A
idolatria política é fruto da alienação ideológica, que por sua vez é resultado
de duas coisas: carência existencial e ignorância intelectual. O autor de
"Visões e Ilusões Políticas", David Koyzis, respalda bem esse
conceito.
O sábio ideologicamente carente se torna tão ignorante quanto um analfabeto, enquanto o analfabeto existencialmente resolvido se torna mais sábio do que um doutor. No estágio da alienação, no entanto, ambos se tornam iguais em capacidades de julgamento moral.
Quem não entende isso e não consegue avaliar a si mesmo diante das ideologias humanas, possui 99% de chance de se alienar, e consequentemente se tornar ignorante.
A ênfase da alienação na política está no discurso sobre pessoas, mas não sobre projetos. No partido, seus aliados e conchavos, mas não no que eles representam quando analisados separadamente.
O alienado endeusa o candidato, por isso o seu discurso quando analisado e espremido só pinga eferências ao ídolo, mas não ao que ele representa. Ideias deixam de existir para o louvor da imagem.
Mas, quem por outro lado entende isso, caminha com ideias. Defende valores e luta por propostas que são alinhadas com o que acredita. Pouco importa a figura do seu candidato, pois o importante está no que ele representa e corresponde.
Quem entende isso segue seus valores e filtra tudo o que vem "de fora", de modo a reter o que é bom e descartar o que é ruim.
No final das contas, essa pessoa ergue a sua balança moral e deposita nela seus prós e contras, escolhendo o lado que de forma objetiva e irrefutável pesa mais do que o outro.
Simples assim.
Will R. Filho
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Opinião Crítica
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