Estamos em uma corte onde mora o rei, nobre varão, que ama seus súditos como filhos, e é amado por todos como verdadeiro pai.

Certo dia, velando pela harmonia de seu reino e atendendo aqueles que vinham apresentar algum problema e pediam o auxílio do rei, apresentou-se, um homem, realmente atormentado, que deixava entrever em seu olhar um ódio assanhado contra o rei, a nobreza, e tudo quanto havia de superior à sua pessoa. Nem mesmo a bondade imensa do olhar da rainha-mãe, que estava ao lado do rei e derramava torrentes de carinho sobre aquele pobre coitado, foi capaz de mudar seu coração odioso.

Após dizer algumas palavras ao santo monarca, não se conteve esse miserável, e, aproveitando-se de uma distração da guarda real, atirou-se sobre a rainha e, desferindo alguns golpes, deixou-a ferida, a ponto de escorrer seu nobre sangue. Rapidamente foi imobilizado pelos guardas e posto diante do rei.

O que fará o monarca? Terá pena desse pobre coitado e despedirá impunemente o agressor de sua bondosa mãe? Mas, não era ele tão misericordioso, será o caso de punir esse coitado? 

Coleta para o sustento dos cristãos que vivem na Terra Santa será em 13 de setembro



Igrejas que ajudam outras Igrejas, em uma rede contínua de fraternidade. Esta é uma marca registrada da comunidade cristã em todo o mundo. Mas há uma para o qual a ajuda recebida das Igrejas do planeta assume um valor único. É aquela que tem as suas raízes - as pedras da sua história, os espaços de sua geografia - diretamente no Evangelho. É a Igreja dos Lugares Santos, de Jerusalém, Belém, Nazaré, que a cada ano reserva uma ajuda específica assegurada pela Coleta para a Terra Santa, recolhida em todas as comunidades eclesiais na Sexta-feira Santa. Um costume não observado este ano em função da pandemia.

Nova data para um dia solene

Em abril passado, quando a crise de Covid-19 havia transformado em deserto as paróquias de muitos países europeus - tradicionalmente na vanguarda da Coleta - o Papa Francisco havia aprovado a proposta de adiar esta coleta de ofertas para 13 de setembro de 2020. Uma data, explica o padre franciscano Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, escolhida “porque é o domingo mais próximo da festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos aqui em Jerusalém – explicou ele - com particular solenidade, para recordar até que ponto chegou o amor do Filho de Deus por nós: a ponto de dar a vida na Cruz, pela nossa salvação”.