quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Quaresma em novo confinamento



O ano passado fomos apanhados a meio da Quaresma naquilo que é designado como o primeiro confinamento, que durou de 15 de março (3.º domingo da quaresma) até 31 de maio (domingo do Pentecostes)…

Há quase um ano atrás a surpresa causou medo…o medo gerou suspeita… a suspeita provocou dúvida…a dúvida fez mudar os comportamentos…essa mudança trouxe novas formas de estar em sociedade… essas formas, maioritariamente, foram fechando as pessoas, que se vem tornando mais egoístas, desconfiadas e mesmo interesseiras… umas para com as outras e até para com Deus.

Para encontrarmos pistas de reflexão sobre tudo isto, que nos tem estado a acontecer desde os finais de março do ano passado, vamos cingir-nos a aspetos, desta vez, mais de ordem da dimensão espiritual, não esquecendo as suas manifestações no âmbito cristão/católico… onde se podem incluir algumas iniciativas programadas para este longo tempo de suspensão das celebrações religiosas reformuladas, bem como as necessárias implicações deste longo ‘deserto’ a que fomos confinados por obrigação sanitária e sentido cívico.

a) Linguagem, postura e comunicação

Não podemos usar uma linguagem demasiado do liturguês, porque os não-iniciados não compreendem nem tão básica sem isso possa parecer que os mistérios se reduzem a expressões banais; a postura se é de ver o rosto e as suas expressões, o uso da máscara, para além de ser desnecessário, tal a distância das pessoas umas em relação às outras, inviabiliza qualquer expressividade por muito simples que esta se possa verificar; comunicação é bem diferente de falar para ouvintes e para telespectadores ou internet-ouvintes, estes estão perto embora longe, mas querem ter uma mensagem que possa ser pessoal, próxima e adequada às suas circunstâncias… ou, então, desligam ou procuram quem lhe fale de forma mais do que vazia!

Pôr no ar missas como se estivesse presente uma assembleia presencial não é o mesmo que estar a celebrar para uns poucos – mesmo que representativos – de serviço. Aquelas missas não são ‘teatro’, mas também não podem ser feitas sem cuidado nem menos boa imagem. Mostrar o que se faz é, claramente, diferente de fazer o que se quer mostrar. Há códigos de comunicação e de duração para cada um dos momentos, não se pode, por isso, fazer-de-conta que tudo é igual e com a idêntica valorização. Vamos aprendendo com os erros?

Iraque: Igreja Católica prepara-se para receber Papa Francisco



A Igreja Católica no Iraque está a preparar-se para receber o Papa Francisco, de 5 a 8 de março, numa visita que é vista como sinal de esperança para o futuro, após anos de violência no país.

D. Nathanael Nizar Samaan, arcebispo da diocese siro-católica de Hadiab, no Curdistão iraquiano, sublinha que a comunidade cristã “é pobre, pequena, sem poder político, mas certamente é uma Igreja viva” e “enriquecida também pelo testemunho daqueles que passaram por perseguições”.

“Aqui há um futuro também para nós”, acrescenta, em declarações ao portal ‘Vatican News’.

O programa da primeira viagem internacional do Papa desde novembro de 2019 inclui uma Missa no Estádio de Erbil, para milhares de pessoas – apesar das limitações impostas pela pandemia.

“Será o único evento no programa da visita papal com multidões”, aponta D. Nathanael Nizar Samaan.

A assembleia deve reunir participantes do Curdistão iraquiano e deslocados provenientes de Mossul e da Planície de Nínive; a liturgia será celebrada em rito latino, com cânticos em árabe e aramaico.

Vaticano: medidas de contenção da Covid-19 estão causando uma erosão mundial da liberdade religiosa



O Secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, Dom Paul Richard Gallagher, disse ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em 23 de fevereiro, que na resposta global à pandemia do coronavírus há uma erosão do direito à liberdade religiosa.

Nesta terça-feira em uma mensagem de vídeo, Dom Gallagher indicou que a Santa Sé reitera "a urgência de proteger o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião", especialmente as crenças e expressões religiosas, que estão " no cerne da dignidade da pessoa humana em sua consciência".

O Prelado assinalou que "a resposta global à pandemia da Covid-19 revela que esta sólida compreensão da liberdade religiosa foi corroída".

“A Santa Sé gostaria de sublinhar que, como reconhecido em numerosos instrumentos de direitos humanos, a liberdade de religião também protege seu testemunho público e expressão, tanto individual quanto coletivamente, pública e privada, em formas de culto, observância e ensino” adicionou.

Dom Gallagher explicou que o respeito pelo "valor intrínseco" do direito à liberdade religiosa requer que as autoridades políticas se comprometam os com líderes religiosos, organizações religiosas e líderes da sociedade civil comprometidos com a promoção da liberdade de religião.

“Em meio à atual pandemia da Covid-19, algumas medidas implementadas pelas autoridades públicas para garantir a saúde pública dificultaram o livre exercício dos direitos humanos”, afirmou.

O Prelado explicou que muitas pessoas em situação de vulnerabilidade, tais como idosos, migrantes e crianças “foram desproporcionalmente afetados pela crise atual” e indicou que qualquer limitação “para o exercício dos direitos humanos para a proteção da saúde pública deve derivar de uma situação de estrita necessidade”.

“Estas limitações devem ser proporcionais à situação, aplicadas de forma não discriminatória e utilizadas somente quando outros meios não estiverem disponíveis”, acrescentou.

Homem falece de joelhos diante do altar em igreja no México



A Cidade do México ficou comovida com a história de Juan, um homem de 60 anos que entrou em uma igreja para rezar e que, estando de joelhos, morreu em poucos minutos, em frente ao altar. Nessa mesma tarde, o pároco celebrou a Missa de exéquias acompanhado por vários paroquianos.

A informação oficial indica que Juan entrou na paróquia Jesus Sacerdote, em Tlalpan, por volta do meio-dia de domingo, 21 de fevereiro, se ajoelhou em frente ao altar e morreu logo depois, cerca de 45 minutos antes do início da Missa da tarde no primeiro domingo da Quaresma.

O sacristão avisou ao pároco, Pe. Sajid Lozano, que chamou uma ambulância, mas “havia vários sinais que indicavam que não podíamos mais fazer nada, que ele já havia falecido”, disse.

Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o Pe. Lozano disse que “Juan veio com suas próprias pernas para a sua Missa de corpo presente. Que é a morte dos justos, uma morte sem sofrimento”.

“Juan teve a fortaleza e o ânimo de vir à casa de Deus para dar o seu último suspiro”, acrescentou.

Segundo a revista Desde la Fe, da Arquidiocese do México, pouquíssimas pessoas conheciam Juan, mas comovidos, participaram da Missa de exéquias.

A polícia e os paramédicos "nos disseram que a morte ocorreu devido a um infarto fulminante e que não havia sinais de violência", indicou o sacerdote ao meio mexicano. Informou também que as autoridades lhe deram permissão para continuar suas atividades e lhe sugeriram encontrar algum familiar de Juan.

Um jovem que passou perto da igreja identificou o corpo e depois acompanhou as autoridades até a casa da família. Lá, encontrava-se o filho do falecido, que comovido pela notícia, foi até a paróquia Jesus Sacerdote e participou da Missa de exéquias.

Seu pai foi coberto com um lençol branco em sinal de respeito. A Missa foi realizada com a permissão da polícia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Bispos alemães pedem que ensinamento do Catecismo sobre homossexualidade seja mudado



Um bispo alemão defendeu publicamente seu apoio a um livro de bênçãos e ritos para as uniões homossexuais, juntando-se a outros prelados alemães que pressionam por uma mudança no ensinamento da Igreja sobre a homossexualidade.

O Bispo de Mainz (Alemanha), Dom Peter Kohlgraf, também sugeriu que não se pode esperar que todos os católicos com inclinações homossexuais vivam castamente e que a Igreja deveria adotar uma abordagem pastoral que reconheça isso.

“Muitas pessoas que têm atrações homossexuais pertencem à Igreja e são verdadeiramente piedosas no melhor sentido da palavra”, escreveu Dom Peter Kohlgraf em sua coluna intitulada “Não ignorar a ciência”, publicada em 3 de fevereiro no jornal diocesano e também no site da diocese.

“Sobre a exigência de castidade: o que significa na perspectiva das pessoas que vivenciam a atração pelo mesmo sexo? Penso que poucos deles considerariam esta exigência como discreta e respeitosa, porque - como também reconhece o Catecismo - esta inclinação não é auto-selecionada”.

O livro de bênçãos, intitulado “Paare. Riten. Kirche. "(Casais. Ritos. Igreja), é uma publicação de Bonifatiusverlag, uma editora afiliada à Arquidiocese de Paderborn. O livro também contém um prefácio de Dom Ludger Schepers, Bispo Auxiliar de Essen.

Dom Kohlgraf confirmou, no dia 3 de fevereiro, que membros de sua equipe diocesana participaram da produção do livro e expressaram seu apoio à publicação. Ele também disse que logo "percebeu" que já existiam muitas formas de bênçãos para os casais homossexuais “e que continuariam existindo” depois de sua nomeação como Bispo de Mainz em 2017.

Dom Kohlgraf é o último de uma série de prelados alemães a pedir publicamente mudanças na postura da Igreja sobre a homossexualidade. Também houve chamados semelhantes na vizinha Áustria. Um livro foi publicado em maio de 2020 sobre como os casais homossexuais podem receber uma bênção litúrgica formal de sua união na Igreja Católica, e um autor chamou-o de uma resposta a um pedido do comitê litúrgico da Conferência Episcopal Austríaca.

Os bispos alemães que até agora expressaram publicamente seu apoio à bênção das uniões do mesmo sexo incluem o Arcebispo de Munique Freising, Cardeal Reinhard Marx; o Bispo de Osnabrück, Dom Franz-Josef Bode; e o Bispo de Dresden-Meißen, Dom Heinrich Timmerervers

Dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, em dezembro de 2020, pediu mudanças na seção sobre homossexualidade do Catecismo da Igreja Católica, promulgado por São João Paulo II, em 1992, como um guia oficial para os ensinamentos da Igreja.

De acordo com a CNA Deutsch – agência em alemão do Grupo ACI - Dom Bätzing disse que achava que era necessária uma mudança no Catecismo, expressando abertura às bênçãos homossexuais. O Prelado disse que “precisamos de soluções para isso”.

O Catecismo diz: “Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves a Tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados”.

Em seguida, acrescenta: " Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição”.

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”, diz o Catecismo.

CNA Deutsch informou que Dom Bätzing sugeriu várias vezes que a próxima Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre o tema da sinodalidade poderia ajudar a implementar as mudanças propostas pelos bispos alemães e pelo “Caminho sinodal” do país, não apenas na Alemanha, mas em toda a Igreja Católica.

O “Caminho Sinodal” é um processo que reúne leigos e bispos alemães para discutir quatro questões principais: a forma como se exerce o poder na Igreja, a moral sexual, o sacerdócio e o papel da mulher.

Aqueles que exigem uma mudança no ensinamento e na prática da Igreja argumentam que isso é necessário à luz da "nova evidência científica" sobre a sexualidade humana. O caminho sinodal é baseado no estudo “MHG” sobre abuso sexual. CNA Deutsch informou sobre as críticas de especialistas católicos ao estudo.

Áudios de Padre Robson de Oliveira sugerem conduta suspeita em investigação de corrupção



Uma série de áudios obtidos do celular de Padre Robson de Oliveira, ex-reitor do Santuário do Pai Eterno e membro da Congregação dos Padres Redentoristas, indicam uma conduta suspeita do sacerdote em corrupção, organização criminosa e até mesmo pagamento de suborno a autoridades.

Os áudios constam em material apreendido em uma operação do Ministério Público, em agosto do ano passado e foram exibidos este domingo, 21, no programa televisivo ‘Fantástico’, da Rede Globo, contendo conversas gravadas secretamente pelo próprio sacerdote. Os áudios passaram por perícia técnica que comprova ser próprio o padre falando.

Padre Robson passou a ser investigado na Operação Vendilhões, deflagrada em agosto de 2020, acusado de delitos de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e falsidade ideológica, todos eles cometidos na Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), da qual era fundador e presidente.

Segundo investigadores, em dez anos, teriam sido movimentados 2 bilhões de reais, e compras de patrimônios incondizentes com a natureza evangelizadora da associação como fazendas, um avião e uma casa de praia.

