A Igreja Católica é um antro de pedófilos. Isso todo mundo sabe. É de conhecimento comum que esta instituição milenar nada tem feito nos últimos quarenta anos além de abusar de crianças e menores de idade. Padres, bispos e cardeais, quando não estão enganando as pessoas dizendo a elas que irão para o inferno se não amarem a Deus, estão ou em suas luxuosas casas erguidas com o dinheiro que deveria ser usado para alimentar as crianças na África, ou estão abusando de crianças.Verdade? Não exatamente.É curioso como os meios de (des)informação tratam os casos de pedofilia na Igreja. Tudo não passa de mentiras criadas para manchar a imagem da Igreja, fazendo parecer que se trata de uma instituição onde só tem pedófilo.
O conhecido sociólogo italiano Massimo Introvigne mostrou que num período de décadas, apenas 100 padres foram acusados e condenados na Itália, enquanto seis mil professores de educação física sofriam condenação pelo mesmo delito.
Na Alemanha, desde 1995, existiram 210 mil denúncias de abusos. Dessas 210 mil, 300 estavam ligadas ao clero. Ou seja: menos de 0,2%. Por que eles só se ocupam das 300 denúncias contra a Igreja? E as outras 209.700 mil denúncias? Trata-se, como já afirmei, de uma operação engajada de fato em difamar a Igreja Católica. (1)
Houve sim padres e bispos que acobertaram pedófilos, mas é um número bem menor comparado a outras comunidades, como professores, por exemplo. A desproporção das denúncias é algo criminoso.
Existem em média 39 milhões de casos de abusos sexuais nos Estados Unidos. Desses 39 milhões, de 40% a 60% foram abusadas por um membro da família, 5% por professores da escola, e o New York Times publicou uma pesquisa que mostrou que desses casos, apenas DOIS POR CENTO foram abusadas por padres ou membros do clero. (2) Mas lendo os jornais, parece que há uma epidemia de abusos sexuais na Igreja.
Uma piada de mau gosto.
Você já viu esses dados alguma vez no Jornal Nacional? Eu também não.
Ao leitor que estiver em busca de mais dados, ler o excelente artigo do sociólogo Italiano Massimo Introvigne. (3)
Prestem atenção nessa notícia:
‘’Há casos de abusos sexuais que aparecem todos os dias contra um grande número de membros do clero da Igreja Católica. Infelizmente não são casos individuais, mas uma crise moral coletiva que talvez toda a história cultural da humanidade jamais tomou conhecimento com tamanha dimensão. Inúmeros padres e religiosos tem confessado. Não há duvidas que os milhares de casos que tem tomado a atenção da justiça representa apenas uma pequena fração do verdadeiro total, dado que muitos molestados tem sido cobertos e escondidos pela hierarquia da Igreja.’’
Parece um editorial da CNN ou de um jornal de grande circulação atual, não parece? Uma notícia na Folha de São Paulo talvez.
Mas não. Esse é o trecho de um discurso de 28 de maio de 1937, proferido por Joseph Goebbels, ministro da propaganda do partido Nazista Alemão. Esse discurso, que teve um grande eco internacional, foi parte de uma grande campanha do partido Nazista que visava desacreditar a Igreja Católica usando a mesma técnica da mídia atual: envolvendo seu nome em escândalos de pedofilia.
Em 10 de Março de 1937, com a encíclica papal Mit brennender Sorge, o papa Pio XI condenava a ideologia nazista. No fim do mesmo mês, o ministro da propaganda nazista lançava uma campanha contra os abusos sexuais na Igreja, com o objetivo de disseminar a ideia de que a Igreja é um antro de pedófilos. (4)
Sim, a primeira campanha midiática para manchar a imagem da Igreja atribuindo a sua imagem com pedófilos foi construída pelos nazistas.
Imagine como Joseph Goebbels ficaria orgulhoso da nossa mídia atual! Imagine como ele ficaria feliz ao saber que seus ensinamentos de atacar a Igreja inventando mentiras ao seu respeito são rigorosamente seguidos por nossos jornalistas e jornais!
Joseph Goebbels não conseguiu o que queria. Mas os seus aprendizes finalizaram a tarefa com sucesso.
Quando há alguns meses atrás, um soldado britânico foi esfaqueado por um muçulmano, a grande mídia foi em peso dizer que se tratava de uma minoria radical e que o islã é a religião da paz, e que de maneira alguma poderíamos julgar os muçulmanos baseados em alguns fanáticos. Todos contra a Islamofobia!
Quando houve as manifestações ‘’pacíficas’’ em Julho aqui no Brasil, o que mais se ouvia na mídia era sobre aquela ‘’minoria’’ radical que depredava patrimônio público. A maioria era pessoas pacíficas e legais e não podemos julgar baseados numa minoria fanática, não é mesmo? Prejuízo ao patrimônio público: alguns milhões.
Mas e quando é com a Igreja Católica? Se trata apenas de uma minoria de padres ínfima, pequena, quase inexistente que em nada representa esta instituição composta de uma maioria esmagadora de pessoas que realmente fazem o bem ao próximo?
Não. Trata-se de uma epidemia de pedófilos.
Joseph Goebbels ficaria orgulhoso.
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(1) A Igreja, uma mega cobertura
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Título original: Na Igreja Católica só tem pedófilo. Quem não sabe?
Fonte: O Karamazov
Disponível em: A Realidade é Cristo
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