O Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Dom Fernando Rifan, acaba de condenar a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021 e recentemente ele publicou uma série de normas para reconquistar os fiéis que esfriaram e se afastaram da Igreja. E recorda a lei suprema da Igreja: a salvação das almas!
Os pastores têm ouvido a voz do rebanho. Estes têm clamado de forma reiterada, filial e respeitosa, contra os lobos que estão infiltrando o texto-base ideológico nas dioceses e buscando direcionar, mais uma vez, os recursos obtidos no domingo de ramos para organizações revolucionárias. Segue a condenação de Dom Rifan e o texto na íntegra:
“Infelizmente, a atual Campanha da Fraternidade trouxe divisão. Por ser ecumênica, confiaram, a meu ver equivocadamente, por ser um texto a ser colocado nas mãos dos católicos, a redação do texto base ao CONIC, sendo a autora principal uma pastora protestante. Isso não se constitui em um sadio ecumenismo, que deve ser feito na caridade e na verdade. Saiu um texto ruim, com insinuações errôneas e tendenciosas, e, por isso mesmo, objeto de fundadas críticas.
Mas é um texto base de sugestão, para discussão. Não é doutrinário nem obrigatório. A CNBB já declarou que não abre mão da doutrina católica do Magistério. E todo católico sabe disso. Críticas respeitosas ao texto são bem-vindas. Os leigos têm direito de se manifestar e devem ser ouvidos, pois eles também são Igreja.”
Além do comentário sobre a Campanha da Fraternidade ele publicou recentemente um documento com uma série de normas e orientações de trabalho para buscar recuperar os fiéis perdidos para este tempo de pandemia.
ORIENTAÇÕES PARA A RECUPERAÇÃO DO POVO
NESSE TEMPO DE PANDEMIA
Caríssimos sacerdotes, meus irmãos e colaboradores, ministros do Senhor.
Minha saudação para essa Quaresma, que seja bem frutuosa, e, desde já, os meus votos de Santa e Feliz Páscoa.
Essa grave pandemia nos preocupa a todos. O sofrimento e a morte de muitas pessoas, a dor das suas famílias, o risco que todos corremos, o medo que nos atinge, são provações que Nosso Senhor permitiu e que devemos aceitar com conformidade à sua vontade, que sempre quer o nosso bem.
Todos devemos nos precaver, pois Deus pede de nós a prudência e a precaução, para evitarmos o contágio, nosso e dos que nos são confiados.
Lembro a todos a necessidade de socorrer as pessoas pobres, que mais sofreram necessidades nessa pandemia. Socorramos os necessitados com a distribuição de cestas básicas de alimentos e outros recursos advindos do dízimo e das ofertas. Incentivemos os fiéis a essa colaboração e os padres estejam atentos a esse socorro. “Tive fome e me destes de comer…” (Mt 25,35). Paróquias solidárias e fiéis caritativos, incluindo os padres! Esse é o verdadeiro espírito da Campanha da Fraternidade, que, paralelamente à oração e penitência, deve animar a Quaresma.
Mas, o que mais nos deve preocupar como ministros de Deus, a quem a Igreja confiou o cuidado espiritual dessas almas, é o esfriamento na fé e nas práticas religiosas, o que pode leva-las ao afastamento da religião, à tibieza e à perda das suas almas. Com a diminuição das Missas presenciais e orações públicas, muitos podem cair nessa tentação. Pois as Missas e orações transmitidas pelos meios de comunicação não substituem as orações públicas presenciais da comunidade nem, muito menos, a Santa Missa presencial e a comunhão sacramental.
Por isso, precisamos nos mobilizar para a reconquista dos nossos fiéis e de muitos outros que esfriaram e se afastaram da Igreja. Aliás, essa é a lei suprema da Igreja: a salvação das almas (CDC cânon 1752).
São João Bosco teve uma visão sobre a crise na Igreja. A barca de Pedro, a Igreja, sacudida pelas ondas, amarrada em dois pilares que a sustentam: A Santíssima Eucaristia e Nossa Senhora. Aí já temos a indicação de onde deve partir a reconquista: A Santíssima Eucaristia, a Igreja, com seu Magistério, Nossa Senhora e, neste ano a ele, São José.
Dom Fernando Arêas Rifan
Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Campos, RJ, Brasil
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Templário de Maria
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