Pelo menos 45 peregrinos de todo mundo que participaram em julho da JMJ no Rio de Janeiro pediram refúgio ao Brasil por se sentirem perseguidos em seus países, informou nesta quinta-feira o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).
De acordo com o Acnur, os pedidos partiram de cidadãos que alegaram serem alvos de perseguição religiosa, conflitos e guerras em seus países de origem. No comunicado, o Acnur informa ainda que a Caritas Arquidiocesana de São Paulo registrou cinco pedidos de cidadãos da Serra Leoa, da República Democrática do Congo e do Paquistão.
A Jornada Mundial da Juventude, que contou com a presença do Papa Francisco, recebeu cerca de 3 milhões de jovens de todo o mundo.
De acordo com o protocolo para pedidos de asilo, as solicitações devem ser analisadas pelo Comitê Nacional para Refugiados, Conare, ligado ao Ministério da Justiça. O processo conta ainda com uma entrevista na Polícia Federal por parte dos candidatos a asilo, e só depois é anunciada uma decisão sobre o caso.
O Acnur revelou que pelo menos 12 peregrinos, no Rio de Janeiro, alegaram terem sofrido perseguição religiosa em seus países pelo fato de serem cristãos. Um jovem de 24 anos, da Serra Leoa, mostrou as cicatrizes e ferimentos causados por grupos anticristãos em seu país. Ele disse também que o pai foi assassinado na nação africana pelo fato de professar a fé em Jesus Cristo.
O representante do Acnur no Brasil, Andrés Ramirez, disse que a agência vai acompanhar os casos, uma vez que os pedidos com base em perseguição religiosa são mais complexos para análises.
Os solicitantes de refúgio estão sendo assistidos, hospedados e alimentados provisoriamente por voluntários da Igreja Católica e por autoridades municipais.
A concessão do refúgio permitirá que esses peregrinos recebam uma ajuda financeira mensal e que realizem cursos de português e de capacitação profissional gratuitamente.
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Fonte: Rádio Vaticano
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