sexta-feira, 7 de julho de 2017

Bebê Charlie: Hospital do Vaticano e Donald Trump se oferecem para cuidar do bebê mas Hospital de Londres nega transferência.


O Hospital Pediátrico Bambino Gesù (Menino Jesus), administrado pelo Vaticano, publicou uma nota, no último dia 3, dizendo que sua equipe está pronta para acolher o bebê inglês Charlie Gard, condenado à morte pela Corte Europeia. 

No domingo, 02, o papa Francisco pronunciou-se oficialmente e de forma enfática sobre o caso do bebê Charlie Gard, pedindo explicitamente para que o hospital no qual o bebê está internado respeite a vontade dos pais. A declaração do papa foi dada por meio do porta-voz oficial do Vaticano, Greg Burke. O texto diz:

“O Santo Padre acompanha com afeto e comoção o caso do pequeno Charlie Gard e expressa sua proximidade aos pais. Ele reza por eles, desejando que não se negligencie a vontade de acompanhar e tratar o próprio bebê até o fim”.

A declaração se dá um dia após um tweet no qual o pontífice fez referência ao caso, embora sem citar o nome do menino:

“Defender a vida humana, sobretudo quando é ferida pela doença,
é um compromisso de amor que Deus confia a cada ser humano”.

As manifestações do pontífice também ocorreram alguns dias depois da Pontifícia Academia para a Vida ter emitido uma nota sobre o caso. A nota foi muito criticada por religiosos e pelo movimento pró-vida de todo o mundo por não tomar posição alguma, limitar-se a fazer mera alusão ao problema e apenas oferecer consolo à dor dos pais. Longe de estar satisfeitas, e sendo solidárias à família de Charlie, organizações pró-vida continuaram a fazer insistentes solicitações para que o próprio Francisco intervisse. O papa atendeu e a postura adotada por Francisco foi a de defesa explícita dos pais de Charlie, muito diferente, portanto, do tíbio texto da Academia para a Vida.

Depois do papa Francisco, foi a vez de Donald Trump sair em defesa do menino Charlie Gard e oferecer o auxílio de seu país. O presidente dos Estados Unidos tweetou nesta segunda-feira, 03:

“Se pudermos ajudar o pequeno #CharlieGard, assim como nossos amigos no Reino Unido e o Papa, nós ficaríamos encantados em fazê-lo”

A "Justiça" negou aos pais do menino o direito de ir para os Estados Unidos buscar um tratamento alternativo para a sua doença, apesar deles conseguirem mais de 1,4 milhão de euros, recolhidos por meio de doações. É o poste mijando no cachorro!

Mas voltando ao hospital pediátrico do Vaticano... A presidente da instituição, Mariella Enoc, pediu ao hospital onde Charlie está internado, em Londres, que informe se existem condições sanitárias para transferir o bebê para o Bambino Gesù.

Não há terapias disponíveis para Charlie no Hospital Bambino Gesù; mas certamente esse seria um local tranquilo para manter o menino até que ele possa ser transferido para os EUA, sem ameaças de desligamento de seus aparelhos.

Mariella chegou a mandar uma mensagem consoladora aos pais de Charlie: "Estamos perto dos pais na oração e, se for esse o seu desejo, dispostos a aceitar seu filho conosco, durante todo o tempo que lhe resta de vida".

No entanto, no último dia 04, Mariella informou no Vaticano, que “O hospital (Great Ormond Street, em Londres) nos disse que, por motivos legais, não pode transferir para nós Charlie Gard. Esta é mais uma notícia triste”.

O Estado tentou até mesmo conceder a cidadania vaticana ao pequeno bebê para tentar transferi-lo para o hospital pediátrico mantido pela Santa Sé, o Bambino Gesù, mas as tentativas foram em vão. Isso porque, mesmo se conseguissem dar a cidadania ao pequeno bebê, o hospital que fica em Roma seria obrigado a cumprir a determinação judicial de tirar os aparelhos da criança. 

A declaração foi à margem da apresentação do Relatório de Saúde e Científico 2016, do ‘hospital do Papa’.



De acordo com a presidente do Bambino Gesù, Mariella Enoc, tanto as autoridades da Itália e do Vaticano, como as do hospital, receberam a mesma resposta: só poderia ser feita a transferência se a entidade desligasse os aparelhos. "É óbvio que respondemos não", acrescentou a líder. 

O Tribunal do Reino Unido ordenou que os aparelhos do menino fossem desligados, atendendo a um pedido de seus médicos, que alegam que não há cura para a doença e que a criança tem o direito de morrer com dignidade, uma decisão referendada pela Corte Europeia dos Direitos Humanos.

O menino de 10 meses sofre da síndrome de miopatia mitocondrial, uma doença genética rara e, segundo os médicos londrinos, incurável, motivo que levou à decisão judicial de desligar os aparelhos que mantém o menino vivo. Os pais de Charlie discordam da decisão.

Mariella Enoc disse que foi contactada pela mãe de Charlie, que lhe pediu para verificar a possibilidade de que este cuidado, esta atenção, se realize. Enoc explicou que os médicos e cientistas estão aprofundando o caso e depois falarão diretamente com a família.

Leia mais sobre o caso aqui (site em inglês): Charlies Fight
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O Catequista/ ZENIT/ Sempre Família/ Conspiratio3

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