Devido à sua grande extensão territorial,
nesta pandemia o Brasil se viu em meio a diferentes regulamentações
político-administrativas sobre a quarentena e outras medidas para evitar o
aumento do número de casos de Covid-19. As medidas adotadas nos estados e
municípios por seus respectivos governantes refletiram no funcionamento das
igrejas, que passou a ter diferentes diretrizes, de acordo com a região em que
se encontram.
Algumas arquidioceses, por exemplo, seguindo
as determinações das autoridades políticas, permitiram a volta das celebrações
públicas (com número reduzido de fiéis e outras medidas de higienização e
distanciamento social) no fim do mês de abril. Outras abriram suas igrejas, mas
tiveram que fechar novamente por causa do aumento do número de casos da
Covid-19. Há ainda aquelas cujas celebrações públicas estão suspensas há mais
de três meses.
Mas, aos poucos, a maioria das regiões
brasileiras está flexibilizando a quarentena. Por isso, a CNBB publicou um
documento em que recomenda diretrizes para a reabertura das igrejas e a
participação dos fiéis em celebrações, observando todas as medidas de prevenção
ao coronavírus (clique aqui e leia o documento).
Além disso, a conferência traçou um panorama
de quando e onde as igrejas poderão voltar às suas atividades com a presença da
comunidade. O país foi dividido de acordo com as regiões administrativas da
CNBB, mas se a sua cidade não aparecer na lista abaixo, é importante ficar
atento aos comunicados oficiais de sua paróquia ou diocese para saber quando as
atividades irão ser retomadas.
Norte 1
Na arquidiocese de Manaus (AM), foram
divulgadas orientações que sugerem um processo gradual a partir do dia 24 de
junho, com três etapas de retorno de atividades: de 24 de junho a 4 de julho:
abertura das igrejas para oração, prática devocional pessoal, sem concentração
de pessoas; a partir de 28 de junho: Celebração de Missa apenas com um número
limitado de agentes de pastoral; e a partir de 4 e 5 de julho: início das
Missas e Celebrações da Palavra com o povo de Deus.
Norte 2
A arquidiocese de Belém (PA) voltou em 6 de
junho a receber os fiéis para as celebrações, mas com 15% do total de ocupação,
limitado a 200 pessoas na Igreja. O estado do Pará registra crescimento de
contágios principalmente no interior. Em Santarém, um decreto da prefeitura
autorizou a abertura das Igrejas com 30% da capacidade, mas que não exceda 100
pessoas, além de outras orientações de distanciamento, higienização e
restrições. O arcebispo deve divulgar orientações em breve.
Norte 3
Em Palmas (TO), ainda não há retorno das
missas com a presença dos fiéis, somente das atividades presenciais da cúria
metropolitana.
Noroeste
Em Porto Velho (RO) e demais dioceses do
Regional Noroeste, estão mantidas as normas de isolamento e as celebração pelas
redes sociais.
Nordeste 1
No Ceará, as Igrejas continuam fechadas, uma
vez que as cidades estão em fases diferentes de abertura ou fechamento total.
Em nota, os bispos do Regional Nordeste 1 da CNBB sugeriram que cada diocese
adote no seu planejamento as medidas de proteção propostas pela CNBB que visam
ao cuidado, à defesa e à preservação da vida. “Enquanto isso, as nossas
celebrações continuarão acontecendo a portas fechadas, sem a presença dos
fiéis, que delas participam através das mídias, à exceção daquele número bem
reduzido dos que deverão exercer serviços e ministérios litúrgicos”.
Nordeste 2
No Rio Grande do Norte, os bispos da Província
Eclesiástica de Natal resolveram manter as igrejas fechadas. Há receio de que
uma abertura seja sucedida de uma necessidade de fechar novamente, uma vez que
a rede pública de saúde já se aproxima da ocupação máxima.
As primeiras experiências para a retomada das
celebrações litúrgicas com a presença dos fiéis ficam por conta das
arquidioceses da Paraíba (PB) e de Olinda e Recife (PE) e da diocese de
Guarabira (PB). Nos templos, deve ser respeitada a lotação máxima de 30% da
capacidade total, além de uma série de recomendações para a segurança dos fiéis
dentro dos espaços litúrgicos.