Após as primeiras denúncias, o sacerdote redentorista, que até então era reitor do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), e presidente da Afipe se afastou das duas funções.

Em outubro, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás determinou o arquivamento das denúncias contra Pe. Robson. Porém, em 4 de dezembro, o presidente do Tribunal expediu uma decisão permitindo a retomada das investigações.

Com isso, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu novamente denúncia contra Pe. Robson e outras 17 pessoas, por supostos ilícitos cometidos com doações feitas à Afipe, em 7 de dezembro.

Entretanto, uma semana depois, o desembargador Leobino Valente Chaves acatou um pedido da defesa do sacerdote e voltou a bloquear a investigação. Na ocasião, considerou que a decisão de retomada da investigação competia ao Superior Tribunal de Justiça e não à presidência da Corte estadual.

Posteriormente, em 18 de dezembro, uma sentença do STJ reforçou esta decisão do desembargador. O ministro Nefi Cordeiro suspendeu o andamento da ação penal contra Pe. Robson, considerando, entre outros fundamentos, indícios de que o MP-GO teria usado provas obtidas por meios ilícitos.

Agora, com os novos áudios divulgados, o secretario de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse em entrevista ao ‘Fantástico’ que se vê “com clareza” que houve “obstrução de Justiça” no caso. “Nós estamos vendo tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa”, afirmou Miranda.

Em um dos áudios divulgados pelo programa no último domingo, o sacerdote fala com o advogado Luís Barbosa sobre a situação de outro advogado, Anderson Reiner Fernandes, que teria passado de um aliado para desafeto do padre. “Se o Senhor pudesse matar ele pra mim, seria uma benção”, diz Pe. Robson.

Outros áudios indicam que o sacerdote teria desembolsado milhares de reais da Afipe em pagamento de extorsões. Um pagamento com dinheiro dos fiéis teria sido destinado a um Hacker, que alegava possuir material comprometedor sobre o padre.

Outro suposto caso de suborno pago com as doações citado na matéria da Globo, teria sido o de Tyrone Di Martino, esposo de Talitta Di Martino, quem, segundo o Fantástico “atualmente” ainda trabalha na associação, mas que na verdade, deixou o grupo de funcionários em 2018. 

“Supostamente, Robson teria pago R$ 350 mil ao marido dela, o jornalista Tyrone Di Martino, com a justificativa de que ele ia escrever uma biografia dele. Entretanto, um áudio do próprio padre desmente a contratação do serviço”, diz o Portal de notícias G1, indicando que o sacerdote teria comprado o silêncio de Tyrone em matérias comprometedoras e justificado a saída do dinheiro com um contrato fraudulento de serviços.

Ainda de acordo com a reportagem, o material aponta para uma ligação entre Pe. Robson e a delegada Renata Vieira, que acompanhava o caso de extorsão e teria ajudado o sacerdote pedindo favores em contrapartida. Ao programa, ela disse em nota que é amiga do sacerdote desde 2009, que presidiu investigação de eventual crime de extorsão, em que o padre era a vítima, e que “obedeceu as normas da lei”. Ela foi afastada e a delegacia está sob intervenção da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Segundo o portal G1, a delegada classificou como “absurda” a hipótese da troca de favores.

O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirmou que o caso “parece até um grau de subordinação dessa delegada para o padre... ela trabalhando para ele e obtendo favores dele por conta disso”. A Polícia Civil e o Ministério Público pedem que o caso seja revisto à luz destas evidências de que o Redentorista teria subornado agentes públicos e fora indevidamente favorecido por magistrados.  
Nesse sentido, os investigadores assinalaram ao Fantástico que o sacerdote e seus advogados “tinham a porta aberta com alguns desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás”, e apontam o pagamento de subornos em uma ação sofrida pela Afipe por conta da compra de uma fazenda.

Por sua vez, a presidência do Tribunal disse desconhecer os fatos. “Não foram utilizados os meios próprios para trazer ao Poder Judiciário informações ou indícios de eventual conduta inadequada de magistrados para regular apuração”, disse em nota ao programa.

Em seguida, acrescentou, “não se pode presumir a ocorrência de irregularidades no julgamento de processos a partir de conversa mantida entre advogado e cliente”.

Diante das denúncias apresentadas pela reportagem, a defesa de Padre Robson de Oliveira afirmou em nota ao programa que “desconhece o conteúdo das mensagens mencionadas”. “Mais uma vez, são frutos de montagens e adulterações feitas por pessoas inescrupulosas que o extorquem há anos”, declarou.

Ainda segundo a defesa do sacerdote, ele “está sofrendo perseguição de políticos” e pede “para que lhe permitam seguir sua vida religiosa em paz, sem que seja constantemente vitimado por injustiças e falsas acusações”.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Arcebispo de Fortaleza informa que seu decreto de agosto de 2020 continua a valer



Indagado sobre o que mudaria na Igreja, a partir do Decreto de 18 de fevereiro, emitido pelo Governo do Ceará, o arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio, informou que “tudo continua igual”. Ou seja, as Paróquias e organismos da Arquidiocese devem continuar a obedecer o Decreto homologado por Dom José, em agosto de 2020, quando orientou sobre a abertura gradual das Igrejas no contexto de pandemia do Covid-19.

A informação foi repassada pela coordenação da Pastoral da Comunicação.

“Tudo continua igual. Agora, é preciso intensificar os cuidados para que, de fato, sejam cumpridas todas as normas de seguranças exigidas, tais como: uso de máscaras, álcool gel, distanciamento, higienização dos objetos litúrgicos e das mãos dos celebrantes, sobretudo durante a distribuição da comunhão”, disse o arcebispo.

“Quanto aos horários de início e término das atividades religiosas, estas podem acontecer no intervalo das 5hs às 21h30, em virtude do toque de recolher estabelecido no já citado Decreto do Governador, que proíbe a circulação de pessoas nas ruas e espaços públicos das 22h às 5h”, é o que consta no informe que chegou às paróquias.

O Decreto que o arcebispo se refere acompanhou a Carta 008 e prescreve 68 determinações referentes a cuidados preventivos ao novo Coronavírus na administração dos sacramentos. Mesmo quando as autoridades civis afrouxaram os cuidados e amenizaram nos decretos, a Igreja Católica continuou seguindo o rigoroso protocolo.

