Um grupo de especialistas do Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas trabalha em uma pesquisa que resultará na confecção de uma lista internacional de pessoas e instituições que são contrários a ideologia de gênero.
A pesquisa será usada para gerar um relatório a ser apresentado ao Conselho de Direitos Humanos sobre o tema.
O grupo encabeçado pelo costa-riquenho Víctor Madrigal-Borloz – especialista da ONU sobre orientação sexual e identidade de gênero – encaminhou um questionário para governos e ONGs internacionais com o objetivo claro de identificar “organismos multilaterais e regionais que buscam eliminar o arcabouço de gênero dos instrumentos e processos de regulamentos internacionais de direitos humanos e de documentos legislativos e normativos nacionais.”
O relatório tem como objetivo “ documentar a maneira como narrativas estão sendo usadas para fomentar a violência e a discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero e suas repercussões específicas sobre os direitos sexuais e reprodutivos [leia-se direito de assassinar bebês no ventre].”
Vejam abaixo seis perguntas que não deixam dúvidas sobre o posicionamento da ONU em relação à liberdade religiosa ou proteção da família:
– Existem exemplos em que o conceito de gênero, valores tradicionais ou a proteção da família tenham sido usados em narrativas religiosas ou tradicionais para impedir a adoção de medidas legislativas ou de política pública destinadas a enfrentar ou erradicar a violência e a discriminação com base no sexo, gênero, orientação sexual e identidade de gênero?
– Existem exemplos em que narrativas ou “ideologia de gênero”, “generismo” ou outros conceitos relacionados a gênero foram usados para introduzir medidas regressivas, particularmente, mas não exclusivamente, para indivíduos ou comunidades LGBT?
– Existem iniciativas tomadas pelos Estados em relação ao direito à liberdade de religião, crença ou consciência (incluindo a figura de objeção de consciência) que tenham tido o efeito prático de limitar o gozo dos direitos humanos (incluindo direitos sexuais e reprodutivos) das pessoas LGBT?
– Houve expressões ou declarações públicas de lideranças políticas e/ou religiosas que tenham levado ao prolongamento, modificação ou supressão indefinida de ações, atividades, projetos, políticas públicas ou aplicação de abordagens de gênero?
– Quem são os principais atores que argumentam que os defensores dos direitos humanos LGBT estão promovendo a chamada “ideologia de gênero”?
– Quais são seus principais argumentos no retrocesso dos direitos humanos das pessoas LGBT? Suas estratégias tiveram um impacto direto ou indireto sobre os direitos humanos de mulheres e meninas?
Com qual propósito uma organização como a ONU que concentra cada dia mais poder sobre Estados nacionais quer listar pessoas e organizações que não concordam com sua agenda?
Leonardo Trielli
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Senso Incomum
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