Nordeste 3
Em Salvador (BA), a arquidiocese segue os
decretos municipal e estadual, que determinam missas com, no máximo, 50 pessoas
dentro dos templos. Porém, a maior parte das paróquias está realizando a
Celebração Eucarística sem a presença dos fiéis, com transmissão ao vivo pelas
redes sociais.
Em Aracaju (SE), o arcebispo dom João José
Costa está preparando um novo decreto com orientações e critérios para a
retomada das celebrações nos templos. O documento estará em sintonia com as orientações
apresentadas pela CNBB e também nas recomendações das autoridades civis. As
paróquias irão promover as readequações necessárias para as celebrações
presenciais.
Nordeste 5
No dia 15 de junho, foi publicado decreto com
as novas normas para o funcionamento das paróquias. O documento normatiza,
sobretudo, a reabertura das igrejas para a celebração da missa com a presença
de fiéis e ressalta não se tratar “da liberação geral das dependências, muito
menos o abandono das práticas sanitárias adotadas mesmo quando fechadas”. No
texto, há a regulamentação da quantidade (em porcentagem) de pessoas e reforço
dos cuidados em uma retomada gradual da vida eclesial.
Centro-Oeste
Nas arquidiocese de Brasília (DF) e Goiânia
(GO), seguem as celebrações presenciais com redução de fiéis de acordo com
orientações das autoridades locais.
Leste 1
A arquidiocese de São Sebastião do Rio de
Janeiro (RJ) comunicou oficialmente o retorno das atividades religiosas de suas
mais de 280 igrejas na cidade para o próximo dia 4 de julho. Outras dioceses
seguem sem a presença de fiéis.
Leste 2
Em Minas Gerais, as arquidiocese de Belo
Horizonte, Juiz de Fora e Uberaba divulgaram orientações para retorno das
celebrações com o povo. Já em Pouso Alegre (MG), o arcebispo metropolitano, dom
José Luiz Majella Delgado, enviou uma mensagem, por vídeo, incentivando a
perseverança e unidade entre todos. Saiba mais.
Oeste 2
A arquidiocese de Cuiabá tem orientações para
retorno das missas com fiéis desde o dia 1º de maio. O documento do arcebispo,
dom Milton Santos pode ser conferido na íntegra aqui.
Sul 1
Epicentro da pandemia no Brasil, no estado de
São Paulo algumas dioceses começaram a abrir novamente suas portas nos dias 13
e 14 de junho. As celebrações ocorrem com a presença de, no máximo, 30% da
capacidade do recinto, para garantir o distanciamento entre as pessoas e
seguindo as normas sanitárias e de higiene, como o uso de máscaras e álcool em
gel, além de medição de temperatura corporal.
Sul 2
No Paraná, a maioria das igrejas segue fechada
e as dioceses acompanham os números da pandemia. Em Londrina (PR), as Missas
com a presença de fiéis continuam suspensas até o final do mês de junho, quando
a questão será reavaliada. Secretarias e igrejas continuam abertas para
atendimentos individuais e orações pessoais. Em Maringá, as celebrações foram
retomadas com restrição de público. Crianças e idosos não podem participar das
missas.
Sul 3
Em Porto Alegre (RS), o arcebispo
metropolitano, dom Jaime Spengler, emitiu Nota Oficial orientando sobre o
fechamento das igrejas, após classificação governamental do território da
arquidiocese como bandeira vermelha. A nota pode ser lida na íntegra aqui.
Na diocese de Cruz Alta (RS), as celebrações
ocorrem de acordo com as orientações de saúde, com participação de até 30
pessoas ou 25% da capacidade e uso de máscaras.
Sul 4
Em Santa Catarina, as dioceses de Chapecó,
Lages, Caçador, Joaçaba, Rio do Sul e Blumenau continuam sem celebrações
públicas, observando os crescentes dados da pandemia nas cidades que compõem o
território diocesano. A arquidiocese de Florianópolis e as dioceses de
Joinville, Tubarão e Criciúma já autorizaram a retomada das celebrações
públicas nas paróquias que conseguem responder a uma série de normas sanitárias
para que se evite o contágio.\
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Por: Aleteia
Fonte: CNBB
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