As festas de padroeiros, por exemplo, o ápice da evangelização em uma paróquia, foram completamente reformuladas para evitar aglomerações. Grandes solenidades como a festa da padroeira de Fortaleza, Missas de ordenação diaconal e presbiteral, Natal e Ano Novo seguiram as orientações arquiepiscopais de prevenção a Covid.

Arquidiocese da Paraíba fecha as portas das igrejas novamente por Covid-19



Arquidiocese da Paraíba fecha as portas das igrejas antes do anúncio do novo decreto estadual e revolta fiéis que novamente ficarão sem os sacramentos.

A Arquidiocese da Paraíba suspendeu por 15 dias as celebrações com a presença de fiéis no território de sua jurisdição eclesiástica. As transmissões, via redes sociais, serão mantidas, assim como aconteceu no início da pandemia, em março de 2020. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (22).

Deputado católico alerta para que não sejamos enganados pelo Fantástico



Não é segredo que o programa Fantástico, da Rede Globo de televisão, tem atacado com cada vez mais frequência a Igreja católica e seus membros. Fizeram uma série de reportagens contra os Arautos do Evangelho, também contra o Arcebispo Dom Alberto Taveira, e sempre que possível sobre problemas no Vaticano.

A série de reportagens mais recente é sobre o Padre Robson, cujas investigações já foram arquivadas pela justiça.

Neste contexto que o deputado estadual católico do Rio de Janeiro, Marcio Gualberto, publicou um texto em suas redes sociais alertando os católicos para que deixem de ser soberbos e ingênuos.

Leia a publicação na íntegra:

Governo do Ceará volta atrás e altera decreto que determinava entrega de hóstias embaladas



O governo do Ceará voltou atrás em um decreto no qual havia estabelecido que “alimentos e bebidas de cunho religioso” deveriam ser fornecidos “pré-embalados”, o que afetava diretamente a distribuição da Santa Eucaristia nas Missas.

A mudança de posição do governo cearense se deu logo após a repercussão negativa desta medida, que havia sido publicada no decreto nº 33.936, de 17 de fevereiro.

Este decreto do governador Camilo Santana traz novas orientações para prevenir o contágio por coronavírus, inclusive em relação às igrejas. Afirmava um de seus trechos:

“Em caso de partilha de alimentos e bebidas de cunho religioso, estes devem ser fornecidos pré-embalados e em porções individuais. O celebrante e os seus auxiliares devem estar com as mãos higienizadas adequadamente, utilizando luvas descartáveis, máscaras e tomando o máximo cuidado para oferecer os alimentos e bebidas sem entrar em contato com os membros”.

O mesmo decreto estabelece ainda outras medidas como limitação da quantidade de pessoas dentro dos templos, número de músicos que pode haver por celebração, bem com forma de realizar as coletas.

Tal medida do governo não foi bem vista pelos católicos, para os quais, conforme assinalou o blog ‘Ancoradouro’, “a Hóstia Consagrada e o Vinho Consagrado são, realmente, Corpo e Sangue de Cristo”.  Além disso, as Dioceses e Arquidioceses estão entre as “instituições que mais tem colaborado na prevenção ao Covid-19”.

Por outro lado, segundo fontes de ACI Digital, os próprios Bispos do Ceará, ao tomar conhecimento desta restrição imposta pelo governo, entraram em contato com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no estado para que a mesma fosse revista.

Assim, no Diário Oficial de 18 de fevereiro, foi publicada uma nova versão do decreto, eliminando a determinação de que alimentos religiosos fossem pré-embalados.

A nova redação do texto afirma: “Em caso de partilha de alimentos e bebidas de cunho religioso, estes devem ser fornecidos em porções individuais. O celebrante e os seus auxiliares devem estar com as mãos higienizadas adequadamente, utilizando luvas descartáveis, máscaras e tomando o máximo cuidado para oferecer os alimentos e bebidas sem entrar em contato com os membros”.

6 práticas que não devem ser realizadas nas missas durante a Quaresma



Como em outros tempos litúrgicos, a Quaresma, que começou no dia 17 de fevereiro, tem suas normas litúrgicas e, nesse sentido, há práticas que a Igreja Católica indica que não devem ser realizadas nestes 40 dias de preparação espiritual para a Páscoa.

A seguir, apresentamos seis práticas que devem ser evitadas durante a Quaresma

1. Tocar música instrumental durante a Missa

Em algumas paróquias, costuma-se tocar música instrumental em alguns momentos da Santa Missa sem que ninguém esteja cantando. Embora esta prática não seja proibida durante outros tempos litúrgicos, na Quaresma, com algumas exceções, não deve ser realizada.

Segundo o numeral 313 da Instrução Geral do Missal Romano: “No tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros instrumentos musicais para sustentar o canto. Exceptuam-se, porém, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas”.

2. Cantar ou recitar o "Glória"

O ponto número 53 da Instrução Geral do Missal Romano afirma que "o Glória, é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro".

"É cantado ou recitado aos domingos" na Missa; com exceção dos domingos do "Advento e da Quaresma" e “nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes".

3. Cantar ou recitar o Aleluia 

O Aleluia é uma aclamação os fiéis recitamos antes de ler o Evangelho para professar a nossa fé e acolher e saudar o Senhor que nos falará.

Esta prática ocorre durante todo o ano, com exceção do Tempo da Quaresma.

De acordo com o ponto 62 da Instrução Geral do Missal Romano: “O Aleluia é cantado em todo o tempo, exceto na Quaresma. O Versículo é tomado do lecionário ou do Gradual”.

“No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no lecionário. Pode-se cantar também um segundo salmo ou trato, como se encontra no Gradual”, acrescenta.

MG: Hóstias encontradas intactas após enchente cobrir totalmente o sacrário de uma igreja



Após uma enchente que deixou a cidade de Carangola (MG) debaixo d’água, um fato comoveu os moradores locais e ganhou grande repercussão nas redes sociais: a Capela de Santo Antônio, no bairro Lacerdina, foi tomada pelas águas, cobrindo inclusive o sacrário na sua totalidade, entretanto, as hóstias consagradas permaneceram intactas e foram retiradas secas.

O fato foi relatado por diversas pessoas nas redes sociais, entre elas o jovem Victor Marius, morador de Carangola. Segundo publicou em seu Facebook, “a água alcançou mais de 2 metros de altura e atingiu o sacrário onde fica guardado o Santíssimo, ao abrir foi visto que as hóstias permaneceram intactas demonstrando como nas maiores adversidades Deus permanece o mesmo”. 

