A CNBB lançou uma Nota de Esclarecimento sobre o uso
do dinheiro arrecadado pela Campanha da Fraternidade 2017. Essa nota chega
alguns dias após a denúncia
do Portal Paraclitus de que parte
desse dinheiro foi usado para o financiamento de projetos de ONGs abortistas
e/ou vinculadas ao MST.
Apesar da CNBB ter chamado esta nota
de “Nota de Esclarecimento“, falta ainda muito a esclarecer.
Lançamos, pois, os nossos “dubia”
para a CNBB, aguardando algumas respostas objetivas (não evasivas), para que
efetivamente os fieis católicos brasileiros recebam uma prestação de contas
efetiva, detalhada, transparente das contribuições que têm feito a cada Domingo
de Ramos, nas coletas que encerram a Campanha da Fraternidade e que são
destinadas ao Fundo Nacional da Solidariedade – FNS.
1) Por que a Fundação Grupo Esquel
Brasil não é mencionada na Nota de Esclarecimento lançada pela CNBB?
2) A CNBB afirma na Nota que a ABONG
é uma das signatárias da “Plataforma por um Novo Marco Regulatório”. A
“Plataforma”, como organização, por não ter CNPJ, não existe. Isso significa
que a CNBB considera aceitável que uma organização como a ABONG, que tem a
legalização do aborto como um de seus objetivos, seja a entidade responsável
por um projeto, em nome de uma “organização” legalmente inexistente? Mais
ainda, a CNBB considera aceitável que a ABONG, tendo a legalização do aborto
como um de seus objetivos declarados, receba dinheiro diretamente do FNS, seja
para um projeto seu, seja para projetos de terceiros?
3) A Fundação Grupo Esquel Brasil, em
seu site, afirma que o Marco Regulatório é um de seus projetos e que entre os
seus gestores encontra-se a própria Fundação Esquel, a ABONG, o MST… juntamente
com a Caritas, a Pastoral da Criança e outros. Portanto, tais entidades
(algumas citadas pela Nota da CNBB) fazem parte da “Plataforma”. Então as
entidades católicas que fazem parte da “Plataforma” estão trabalhando em comum
e buscando recursos em comum com entidades cujos métodos e finalidades ferem
frontalmente a fé e a moral católicas e também a Doutrina Social da Igreja
Católica? Isso é considerado aceitável pela CNBB?
4) Quando a coleta da Campanha da
Fraternidade é realizada, a cada Domingo de Ramos, os fieis católicos são
informados que o valor arrecadado será destinado às “obras assistenciais” ou
“obras de caridade” ou “projetos sociais” da CNBB. Os fieis católicos sabem o
que é a “Plataforma por um Novo Marco Regulatório"? Os fieis católicos
foram devidamente informados que parte do dinheiro arrecadado na coleta da CF
foi destinado ao financiamento de um evento, o V Encontro dos
Signatários da Plataforma? Os fieis católicos foram devidamente informados
que esse encontro não é, em si, um projeto social ou uma obra de caridade ou
uma obra assistencial? A CNBB considera lícito estender o entendimento de
“projeto social” ou “obra de caridade”, para que possa abranger também
esse V Encontro dos Signatários da Plataforma por um Novo Marco
Regulatório?
5) Quando tantas dioceses e paróquias
do Brasil, bem como Santas Casas de Misericórdia, orfanatos, asilos e outras
instituições católicas, não têm mais como sustentar a integralidade dos
projetos sociais e obras assistenciais que vinham desenvolvendo junto às
populações mais carentes, porque perderam os
certificados de entidades filantrópicas (acarretando a perda
dos incentivos fiscais), é justo que o Fundo Nacional da Solidariedade ajude a
custear um evento, particularmente um evento cujas
finalidades e organizações associadas os fieis católicos ignoram inteiramente?
Aguardamos as respostas a estes
questionamentos, pedindo maior transparência por parte da CNBB.
E respeitosamente pedimos aos
bispos brasileiros que, neste Ano do Laicato, escutem a
voz dos leigos quando lhes manifestam, por este e por outros meios, os seus
mais legítimos anseios e necessidades.
Enquanto aguardamos, mantemos a nossa
campanha, iniciada no
artigo anterior:
No Domingo de Ramos,
NÃO CONTRIBUA para a COLETA da Campanha da Fraternidade.
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Paraclitus
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