Mais um bispo, desta vez Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora orientou o clero da arquidiocese a não utilizar o texto-base da Campanha da Fraternidade.
Em um comunicado por ocasião da quaresma, Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora orientou o clero da arquidiocese a não utilizar o texto-base da Campanha da Fraternidade.
Em sua argumentação ele relata que “houve uma grave falha com relação ao texto-base que tem provocado séria polêmica, por apresentar conceitos duvidosos em relação à doutrina social e à Moral cristã“.
E continua assinalando que “a autora adepta de correntes morais não aceitas pela Igreja Católica e nem por grande parte dos nossos irmãos evangélicos“
Como vemos no seguinte trecho:
“Neste ano houve uma grave falha com relação ao texto-base que tem provocado séria polêmica, por apresentar conceitos duvidosos em relação à doutrina social e à Moral cristã, em sua redação e na sua subjacência, sendo a autora adepta de correntes morais não aceitas pela Igreja Católica e nem por grande parte dos nossos irmãos evangélicos. Após ler, ouvir e ver praticamente todos os posicionamentos prós e contra, em consciência, e para ser fiel à Igreja, oriento que o texto-base da CFE 2021 não sela utilizado em nossa Igreja Particular.”
Também adverte que não deseja que essa decisão seja interpretada como uma oposição à CNBB, da qual também faz parte, assim como ao diálogo ecumênico.
Leia o trecho do comunicado na íntegra:
CAMPANHA DA FRATERNIDADE
No Brasil já é costume realizar a CF na época quaresmal. Nos temas próprios da espiritualidade quaresmal, a saber, Penitência, Oração e Esmola (caridade), ela está mais ligada ao terceiro tema. A CF não obriga às dioceses, mas é uma oferta pastoral da CNBB às Igrejas Particulares a critério do Bispo Local. Já houve, no passado, Dioceses que não quiseram realizar a CF por discordar de certos textos propostos.
De cinco em cinco anos, nós, os Bispos do Brasil, por votação da maioria em Assembleia Geral, decidimos realizá-la de forma ecumênica (CFE), convidando aos cristãos, não católicos a se unirem conosco nesta vivência fraternal. Neste ano houve uma grave falha com relação ao texto-base que tem provocado séria polêmica, por apresentar conceitos duvidosos em relação à doutrina social e à Moral cristã, em sua redação e na sua subjacência, sendo a autora adepta de correntes morais não aceitas pela Igreja Católica e nem por grande parte dos nossos irmãos evangélicos. Após ler, ouvir e ver praticamente todos os posicionamentos prós e contra, em consciência, e para ser fiel à Igreja, oriento que o teto base da CFE 2021 não sela utilizado em nossa Igreja Particular.
Essa nossa decisão não seja interpretada como posição contrária à CNBB, da qual sou parte, e nem oposição ao legitimo diálogo ecuménico e inter-religioso, do qual sou adepto, fiel que sou ao Concilio Ecumênico Vaticano II e ao que diz o Catecismo da Igreja católica sobre o ecumenismo.
A explicação da polêmica como apenas questões entre conservadores e liberais não me parece séria. Há algo mais profundo na base da questão.
Contudo, o tema e o lema da Campanha, independente do referido texto-base, são belos e devem ser acolhidos: Tema: Fraternidade e diálogo: compromisso de amor. lema: Cristo é a Nossa Paz: do que era dividido, fez uma unidade.
Sugiro para base de nossa reflexão quaresmal a Encíclica Frateili Tutti e a Mensagem do Papa Francisco poro o Quaresma.
A todos desejo um profícuo tempo quaresmal, movido pelo mandamento de nosso Salvador e Mestre: “Que todos sejam um, O Pai, como eu e Tu somos um” (ia 17,21).
Envio-lhe a minha bênção episcopal.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano Juiz de Fora,
15 de fevereiro de 2021.
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Templário de Maria
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