   

Marius lamentou que “mais uma vez em pouco mais de um ano nossa cidade de Carangola sofre com mais uma enchente, sendo esta de proporções jamais vistas e em meio a uma pandemia que nos faz a cada dia repensar o sentido da vida e o cuidado”.

Diante de tudo isso, refletiu, “está aquele que não muda, que não se abala em meio a tempestade e que possamos confiar e nos manter firmes: Jesus”.

Por fim, exortou a não duvidar na capacidade de Deus “te reerguer nesse momento difícil”, pois, indicou, “fé e esperança são coisas” que confortam e dão força. “Deus honra aqueles que merecem, aqueles que clamam! Ele não muda, nada pode te atingir enquanto Ele está do seu lado. Toda honra e Glória ao Senhor Jesus Cristo!”, concluiu.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A Suprema Ditadura da Toga


“Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus, 
nem respeitava ninguém” (Lucas 18:2). 

“A pior Ditadura é a Ditadura do Poder Judiciário. 
Contra ela, não há a quem recorrer” (Rui Barbosa).

Denuncio desde 2019, quando o STF resolveu decidir aquilo que não lhe cabe decidir, usurpando prerrogativa do Congresso de legislar, criar leis, definir o que é crime. O STF que na composição de 2019 era um lixo residual do desgoverno petista comunista.

E que era e ainda é a trincheira de resistência da Esquerda que não ganhou nas urnas, mas que jamais desiste dos seus propósitos. Atendendo a uma demanda da militância LGBT, usando de ativismo judicial político de viés ideológico de Esquerda, rasgou a constituição. Aparelhado para ser o capacho das Pautas Progressistas da Esquerdada. O STF atropelou a Liberdade de Expressão e por consequência a de religião, ao criminalizar a teologia cristã que discorda da ideologia de gênero do movimento LGBT.

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.” Qualquer estudante de direito sabe onde este texto está na Constituição…

Desde a ADO 26, o STF vem impondo a censura no Brasil, com seu autoritarismo, ao criar uma fictícia exceção à regra com o absurdo, quando os togados militantes fizeram ressalvas sobre “manifestações em templos religiosos”.

Conforme os votos apresentados, não será criminalizado: “Dizer em templo religioso que é contra relações homossexuais”. Criaram uma aberração jurídica. Crime é crime e apologia ao crime é apologia ao crime. Não se pode criar uma lei criminalizando a liberdade de expressão no território nacional com dispositivo que “permita” dentro do espaço físico de templos a pratica do “crime” da liberdade de expressão.

Proibir um cidadão que é cristão de livre manifestação do seu pensamento, sendo vedado a ele o seu anonimato, lhe impondo a censura, é um atentado contra a Democracia. Começou com pastores e agora temos jornalistas e parlamentares censurados?

O que define a Democracia e a difere de uma Ditadura? É justamente a Liberdade de Expressão, de diversidade de pensamentos. Eu não posso censurar uma pessoa de expressar seu pensamento, mesmo que seja contrário e ofensivo ao meu grupo e ao meu modo de pensar. Censura a quem pensa de forma diferente é o sintoma claro de uma Ditadura. Hoje ao censurar críticos, o STF na atual composição, se tornou a maior ameaça a nossa democracia.

Desde 2019 pastores tem sofrido ameaças de processos por “crime de homofobia” simplesmente por explicar o que a teologia cristã fala sobre o tema, e pasme, temos até processo retroativo por suposto “crime de opinião” feito em 2016, três anos antes da “lei” ilegal ser imposta pelo STF em 2019.

E parece que agora declarações feitas no passado serão considerados crimes até em flagrante? Foi há algumas horas ou há anos? Agora temos mandado de prisão em flagrante? Se é em flagrante não precisa de mandado, se precisa de mandado não é flagrante. Tudo isso por decisão absurda e autoritária do STF?

O que não faltam são denúncias dos abusos constantes dos ministros togados do STF que se consideram semideuses. A hermenêutica do STF tem, sim, sempre um viés ideológico de Esquerda com pautas progressistas, repudiadas pela maioria da população brasileira que é na essência conservadora e cristã.

O STF vem impondo ao Brasil uma verdadeira ditadura comunista, onde o direito à liberdade de expressão é relativo, de acordo com o viés ideológico. Os próprios ministros do STF já insinuaram que o presidente eleito democraticamente e que até agora não mandou a PF prender ninguém que falar mal dele, de ser nazista, fascista e genocida.

A turma da Esquerda, artistas, políticos e jornalistas podem ofender o presidente, atacar o presidente, caluniar, desejar a sua morte, chamar ele do que quiser. Ameaças e ofensas a honra do presidente é o que não faltam nas redes sociais. Apesar de ser uma autoridade eleita pelo voto direto, não o respeitam.

A turma da Esquerda pode tudo, todo o tempo o tempo todo? Podem defender o genocídio que é o aborto, fazendo apologia ao crime de tortura que é o aborto? Podem defender ditaduras de Esquerda? Agora se alguém da Direita falar um pouco mais grosso, o caldo entorna? Prenderam um deputado federal por exercer sua liberdade de expressão? Por fazer duras criticas aos abusos do STF?

ONU cria lista negra de líderes contrários à ideologia de gênero



Um grupo de especialistas do Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas trabalha em uma pesquisa que resultará na confecção de uma lista internacional de pessoas e instituições que são contrários a ideologia de gênero.

A pesquisa será usada para gerar um relatório a ser apresentado ao Conselho de Direitos Humanos sobre o tema.

O grupo encabeçado pelo costa-riquenho Víctor Madrigal-Borloz – especialista da ONU sobre orientação sexual e identidade de gênero – encaminhou um questionário para governos e ONGs internacionais com o objetivo claro de identificar “organismos multilaterais e regionais que buscam eliminar o arcabouço de gênero dos instrumentos e processos de regulamentos internacionais de direitos humanos e de documentos legislativos e normativos nacionais.”

O relatório tem como objetivo “ documentar a maneira como narrativas estão sendo usadas para fomentar a violência e a discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero e suas repercussões específicas sobre os direitos sexuais e reprodutivos [leia-se direito de assassinar bebês no ventre].”

