“Quem te
viu e quem te vê”, velho chavão que hoje podemos aplicar ao período chamado da
Copa do Mundo no Brasil. Nunca se viu tanta bandeira, tantos símbolos pátrios,
tanto verde e amarelo como agora. Será que seríamos capazes de expor os
símbolos pátrios com a mesma garra, em tempos de inflação, em tempos de baixa
estima política, em tempos de corrupção e gritar “eu te amo meu Brasil, eu te
amo, mais que o futebol, mais que um mundial ou as olimpíadas que vêm aí”?
Eu te amo
minha pátria e por ti dou a minha vida. Como dizia o literato Rui Barbosa: “A
pátria é a família ampliada.”
Parece
impossível ficar indiferente num momento tão bonito como a Copa do Mundo. Com
certeza o sangue ferve, as emoções tomam conta da razão. Porém as emoções
passam, o sangue volta a circular normalmente e o que fica é o gosto da vitória
ou o amargo sabor da derrota.
Um Brasil
de chuteiras passa e passa rápido. O verde e o amarelo vão continuar, na luta e
no suor em garantir o pão nas mesas de cada dia. "Quando olho para o meu
Brasil, posso ver um pedacinho de mim em cada cidadão. Eles são o que eu sou, e
dividem o mesmo amor que eu divido, o amor do Brasil." (Jean Lacerda)
Todos nós
brasileiros e brasileiras vibramos pela seleção na disputa pela bola e o
balançar das redes, acompanhados do grito amarrado na garganta, da vitória
final. Porém, vamos vibrar e gritar também a vitória, quando seremos cuidados
em hospitais de qualidade, com profissionais da saúde cuidando da vida como se
cuida de um viveiro de orquídeas.
Vamos
soltar gritos de campeões quando a educação for prioridade e os professores
serem remunerados dignamente. Vamos sair pelas ruas empunhando bandeiras,
quando os pobres e excluídos forem tratados com dignidade. Vamos mostrar o
nosso patriotismo, não só cantando o hino nacional, em festas e inaugurações,
mas fazer dele um programa de vida e de compromisso.
“A beleza
brasileira pode ser vista nas pequenas coisas que habitam nosso lar. Nos
sorrisos, na luta, na força e na persistência. Ser brasileiro é isso, é nunca
desistir, é sempre ser feliz mesmo por baixo de um temporal” (Jean Lacerda).
Vamos aproveitar a Copa do Mundo para amar ainda mais o nosso Brasil e promover a solidariedade e o cuidado com os mais necessitados. Vejamos o que o Papa Francisco nos diz: “O dinheiro dever servir, e não governar! O Papa ama a todos, ricos e pobres, mas tem obrigação, em nome de Cristo, de lembrar que os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los e promove-los. Exorto-vos a uma solidariedade desinteressada e a um regresso da economia e das finanças a uma ética propícia ao ser humano” (Papa Francisco).
Jamais
desistir, nunca retroceder, buscar sempre, acreditar no melhor e jamais
sentir-se sozinhos. A Pátria somos nós, a bandeira é o que nos une, no verde da
esperança que não morre, no amarelo do ouro que brilha com o pão e a casa para
todos, no azul do céu de brigadeiro que nos mostra o destino onde queremos e
podemos chegar, nas estrelas formando a cruz no firmamento, indicando que ela é
que dá sentido no caminho da vida. O Brasil com chuteira ou não, o gol da
vitória depende de cada um de nós, em um mundial que terminará na eternidade.
Vamos
torcer pela nossa seleção e vamos rezar para que também possamos vencer as
nossas copas cotidianas desse país que precisa passar por uma grande transformação
ética. E isso passa por mim, por você. Não se trata de cobrar e criticar apenas
os políticos. A busca pela vitória ética passa, inclusive, pelos setores
privados, pelas famílias, por você. Que Deus nos abençoe. Boa semana e boa
Copa!
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