A equipa responsável pelo restauro do túmulo de Cristo, na
Basílica do Santo Sepulcro, Jerusalém, abriu pela primeira vez em cinco séculos
a laje de mármore que cobre o local onde o corpo de Jesus foi depositado.
A informação é avançada pela ‘National Geographic’, que acompanha
a intervenção na edícula, estrutura construída no século XIX para proteger o
espaço, aberto aos visitantes de forma limitada.
O patriarca Ortodoxo de Jerusalém e a Custódia da Terra Santa (Igreja
Católica) anunciaram no início do ano que o túmulo de Cristo iria ser
restaurado depois das solenidades da Páscoa ortodoxa (1º de maio).
Um estudo científico, previamente realizado, confirmou a
existência de sérios problemas de humidade “ligados à condensação da respiração
dos visitantes” e também de oxidação provocada pelo fumo das velas.
O restauro é possível graças ao acordo conseguido entre as três
principais confissões (Ortodoxa-grega, Latina e Armênia) responsáveis pela
Basílica do Santo Sepulcro.
Estas instituições, que obedecem ao que foi regulamentado pelo acordo Status Quo, de 1852, esperam que a equipa de cientistas atenienses restaure o local depois de acabadas as investigações, em Março de 2017.
Os trabalhos foram confiados a uma equipa grega chefiada pela
professora Antonia Moropoulo, da Universidade Técnica Nacional de Atenas.
O lugar onde Jesus foi supostamente enterrado está coberto por uma edícula com placas de mármore há 461 anos, por isso não era possível ver o interior do túmulo. A estrutura, chamada Edícula, foi reconstruída pela última vez no início do século XIX, depois de um incêndio. Depois de retirarem a primeira camada, os arqueólogos encontraram uma pilha de entulho e uma nova pedra de mármore. Após a retirada das placas de mármore que
protegiam o lugar, os estudiosos ficaram surpresos com o estado físico do
espaço, aparentemente intocado.
Entrada do túmulo onde Jesus Cristo foi
colocado, em Jerusalém - 28/10/2016 (Thomas Coex/AFP)
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A Edícula (do latim, aedicule, que quer dizer “casa pequena”) é considerada um
dos locais mais sagrados do mundo cristão. Foi identificada por Helena, mãe do
imperador romano Constantino, em 326 d.C.. A construção da Basílica do Santo
Sepúlcro (dentro da qual a Edícula se encontra) só foi possível depois do Édito de Milão, em 313 d.C., que decretou o fim das perseguições aos
cristãos pelos romanos.
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Agência Ecclesia
Vom informações: Publico / Veja / Noticias NE10
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