Vejam abaixo seis perguntas que não deixam dúvidas sobre o posicionamento da ONU em relação à liberdade religiosa ou proteção da família:

A confusão demoníaca travestida de caridade


“O que o mundo hoje espera de um católico é que ele respeite todas as religiões, exceto a sua própria.” - G.K. Chesterton

Introduzo esta frase de Chesterton como preâmbulo de um assunto espinhoso.

Está virando moda aderir a um indiferentismo religioso, a pretexto de promover o “diálogo” entre as religiões ou o chamado “ecumenismo”.

Os asseclas dessa modinha estufam o peito, se ufanam e empregam termos bonitinhos, tais como “tolerância”, “alteridade”, “caridade”, “fraternidade”, dentre outros, para atribuir maior quilate àquilo que propalam. E, como não poderia deixar de ser, recorrem-se frequentemente a passagens dos Evangelhos para demonstrar o quanto Jesus era tolerante (os vendilhões do tempo hão-de discordar desta tese!). Ora, Jesus era muito mais do que tolerante. Ele era – e é! – tremendamente, profundamente, ardentemente apaixonado pelos homens – tanto que se fez Um, encarnando-Se no seio virginal de Maria e assemelhando-Se a nós em tudo, exceto no pecado. Ele tanto nos amou que derramou até a última gota do Seu preciosíssimo Sangue para nos salvar.

Sim, sob certo aspecto, Jesus é tolerante. Tão tolerante que mesmo diante das nossas infidelidades, das nossas perfídias, dos nossos insultos, dos nossos inúmeros pecados – que são como novos cravos a perfurar Seu crânio, como cusparadas ou bofetadas na Sua divina face –, mesmo assim, Ele jamais nos retira o Seu amor. Mas o Amor de Jesus não barganha, não faz concessões, não “dialoga” com o erro. Diz-se com muita propriedade que Cristo odeia o pecado, mas ama o pecador. Assim é. Ele ama em plenitude até o mais vil pecador; mas rechaça, execra, abomina o pecado e o erro.

A Igreja Católica, (a única) fundada pelo mesmo Cristo, deve repetir-Lhe o exemplo. Coluna e sustentáculo da Verdade, a Igreja, conquanto precise ser pródiga em amor – tanto para com seus filhos (desde os mais devotos aos mais relapsos), quanto para com aqueles que não estão integrados ao Corpo Místico –, deve ser implacável em seus ensinamentos, porque a Verdade (personificada no próprio Cristo) não pode ser amputada. Se se retiram alguns tijolos da “coluna”, o Templo inteiro pode ruir. Já nos dizia o Padre Garrigou-Lagrange: “A Igreja é intolerante nos princípios porque crê; é tolerante na prática porque ama. Os inimigos da Igreja são tolerantes nos princípios porque não creem e são intolerantes na prática porque não amam.” Há, portanto, uma falsa caridade nos inimigos da Igreja. Porque a verdadeira caridade jamais se dissocia do anúncio da verdade, mesmo quando esta é dolorosa. Aqui evoco as palavras de Santo Agostinho: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade.”. Mas eis que vemos a verdade sendo sacrificada, diuturnamente, em nome de uma pretensa caridade. E pasmem: muitos dos inimigos da Igreja… são membros da própria Igreja; alguns, infelizmente, autoridades da alta hierarquia.

A Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 nos demonstra claramente este triste fato. Parte do episcopado brasileiro, em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uniu-se a figuras como Romi Bencke, uma pastora protestante, feminista e declaradamente favorável à descriminalização do aborto, para a elaboração do texto-base da Campanha.

O tema da CFE é: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”. E o lema, baseado numa citação da Carta de São Paulo aos Efésios (Ef. 2,14): “Cristo é a nossa Paz: do que era dividido, fez uma unidade”.  À primeira vista, não parece haver nada de errado com o tema. Afinal de contas, o Cristianismo prega e vive o amor em sua instância máxima: até a morte – e morte de Cruz. Porém, não podemos esquecer aquilo que é o cerne da vida cristã: Cristo morreu para pagar as penas dos nossos pecados e para nos conduzir, já redimidos, à vida da Graça. Mas a vida da Graça é incompatível com a corrupção da verdade e dos ensinamentos cristãos. E basta ter acesso ao texto-base da Campanha para constatarmos que foram ali introduzidos, sub-repticiamente, diversos conteúdos contrários à Fé católica. Há diversas menções em tom simpático à ideologia de gênero e ao movimento LGBT, por exemplo. Sim, é verdade que a Igreja deve amar todas as pessoas, indistintamente, não importando qual seja o sexo, a origem, a cor da pele, a classe social, etc. A Igreja ama a todos: homens ou mulheres, heterossexuais ou não; brancos ou negros; pobres ou ricos. Mas ela ama as PESSOAS, não suas IDEOLOGIAS. Portanto, não deve haver por parte de autoridades ou membros da Igreja qualquer tipo de patrocínio, incentivo, fomento ou tolerância com ideologias e práticas que não se coadunam com o depósito da fé. A Igreja não deve “dialogar” com o mundo, mas iluminá-lo; e o cristão (católico) deve ser como a tocha, que aquece e irradia luz sobre as trevas do mundo.

Existem diálogos que podem ser assaz perniciosos, sedutores… e diabólicos. Não esqueçamos de que Eva, ao dialogar com a Serpente do Éden, deixou-se por ela ludibriar e desobedeceu a Deus, desobediência na qual também incorreu seu marido, por influência sua – porque o pecado não costuma arrastar um só. E o resultado foi a perda do direito ao Paraíso, que só foi restabelecido mediante o sacrifício redentor de Cristo na Cruz. Portanto, dialogar com as realidades do mundo (as tentações, os prazeres, as ideologias) pode ser uma armadilha demoníaca, que nos valerá a perdição eterna. Tenhamos claro que o Diabo é o “pai da mentira” e o homicida desde o princípio. Assim, ele seduz com palavras bonitas e ardilosas para matar as nossas almas. A mentira é o meio; a morte é o fim. Por isso, apenas a verdade é que salva e liberta: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).

