O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta, classificou como “ofensa para o povo brasileiro” e “vilipêndio para os cristãos” a publicação de uma charge pelo jornal britânico ‘The Guardian’ na qual o Cristo Redentor aparece segurando um saco de dinheiro em uma das mãos e uma arma na outra e pediu que a imagem seja respeitada.
A imagem ilustrou uma longa reportagem, cujo título era “Operação Lava Jato: seria esse o maior escândalo de corrupção da história?”. No texto, fala-se sobre o cenário político e econômico brasileiro dos últimos anos e os casos de corrupção no país.
Em entrevista ao telejornal ‘RJTV’, da Rede Globo, o Cardeal Tempesta ressaltou que “o Cristo Redentor é símbolo de uma nação e também símbolo de uma fé”.
De acordo com o Purpurado, “ao representar o Redentor desta forma, o ‘The Guardian’ ofende o povo brasileiro, porque isso é uma ofensa para o povo”. Além disso, indicou “é um vilipêndio para os cristãos, porque Cristo ensinou exatamente o contrário, ensinou que a gente devia amar o próximo, fazer bem ao outro e ser despojado”.
O Arcebispo disse ser “lamentável” que alguém não saiba “respeitar o povo brasileiro, nem os cristãos”. “Nós lamentamos muito isso e pedimos que seja respeitada a imagem de Cristo”, acrescentou.
Por sua vez, o reitor do Santuário do Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, disse ser “muito agressivo” o desenho publicado pelo jornal britânico. O sacerdote defendeu que “o povo brasileiro não pode ser caracterizado por ser um povo violento e um povo que traz a corrupção na sua origem”.
Ao contrário, salientou que “nós somos um povo trabalhador e nós merecemos o nosso respeito, e o respeito que passa também pelo reconhecimento internacional”.
“Estamos procurando uma fase de resiliência e não podemos admitir, de forma alguma, que fiquemos caracterizados mundialmente”, afirmou o sacerdote, reforçando que “um desrespeito à imagem do Cristo Redentor é um desrespeito ao povo brasileiro”.
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ACI Digital
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