Quem achou que a oposição ao
governo Bolsonaro teria uma trégua se enganou feio. Com apenas 22 dias de
gestão, o que o brasileiro assiste é a repetição da estratégia utilizada pela
grande mídia nos Estados Unidos, logo após a vitória do presidente Donald Trump.
Isto é, uma sequência de manchetes especulativas envolvendo o nome do
presidente com o objetivo de desgastar sua imagem e minar a credibilidade dos
eleitores.
O caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro,
filho do presidente brasileiro, está servindo para confirmar que a gestão do
atual governo sofrerá oposição não apenas de partidos políticos, mas da grande
imprensa, em sua maioria controlada por devotos da ideologia esquerdista.
Isso é muito grave! Deixamos de contar com o
papel fundamental dos veículos jornalísticos, que é informar os fatos. A
imprensa não quer mais retratar informações, mas induzir o entendimento do
público conforme os interesses de quem controla a mídia.
Caso Marielle Franco
Após explicar a origem dos depósitos que
totalizaram R$ 96 mil reais em sua conta, bem como o fato de ser investigado -
ilegalmente - pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, motivo pelo qual pediu
a suspensão das investigações no Superior Tribunal Federal envolvendo apenas o
seu nome (e não o de Queiroz), a imagem de Flávio Bolsonaro agora está sendo
associada a milicianos do Rio de Janeiro.
Pior do que isso, sua imagem está sendo
associada ao crime que conduziu a morte da ex-vereadora Marielle Franco. O
motivo? A nomeação feita pelo seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, da mãe do
capitão da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, alvo de um mandado de
prisão na manhã desta terça (22), para o gabinete do então deputado estadual
Flávio Bolsonaro.
Nóbrega é suspeito de ter tido envolvimento com
a morte da vereadora do PSOL, porém, nada foi confirmado pelos investigadores.
O motivo da sua prisão, na verdade, foi por ser acusado de articular esquemas
de compra e venda de imóveis ilegais no Rio de Janeiro.
Apesar disso, da investigação original e prisão
do policial Nóbrega não ter sido motivada por suspeita de envolvimento no caso
Marielle, e a nomeação da sua mãe ter sido feita por Queiroz, mídias de peso
como o Estadão, Exame, Época, Valor e O Globo, já associaram a imagem de Flávio
Bolsonaro aos milicianos, induzindo o público a pensar que o atual senador
teria algum envolvimento com a morte da ex-vereadora.
O outro motivo da associação feita pela mídia de
Flávio Bolsonaro ao caso Marielle é por conta de uma homenagem feita pelo
deputado em 2003 e 2004, aos policiais Nóbrega e outro, o major Ronald
Paulo Alves. Supostamente, essa homenagem também seria um indicativo de que o
atual senador teria envolvimento com os milicianos.
A relação da família Bolsonaro com militares, no
entanto, é bastante conhecida por todos. O próprio Flávio explicou que
homenagens dessa natureza já foram feitas por ele em várias outras ocasiões,
não podendo, portanto, prever que entre os homenageados estariam futuros
criminosos ou investigados pela justiça.
"Tenho sido enfático para que tudo seja
apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei. Quanto ao parentesco
constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça,
reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar",
escreveu Flávio Bolsonaro em sua conta no Twitter.
"Sobre as homenagens prestadas a militares,
sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de
outras homenagens. Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos",
concluiu o senador.
Tentativa de desgaste
Por fim, o que parece ficar evidente é que o
desespero da grande mídia com a vitória de Jair Bolsonaro para a Presidência da
República continua. A tentativa de desgastar a imagem presidencial com notícias
incendiárias de teor muito mais especulativo do que concreto, deixa claro o
interesse de alguns grupos de querer minar a credibilidade do governo.
É possível que um governo desgastado, envolvido
em polêmicas constantemente articuladas com esse propósito, seja impedido de
governar como deveria, focado na aplicação das suas pautas, mas ao invés disso,
preocupado em dar explicações regulares sobre questiúnculas que no final das
contas não significam nada de condenatório.
Contudo, é muito cedo para avaliar a resistência
do governo e como será a reação do mercado a essa pressão. O público continua
confiante, porém atento, sem se comportar como alienado, mas já vacinado contra
o poder manipulador da grande mídia.
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Opinião
Crítica
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