Cristo exige de nós uma adesão plena, radical. Ele nos pede tudo, todo o nosso coração, toda a nossa vida: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Ele não “negocia” a nossa conversão com o propósito de ter um maior número de “adeptos”. Não! Porque o discípulo de Cristo deve desprezar o que o mundo ama e amar o que o mundo despreza. O discípulo de Cristo deve ter o olhar voltado para o Alto – para o Céu –, não para as realidades do mundo; o discípulo de Cristo, o verdadeiro discípulo, tem visão transcendente, não imanente. E Cristo perscruta os nossos corações e nos pede a renúncia do que muito nos custa. Lembrem-se da passagem do jovem rico (Mc 10, 17-30). Ele era um bom rapaz, piedoso e fiel cumpridor dos mandamentos. Mas Jesus sabia que ele era apegado às coisas da Terra. Por isso, Ele lhe pede mais: o total despojamento dos seus bens para segui-Lo, em troca de um tesouro no Céu. Jesus fixou nele o Seu olhar e o amou – Ele o amou! Mas o jovem foi tomado de tristeza. Era muito para ele o que Cristo lhe pedia. Assim, preferiu manter os bens que possuía em detrimento do tesouro da vida eterna. Eu posso imaginar o quanto aquela atitude do moço entristeceu o coração de Jesus – afinal, Ele o amou!. Mas o que proponho que reflitamos nessa passagem? Eu não pretendo tecer considerações sobre as riquezas materiais, que aqui constituem apenas um ponto de partida para nossa análise. Meu intento é que pensemos na atitude de Jesus. Ele amou aquele jovem. Mas conhecia suas fraquezas. E então, o que Ele faz? Barganha pela sua conversão? Sai correndo atrás do moço que decidiu ir embora? Não. Cristo continuou onde estava, seguiu com Sua pregação. Imagino que Ele deve ter acompanhado aquele jovem com o olhar, vendo-o se afastar, triste… ambos tristes. Mas Jesus não cede na sua exigência. Eis a questão.

Ora, se Jesus não negocia a nossa conversão, deveria a Igreja – emissária dos Seus ensinamentos – fazê-lo? Deveria a Igreja dialogar com os erros do mundo? Evidentemente, não. A Igreja tem a missão de evangelizar. Mas evangelizar é levar Cristo – o Cristo inteiro, não amputado – a todas as pessoas; é anunciar as verdades da Fé, mesmo as que pareçam inconvenientes. O preço? O quinhão da vida eterna. Diante disso, qualquer renúncia, qualquer sacrifício, parece uma bagatela.

Em nova nota, o Bispo de Jundiaí afirma que padre envolvido em sacrilégio será afastado



Em uma nova nota publicada neste sábado (20), o bispo de Jundiaí – SP, Dom Vicente Costa lamentou que o acontecimento gerou grande desorientação e divisão entre os fiéis, e disse acreditar que o responsável Padre José Carlos Pedrini não tenha agido de má-fé. Que foi um ato impulsivo baseado em uma inadequada compreensão do que significa ecumenismo e “que sua ação parece não derivar da consciência expressa de querer desobedecer às normas da Igreja Católica ou ferir a sacralidade da Santíssima Eucaristia.”

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Vaticano: Papa aceita renúncia do cardeal Sarah ao cargo de prefeito da Congregação para o Culto Divino



O Papa Francisco aceitou hoje a renúncia apresentada pelo cardeal Robert Sarah ao cargo de prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé em comunicado.

Na rede social Twitter, o cardeal Sarah comunicou também a renúncia ao cargo, aceite pelo Papa, referindo-se a encontros futuros, em Roma ou “noutros lugares” e afirmando a que a “única rocha é Cristo”:

“Hoje o Papa aceitou a minha renúncia ao cargo de prefeito da Congregação para o Culto Divino após o meu 75º aniversário. Estou nas mãos de Deus. A única rocha, é Cristo. Brevemente nos encontraremos em Roma e noutros lugares”, escreve o cardeal Robert Sarah.



Bispo diz que adotará medidas cabíveis em caso de pastor evangélico que “concelebrou” Missa



Nos últimos dias, um vídeo no qual um pastor evangélico aparece “concelebrando” uma Missa na Diocese de Jundiaí (SP) repercutiu nas redes sociais e, ao tomar conhecimento do caso, o Bispo local afirmou não ter dado consentimento para tal ato e, portanto, tomará as medidas cabíveis.

O vídeo foi repercutido nas redes sociais por influenciadores católicos, como o líder pró-vida Tiba Camargo, que denunciou o caso.

O fato aconteceu na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, durante a Missa de Quarta-feira de Cinzas, quando também teve início no Brasil a Campanha da Fraternidade, que este ano é ecumênica.

A celebração é presidida por Padre José Carlos Perroni, da Congregação dos Missionários de São Carlos (Carlistas), e conta com a presença do Pastor Francisco Leite, da igreja presbiteriana Unida do Brasil.

“Este ano, a Campanha da Fraternidade é ecumênica, promovida por várias igrejas cristãs”, assinala o sacerdote ao apresentar o pastor.

O vídeo apresenta ainda partes da Santa Missa em que o pastor aparece lendo um trecho da Oração Eucarística e elevando a Sagrada Eucaristia durante a oração do Cordeiro. O assunto se torna mais grave pelo fato de que, após o sacerdote comungar, também o pastor ingere o Corpo de Cristo.

Liberalismo de esquerda e liberalismo de direita: não, a Igreja não apoia nenhum



Rótulos artificiais mascaram um fato: as duas orientações se apoiam em posições condenadas há muito tempo pela Igreja.

Tanto a chamada “esquerda” quanto a chamada “direita” têm o péssimo e desonesto costume de se apossar da doutrina da Igreja como coisa sua, pregando, por própria conta, que eles mesmos, como “esquerdistas” ou “direitistas”, é que são os verdadeiros fiéis católicos – e instrumentalizando a Igreja como se ela fosse um espelho “mais ou menos espiritualizado” de uma ideologia “sócio-político-econômica” (e como se fosse mais herético questionar essa ideologia do que reduzir a pessoa de Cristo a um ícone a serviço de um “bloco” ou de outro). Com a piora do quadro crônico em que ocorre essa interpretação esdrúxula, manipuladora e interesseira da doutrina da Igreja como simples chancela de preferências “sócio-político-econômicas” particulares, trazemos à discussão este texto de Mark Gordon que pode servir como estímulo para a reflexão.
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Ao longo das últimas décadas, a política dos Estados Unidos tem se dividido, aparentemente, em dois campos opostos e irreconciliáveis: os “liberais” e os “conservadores” (ndr: esses termos equivalem, no espectro político brasileiro, aos clichês genéricos “esquerdistas” e “direitistas”, respectivamente).

