A irmã Annie
Demerjian, responsável pelo acompanhamento de projetos de ajuda humanitária da
Fundação AIS na Síria, denunciou o aumento da violência na região de Damasco,
falando em dias de “inferno”.
A religiosa
da Congregação das Irmãs de Jesus e Maria, escapou da morte por pouco, tal como
os seus alunos, quando uma série de bombas varreu a zona do seu convento, no
Bairro de Bab Touma, na última série.
Em mensagem
enviada à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a irmã Annie diz
que se gerou confusão com os bombardeamentos, com “pessoas a correr” procurando
abrigar-se com os seus filhos”.
A irmã Annie
Demerjian lança um apelo às orações dos cristãos em Portugal e em todo o mundo,
para que a guerra possa terminar na Síria: “Por favor, rezem por nós. O único
caminho é a oração”.De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos
Humanos, outros cinquenta civis perderam a vida em consequência dos ataques
aéreos lançados pelo governo sírio contra Ghouta, localidade a leste da capital
nas mãos dos rebeldes e assediada pelas tropas de Assad.
As
estimativas de grupos independentes assinalam que desde domingo 194 pessoas
perderam a vida no enclave; cerca de 500 os feridos; entre as vítimas há também
52 crianças e 29 mulheres.
A Agência
das Nações Unidas para a Infância afirma que em Ghuta oriental, onde vivem 95%
dos sírios sob assédio, se vive “uma verdadeira emergência humana”, que afeta
400 mil civis.
O núncio
apostólico na Síria, cardeal Mario Zenari, dá eco aos temores da comunidade
cristã e de todas as famílias com crianças em idade escolar.
“Algumas
escolas cristãs foram fechadas porque, naturalmente, é sempre um risco enviar
os filhos para a escola, tendo em conta os foguetes e morteiros que caíram
sobretudo na área da antiga Damasco, onde há bairros com escolas cristãs”,
assinala o representante diplomático da Santa Sé, em declarações ao portal de
notícias do Vaticano.
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Agência Ecclesia
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