O ministro de Interior
do Egito, Magdi Abdel Ghaffar, aconselhou os cristãos a diminuírem suas visitas
e celebrações litúrgicas em igrejas e mosteiros como medida de segurança para
evitar que se tornem vítimas de atentados terroristas como os que ocorreram no Domingo de Ramos.
Segundo
informou a agência vaticana Fides, a sugestão foi expressa pelo ministro
durante uma reunião realizada na quinta-feira, 8 de junho, com os responsáveis
máximos da segurança das províncias egípcias nas quais há maior risco de ações
terroristas contra a população civil e as forças militares e policiais.
Em seu discurso
difundido pelos meios de comunicação egípcios, Ghaffar confirmou que as igrejas
e mosteiros estarão no centro das medidas de segurança nesses momentos de
emergência, em coordenação com a comunidade e as autoridades eclesiais.
Entretanto,
a agência Fides assinalou que esta recomendação “parece contradizer os chamados
recentes – expressados pelos responsáveis das políticas egípcias para o turismo
– que tem por objetivo promover” o Egito “como um lugar de peregrinação para
todos os cristãos do mundo, seguindo os passos da Sagrada Família”, que, como
relata a Bíblia, refugiou-se neste país para salvar o Menino Jesus da
perseguição de Herodes.
No Domingo
de Ramos deste ano, o Estado Islâmico (ISIS) realizou dois atentados contra
templos cristãos no Egito, causando ao menos 45 mortes. O primeiro atentado
aconteceu na igreja copta de São Jorge, em Tanta. Uma
segunda explosão se deu minutos depois na igreja de Morkoseya, em Alexandria.
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ACI Digital
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