Na esteira da bem-sucedida “estratégia do Sul”, de Richard Nixon, essa divisão imaginária acabou incorporada às identidades e ao autoentendimento dos dois principais partidos políticos do país, com os Democratas representando o “liberalismo” (ou a “esquerda”, como se diria no Brasil e em outros países latino-americanos) e os Republicanos o “conservadorismo” (ou a “direita”). Esse modelo binário é imposto até mesmo às interpretações sobre o Papa, com alguns “conservadores” acusando Francisco de “liberal” e alguns “liberais” garantindo que eles estão certos!

De um ponto de vista católico, essa divisão é artificial e baseada numa deturpação, às vezes deliberada, às vezes inocente, daquilo que o liberalismo é de fato, e, por extensão, de quem é e de quem não é liberal. O caso é que, nos Estados Unidos, há dois partidos liberais dominantes.

O Partido Republicano, longe de ser conservador, adota, na verdade, o que poderíamos chamar de “liberalismo de direita”, conhecido também como liberalismo clássico: um liberalismo essencialmente político e econômico.

Já o Partido Democrata segue o padrão do “liberalismo de esquerda”, que poderíamos chamar de liberalismo moderno, preponderantemente social e cultural.

A divergência desses dois liberalismos sobre questões específicas mascara as suas raízes comuns e as suas visões de mundo que se reforçam mutuamente.

Na sua carta apostólica “Octogesima Aveniens”, o Papa Paulo VI escreveu: “Encontra-se na própria raiz do liberalismo filosófico uma concepção errônea da autonomia do indivíduo no seu agir, na sua motivação e no exercício da sua liberdade”.

Para ouvidos modernos, tais palavras do pontífice podem parecer uma condenação do liberalismo sócio-cultural, com a sua retórica libertina que martela as teclas da “escolha”, dos “direitos” e da “autonomia”. Na verdade, o Santo Padre estava discutindo o liberalismo político-econômico, que ensinou o mundo moderno a implantar a linguagem do individualismo e, através dela, a comunicar um ponto de vista antropológico em fundamental desacordo com a concepção católica do homem e da sociedade.

Em seu livro “Holocaust of the Childlike”, o escritor Daniel Schwindt resume com clareza a afinidade retórica entre os dois liberalismos:

“Estamos numa situação em que não resta nada diante de nós senão ser filisteus e fariseus. Um diz ‘O corpo é meu, me deixem em paz’, enquanto o outro diz ‘O dinheiro é meu, me deixem em paz’. As duas mentalidades podem se resumir à mesma filosofia do ‘é meu’, e, no fim, as duas são adeptas do liberalismo, acreditando zelosamente que o bem supremo reside na liberdade individual de fazer qualquer coisa que bem se entenda, envolva ela o próprio corpo ou as próprias finanças“.

As origens do liberalismo são fáceis de identificar. É um movimento moderno, que surgiu a partir do Iluminismo do século 17. Fundamentalmente, o Iluminismo foi um movimento de ideias caracterizadas por uma rejeição, ora explícita e vigorosa, ora nem tanto, da civilização cristã que o precedeu, especialmente da autoridade espiritual e temporal da Igreja católica. Como expressão dessa rejeição, os filósofos do Iluminismo procuraram formular uma base racional para a ética e para a moralidade, incluindo nisso o governo das sociedades humanas. Seu inimigo era a tradição, principalmente o que eles tachavam de “superstições” da Igreja. Enquanto a virtude tinha sido a principal preocupação da filosofia desde o período clássico e durante toda a idade medieval, o Iluminismo fez da liberdade, em especial da “liberdade da mente”, a sua preocupação central. O próprio liberalismo teve muitos pais, mas David Hume, Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau são os seus fundadores mais frequentemente citados. Deles todos, Locke foi a inspiração mais importante para os fundadores dos Estados Unidos, a primeira república liberal do mundo.

Seguindo Hobbes, Locke acreditava que o homem, no seu “estado natural“, é um sujeito solitário furiosamente egoísta, o que provoca, inevitavelmente, a supremacia do mais forte sobre o mais fraco, limitando assim a liberdade da maioria. Locke acreditava que a maioria, formada pelos fracos, criou os governos a fim de conter os fortes e reafirmar a liberdade como direito de nascença de todos. Suas ideias sobre a sociedade civil, a separação dos poderes e a tolerância religiosa pretendiam criar uma sociedade racional, em que a liberdade fosse maximizada e limitasse as agressões dos poderosos.

Mas, como C. B. MacPherson demonstrou em seu livro de 1962, “A Teoria Política do Individualismo Possessivo: de Hobbes a Locke”, a noção de liberdade de Locke era mecanicista, relativista e caracterizada pelo “individualismo possessivo”, que, para MacPherson, indicava o individual como a posse de si mesmo. Enquanto o pe. John Donne escreveu que “nenhum homem é uma ilha / todo homem é um pedaço do continente / uma parte do fundamental“, Locke dizia que cada homem é, sim, uma ilha, e que o propósito do Estado é garantir a regozijada independência de cada homem diante de todos os outros homens.

Manifesto anticomunista do padre Cícero: “parece profecia”, comenta o pe. Gabriel



Texto é da "mesma época em que Nossa Senhora apareceu em Fátima para alertar sobre os 'erros da Rússia'", acrescenta o sacerdote.

Manifesto anticomunista do padre Cícero: “parece profecia”, comentou via rede social o pe. Gabriel Vila Verde, que, recentemente, lançou um livro sobre a história do célebre sacerdote nordestino com o propósito de “limpar o nome de um irmão que sofreu calado”.

Em seu post no Facebook, o pe. Gabriel contextualizou:

“Quatro anos antes de sua morte, o Padre Cícero escreveu um ‘Manifesto Anticomunista’, que, se for lido nos dias de hoje, mais parece uma profecia que um simples manifesto. Na mesma época em que Nossa Senhora apareceu em Fátima para alertar sobre os ‘erros da Rússia’, Padre Cícero publicou o seguinte texto”.

O pe. Gabriel reproduziu então o mencionado manifesto do pe. Cícero: